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Portifolio2_Psicologia_GuilhermeMatheusDamasceno

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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO 
 
 
GUILHERME MATHEUS DAMASCENO 
RA 8132640 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A PROPOSTA PEDAGÓGICA E O CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 PORTFÓLIO 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
2021 
https://mdm.claretiano.edu.br/docconpraengpro-g04311-2021-01-grad-ead
https://mdm.claretiano.edu.br/docconpraengpro-g04311-2021-01-grad-ead
https://mdm.claretiano.edu.br/docconpraengpro-g04311-2021-01-grad-ead
2 
 
Guilherme Matheus Damasceno 
RA 8132640 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2021 
Trabalho apresentado em cumprimento às 
exigências da disciplina “Psicologia do 
Desenvolvimento e Educação de Crianças, 
Jovens e Adultos” do curso de Licenciatura em 
Pedagogia do Centro Universitário Claretiano, 
ministrado pela Profa. Lilian Paula Degobbi 
Bergamo. 
3 
 
Sumário 
Introdução. .................................................................................................................. 4 
Objetivos ..................................................................................................................... 6 
Descrição do processo de planejamento..................................................................... 7 
Descrição da proposta pedagógica e do currículo. ................................................... 10 
Considerações Finais. ............................................................................................... 14 
Referências. .............................................................................................................. 15 
 
 
 
4 
 
Introdução. 
Ao assistir a apresentação da rotina diária de uma pré-escola, baseada em 
um modelo de aprendizagem participativo, na abordagem curricular High Scope, é 
notável o uso variado de recursos de diferentes naturezas, como instrumentos 
importantes no processo de aprendizagem. Aparentemente sem estes recursos 
materiais, não seria possível colocar em prática a proposta de aprendizagem pela 
ação. 
A organização estratégica do espaço, com o uso de materiais diversos, 
somado ao enfoque na interação entre professor e aluno, possibilita a efetivação dos 
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, como preconiza a Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) brasileira. A partir da aposta em estratégias condizentes 
com a realidade sociocultural e econômica estadunidense e com a abordagem 
curricular High Scope, foi construído um currículo que em nossa análise, também 
abrangeria competências e habilidades listadas na BNCC a serem desenvolvidas, 
demonstrando a veracidade deste documento normativo ao se referir à diversidade 
dos currículos. 
Para o alcance dos objetivos de aprendizagem, a instituição segue uma rotina 
consistente, a qual dá segurança para as crianças fazerem escolhas, correrem 
riscos e se tornarem aprendizes ativas. Em um contexto incentivador de autonomia, 
elas são incentivadas a planejarem atividades, tomarem decisões, solucionarem 
problemas, em constante experimentação, interação e comunicação com os 
professores e os colegas. Dessa forma é possível a mobilização de determinados 
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, tais como: 
 A investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, 
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver 
problemas e criar soluções; 
 A utilização de diferentes linguagens para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e 
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo; 
5 
 
 O conhecimento de si próprio, o cuidado de sua saúde física e emocional, o 
reconhecimento de suas emoções e as dos outros, com autocrítica e 
capacidade para lidar com elas; 
 O exercício da empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação; O 
saber agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, 
flexibilidade, resiliência e determinação. 
Nesse sentido, o documentário relata a proposta curricular da “aprendizagem 
pela ação”, com foco no pragmatismo e/ou instrumentalismo, abordagem 
desenvolvida pelo filósofo John Dewey que pretende introduzir as crianças em 
problemáticas em busca de soluções. Tal concepção influenciou no Brasil o 
movimento da Escola Nova, que foi liderado pelo educador Anísio Teixeira1. 
Os modelos de aprendizado experiencial se baseiam, principalmente, 
nos trabalhos de Dewey, Lewin e Piaget. Segundo estes autores, o 
aprendizado é, por natureza, um processo de tensão e conflito, que 
ocorre por meio da interação entre o indivíduo e o ambiente, 
envolvendo experiências concretas, observação e reflexão, que 
geram uma permanente revisão dos conceitos aprendidos, ou seja, o 
aprendizado é um processo e não um produto. ( ANTONELLO, 2007, 
p.147). 
Desse modo, a escola fomenta metodologias ativas da educação que influem de 
uma práxis pedagógica que se retroalimenta das ferramentas que fornecem os 
subsídios materiais e situacionais para o pleno exercício do papel do educador. Esta 
metodologia irrompe de uma perspectiva pedagógica que se faz relevante, criativa e 
interessante e que refletirá o pensamento multidisciplinar e plural do educador que 
pode escolher por uma educação libertadora dos sujeitos e assim ser coparticipante 
nas relações de ensino-aprendizagem. No contexto brasileiro, o educador Rubem 
Alves também propôs metodologias de ensino ativas com o objetivo de extrair 
conhecimentos prévios dos alunos para que eles tenham autonomia para saltar na 
elaboração crítica de seus conhecimentos: 
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que 
são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do 
vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob o controle. 
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros 
engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. 
Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não 
 
1 Informação disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-
pratica-em-foco. Acessado no dia 09 de Abril às 23h 04min. 
6 
 
amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em 
vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o 
vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos 
pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. 
(ALVES, 2004, p.120). 
Compreendo que as metodologias ativas de educação podem ser úteis na 
elaboração de novos e contínuos ciclos de atualização pessoal e profissional dos 
educandos, uma vez que o desafio educacional contemporâneo não esta associado 
a acumulação das informações que podem ser facilmente acessadas em um 
smartphone, mas sim na capacidade de aprender, e saber diferenciar as fontes 
verossímeis das fontes inverossímeis de conhecimento. Um projeto viável, por 
exemplo, nas escolas públicas brasileiras que não dispõem de tantos recursos, é a 
elaboração de uma revista pelos alunos que aborde as questões pertinentes a 
igualdade de gênero, o combate ao racismo, dentre outras pautas recorrentes, 
incentivando a averiguação dos dados e a procedência das fontes de notícias 
confiáveis em contraposição as fake news. 
Objetivos. 
O objetivo deste trabalho é relacionar os conteúdos expostos no 
documentário “Educação Infantil, High Scope, Rotina Diária” e a BNCC, 
contextualizando com os conceitos da Educação Infantil no Brasil. 
Tal estudo demonstra que ao integrar a Educação Básica, a Educação Infantil 
passa a ter como objetivo o desenvolvimento e a aprendizagem dos educandos, 
deixando para trás um perfil assistencialista e reafirmando a importância do 
desenvolvimento da criança nesse período. Assim como também afirma a 
necessidade do educador trabalhar as funçõesde cuidar e educar de forma 
associada e conjunta, elaborar e organizar conteúdos curriculares, espaços, e tempo 
considerando os recursos disponíveis e as características particulares de seus 
alunos, para construir uma proposta pedagógica que de fato possa contribuir com o 
desenvolvimento e aprendizagem das crianças. 
 
 
 
7 
 
Descrição do processo de planejamento. 
1. Como o currículo na Educação Infantil deve ser pensado, a partir da leitura 
dos materiais sugeridos (Unidade 3, BNCC)? E como ele é abordado no 
documentário? Há semelhanças? 
O currículo na educação infantil vivenciado na High Scope poderá contribuir 
para prática e a vivência pedagógica dos educandos, e, portanto deverá ser 
centrado nos eixos de formação pessoal e social que focam no conhecimento do 
mundo de acordo com a normatização realizada pela BNCC. De igual modo, de 
acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil: 
Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um 
conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os 
saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do 
patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de 
modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 
anos de idade. (BRASIL, 2009, p. 1). 
No documentário que expõe o modelo High Scope fica evidente que a 
proposta curricular é a da aprendizagem pela ação, ideia defendida pelo supracitado 
filósofo John Dewey (1859-1952), nesse sentido a abordagem é focada na 
organização do espaço e do tempo dos educandos para produção das atividades, e 
nas interações das crianças entre si e com os docentes como um estímulo para a 
aprendizagem das crianças. 
Assim como na High Scope, o currículo da Educação Infantil na BNCC preza 
pela integralidade da criança, e também leva em consideração no que a criança 
deverá ser estimulada para que desenvolva suas capacidades e potencialidades 
cognitivas, suas relações interpessoais, e também enfatiza as habilidades e 
conhecimentos de interação com o mundo que as cercam. 
2. A partir do documentário, em qual concepção de criança o currículo da 
escola está embasado? Há semelhanças com os conceitos estudados? 
 Sim, o documentário expõe conceitos que se assemelham com os conceitos 
de Cuidar, Educar e Brincar. A escola não se restringe a escolarização das 
crianças, mas esta preocupada com a formação holística da criança, preparando 
o aluno para os graus posteriores de aprendizagem. Por meio das interações 
8 
 
(banho, refeição etc), a criança pequena aprende como realizar os procedimentos 
para efetivar a ação, e seu significado na cultura em que ela está inserida. 
 Todas as atividades são intencionalmente planejadas e entendidas pelos 
educadores como um processo formativo. 
3. Como o desenvolvimento da criança deve ser trabalhado, estimulado de 
acordo com as leituras realizadas? E como as áreas do conhecimento 
(linguagem, matemática, artes) devem ser estimuladas e trabalhadas? E 
como isto aparece no documentário? 
O desenvolvimento das crianças na educação infantil pode ser estimulado e 
trabalhado através do lúdico, do movimento e das brincadeiras, assim, a criança 
terá condições de desenvolver as suas capacidades, estabelecer relações 
lógicas, integrar percepções, criar hipóteses, formar conceitos, e se socializar. 
A utilização de atividades lúdicas e de materiais concretos está totalmente 
relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança. No currículo da educação 
infantil, o objetivo dos conhecimentos de linguagem, matemática e artes deve ser 
o de incentivar e proporcionar para as crianças situações em que possam 
observar, experimentar, produzir e apreciar por meio do lúdico a prática desses 
conhecimentos. 
Outrossim, no High Scope as crianças são estimuladas e preparadas para o 
aprendizado e as decisões do futuro. As crianças são aprendizes ativos, apoiados 
e encorajados sempre pelos adultos, assim, é possível que descubram sua força, 
se desenvolvem dentro do segmento do planejar, fazer e rever onde elas 
estabelecem o que irão realizar e de qual maneira, colocam em prática e 
posteriormente resumem como foi a experiência. 
 Os professores encorajam as crianças a se envolverem em experiências-
chave, as ajudando a aprender, a resolver problemas, a fazer escolhas, e a 
participar e colaborar em atividades que promovam o desenvolvimento permite 
que as crianças criem e desenvolvam dentro do tema, sempre com apoio, 
encorajamento, assistência e interação. 
4. Como deve ser visto o cuidar e o educar no currículo da escola? O que 
significa o cuidar e o educar? Como estes aspectos aparecem no 
documentário? 
9 
 
 O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI) em vigor 
desde 1998 enfatiza a integração entre o educar e cuidar como função na Educação 
Infantil interligados aos padrões de qualidade e ainda propõem uma educação na 
qual a aprendizagem e o desenvolvimento são processos dependentes e 
interligados, ou seja, cuidar e educar devem ser vistos como dois processos 
complementares e indissociáveis. No documentário o cuidar e educar também 
aparece indissociável do método High Scope, onde o educador permite que o aluno 
socialize, escolha, questione, participe, crie, brinque, desenvolva e aprenda sempre 
assistido, auxiliando, encorajando e observando, este apoio e assistência esta 
intrínseca ao cuidar e educar, o que gera um laço de afetividade, de confiança e 
segurança entre os professores e alunos. 
5. Como deve ser pensada a organização do tempo e do espaço na educação 
infantil de acordo com as leituras realizadas? Há menção a este aspecto no 
documentário? 
A organização do espaço físico deve ser pensada de acordo com a ideia de 
desenvolvimento e com a faixa etária de cada criança, o espaço influência as ações 
pedagógicas, se o ambiente estiver bem organizado e possuir uma boa dinâmica 
poderá permitir uma melhor interação entre as crianças, das crianças com os adultos 
e com os objetos, assim, é possível um desenvolvimento mais amplo. 
 O tempo deve ser bem planejado, analisado e refletido para se ajustar ao 
cenário da criança. A organização do espaço e tempo dentro do modelo de High 
Scope dá-se através da organização dos componentes da rotina diária: momento de 
boas-vindas, momento de planejar, momento de fazer, momento de rever, momento 
individual, momento do pequeno grupo, momento do grande grupo e momento de 
atividades externa, estes segmentos norteiam como deve ser planejado o espaço e 
tempo. A organização do espaço tem como objetivo que a criança aprenda através 
da ação que realiza sobre objetos, materiais e conhecimentos sobre o mundo, ou 
seja, um aprendizado participativo estimula a organizar os espaços, para que as 
crianças possam se desenvolver e praticar diversas atividades, é fundamental para 
realizar o processo de aprendizagem ativa. 
10 
 
6. Qual o papel do professor (pedagogo) na organização do tempo e espaço 
oferecido às crianças na educação infantil? Como isto é abordado no 
documentário? 
É de responsabilidade do professor da educação infantil pensar e organizar, 
os espaços e o tempo das crianças, no planejamento e no dia a dia. 
O professor deve desenvolver um planejamento flexível, que possa ser 
direcionado ao interesse e expectativas das crianças, e utilizar o espaço e o tempo 
de maneira a atingir o objetivo de desenvolvimento e de aprendizagem das crianças, 
planejar situações que provocam a reflexão e ação da criança, que permitam à 
criança conviver, brincar, participar, explorar, experimentar e conhecer. Os 
professores da High Scope realizam planejamentos diários, levando em 
consideração, a observação do dia das crianças, para esse planejamento realizam 
anotações durante o dia enquanto interagem e observam as crianças, suas ações e 
comportamentos e assim revisam o material e atividade, ou seja,o espaço e 
tempo, os adaptando/modificando de acordo com as necessidades do alunos. 
A partir das experiências das crianças os professores devem pautar o material 
usado no planejamento, assim, o professor deve ser o autor e como conhecedor das 
demandas dos seus alunos devem planejar e elaborar esses materiais para as 
atividades, inventando novas formas de implementar os currículos, baseando-se 
nos seis principais direitos da Base Nacional, como o Direito: de Aprender a 
conviver; de Brincar; de Participar; de Explorar; de Expressar; e de Conhecer-
se. 
Descrição da proposta pedagógica e do currículo. 
A Educação no Brasil vem se transformando ao longo dos anos, e no que diz 
respeito à Educação Infantil a década de 1980 trouxe mudanças significativa com a 
Constituição de 1988 que tornou a criança um ser histórico social, cultural e sujeito 
de direitos. Creches e pré-escolas passaram a integrar o sistema de ensino, 
voltadas para as crianças e não mais aos pais como era anteriormente, e deixando 
de exercer um papel assistencialista para praticar o direito educativo explorando as 
suas potencialidades. 
11 
 
Ao integrar o sistema de ensino da Educação Básica, conforme proposto no 
artigo 22 da Lei de Diretrizes e Bases, as instituições de Educação Infantil passaram 
de fato a ter como objetivo o desenvolvimento e a aprendizagem dos educandos na 
faixa etário de 0 a 5 anos. E no que diz respeito ao currículo dessa fase, com a 
promulgação da lei 12.796 de 2013 que, dentre outras provisões, inseriu essa etapa 
da educação na definição de uma Base Nacional Comum Curricular para a 
Educação Básica, o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases passou a ter a seguinte 
redação: 
Os currículos da Educação Infantil, ensino fundamental e ensino 
médio, devem ter uma base nacional comum, a ser complementada 
em cada sistema de ensino estabelecimento escolar por uma parte 
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da 
sociedade, da cultura, da economia e dos educandos (BRASIL, 
2013). 
Dessa forma, a política de Educação Infantil que passa a ser implantada no 
país requer uma organização curricular pertinente aos novos objetivos atrelados à 
legislação educacional vigente. 
O conceito de currículo na educação está relacionado ao caminho que a rede 
de ensino pretende seguir para organizar as características, práticas e o norte 
pedagógico da instituição. Na Educação Infantil não é diferente, porém deve-se ter a 
clara concepção que a criança é o sujeito do processo educacional e as instituições 
de educação infantil, creches e pré-escolas, como espaços institucionais que 
cuidam, educam e promovem a aprendizagem. A elaboração e organização dos 
conteúdos curriculares, a organização do espaço e do tempo, a disponibilidade de 
materiais, a formação dos profissionais e a participação da família, devem ser todos 
pensados e incluídos com o objetivo de contribuir no desenvolvimento e na vida das 
crianças. No documentário “Educação Infantil – High Scope – Rotina Diária” 
podemos verificar que a proposta desse método para a educação no início da 
infância, é que adultos e crianças partilhem experiências, com base na concepção 
de que as crianças constroem uma compreensão própria do mundo através do 
envolvimento ativo com pessoas, materiais e ideias. Buscando uma relação com a 
nossa realidade, podemos dizer que a BNCC contempla a importância da interação 
da criança com os adultos, trazendo como grandes benefícios a expressão dos 
afetos, a mediação das frustrações, a resolução de conflitos e a regulação das 
emoções. Ainda de acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º, os eixos estruturantes 
12 
 
das práticas pedagógicas dessa e tapa da Educação Básica são as interações e a 
brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de 
conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os 
adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. 
Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das 
crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-
lhes os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, 
a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco 
campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de 
aprendizagem e desenvolvimento. Oliveira (2005) em sua obra Educação Infantil: 
fundamentos e métodos propõe uma organização curricular para a Educação Infantil 
baseada em três eixos: 
• trabalho pedagógico com múltiplas linguagens; 
• jogo como recurso privilegiado de desenvolvimento da criança pequena; 
• pedagogia de projetos didáticos. 
A criança utiliza-se de várias linguagens para se comunicar, se expressar, 
interpretar, representar e modificar a realidade. Dessa forma adquiri experiência, 
amplia a sua relação com o meio na qual está inserida, e consequentemente 
aprende e se desenvolve. 
A linguagem verbal é um instrumento básico no processo de comunicação, 
porém de grande importância para o desenvolvimento do pensamento, sendo assim 
deve ser estimulado nas instituições de educação infantil, que por sua vez poderão 
incluir na rotinas das criança atividades de roda de conversa, leitura de estórias, 
musicalização, brincadeiras, entre outros. Contemplando também o direito da 
criança de manifestar os seus pensamentos, ideias e emoções. As crianças, desde 
muito cedo, são apresentadas a situações matemáticas porque elas fazem parte da 
nossa vida cotidiana. É importante que as instituições de Educação Infantil, se 
apropriem dessas experiências para contribuir na construção do desenvolvimento 
lógico-matemático dos alunos. Uma boa estratégica didática para o ensino da 
matemática é a utilização de jogos, além do trabalho envolvendo temos como 
espaço, medidas, quantificação, etc. 
13 
 
O interesse pelas artes plásticas surge bem cedo nas crianças, se tornando 
também mais uma forma que ela encontra para se expressar e representar a sua 
realidade de forma evolutiva. As instituições podem trabalhar de diversas formas o 
incentivo a essa linguagem, com atividades de modelagem, pintura, colagem, o 
contado com a história da arte, etc. No documentário observa-se o desenvolvimento 
das crianças com essas linguagens no “Momento de Fazer”, que é o momento n o 
qual elas colocam em prática o que foi acordado com o professor no “Momento de 
Planejar”. Durante um período de aproximadamente 50 minutos, as crianças se 
mantém ativas desenvolvendo uma atividade que elas mesmas escolheram, que irá 
lhe proporcionar o desenvolvimento das diversas linguagens, o estudo sociais, físico 
e motor. O professor observa e orienta conforme o conteúdo curricular. A LDB Nº 
9.394/96, lei que definiu a educação infantil como a primeira etapa da Educação 
básica, instaurou um novo paradigma: a necessidade de cuidar e educar a criança 
pequena contando com a interação da família e da comunidade a qual está inserida. 
Na Educação Infantil o conceito de cuidar e educar não podem ser compreendidos 
de forma fragmentada. São funções essenciais e necessárias que devem ser 
realizadas de forma indissociável. De acordo com Forest (2003), cuidar e educar: 
Implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos 
saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos e 
compartimentados. A criança é um ser completo, tendo sua interação 
social e construção como ser humano permanentemente 
estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar significa 
compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu 
esforço particular e a mediação dos adultos como forma de 
proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com 
consciência e responsabilidade (FOREST, 2003, p.02). 
 
O cuidar vai além do ato de proteger, constitui também no dever de favorecere contribuir para o desenvolvimento do outro. Isso gera a necessidade de o 
educador conhecer mais profundamente às necessidades físicas, biológicas, assim 
como as especificidades e característica de cada criança. O planejamento e a 
organização das atividades são pontos do trabalho pedagógico que requer atenção, 
pois eles refletem o compromisso e, mas segurar o desenvolvimento dos pequenos. 
O educar é favorecer, de forma intencional, maneiras que irão auxiliar no 
aprendizado, através atividades educativas contextualizadas e direcionadas ao 
desenvolvimento das crianças. No documentário, um dos momentos que podemos 
observar o cuidar e educar é no “Momento do Lanche”. 
14 
 
 Esta é a ocasião onde às crianças realizam assuas refeições e descanso 
lhes traz a oportunidade de: compartilhar e aprender uns com os outros, interagir 
socialmente, trocar ideias, cuidar-se, etc. No planejamento e desenvolvimento da 
sua proposta pedagógica, o professor deve levar em consideração o espaço que lhe 
é disponibilizado, assim como o tempo, os materiais e as necessidades de cada 
aluno, assim ele terá condições de elaborar e desenvolver atividades que favoreçam 
e contribuam para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. O 
documentário nos mostra que após as crianças irem embora os professores iniciam 
o planejamento para o dia seguinte, baseando-se nas observações realizadas com 
todas as crianças e nas anotações feitas durante o dia. Revisam continuamente as 
atividades e materiais de acordo com as necessidades e interesses das crianças. 
 
Considerações Finais. 
O projeto apresentado demonstra que todos os componentes do currículo da 
Educação Infantil também estão representados no modelo High Scope, e que não se 
pode falar de Educação Infantil sem pensar no cuidar e educar, uma vez que todo o 
planejamento e organização têm como base estes dois aspectos. 
Para o profissional da educação o projeto amplia a visão do que significa a 
Educação, deixando de ser apenas o educar, e passa a englobar o cuidar, e que 
dois aspectos andando juntos aumentam potencialmente a capacidade de 
aprendizagem e compreensão das crianças, e eleva o nível do ensino-aprendizagem 
da Pedagogia, e do ser humano. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Referências. 
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas: a arte do voo ou a busca da alegria de aprender. 
São Paulo: ASA, 2004. 127 p. 
ANTONELLO, Claudia Simone. Aprendizagem na ação revisitada e seu papel no 
desenvolvimento de competências. Aletheia 26, jul./dez. 2007 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de 
Educação Básica. Resolução CNE/CEB n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Institui as 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 dez. 2009. Seção 1, p. 18. 
FOREST, N. A. & WEISS, S. L. Educar e cuidar: perspectives para a prática 
pedagógica na educação infantil. In: Revista Leonardo Pós, vol. 1, nº 3, 
agosto/dezembro/2003 (www.icpg.com.br/hp/revista/index.php?rp_auto=3, acesso 
em 27/01/2017).

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