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I Seminário de Fisioterapia na Saúde do Idoso Demência de Alzheimer DEMÊNCIA E ALZHEIMER SÃO A MESMA COISA? O que confunde e faz com que as pessoas achem que toda demência é Alzheimer é a alta incidência da doença. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Alzheimer representa cerca de 60% a 70% dos casos de transtorno neurocognitivo maior e 35,6 milhões de pessoas no mundo tem a doença, de acordo com a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), com estimativa para 115,4 milhões de pacientes até 2050. “Uma Doença Peculiar (característica, estranha, esquisita) dos Neurônios do Córtex Cerebral”. Auguste Deter É uma neuropatologia que leva deterioração das células cerebrais e que se agrava ao longo do tempo agindo de forma progressiva, irreversível e insidiosa. CID 10 - G30 Não se conhece exatamente qual é a causa da doença de Alzheimer. O que se sabe é que a doença desenvolve-se como resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no interior do cérebro. Proteínas danificadas (Amiloide e Tau); Genetica (APOE); Falha na energia neural; Neuroinflamação; Sistema Vascular. Estágio pré-clínico; Estágio intermediário; Estágio final da demência. 1. 2. 3. AmnésiaApraxia AgnosiaAfasia Anomia Testes cognitivos; Meem, Moca, Adas- cog, teste do relógio. Avaliação clínica; Exames Laboratoriais; Exames de imagem do SNC. Tomografia computadorizada, ressonância magnética, SPECT- Single photon emission computed tomography. Eletroencefalograma Présenilina 1 (PSEN1) localizado no cromossoma 14q; Présenilina 2 (PSEN2) no cromossoma 1q; Precursor da proteína amiloide (APP), no cromossoma 21; Apolipoproteína E (APOE). Esquecer-se de parte ou da totalidade de um acontecimento; Progressivamente perder a capacidade de acompanhar a história de uma novela ou filme; Esquecer-se progressivamente de informação que conhecia, como dados históricos ou político; Progressivamente perder a capacidade de tomar decisões; Não saber em que data ou estação do ano está. Ter uma vaga lembrança de um acontecimento; Manter a capacidade de acompanhar a história de uma novela ou filme; Esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente; Tomar uma decisão errada pontualmente; Ficar confuso sobre o dia da semana em que se encontra, mas lembrar-se mais tarde. William Utermohlen 101 anos, diagnóstico de Alzheimer, perdeu quase todas suas memórias, mas não esqueceu o piano. @estimuladultos Perda de memória Desorientação temporal e espacial Problemas de linguagem Agnosia Problemas de discernimento ou julgamento Perder objetos pessoais Dificuldade para completar tarefas Alterações de comportamento Insônia Alterações visuais A Síndrome do Pôr do Sol é um conjunto de alterações que podem ser desencadeadas pelo entardecer ou falta de luminosidade. Quando o sol começa a se pôr os estímulos visuais do paciente diminuem e esse começa a ficar confuso. Estima-se que a Síndrome do Pôr do Sol afete aproximadamente 30% dos pacientes com Alzheimer e outras demências. Não há vacina para a doença de Alzheimer. Essa abordagem está sendo investigada e é muito promissora. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, da Universidade de Flinders, na Austrália, e do Instituto de Medicina Molecular, também dos EUA. A vacina promete eliminar o acúmulo dessas proteínas e interromper a neurodegeneração. Farmacológico Não Farmacológico Todo pac iente com DA deve ser acompan hado por um e quipe multidisc iplinar. Terapia ocupacional Assistente Social Fisioterapia Nutricionista Aromaterapia Musicoterapia Fonoaudiólogo Educador Físico Psicólogo Segundo Kisner; Colby (2016) apesar de ser uma patologia progressiva, o tratamento fisioterapêutico procura através de vários métodos preservar ou retardar o seu desenvolvimento, buscando a manutenção do indivíduo de uma forma global, com enfoque na reabilitação motora e independência do paciente. Vale lembrar que a fisioterapia deve ser constante e por período indeterminado. As intervenções baseiam-se nas necessidades individuais, com foco na manutenção da capacidade de funcionar no ambiente. Cinesioterapia; Alongamento; Exercício de marcha; Manutenção da ADM: Mobilização articular; Eletroterapia; Hidroterapia; Acupuntura; Pilates; Exercícios ativos, passivos e ativoassistidos; Exercícios resistidos; Exercícios para controle postural; Orientação aos familiares/cuidador. Uma mulher de 85 anos de idade foi avaliada por um neurologista devido à perda de memória de curto prazo. Recentemente, ela foi encontrada perambulando na vizinhança, em busca do caminho para casa. Sua filha descreveu que a paciente apresentou dificuldade na função cognitiva a partir da morte do marido, dois anos antes, e que a família atribuiu a dificuldade ao luto e à depressão. A filha relatou ainda que a mãe caiu muitas vezes nos últimos três meses, e mostrou-se mais cansada com as atividades. No exame cognitivo, a paciente não estava orientada para data ou mês, embora conseguisse identificar o dia da semana e a estação do ano. Conseguiu nomear o Estado, a região e a cidade, mas não a clínica em que estava sendo avaliada. Foi capaz de recordar três palavras imediatamente após serem ditas a ela, embora não tenha conseguido recordar qualquer uma depois de cinco minutos de distração. Pronunciou de forma correta as três primeiras letras de “mundo” de trás para a frente. Conseguiu dar nome a um relógio de pulso, uma caneta e um agasalho, mas não conseguiu dar nome a um botão, uma luva e uma abotoadura. Desenhou corretamente um relógio, mas não foi capaz de ajustar os ponteiros para 9h15. O exame neurológico geral nada revelou, exceto redução ao toque leve e vibração nas extremidades inferiores distais, bem como marcha levemente instável. A paciente foi encaminhada para avaliação e tratamento com fisioterapeuta. Plano de cuidados/metas gerais de fisioterapia: investigar a cognição e a função não cognitiva, inclusive mudanças no afeto, na personalidade e no comportamento; aumentar (ou, pelo menos, minimizar o declínio) a força, a amplitude de movimentos e o equilíbrio; promover movimentos funcionais e reduzir risco de queda. Intervenções de fisioterapia: treinos da mobilidade funcional, de equilíbrio, de resistência da marcha; facilitação dos movimentos normais, exercícios terapêuticos, educação do paciente/família/cuidador. Precauções durante a fisioterapia: quedas. Complicações que interferem na fisioterapia: presença de comorbidades, prejuízos secundários, redução progressiva do estado cognitivo, comportamentos como agitação e síndrome do pôr do sol. Treino de coordenação motora fina para pacientes com déficts cognitivos. Exercício de dupla tarefa motora. Os comandos verbais devem ser claros e simples. Exercício funcional com tarefa motora e cognitiva. Treino de equilibrio e marcha com marcação visual. Exercício de coordenação, comandos, preensão fina, força nas mãos e cognição. Pilates para pacientes com Alzheimer Treino motor de membro superior para força, coordenação e cognição. Alternativa para pacientes acamados. Quem foi ALOIS ALZHEIMER. Disponível em: <https://hospitaldocoracao.com.br/artigos/quem-foi-alois-alzheimer/> Acesso em: 03/04/2021. OLIVEIRA, Amanda Honório de et al. ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO ATENDIMENTO DE PACIENTE COM ALZHEIMER: RELATO DE UM CASO. Orientador: Ma. Ana Cláudia de Souza Costa. 2018. Monografia (Graduação em Fisioterapia) - O Centro Universitário Católico Salesiano, [S. l.], 2018. Diretrizes de diagnóstico da doença de Alzheimer. Disponível em: <https://www.nia.nih.gov/health/alzheimers-disease-diagnostic-guidelines> Acesso em: 03/03/2021. LIMA, Daniele A. Tratamento Farmacológico da Doença de Alzheimer. Revista do Hospital Universitario Pedro Ernerso , [S. l.], ano 7, p. 1-9, 7 jun. 2008. Atuação fisioterapêutica no atendimento de paciente com Alzheimer: relatode um caso / Amanda Honório de Oliveira; Bruna Aparecida de Sá; Nátany Caroline de Souza. – – Lins, 2018. 76p. il. 31cm. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Portaria SAS/MS nº 1.298, de 21 de novembro de 2013. Doença de Alzheimer: O que é, sintomas e tratamentos. Disponível em: <http://hermespardini.com.br/blog/?p=719> Acesso em: 02/04/2021. 10 sintomas da Doença de Alzheimer. Disponível em: <mdsaude.com/neurologia/sintomas-da-doenca-de-alzheimer/> Acesso em: 02/04/2021. A demência não tem cura, mas tem tratamento, sempre tem o que melhorar. Eles podem não saber quem somos, mas nós sabemos quem eles são e que precisam de nós! ... há sempre o que fazer! Autor desconhecido
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