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Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA PROBLEMA 5: NEOPLASIAS DO TRATO GASTROINTESTINAL: FATORES DE RISCO EM CÂNCERES GASTRINTESTINAIS: Diversos fatores de risco são apontados para os cânceres do aparelho digestivo, sejam eles imutáveis (ex.: sexo, idade) ou modificáveis (ex.: estilo de vida). Ressalta-se que a presença de um ou mais desses contribuintes não é um indicador definitivo da ocorrência de neoplasias, assim como sua ausência também não é significativa para a “proteção completa” contra essas doenças. Os principais aspectos modificáveis associados ao desenvolvimento de cânceres no trato gastrintestinal, são: Consumo de bebidas alcoólicas; Tabagismo; Ingestão excessiva de embutidos e carnes defumadas; Consumo de grelhados ou churrasco (presença de aminas heterocíclicas); Ingestão cotidiana de alimentos com corantes alimentícios; Consumo habitual de bebidas quentes (> 60ºC). Também existem fatores de proteção, que estão associados a um menor risco para o desenvolvimento de cânceres do trato digestivo. Nesse grupo, destacam-se: Consumo de frutas e legumes ricos em antioxidantes; Incorporação de mais fibras e ômega 3 e 6 na dieta; Consumo de cereais; Redução na ingesta de alimentos gordurosos; Combate ao tabagismo/etilismo; Prática regular de atividades físicas. TUMORES DO ESÔFAGO: O câncer de esôfago é o oitavo tipo mais comum de neoplasia em todo o mundo, correspondendo à sexta maior causa de morte por câncer (5,7% do total). Essa condição pode apresentar-se de diferentes formas, como: Carcinoma epidermoide esofágico: essa é uma manifestação que surge no epitélio pluriestratificado não queratinizado, acometendo principalmente idosos, o que sugere como principais fatores de risco a exposição prolongada a agentes como álcool e tabaco. A predisposição para esse câncer também é elevada em pacientes com carência de vitaminas, acalasia e com história prévia de neoplasia de cabeça e pescoço. Nessa manifestação, o tumor pode se infiltrar desde camadas iniciais do epitélio até a camada muscular do esôfago, num grande rol de classificações. Classificações do carcinoma epidermoide de esôfago Adenocarcinoma de esôfago: nos últimos 30 anos houve aumento expressivo na incidência dessa forma de câncer, o que se associa com a elevação na prevalência do esôfago de Barrett, que favorece o desenvolvimento de malignidade. Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA Como forma de rastreamento e possível prevenção ao câncer de esôfago, recomenda-se a realização rotineira de biópsias esofágicas em portadores de esôfago de Barrett Evolução do comprometimento pelo esôfago de Barrett até o desenvolvimento de neoplasias Os fatores de rico normalmente são não genéticos, como a infecção por H. pylori e o tabagismo, ambos correlacionados ao agravamento de doenças erosivas. Principais fatores de risco para o câncer de esôfago Normalmente, o quadro clínico inicial do câncer de esôfago é assintomático, no entanto, manifestações começam a surgir com a oclusão do lúmen esofágico, causando disfagia progressiva (sólidos para líquidos). A perda de peso também é um sintoma frequente, ainda que inespecífico. É por esse motivo que, na maior parte dos casos, a doença é detectada em estágios avançados, com por prognóstico. Outros sintomas importantes, associados a complicações da doença, são tosse e febre (resposta a fístulas para o trato respiratório), hematêmese (ou melena), rouquidão e soluços (acometimento de nervos). Ainda que o quadro clínico permita algumas inferências que direcionam para o câncer de esôfago, sua confirmação e estadiamento dependem de exames de imagem, como: Radiografia contrastada: permite localizar adequadamente o tumor, assim como avaliar o comprometimento do lúmen esofágico (alto ou baixo grau) e a formação de fístulas; Endoscopia digestiva alta: não só determina a localização e a extensão da massa, como também permite a coleta de material para análise histopatológica. Podem ser utilizados métodos cromatográficos para ampliar a sensibilidade do exame. Lesões irregulares na mucosa numa cromatoendoscopia (B) e análise histopatológica do tecido lesionado, indicando neoplasia intraepitelial de alto grau (C) Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA Principais aspectos para a diferenciação entre neoplasias de alto e baixo grau Os exames laboratoriais são inespecíficos, apresentando achados condizentes com desnutrição, anemia ou comprometimento metastático. O estadiamento desse tipo de neoplasia se dá a partir da classificação TNM, capaz de delimitar características anatômicas do câncer. Auxiliam nesse processo a tomografia, a PET-scan, e a ultrassonografia endoscópica, capaz de detectar de forma não invasiva a porcentagem da espessura orgânica afetada pelo tumor. Classificação TNM e estádios do câncer de esôfago O tratamento do câncer de esôfago é principalmente cirúrgico (ressecção), principalmente quando o acometimento é local, porém medidas clínicas endoscópicas podem ser utilizadas em pacientes com apresentações precoces. Principais indicações para o tratamento por via endoscópico Tratamento do câncer de esôfago por endoscopia O manejo do esôfago de Barrett também é crucial, evitando a progressão das lesões. A radioterapia pode ser útil em casos de tumores inoperáveis, como método paliativo ou neoadjuvante, seja à distância ou por braquiterapia. Quimioterápicos são utilizados quando há ocorrência de metástases à distância, não sendo empregados Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA rotineiramente como tratamento curativo. TUMORES DO ESTÔMAGO: Os tumores malignos representam a maior parte das neoplasias gástricas, sendo também responsáveis pelo terceiro maior número de óbitos dentre esse grupo de doenças. A população mais acometida por essa doença são os homens (cerca de 2x mais que as mulheres). Frente ao diagnóstico precoce, o prognóstico do paciente é favorável, no entanto, em detecções tardias (mais comuns), há aumento no risco de óbito. Como principais fatores etiológicos, destacam-se: Aspectos ambientais e dietéticos: observa-se que o tabagismo, principalmente quando associado à infecção por H. pylori, representa um importante fator predisponente no adenocarcinoma gástrico (indução a partir da gastrite atrófica e pela liberação de radicais livres). Além disso, dietas ricas em sal e alimentos defumados também são consideradas comportamentos de risco; Grupo sanguíneo e caráter genético: estudos apontam que indivíduos com sangue do grupo A tem maior propensão para esse câncer. Há também associações que indicam elevação do risco em pacientes com parentes de 1º grau com a doença (essa relação não é tão forte como no câncer colorretal); Fatores socioeconômicos: condições sanitárias precárias e a desnutrição são considerados fatores de risco pois afetam o acesso a fatores protetores (ex.: dieta rica em frutas); Condições prévias: a já citada gastrite atrófica tem papel na formação do adenocarcinoma a partir da acloridria (redução da secreção ácida por morte celular), e da metaplasia intestinal (povoamento excessivo do estômago por células da mucosa do intestino). Pólipos gástricos (comuns em idosos) graças a seu caráter hiperplásico e adenomatoso, podem sofrer marginalização, favorecendo assim a infiltração do quadro neoplásico. Quando abundantes, devem ser ressecados. Além disso, cirurgias gástricas também são possíveis “gatilhos” para o quadro, em decorrência da maior acidificação epitelial e do decorrentesupercrescimento bacteriano local. Mecanismos fisiopatológicos no adenocarcinoma gástrico Esse tipo de câncer pode, de acordo com a classificação de Lauren, ser estratificado em dois grupos, o intestinal e o difuso. No primeiro grupo, a mucosa do estômago, principalmente do antro, torna-se muito semelhante à do Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA intestino delgado. Esse é um quadro mais comum em homens com idade avançada e em indivíduos com gastrite crônica com atrofia, com pouca ou nenhuma influência familiar. Mucosa gástrica alterada, com formações parecidas com vilosidades. Há perda da arquitetura celular típica do estômago No câncer difuso, por sua vez, células isoladas são responsáveis por modificar a estrutura gástrica, estando fortemente associado a fatores genéticos. Anatomicamente, os locais mais atingidos são o fundo e a cárdia e, para a epidemiologia, mulheres jovens representam um contingente bastante acometido. Presença de adenocarcinoma difuso, alterando a conformação gástrica O quadro clínico não apresenta sintomas específicos, com suas manifestações precoces sendo comumente assintomáticas. No momento do diagnóstico, as apresentações contam com dor epigástrica e perda de peso, sendo necessário avaliar o tempo de evolução destes (alerta se > 30 dias). Quando a doença está em seu estado avançado, os sintomas gástricos só permanecem se o tumor estiver alojado junto a cárdia ou o piloro, situações marcadas por disfagia e estase do conteúdo gástrico. A hemorragia digestiva alta não costuma ocorrer com frequência, mas sinais e sintomas sistêmicos, como anemia, dispepsia, perda de apetite e alterações no trânsito intestinal são mais comumente observados. Náuseas, vômito e saciedade precoce são sintomas indicativos de infiltração tumoral na parede do estômago e início da ocupação luminal. Se houverem lesões ulceradas, elas podem sangrar de forma imperceptível, ou causar hematêmese/melena. O exame físico não é de muita ajuda para o diagnóstico (a presença de tumor palpável indica impossibilidade de ressecção), porém ascite, edema de membros inferiores, hepatomegalia e obstrução intestinal indicam manifestações extra gástricas. Esses achados podem ser confirmados pelo exame ginecológico e pelo toque retal. O método padrão-ouro para o diagnóstico do adenocarcinoma gástrico é a endoscopia digestiva alta, que possibilita identificar e biopsiar as lesões, classificando sua evolução em precoce ou avançado (classificação de Bormann). Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA Tabela de classificação de lesões precoces (superior) e câncer precoce tipo 0-IIc Achados endoscópicos e a classificação de tumores avançados (na imagem inferior A =tipo 1 / B = tipo 2 / C= tipo 2 / D = tipo 4) A ultrassonografia endoscópica também pode ser utilizada para avaliar a “profundidade” da neoplasia e sua capacidade de ressecção, ainda que apresente menor sensibilidade para a avaliação linfonodal. Esse problema é sanado pela tomografia, que avalia a extensão geral do tumor e de seus comprometimentos, detectando cadeias linfonodais acometidas e possíveis metástases. Mais uma vez, o estadiamento dessas lesões conforme o sistema TNM é crucial, pois a coleção de dados obtidos pelos exames de imagem e histopatológicos podem definir a conduta clínico-cirúrgica mais adequada ao caso. Estadiamento para o adenocarcinoma gástrico O tratamento do adenocarcinoma tem como “procedimento padrão” a gastrectomia com esvaziamento linfonodal, que pode, em pacientes sem metástases, ser feita tanto de forma aberta, quando endoscópica. A recorrência do tumor pode ocorrer, mas somente na presença de quadros metastáticos hematogênicos. Dependendo do grau de comprometimento gástrico, a cirurgia de ressecção pode ser total ou subtotal, sendo que, sempre que possível, esse último deve ser preferido, por causar menos complicações e apresentar sobrevida elevada. A quimioterapia adjuvante, junto a radioterapia, apresenta finalidade paliativa em pacientes com doença avançada. ADENOCARCINOMA COLORRETAL: O câncer colorretal (CCR) corresponde ao terceiro tipo de tumor maligno mais comum em homens e ao segundo dentre as mulheres, sendo bastante prevalente em áreas mais desenvolvidas economicamente. Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA O fator de risco mais relevante é a idade, com a incidência desse quadro aumentando gradualmente a partir dos 50 anos. Ainda dentre aspectos predisponentes não modificáveis, nota-se que a população judia Ashkenazi apresenta maior incidência para o CCR, o que pode estar associado a uma mutação no gene da polipose adenomatosa. Removendo-se esse grupo, caucasianos são a etnia com maior número de nos casos. Histórico familiar (polipose adenomatosa familiar – PAF e síndrome do câncer colorretal hereditário sem polipose – HNPCC), realização de cirurgias prévias ou radioterapia, e a doença inflamatória intestinal também elevam a possibilidade de desenvolvimento do CCR. Nos fatores de risco modificáveis, destaca-se a dieta, com o consumo elevado de carne vermelha e gorduras, e a baixa ingesta de fibras. O sedentarismo também é um importante contribuinte, junto ao tabagismo. A influência dos alimentos nesse processo fisiopatológico reside na produção de radicais livres e de componentes nitrosos, estes últimos diretamente carcinogênicos. Alguns medicamentos podem se inserir como fatores de produção para o CCR, como os AINES e os fármacos para terapia de reposição hormonal, porém seus efeitos adversos impedem que eles sejam efetivamente empregados como profilaxia. Fatores de risco e protetores para o desenvolvimento de câncer colorretal Na avaliação cirúrgica, quatro tipos de lesões podem ser associados ao adenocarcinoma colorretal: ulcerada (mais comum, de contorno circular irregular e bordas altas), polipoide (aspecto de cogumelo), anular (estenoses principalmente no cólon esquerdo, podendo afetar todo o seu contorno), e infiltrativas (causam espessamento difuso da mucosa do sigmoide e reto, sem formar lesões). Tais achados podem ser classificados por meio da classificação de Bormann, organizada em níveis de I a IV. Principais tipos de lesões e sua classificação no câncer colorretal A diferenciação histológica é de grande importância para a definição do prognóstico, sendo o tipo mais comum o moderadamente diferenciado (sobrevida de 5 anos ocorre em 61% dos pacientes). Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA O acometimento linfonodal também segue esse padrão, ocorrendo mais frequentemente em formações com baixo grau de diferenciação. O desenvolvimento de metástases pode ocorrer tanto por meio da disseminação hematogênica (caráter sistêmico), quanto por passagem linfática (importante para o planejamento cirúrgico), transperitoneal, ou contiguidade (contato comprime estruturas próximas). Os principais focos de metástase são os ossos, pulmões e o fígado, sendo esse normalmente o mais afetado, em decorrência de seu papel na drenagem do cólon. Mecanismo para a formação de metástases No quando clínico, os sintomas mais associados a quadros de CCR são: Sangramento anal: principalmente e pacientes mais velhos, esse sinal pode demonstrar negligência no autocuidado, o que afeta as chances de diagnóstico precoce e justifica a necessidade de investigação; Alterações do hábito intestinal: oscilações, seja para a diarreia ou para a constipação, são comuns, devendo ser valorizadas. São mais presentes quando o acometimento se dá no cólon distal, pois possui menor calibre; Dor abdominalinespecífica; Perda de peso; Eliminação de muco nas fezes; Febre esporádica; Anemia: pode ser decorrente de lesões do cólon proximal, que promovem sangramentos. O diagnóstico e consequente estadiamento do adenocarcinoma colorretal pode ser amparado por diversos exames, como: Exame proctológico completo: a inspeção do canal anal permite identificar pólipos extrusos ou lesões importantes. O toque retal, também pode identificar e avaliar características de lesões típicas, formulando suspeitas diagnósticas; Anuscopia e retossigmoidoscopia rígida: a anuscopia pode ser utilizada para identificar a fonte de sangramentos ativos, confirmando ou não a possibilidade de doença hemorroidária. Avaliação de lesões anais pela anuscopia A retossigmoidoscopia, por sua vez, permite uma análise muito mais extensa, percorrendo até 25cm do cólon, observando a presença e a Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA característica de lesões, realizando coleta para biópsia; Comparação entre o avanço da sigmoidoscopias (verde) e da colonoscopia (roxo) Colonoscopia: representa o exame padrão ouro para a detecção precoce do CCR, pois consegue não somente realizar o diagnóstico como também tratar imediatamente quaisquer pólipos, que serão levados para análise histopatológica; Classificação de lesões neoplásicas segundo a classificação de Borrmann (descrita anteriormente) Tomografia: sua principal utilidade é detectar lesões secundárias em órgãos ou linfonodos toracoabdominais; Ressonância magnética: esse exame permite detectar as relações topográficas entre o tumor e os órgãos adjacentes ao cólon, como as vias urinárias, próstata e útero, avaliando a possibilidade de metástase. Pode ser usada também no pós-operatório como “monitor de recidivas”; Tomografia por emissão de pósitrons (PET): apresenta toda a utilidade da tomografia, acrescida da análise fisiológica dos tecidos, obtida a partir da emissão de marcadores de atividade bioquímica. É, portanto, um importante método de controle pós-operatório; Atividade tumoral (indicada pela seta) em tomografia por emissão de pósitrons Ultrassonografia endorretal: apresenta como principal vantagem a capacidade de discernir as camadas do reto, identificando o ponto de infiltração tumoral, porém é um método pouco aceito pelo paciente e que apresenta grande dependência do operador; Antígeno carcinoembrionário (CEA): esse marcador tumoral está presente apenas no cólon de neonatos e em células tumorais, sendo, portanto, um indicativo bastante sensível e específico para o câncer. Pode ser utilizado tanto para estimar o prognóstico quanto para detectar picos de recorrência tumoral. Definição em estádios para o câncer colorretal, estabelecida a partir de exames de imagem O principal componente do tratamento para o CCR é a ressecção cirúrgica com Júlia Figueirêdo – DOR ABDOMINAL, DIARREIA, VÔMITO E ICTERÍCIA margens adequadas, evitando a disseminação local ou hematogênica (necessidade de controle vascular) do tumor. O tratamento adjuvante está indicado para quadros com estadiamento 2 de alto risco ou 3, observando-se que o uso de quimioterapia nessa população aumenta a sobrevida, ainda que exista risco de recorrência. Pode também ser recomendado para manifestações extraperitoneais sem sucesso cirúrgico. MEDIDAS DE RASTREAMENTO NO CÂNCER COLORRETAL: O rastreamento para o CCR pode ser realizado a partir da pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopias. A importância dessa investigação é a possibilidade de detecção e tratamento precoce de lesões neoplásicas, tendo como propósito a redução na morbimortalidade. Idealmente, de acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado submeter a esse processo todo indivíduo adulto de 50 a 75 anos. No entanto, como essa é uma estratégia com elevado custo e baixa viabilidade, atualmente devem ser implementadas campanhas que objetivem o diagnóstico precoce, informando a população e os profissionais de saúde sobre os sinais de alerta e facilitando o acesso a centros diagnósticos para casos suspeitos. Para a população acima de 76 anos, o rastreamento de rotina não é recomendado, pois há menor incidência de casos nessa faixa etária (se rastrear antes, não é mais necessário).
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