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Câncer Colorretal Luan M. Adenocarcinoma – 95% dos casos Esse adenocarcinoma é originado a partir de pólipos intestinas, que podem ser cesseis (não tem haste) ou pólipos pediculados, e essa transformação vai acontecer até formar o câncer. Tipo de câncer Esporádico • Mais prevalente • +60 anos • Lesão única • Não tem história familiar Familiar • Herança sutil • Abaixo de 50 anos Hereditário • Consegue definir síndrome genética, a base genética da doença o Polipose adenomatosa familiar (PAF) o Câncer de colorretal não poliposo hereditário (CCNPH/ SINDROME DE LINCH) • Abaixo de 40 anos • Lesões múltiplas Fatores de risco • Dieta/obesidade – pobre em fibras, rica em carboidrato e carne vermelha • Tabagismo • Etilismo • Infecção por Streptococcus bovis Formas de disseminação • Via Linfática • Via Sanguínea • Celômica – por cavidades – principalmente por peritônio • Continuidade Fisiopatologia Sequência Adenoma-Carcinoma, leva geralmente 10 anos para ocorrer 1.Mutação do gene APC – gene supressor de tumor, quando está em boa atividade impede que a célula se prolifere sem controle e ocorre a displasia 2.Alterações na metilação do DNA – leva a transformação da displasia para um adenoma 3.Mutação no gene K-RAS – vira um adenoma tipo 2 4.Mutação do gene P53 – marca o processo de adenoma para carcinoma (só está até a muscular da mucosa) – o gene P53 funcionando normalmente, é responsável por fazer a apoptose 5.pode haver invasão da submucosa Tipos de Lesões Lesão polipoide – mais comum no lado direito Lesão anular – mais com no lado esquerdo, ela faz uma condição de constrição no local o que leva a uma condição de obstrução Síndromes genéticas Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) • É autossômica dominante • Lesão múltiplas • Tem 2 variantes o Gardner – Associação do câncer colorretal com câncer de tecido mole o Turcot – Associação do câncer colorretal com tumores do sistema nervoso central (medoblastoma) → T de tubo neural (pra lembrar que afeta o SNC) Rastreamento da PAF • Colonoscopia anual, a partir de 10- 12 anos • Endoscopia digestiva alta (EDA) a cada 1 a 3 anos a partir dos 20 – 25 anos • Exame anual de tireoide Câncer colorretal não Poliposo Hereditário (CCHNP) • É autossômica dominante • Lesões mais do lado direito, no cólon ascendente ou ceco • Apresenta subgrupos o Tipo 1- apenas câncer colorretal o Tipo 2 – desenvolve outros cânceres – Câncer ginecológicos, gástrico, delgado, Próstata, Pelve renal, Ureter Diagnostico da síndrome de linch -> através dos Critérios de Amsterdam (tem que ter os 4) 1- Presença de câncer colônico ou qualquer outro câncer relacionado a HPNCC diagnosticado histologicamente em 3 ou mais familiares, sendo que um deles tem que ser obrigatoriamente parente de primeiro grau dos outros dois 2- Pelo menos um caso de câncer colorretal se desenvolver antes dos 50 anos 3- Câncer colorretal envolvendo pelo menos duas gerações 4 – Ausência de uma síndrome de polipose hereditária Rastreamento de CCHNP • Colonoscopia a cada 2 anos, a partir de 20 anos e anual a partir dos 40 anos • Investigar câncer ginecológico – fazer exame pélvico, biopsia a cada 1 ou 2 anos a partir dos 25 /35 anos • Investigar sistema urinário – fazer ultrassom e exame de urina a cada 1 ou 2 anos a partir dos 30/35 anos Rastreamento de CA esporádico • A partir dos 50 anos • Colonoscopia a cada 10 anos ou colposcopia virtual a cada 5 anos ou uma retossigmoidoscopia a cada 5 anos • Se por acaso tiver alguma lesão da retossigmoidoscopia tem que obrigatoriamente fazer a colonoscopia • Caso não tenha como realizar esses exames, verifica sangue oculto nas fezes e se for positivo, fazer a colonoscopia • Se tiver história positiva na família, começa os exames com 40 anos e faz a colonoscopia a cada 5 anos Quadro Clinico Sinais e sintomas • Alteração do hábito intestinal – tanto pra mais, quanto pra menos • Perda ponderal • Dor Abdominal – na maioria das vezes, dor inespecífica • Anemia • Hiporexia • Asternia Se o câncer desenvolve no lado direito do colón, geralmente • Sangramento intestinal • Anemia • Diarreia Se o câncer desenvolve no lado esquerdo do colón, geralmente • Alteração do habito intestinal Se o câncer desenvolve apenas no reto, geralmente • Hemaquezia/enterorragia • Constipação • Fazer exame proctologico – as vezes pode verificar a lesão Tratamento Cirurgia – mais adequado pra tratar de forma curativa Curativo para: • Doença precoce: T1N0M0 • Doença localizada: estádio I-III • Doença metastática limitada ao fígado e pulmão: IV Doença precoce: Classificação de paris • é uma classifica endoscópica • define as características da lesão, pode ser: ➢ protruso, peduncular ➢ Superficial e elevado ➢ Superficial e depressão ➢ Protruso, séssil ➢ Achatado ➢ Escavada ➢ Define também a parte histológica, até que grau ta na invasão, para isso tem que está até a lamina própria (M2) Realiza mucosectomia no cólon (tratamento menos invasivo) para: ➢ Lesão bem ou moderadamente diferenciada confinada à mucosa ➢ Tipo 0 – IIa <2cm ➢ Tipo 0 – Iib ou c <1cm Cirurgia aberta ou videolaparoscopia ➢ Hemicolectomia direita (extendida) – se for do lado direito ➢ Hemicolectomia esquerda (extendida) ➢ Retossigmoidectomia – se for tumor de reto Colectomia total com anastomse ileorretal Em casos de: ➢ Síndrome de Lynch ➢ PAF ➢ Tumores sincrônicos Cirurgia no câncer de reto ➢ Excisão transanal: doença precoce (T1-2) ➢ Retossigmoidectomia: distante 5 cm da borda anal ➢ Amputação abdomino-perianeal: acometimento do esfíncter Tratamento Neoadjuvante ➢ Quimioterapia ➢ Radioterapia ➢ Câncer de reto: tentar polpar o esfíncter e diminuir recidiva Tratamento Adjuvante Quimioterapia adjuvante ➢ Estádio III: T3 ou T4 ou N+ ➢ FOLFOX ou CapeOX de 3- 6 meses Acompanhamento de longo prazo Condições de mal prognóstico ➢ Obstrução ➢ Perfuração ➢ Ulceração ➢ CEA elevado Condições de mal prognóstico em doença metastática ➢ Lesão metastática maior que 5cm ➢ Intervalo livre de doença menor que 1 ano ➢ Mais de 1 tumor ➢ Linfonodo positivo ➢ CEA > 200ng/ml
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