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TC - Patricia 7 periodo com resumo

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
PATRÍCIA ARAÚJO BELLONI 
NOGUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, 
principalmente durante uma pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE – MG 
2021 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
PATRÍCIA ARAÚJO BELLONI NOGUEIRA 
 
 
 
 
 
A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, 
principalmente durante uma pandemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em 
Educação Física
Universidade Paulista – Polo Belo Horizonte. 
Orientação: Vanessa Santhiago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE – MG 
2021 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus que preservou a mim e meus familiares do COVID-
19, permitindo que eu tivesse condiçoes físicas e psicológicas para prosseguir com meus sonhos 
e realizá- los. 
A minha família que me deu todo apoio para cursar a faculdade, principalmente neste 
período de pandemia. 
A minha mãe pelas orações diárias as quais me mantiveram firme e não me deixaram 
desanimar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus filhos que foram 
os grandes estímulo para conclusão de mais 
uma graduação. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Enquanto atravessamos a pandemia do coronavírus, uma outra epidemia, a de 
obesidade infantil, acomete cerca de 380 milhões de crianças e adolescentes em todo o 
mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. E o Brasil contribui significativamente 
para essa preocupante estatística: hoje, 1 em cada 3 crianças e adolescentes, com idade entre 
5 e 19 anos, está com excesso de peso ou obesidade e, entre os adolescentes, a obesidade 
grave saltou de 17% para 28% na última década, segundo o Panorama da Obesidade em 
Crianças e Adolescentes. Projeções da OMS indicam que podemos ocupar o 5° lugar na lista 
de países com maiores índices de obesidade infantil em 2030. 
Os principais fatores de risco que proporcionam a obesidade infantil, que são eles: o 
desmame precoce do aleitamento materno, introdução de alimentos inadequados, emprego 
de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, inatividade física, redução das horas 
diárias de sono, menor escolaridade e refeições escolares inadequadas. Os principais 
benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil são queima de calorias e 
evitando o excesso de peso, promove melhor qualidade de vida na infância, adolescência, 
adultos e na idade acima de 60 anos. 
O Profissional de Educação Física no exercício da sua função é qualificado no 
desenvolvimento de atividades físicas, nas suas diversas manifestações - exercícios físicos, 
curso de primeiros socorros que tenha práticas de atividades físicas, musculação, desportos, 
jogos, lutas, capoeira, ginásticas, danças, recreação, reabilitação, artes marciais, atividades 
rítmicas, expressivas e acrobáticas, relaxamento corporal, bem como exercícios 
compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais. Os benefícios 
da atividade física no controle da obesidade infantil são inúmeros, como por exemplo: 
prevenção de alterações metabólicas, prevenção de doenças crônicas cardiovasculares, 
melhoramento na qualidade do sono, desenvolvimento intelectual, controle de estresse e 
bem-estar com a estética corporal. 
 
Palavras-chave: Obesidade, Infância, Educação Física, Benefícios 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
As we go through the coronavirus pandemic, another epidemic, that of childhood obesity, 
affects about 380 million children and adolescents worldwide, according to the World Health 
Organization. And Brazil contributes significantly to this worrying statistic: today, 1 in every 3 
children and adolescents, aged between 5 and 19 years, are overweight or obese and, among 
adolescents, severe obesity has jumped from 17% to 28% in the last decade, according to the 
Panorama of Obesity in Children and Teens. WHO projections indicate that we can occupy the 
5th place in the list of countries with the highest rates of childhood obesity in 2030. 
The main risk factors that provide childhood obesity, which are: early weaning from 
breastfeeding, introduction of inappropriate foods, use of improperly prepared milk formulas, 
physical inactivity, reduced daily sleep hours, less schooling and inadequate school meals . The 
main benefits of physical activity in the control of childhood obesity are burning calories and 
avoiding excess weight, promoting a better quality of life in childhood, adolescence, adults and 
over the age of 60 years. 
The Physical Education Professional in the exercise of his / her function is qualified in the 
development of physical activities, in its various manifestations - physical exercises, first aid 
course that has practices of physical activities, weight training, sports, games, fights, capoeira, 
gymnastics, dances , recreation, rehabilitation, martial arts, rhythmic, expressive and acrobatic 
activities, body relaxation, as well as compensatory exercises to work and daily activities and 
other bodily practices. The benefits of physical activity in the control of childhood obesity are 
numerous, such as: prevention of metabolic changes, prevention of chronic cardiovascular 
diseases, improvement in sleep quality, intellectual development, stress control and well-being 
with body aesthetics. 
Keywords: Obesity, Childhood, Physical Education, Benefits. 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO 6 
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7 
CAPÍTULO II – METODOLOGIA 8 
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO 9 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 
APÊNDICE (SE HOUVER) 13 
ANEXO I (SE HOUVER) 14 
 
5 
INTRODUÇÃO 
 
As questões ambientais são as principais causadoras de obesidade infantil , o 
aumento desses índices coincide com mudanças significativas no estilo de vida das famílias 
brasileiras nos últimos anos. As crianças não têm quase espaço para atividades físicas, 
consomem uma dieta monótona, rica em alimentos altamente calóricos, ficam muito tempo 
de seu dia em frente a aparelhos eletrônicos, o que conduz ao sedentarismo. 
Em tempos de pandemia, esses desafios são ainda maiores, com a limitação da 
circulação das pessoas e o excesso do uso de telas. Para a maioria das famílias, a 
insegurança nas ruas e a escassez de espaços ao ar livre que estimulem a circulação e a 
brincadeira dificultam ainda mais esse cenário. 
 Conceitualmente, a obesidade pode ser considerada como acúmulo de tecido 
gorduroso, regionalizado ou em todo corpo [...] Fisberg (1995). Contudo, para uma criança 
é mais do que isso. A obesidade para esse grupo de pessoas pode acarretar em distúrbios 
psicológicos, pode afetar seu desenvolvimento motor, pode comprometer sua autoestima, 
implicar em diabetes, e acarretar doenças crônicas na vida adulta, resultando em uma pior 
qualidade de vida e maiores custos para o sistema de saúde. 
Para Torriente e col (2002), a obesidade tem aumentado de forma alarmante em 
países desenvolvidos e em desenvolvimento, constitui o principal problema de má nutrição 
de adulto e é uma enfermidade que se tem visto aumentada notoriamente na população 
infantil. A obesidade infantil, acomete cerca de 380 milhões de crianças e adolescentes em 
todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. E o Brasil contribui 
significativamente para essa preocupante estatística: hoje, 1 em cada 3 crianças e 
adolescentes, com idade entre 5 e 19 anos, está com excesso de peso ou obesidade e, entre 
os adolescentes, a obesidade grave saltou de 17% para 28% na última década, segundo o 
Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes. Projeções da OMS indicam que 
podemos ocupar o 5° lugar na lista de países com maiores índicesde obesidade infantil em 
2030. 
Como o sobrepeso infantil está intimamente ligado a fatores externos, é de extrema 
importância o papel de um profissional de educação física que auxilie tanto no processo de 
emagrecimento, quanto na orientação da atividade física tirando a criança de frente de 
aparelhos eletrônicos e promovendo nela à vontade de praticar atividade física. 
 
 
6 
 
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
É o capítulo dedicado à “Fundamentação teórica”. Neste momento inicial, importa 
apresentar os autores e as teorias que fundamentam o trabalho, bem como justificar a escolha 
a partir da temática que é analisada. É obrigatória a inclusão de autores debatidos ao longo do 
curso, mas a lista não se restringe a eles. Deve apresentar a revisão bibliográfica pertinente, na 
qual serão comentados todos os trabalhos pesquisados referentes ao tema estudado. 
 
1.1. OBESIDADE 
 
Na definição Leite (1996): a obesidade é um distúrbio complexo relacionado com 
numerosos fatores que desequilibram o balanço energético e é, em geral, doença. Esses 
numerosos fatores podem ser resumidos em externos e internos. Os primeiros são: a 
violência excessiva cada vez mais freqüente, a tecnologia que impede o gasto energético no 
dia a dia, o capitalismo onde as pessoas estão muito preocupadas em trabalhar mais para 
ganhar dinheiro. Os segundos são aqueles fatores genéticos, onde pai e mãe são obesos e o 
filho também herda esta característica. 
Pode-se verificar que à medida que o peso corporal aumenta as conseqüências na 
saúde da pessoa, podendo levar inclusive a morte. Neste sentido Bray (2003) afirma: o peso 
corporal aumentado está associado ao risco de mortalidade também aumentado. Bray 
(2003) afirma ainda que as condições físicas, sociais e psicológicas associadas com a 
obesidade são: osteoartrite, diabete melito não insulino dependente, hiperlipidemia, doença 
cardíaca, acidente vascular cerebral, hipertensão, alguns tipos de câncer, doença da vesícula 
biliar, gota, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e distúrbios de humor. 
Psicossocialmente, o indivíduo com excesso de peso é vítima de um grande 
preconceito. Estas pessoas sofrem uma imensa pressão da sociedade, que as rotulam como 
preguiçosas e gulosas. Neste sentido Bray (2003) preceitua que: indivíduos com sobrepeso 
ficam expostos às conseqüências da desaprovação pública devida à gordura em excesso. 
 
1.2. TIPOS DE OBESIDADE 
 
A medida usada para calcular a quantidade de massa corporal presente em indivíduos é 
o IMC (Índice de massa corporal). O cálculo do IMC é feito da suinte forma: o peso 
dividido por sua altura elevada ao quadrado. Segundo a OMS (Organização Mundial de 
Saúde), a partir do cálculo do IMC, indivíduos adultos podem ser classificados como 
portadores de déficits de peso (IMC < 18,5 Kg/m2), de excesso de peso (IMC ≥ 25 Kg/m2) 
ou de obesidade (IMC ≥ 30Kg/m2). (Ibge, 2003). 
 
Para fundamentar este estudo é necessário conhecer os níveis de obesidade, utilizando 
com este fim o IMC. Dessa forma relata Poston e col (2003): dentro da categoria obesidade, 
três níveis de gravidade podem ser desenvolvidos: classe I (IMC = 30 a 34,9), classe II 
(IMC = 35 a 39,9) e classe III (IMC > 40). O grau de excesso de peso do indivíduo sinaliza 
qual a melhor estratégia para se ter à redução de seu peso e quais as complicações de saúde 
essas pessoas estão expostas. De acordo com a tabela a seguir, pode-se verificar a 
classificação da obesidade: 
 
CLASSIFICAÇÃO IMC RISCOS À SAÚDE 
 
Abaixo do Peso 
 
< 18,5 
Baixo (mas com risco 
aumentado de outros 
problemas clínicos) 
Faixa Normal 18,5 a 24,9 Médio 
Sobrepeso 25 ou maior 
Pré Obeso 25 a 29,9 Aumentado 
Obeso Classe I 30 a 34,9 
Moderadamente 
aumentado 
Obeso classe II 35 a 39,9 Severamente aumentado 
Obeso Classe III 40 ou maior 
Muito Severamente 
aumentado 
De Seidell (2003) 
 
 
 
De acordo Bouchard (2003): o sobrepeso é, sob vários aspectos, muito diferente da 
obesidade. É óbvio que a obesidade caracteriza-se por um excesso significativamente maior 
de peso e, particularmente, de massa de tecido adiposo, do que o sobrepeso; entretanto, a 
situação é ainda mais complexa. Relativamente à aparência física Viuniski (2000) reforça 
que: o diagnóstico da obesidade nas crianças e adolescentes é, essencialmente, visual. Não 
estamos afirmando que basta olhar para um jovem para dizer se ele é obeso ou não, mas 
sabemos que o aspecto físico nos dará bases para quase nunca errar. 
O IMC é bem representativo, porém para os adultos, é preciso considerar a faixa etária. 
A tabela abaixo mostra o índice de massa corporal a partir do qual é identificado sobrepeso 
ou obesidade conforme o sexo e a idade. Considerando estes fatores, Viuniski (2001) 
constata: essa nova tabela, por ser menos arbitrária, mais universal e mais representativa do 
que as outras que vinham sendo usadas, deverá ser um instrumento útil para fornecer um 
levantamento internacional da prevalência da obesidade em crianças e adolescentes. 
 
 
 
Idade (anos) 
Criança acima do Peso Criança Obesa 
Meninos Meninas Meninos Meninas 
2 18,4 18 20,1 20,1 
4 17,6 17,3 19,3 19,1 
6 17,6 17,3 19,8 19,7 
8 18,4 18,3 21,6 21,6 
10 19,8 19,9 24 24,1 
12 21,2 21,7 26 26,7 
14 22,6 23,3 27,6 28,6 
16 23,9 24,4 28,9 29,4 
18 25 25 30 30 
 
De Viuniski (2001) 
 
 
 
A circunferência abdominal e as medidas de dobras cutâneas são de fácil mensuração e 
demonstram como a gordura está distribuída no corpo. Mediante isso, Dionne e Tremblay 
(2003) demonstram: a porcentagem de gordura corporal é muito mais precisa na indicação 
de obesidade, mas esta medida implica o uso de técnicas específicas, como pesagem 
hidrostática, pletismografia, impedância elétrica ou diluição isotópica – técnicas que não 
estão geralmente disponíveis em ambientes clínicos. As medidas antropométricas, como 
espessura das dobras cutâneas e circunferência abdominal, são ambas utilizadas em clínicas 
devido à facilidade com que podem ser medidas. A razão cintura – quadril é também muito 
útil, sendo uma estimativa fácil de ser obtida da obesidade abdominal, oferecendo 
informações práticas sobre a distribuição do acréscimo de gordura. 
Dependendo de onde a gordura está mais localizada o individuo tem mais ou menos 
chances de adquirir certas doenças e tem aumentada ou diminuída a probabilidade de 
mortalidade. Os tipos de fenótipos da obesidade sob uma perspectiva anatômica segundo 
Dionne e Tremblay (2003) são: tipo I que é caracterizada pelo excesso de massa corporal ou 
porcentagem de gordura distribuída por todo corpo; tipo II que se constitui a forma 
andróide, caracterizada pelo acúmulo de gordura do tronco, particularmente no abdômen. É 
principalmente encontrada em homens e tem associação com hipertensão e diabete melito. A 
obesidade tipo III é o acúmulo excessivo de gordura no compartimento visceral. A tipo IV 
corresponde a forma feminina, em que o acúmulo de gordura concentra-se na parte inferior 
do corpo, essa forma de obesidade também é chamada de ginecóide. 
As crianças obesas, geralmente, apresentam gordura tipo I, ou seja, a gordura não está 
concentrada em determinado lugar do corpo. Para Viuniski (2000) nas crianças menores 
 
encontramos mais freqüentemente a obesidade generalizada, sem um nítido predomínio de 
distribuição da adiposidade. À medida que vão crescendo, o tipo de obesidade é melhor 
definido. 
 
1.3. CAUSAS 
 
A genética é um dos fatores internos que desencadeia a obesidade. Viuniski (2000) 
informa que: estudos clássicos em famílias de obesos revelaram que se ambos os pais forem 
obesos, 2/3 dos filhos serão obesos. Se somente um dos pais for obeso, o risco de obesidade 
nas suas crianças cai para 50%. Se ambos os pais forem pessoas magras, as suas crianças 
terão um risco de menos de 10 % para obesidade. 
Viuniski (2000) classifica obesidade adquirida por fatores internos comoobesidade 
endógena. Aluns exemplos de obesidade endógena são: o Hipotireoidismo (diminuição dos 
hormônios tireoidianos), a queima deficiente de calorias (deficiência na oxidação de 
gorduras que pode variar de pessoa para pessoa), a gravidez e o transtorno do comer 
compulsivo. 
A obesidade relacionada as fatores externos requerem mudança hábitos de vida como: 
tornar-se uma pessoa mais ativa – substituindo rotina sedentária por uma rotina mais ativa, 
reduzindo a quantidade de gordura ingerida. Neste sentido, Salbe e Ravussin (2003) 
afirmam que: de fato, o aumento da prevalência de obesidade surgiu paralelamente ao 
aumento do conteúdo de gordura na alimentação e ao decréscimo da atividade física. 
Geralmente fatores internos e externos interagem.Dessa maneira, Dionne e Tremblay 
(2003) ressaltam que as variações individuais da gordura corporal são causadas pela 
interação complexa entre fatores genéticos, psicológicos, sociais, nutricionais e de atividade 
física. Portanto, é muito difícil estabelecer a causa subjacente exata que dá início à 
obesidade ou que possa implementar um tratamento efetivo voltado para sua prevenção e 
cura. 
 
1.4. A ATIVIDADE FÍSICA NO COMBATE A OBESIDADE INFANTIL 
 
A obesidade além de afetar a estética, intrinsicamente afeta o campo psicológico da 
criança no meio social (OLIVEIRA;COSTA, 2016). 
Nesse sentido Oliveira e Costa (2016), ressaltam a ideia que tornar as crianças 
conscientes sobre os benefícios de um estilo de vida equilibrada e mais saudável é 
prioritariamente função dos genitores ou responsável legal, que atuam juntamente com o 
desenvolvimento educacional, bem como nutricional. Nas instituições de ensino, deve ser 
proporcionada à criança a prática de atividades físicas regulares e orientações de hábitos 
 
alimentícios adequados, devidamente supervisionados por um profissional de Educação 
Física, de forma diversificada para que se tenha toda a amplitude de movimento, 
desenvolvendo a sua psicomotricidade. 
Aliada à atividade física, deve-se desenvolver um trabalho junto às crianças, de forma 
que aprendam a escolher bem seus alimentos. Para Oliveira e Costa (2016), a obesidade sem 
sombra de dúvida é caracterizada como um estado clínico de doença. 
Bouchard, 2003 preceitua que ter uma boa alimentação, se exercitar pelo menos três 
vezes por semana, mantendo esses bons hábitos, é uma forma de lutar contra a obesidade, 
pois, a obesidade desencadeia uma serie de doenças crônicas e degenerativas como diabetes, 
hipertensão etc. 
Segundo Lazzoli et al. (1999) é mais provável que uma criança fisicamente ativa se 
torne um adulto também ativo com qualidade de vida saudável, diminuindo a ocupação de 
leito hospitalar por consequência de terminada doença relacionada ao histórico de estado de 
saúde (LAZZOLI et al., 1998). 
 De acordo Lazzoli et al. (1999) vale ressaltar que a atividade física ou exercício 
regular é qualquer movimento muscular como resultado de contração muscular que 
proporciona aumento de gasto energético acima do repouso (LAZZOLI et al., 1998). 
Dessa forma o Profissional de Educação Física no exercício da sua atribuição é o 
profissional qualificado para prescrição dessas atividades, nas suas diversas manifestações 
exercícios físicos, primeiros socorros na atividade física, musculação, desportos, jogos, 
lutas, capoeira, ginásticas, danças, recreação, reabilitação, artes marciais, atividades 
rítmicas, expressivas e acrobáticas, relaxamento corporal, bem como exercícios 
compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais 
(CONFEF,2002). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
CAPÍTULO II – METODOLOGIA 
 
 
Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a finalidade de 
agrupar e sintetizar o conhecimento já existente sobre a temática. A revisão integrativa é 
um método de pesquisa que permite a utilização de estudos publicados baseado em 
evidências. Tem como finalidade sintetizar resultados de pesquisas sobre um tema ou 
questão, além de apontar lacunas do conhecimento para realização de novos estudos 
(MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). 
Para a realização desta revisão efetuou-se uma pesquisa através do motor de busca 
“Google” e de websites Institucionais, utilizando os seguintes termos chave: “obesidade 
infantil”, “Atividade física para tratamento da obesidade”, “sedentarismo”, “sobrepeso”, 
”epidemiologia da obesidade infantil”. Além de livros, monografias e TCC’s de graduação, 
fazendo um levantamento sob o ponto de vista de vários autores, de dados epidemiológicos, 
fatores, conseqüências e tratamento da obesidade. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
CAPÍTULO III – ANÁLISE DA PESQUISA 
 
 
Para que uma criança se sinta entusiasmada a realizar uma atividade física, esta 
deverá ser fundamentalmente prazerosa. Trombetta e Col (2002) dizem que um programa 
de treinamento físico deve constar de exercícios aeróbios, cíclicos e contínuos, que 
envolvam grandes grupos musculares, tais como caminhada, ciclismo, natação, entre 
outros. Dessa forma, o educador terá como desafio transformar estas atividades essenciais 
para perda de peso, em exercícios alegres e gostosos de se executar. 
O desafio é se transportar para o universo lúdico e simbólico da criança para que as 
atividades físicas sejam executadas com satisfação. Segundo Viuniski (2000) a atividade 
física deve ser prazerosa, continuada, evitando exercícios muito rigorosos. 
É importante focar na motivação da criança com abordagens que a leve a sair da 
inércia. As atividades devem remeter a brincadeiras e jogos e esses artifícios podem ser 
uma ótima estratégia para estimular uma criança obesa a fazer atividade física, superando o 
prazer das telas de celular, televisão, vídeo games. 
Ao longo do tempo será possível mudar o comportamento diário da criança, ou 
seja, a criança poderá não se sentir tão seduzida pela televisão e pelos jogos eletrônicos e 
assim preferir pular corda ou dançar em casa. Neste sentido, Viuniski (2000) reforça: é 
mais provável que vamos conseguir aumentar a atividade física de uma criança por meio de 
mudanças comportamentais e ambientais, sendo essas incorporadas ao dia-a-dia. 
No momento em que a criança passa sentir mais prazer com atividadeas que 
proporcionam grande encanto e alegria, ela inibe o sentimento de castigo e obrigação que 
poderia sentir. Naturalmente a criança troca hábitos sedentários por hábitos ativos, mas 
também aumenta significativamente a possibilidade desta postura saudável manter-se pelo 
resto de sua vida. Complementando o exposto acima Alves (2003) relata que: vários 
estudos indicam que crianças e adolescentes que se mantêm fisicamente ativos apresentam 
uma probabilidade menor de se tornarem sedentários. 
Dessa forma, Alves (2003) conclui que: a atividade física para crianças não pode 
ser punitiva e nem necessariamente competitiva, mas sempre prazerosa. Aderência é 
fundamental. 
 
 
9 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Enquanto atravessamos a pandemia do coronavírus, outra epidemia está 
acontecendo, a de obesidade infantil. Esta determina várias complicações na infância e na 
idade adulta. Na infância, a reversão pode ser ainda mais difícil do que na idade adulta, 
pois está relacionadoa mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta 
de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. 
A atividade física lúdica se mostra uma excelente estratégia, não só para ajudar a 
reverter o processo de obesidade da criança, como também auxilia no envolvimento das 
crianças com a atividade física, já que a ludicidade leva ao prazer. Outra vantagem disto é a 
permanência da atividade física na vida da adulta. A satisfação no momento de se realizar 
atividades físicas trará como conseqüência mais motivação e disciplina. Dessa maneira, o 
exercício deixa de ser um sacrifício. 
O Profissional de Educação Física está preparado para atendera essa população que 
vem crescendo de maneira desacerbada e tornando um problema de saúde pública. Esse 
profissional por meio do seu conhecimento na atividade física contribui para o 
desenvolvimento de uma sociedade saudável. Os benefícios da atividade física no controle 
da obesidade infantil são diversos, sendo eles a prevenção de alterações metabólicas, 
prevenção de doenças crônicas cardiovasculares, a melhora na qualidade do sono, 
desenvolvimento intelectual, controle de estresse e bem-estar com a estética corporal. 
Espera-se que este estudo contribua para o aprimoramento dos conhecimentos 
acerca dos benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil, principalmente 
durante a pandemia, a fim de favorecer a maior qualidade de vida nessa faixa etária. Diante 
do exposto e levando em consideração a inatividade física como um fator de risco para as 
doenças cardiovasculares e os dados da literatura ainda controvertidos em relação à prática 
da atividade física na infância, espera-se que este estudo possa contribuir para um melhor 
esclarecimento frente ao tema abordado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 ALVES, J.G.B. Atividade física em crianças: promovendo a saúde do adulto. 
Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 3, nº 1, p. 5-6, 2003. ANGELIS, R.C. 
Riscos e prevenção da obesidade: fundamentos fisiológicos e nutricionais para tratamento. 
São Paulo: Atheneu, 2003. 
BOUCHARD, C. (Ed.). Introdução. In: BOUCHARD, C. (Ed.). Atividade física e obesidade. 
São Paulo: Manole, 2003. p. 3-22. 
BRAY, G. A. Sobrepeso, Mortalidade e Morbidade. In: BOUCHARD, C. (Ed.). Atividade 
física e obesidade. São Paulo: Manole, 2003. p. 35- 62. 
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. RESOLUÇÃO CONFEF nº046/2002. 
Dispõe sobre a Intervenção do Profissional de Educação Física e respectivas Revista
 Campo do Saber – ISSN 2447 - 5 017 Página 
Volume 3 - Número 1 - jan/jun de 2017 
216 competências e define os seus campos de atuação profissional. 2002. Disponível em: < 
http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_resol=82>. Acesso em 26 de 
Março de 2021 
DIONNE, I; TREMBLAY, A. Balanço energético e de nutrientes em humanos. In: 
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	UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, principalmente durante uma pandemia.
	UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, principalmente durante uma pandemia. (1)
	BELO HORIZONTE – MG
	2021
	AGRADECIMENTOS
	RESUMO
	INTRODUÇÃO
	CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	CAPÍTULO II – METODOLOGIA
	CAPÍTULO III – ANÁLISE DA PESQUISA
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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