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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PATRÍCIA ARAÚJO BELLONI NOGUEIRA A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, principalmente durante uma pandemia. BELO HORIZONTE – MG 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PATRÍCIA ARAÚJO BELLONI NOGUEIRA A importância da atividade física no tratamento da obesidade infantil, principalmente durante uma pandemia. Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física Universidade Paulista – Polo Belo Horizonte. Orientação: Vanessa Santhiago BELO HORIZONTE – MG 2021 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que preservou a mim e meus familiares do COVID- 19, permitindo que eu tivesse condiçoes físicas e psicológicas para prosseguir com meus sonhos e realizá- los. A minha família que me deu todo apoio para cursar a faculdade, principalmente neste período de pandemia. A minha mãe pelas orações diárias as quais me mantiveram firme e não me deixaram desanimar. Dedico este trabalho aos meus filhos que foram os grandes estímulo para conclusão de mais uma graduação. RESUMO Enquanto atravessamos a pandemia do coronavírus, uma outra epidemia, a de obesidade infantil, acomete cerca de 380 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. E o Brasil contribui significativamente para essa preocupante estatística: hoje, 1 em cada 3 crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 19 anos, está com excesso de peso ou obesidade e, entre os adolescentes, a obesidade grave saltou de 17% para 28% na última década, segundo o Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes. Projeções da OMS indicam que podemos ocupar o 5° lugar na lista de países com maiores índices de obesidade infantil em 2030. Os principais fatores de risco que proporcionam a obesidade infantil, que são eles: o desmame precoce do aleitamento materno, introdução de alimentos inadequados, emprego de fórmulas lácteas inadequadamente preparadas, inatividade física, redução das horas diárias de sono, menor escolaridade e refeições escolares inadequadas. Os principais benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil são queima de calorias e evitando o excesso de peso, promove melhor qualidade de vida na infância, adolescência, adultos e na idade acima de 60 anos. O Profissional de Educação Física no exercício da sua função é qualificado no desenvolvimento de atividades físicas, nas suas diversas manifestações - exercícios físicos, curso de primeiros socorros que tenha práticas de atividades físicas, musculação, desportos, jogos, lutas, capoeira, ginásticas, danças, recreação, reabilitação, artes marciais, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, relaxamento corporal, bem como exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais. Os benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil são inúmeros, como por exemplo: prevenção de alterações metabólicas, prevenção de doenças crônicas cardiovasculares, melhoramento na qualidade do sono, desenvolvimento intelectual, controle de estresse e bem-estar com a estética corporal. Palavras-chave: Obesidade, Infância, Educação Física, Benefícios ABSTRACT As we go through the coronavirus pandemic, another epidemic, that of childhood obesity, affects about 380 million children and adolescents worldwide, according to the World Health Organization. And Brazil contributes significantly to this worrying statistic: today, 1 in every 3 children and adolescents, aged between 5 and 19 years, are overweight or obese and, among adolescents, severe obesity has jumped from 17% to 28% in the last decade, according to the Panorama of Obesity in Children and Teens. WHO projections indicate that we can occupy the 5th place in the list of countries with the highest rates of childhood obesity in 2030. The main risk factors that provide childhood obesity, which are: early weaning from breastfeeding, introduction of inappropriate foods, use of improperly prepared milk formulas, physical inactivity, reduced daily sleep hours, less schooling and inadequate school meals . The main benefits of physical activity in the control of childhood obesity are burning calories and avoiding excess weight, promoting a better quality of life in childhood, adolescence, adults and over the age of 60 years. The Physical Education Professional in the exercise of his / her function is qualified in the development of physical activities, in its various manifestations - physical exercises, first aid course that has practices of physical activities, weight training, sports, games, fights, capoeira, gymnastics, dances , recreation, rehabilitation, martial arts, rhythmic, expressive and acrobatic activities, body relaxation, as well as compensatory exercises to work and daily activities and other bodily practices. The benefits of physical activity in the control of childhood obesity are numerous, such as: prevention of metabolic changes, prevention of chronic cardiovascular diseases, improvement in sleep quality, intellectual development, stress control and well-being with body aesthetics. Keywords: Obesity, Childhood, Physical Education, Benefits. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7 CAPÍTULO II – METODOLOGIA 8 CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12 APÊNDICE (SE HOUVER) 13 ANEXO I (SE HOUVER) 14 5 INTRODUÇÃO As questões ambientais são as principais causadoras de obesidade infantil , o aumento desses índices coincide com mudanças significativas no estilo de vida das famílias brasileiras nos últimos anos. As crianças não têm quase espaço para atividades físicas, consomem uma dieta monótona, rica em alimentos altamente calóricos, ficam muito tempo de seu dia em frente a aparelhos eletrônicos, o que conduz ao sedentarismo. Em tempos de pandemia, esses desafios são ainda maiores, com a limitação da circulação das pessoas e o excesso do uso de telas. Para a maioria das famílias, a insegurança nas ruas e a escassez de espaços ao ar livre que estimulem a circulação e a brincadeira dificultam ainda mais esse cenário. Conceitualmente, a obesidade pode ser considerada como acúmulo de tecido gorduroso, regionalizado ou em todo corpo [...] Fisberg (1995). Contudo, para uma criança é mais do que isso. A obesidade para esse grupo de pessoas pode acarretar em distúrbios psicológicos, pode afetar seu desenvolvimento motor, pode comprometer sua autoestima, implicar em diabetes, e acarretar doenças crônicas na vida adulta, resultando em uma pior qualidade de vida e maiores custos para o sistema de saúde. Para Torriente e col (2002), a obesidade tem aumentado de forma alarmante em países desenvolvidos e em desenvolvimento, constitui o principal problema de má nutrição de adulto e é uma enfermidade que se tem visto aumentada notoriamente na população infantil. A obesidade infantil, acomete cerca de 380 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. E o Brasil contribui significativamente para essa preocupante estatística: hoje, 1 em cada 3 crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 19 anos, está com excesso de peso ou obesidade e, entre os adolescentes, a obesidade grave saltou de 17% para 28% na última década, segundo o Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes. Projeções da OMS indicam que podemos ocupar o 5° lugar na lista de países com maiores índicesde obesidade infantil em 2030. Como o sobrepeso infantil está intimamente ligado a fatores externos, é de extrema importância o papel de um profissional de educação física que auxilie tanto no processo de emagrecimento, quanto na orientação da atividade física tirando a criança de frente de aparelhos eletrônicos e promovendo nela à vontade de praticar atividade física. 6 CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA É o capítulo dedicado à “Fundamentação teórica”. Neste momento inicial, importa apresentar os autores e as teorias que fundamentam o trabalho, bem como justificar a escolha a partir da temática que é analisada. É obrigatória a inclusão de autores debatidos ao longo do curso, mas a lista não se restringe a eles. Deve apresentar a revisão bibliográfica pertinente, na qual serão comentados todos os trabalhos pesquisados referentes ao tema estudado. 1.1. OBESIDADE Na definição Leite (1996): a obesidade é um distúrbio complexo relacionado com numerosos fatores que desequilibram o balanço energético e é, em geral, doença. Esses numerosos fatores podem ser resumidos em externos e internos. Os primeiros são: a violência excessiva cada vez mais freqüente, a tecnologia que impede o gasto energético no dia a dia, o capitalismo onde as pessoas estão muito preocupadas em trabalhar mais para ganhar dinheiro. Os segundos são aqueles fatores genéticos, onde pai e mãe são obesos e o filho também herda esta característica. Pode-se verificar que à medida que o peso corporal aumenta as conseqüências na saúde da pessoa, podendo levar inclusive a morte. Neste sentido Bray (2003) afirma: o peso corporal aumentado está associado ao risco de mortalidade também aumentado. Bray (2003) afirma ainda que as condições físicas, sociais e psicológicas associadas com a obesidade são: osteoartrite, diabete melito não insulino dependente, hiperlipidemia, doença cardíaca, acidente vascular cerebral, hipertensão, alguns tipos de câncer, doença da vesícula biliar, gota, distúrbios alimentares, distúrbios do sono e distúrbios de humor. Psicossocialmente, o indivíduo com excesso de peso é vítima de um grande preconceito. Estas pessoas sofrem uma imensa pressão da sociedade, que as rotulam como preguiçosas e gulosas. Neste sentido Bray (2003) preceitua que: indivíduos com sobrepeso ficam expostos às conseqüências da desaprovação pública devida à gordura em excesso. 1.2. TIPOS DE OBESIDADE A medida usada para calcular a quantidade de massa corporal presente em indivíduos é o IMC (Índice de massa corporal). O cálculo do IMC é feito da suinte forma: o peso dividido por sua altura elevada ao quadrado. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a partir do cálculo do IMC, indivíduos adultos podem ser classificados como portadores de déficits de peso (IMC < 18,5 Kg/m2), de excesso de peso (IMC ≥ 25 Kg/m2) ou de obesidade (IMC ≥ 30Kg/m2). (Ibge, 2003). Para fundamentar este estudo é necessário conhecer os níveis de obesidade, utilizando com este fim o IMC. Dessa forma relata Poston e col (2003): dentro da categoria obesidade, três níveis de gravidade podem ser desenvolvidos: classe I (IMC = 30 a 34,9), classe II (IMC = 35 a 39,9) e classe III (IMC > 40). O grau de excesso de peso do indivíduo sinaliza qual a melhor estratégia para se ter à redução de seu peso e quais as complicações de saúde essas pessoas estão expostas. De acordo com a tabela a seguir, pode-se verificar a classificação da obesidade: CLASSIFICAÇÃO IMC RISCOS À SAÚDE Abaixo do Peso < 18,5 Baixo (mas com risco aumentado de outros problemas clínicos) Faixa Normal 18,5 a 24,9 Médio Sobrepeso 25 ou maior Pré Obeso 25 a 29,9 Aumentado Obeso Classe I 30 a 34,9 Moderadamente aumentado Obeso classe II 35 a 39,9 Severamente aumentado Obeso Classe III 40 ou maior Muito Severamente aumentado De Seidell (2003) De acordo Bouchard (2003): o sobrepeso é, sob vários aspectos, muito diferente da obesidade. É óbvio que a obesidade caracteriza-se por um excesso significativamente maior de peso e, particularmente, de massa de tecido adiposo, do que o sobrepeso; entretanto, a situação é ainda mais complexa. Relativamente à aparência física Viuniski (2000) reforça que: o diagnóstico da obesidade nas crianças e adolescentes é, essencialmente, visual. Não estamos afirmando que basta olhar para um jovem para dizer se ele é obeso ou não, mas sabemos que o aspecto físico nos dará bases para quase nunca errar. O IMC é bem representativo, porém para os adultos, é preciso considerar a faixa etária. A tabela abaixo mostra o índice de massa corporal a partir do qual é identificado sobrepeso ou obesidade conforme o sexo e a idade. Considerando estes fatores, Viuniski (2001) constata: essa nova tabela, por ser menos arbitrária, mais universal e mais representativa do que as outras que vinham sendo usadas, deverá ser um instrumento útil para fornecer um levantamento internacional da prevalência da obesidade em crianças e adolescentes. Idade (anos) Criança acima do Peso Criança Obesa Meninos Meninas Meninos Meninas 2 18,4 18 20,1 20,1 4 17,6 17,3 19,3 19,1 6 17,6 17,3 19,8 19,7 8 18,4 18,3 21,6 21,6 10 19,8 19,9 24 24,1 12 21,2 21,7 26 26,7 14 22,6 23,3 27,6 28,6 16 23,9 24,4 28,9 29,4 18 25 25 30 30 De Viuniski (2001) A circunferência abdominal e as medidas de dobras cutâneas são de fácil mensuração e demonstram como a gordura está distribuída no corpo. Mediante isso, Dionne e Tremblay (2003) demonstram: a porcentagem de gordura corporal é muito mais precisa na indicação de obesidade, mas esta medida implica o uso de técnicas específicas, como pesagem hidrostática, pletismografia, impedância elétrica ou diluição isotópica – técnicas que não estão geralmente disponíveis em ambientes clínicos. As medidas antropométricas, como espessura das dobras cutâneas e circunferência abdominal, são ambas utilizadas em clínicas devido à facilidade com que podem ser medidas. A razão cintura – quadril é também muito útil, sendo uma estimativa fácil de ser obtida da obesidade abdominal, oferecendo informações práticas sobre a distribuição do acréscimo de gordura. Dependendo de onde a gordura está mais localizada o individuo tem mais ou menos chances de adquirir certas doenças e tem aumentada ou diminuída a probabilidade de mortalidade. Os tipos de fenótipos da obesidade sob uma perspectiva anatômica segundo Dionne e Tremblay (2003) são: tipo I que é caracterizada pelo excesso de massa corporal ou porcentagem de gordura distribuída por todo corpo; tipo II que se constitui a forma andróide, caracterizada pelo acúmulo de gordura do tronco, particularmente no abdômen. É principalmente encontrada em homens e tem associação com hipertensão e diabete melito. A obesidade tipo III é o acúmulo excessivo de gordura no compartimento visceral. A tipo IV corresponde a forma feminina, em que o acúmulo de gordura concentra-se na parte inferior do corpo, essa forma de obesidade também é chamada de ginecóide. As crianças obesas, geralmente, apresentam gordura tipo I, ou seja, a gordura não está concentrada em determinado lugar do corpo. Para Viuniski (2000) nas crianças menores encontramos mais freqüentemente a obesidade generalizada, sem um nítido predomínio de distribuição da adiposidade. À medida que vão crescendo, o tipo de obesidade é melhor definido. 1.3. CAUSAS A genética é um dos fatores internos que desencadeia a obesidade. Viuniski (2000) informa que: estudos clássicos em famílias de obesos revelaram que se ambos os pais forem obesos, 2/3 dos filhos serão obesos. Se somente um dos pais for obeso, o risco de obesidade nas suas crianças cai para 50%. Se ambos os pais forem pessoas magras, as suas crianças terão um risco de menos de 10 % para obesidade. Viuniski (2000) classifica obesidade adquirida por fatores internos comoobesidade endógena. Aluns exemplos de obesidade endógena são: o Hipotireoidismo (diminuição dos hormônios tireoidianos), a queima deficiente de calorias (deficiência na oxidação de gorduras que pode variar de pessoa para pessoa), a gravidez e o transtorno do comer compulsivo. A obesidade relacionada as fatores externos requerem mudança hábitos de vida como: tornar-se uma pessoa mais ativa – substituindo rotina sedentária por uma rotina mais ativa, reduzindo a quantidade de gordura ingerida. Neste sentido, Salbe e Ravussin (2003) afirmam que: de fato, o aumento da prevalência de obesidade surgiu paralelamente ao aumento do conteúdo de gordura na alimentação e ao decréscimo da atividade física. Geralmente fatores internos e externos interagem.Dessa maneira, Dionne e Tremblay (2003) ressaltam que as variações individuais da gordura corporal são causadas pela interação complexa entre fatores genéticos, psicológicos, sociais, nutricionais e de atividade física. Portanto, é muito difícil estabelecer a causa subjacente exata que dá início à obesidade ou que possa implementar um tratamento efetivo voltado para sua prevenção e cura. 1.4. A ATIVIDADE FÍSICA NO COMBATE A OBESIDADE INFANTIL A obesidade além de afetar a estética, intrinsicamente afeta o campo psicológico da criança no meio social (OLIVEIRA;COSTA, 2016). Nesse sentido Oliveira e Costa (2016), ressaltam a ideia que tornar as crianças conscientes sobre os benefícios de um estilo de vida equilibrada e mais saudável é prioritariamente função dos genitores ou responsável legal, que atuam juntamente com o desenvolvimento educacional, bem como nutricional. Nas instituições de ensino, deve ser proporcionada à criança a prática de atividades físicas regulares e orientações de hábitos alimentícios adequados, devidamente supervisionados por um profissional de Educação Física, de forma diversificada para que se tenha toda a amplitude de movimento, desenvolvendo a sua psicomotricidade. Aliada à atividade física, deve-se desenvolver um trabalho junto às crianças, de forma que aprendam a escolher bem seus alimentos. Para Oliveira e Costa (2016), a obesidade sem sombra de dúvida é caracterizada como um estado clínico de doença. Bouchard, 2003 preceitua que ter uma boa alimentação, se exercitar pelo menos três vezes por semana, mantendo esses bons hábitos, é uma forma de lutar contra a obesidade, pois, a obesidade desencadeia uma serie de doenças crônicas e degenerativas como diabetes, hipertensão etc. Segundo Lazzoli et al. (1999) é mais provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo com qualidade de vida saudável, diminuindo a ocupação de leito hospitalar por consequência de terminada doença relacionada ao histórico de estado de saúde (LAZZOLI et al., 1998). De acordo Lazzoli et al. (1999) vale ressaltar que a atividade física ou exercício regular é qualquer movimento muscular como resultado de contração muscular que proporciona aumento de gasto energético acima do repouso (LAZZOLI et al., 1998). Dessa forma o Profissional de Educação Física no exercício da sua atribuição é o profissional qualificado para prescrição dessas atividades, nas suas diversas manifestações exercícios físicos, primeiros socorros na atividade física, musculação, desportos, jogos, lutas, capoeira, ginásticas, danças, recreação, reabilitação, artes marciais, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, relaxamento corporal, bem como exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais (CONFEF,2002). 7 CAPÍTULO II – METODOLOGIA Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a finalidade de agrupar e sintetizar o conhecimento já existente sobre a temática. A revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a utilização de estudos publicados baseado em evidências. Tem como finalidade sintetizar resultados de pesquisas sobre um tema ou questão, além de apontar lacunas do conhecimento para realização de novos estudos (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008). Para a realização desta revisão efetuou-se uma pesquisa através do motor de busca “Google” e de websites Institucionais, utilizando os seguintes termos chave: “obesidade infantil”, “Atividade física para tratamento da obesidade”, “sedentarismo”, “sobrepeso”, ”epidemiologia da obesidade infantil”. Além de livros, monografias e TCC’s de graduação, fazendo um levantamento sob o ponto de vista de vários autores, de dados epidemiológicos, fatores, conseqüências e tratamento da obesidade. 8 CAPÍTULO III – ANÁLISE DA PESQUISA Para que uma criança se sinta entusiasmada a realizar uma atividade física, esta deverá ser fundamentalmente prazerosa. Trombetta e Col (2002) dizem que um programa de treinamento físico deve constar de exercícios aeróbios, cíclicos e contínuos, que envolvam grandes grupos musculares, tais como caminhada, ciclismo, natação, entre outros. Dessa forma, o educador terá como desafio transformar estas atividades essenciais para perda de peso, em exercícios alegres e gostosos de se executar. O desafio é se transportar para o universo lúdico e simbólico da criança para que as atividades físicas sejam executadas com satisfação. Segundo Viuniski (2000) a atividade física deve ser prazerosa, continuada, evitando exercícios muito rigorosos. É importante focar na motivação da criança com abordagens que a leve a sair da inércia. As atividades devem remeter a brincadeiras e jogos e esses artifícios podem ser uma ótima estratégia para estimular uma criança obesa a fazer atividade física, superando o prazer das telas de celular, televisão, vídeo games. Ao longo do tempo será possível mudar o comportamento diário da criança, ou seja, a criança poderá não se sentir tão seduzida pela televisão e pelos jogos eletrônicos e assim preferir pular corda ou dançar em casa. Neste sentido, Viuniski (2000) reforça: é mais provável que vamos conseguir aumentar a atividade física de uma criança por meio de mudanças comportamentais e ambientais, sendo essas incorporadas ao dia-a-dia. No momento em que a criança passa sentir mais prazer com atividadeas que proporcionam grande encanto e alegria, ela inibe o sentimento de castigo e obrigação que poderia sentir. Naturalmente a criança troca hábitos sedentários por hábitos ativos, mas também aumenta significativamente a possibilidade desta postura saudável manter-se pelo resto de sua vida. Complementando o exposto acima Alves (2003) relata que: vários estudos indicam que crianças e adolescentes que se mantêm fisicamente ativos apresentam uma probabilidade menor de se tornarem sedentários. Dessa forma, Alves (2003) conclui que: a atividade física para crianças não pode ser punitiva e nem necessariamente competitiva, mas sempre prazerosa. Aderência é fundamental. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Enquanto atravessamos a pandemia do coronavírus, outra epidemia está acontecendo, a de obesidade infantil. Esta determina várias complicações na infância e na idade adulta. Na infância, a reversão pode ser ainda mais difícil do que na idade adulta, pois está relacionadoa mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. A atividade física lúdica se mostra uma excelente estratégia, não só para ajudar a reverter o processo de obesidade da criança, como também auxilia no envolvimento das crianças com a atividade física, já que a ludicidade leva ao prazer. Outra vantagem disto é a permanência da atividade física na vida da adulta. A satisfação no momento de se realizar atividades físicas trará como conseqüência mais motivação e disciplina. Dessa maneira, o exercício deixa de ser um sacrifício. O Profissional de Educação Física está preparado para atendera essa população que vem crescendo de maneira desacerbada e tornando um problema de saúde pública. Esse profissional por meio do seu conhecimento na atividade física contribui para o desenvolvimento de uma sociedade saudável. Os benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil são diversos, sendo eles a prevenção de alterações metabólicas, prevenção de doenças crônicas cardiovasculares, a melhora na qualidade do sono, desenvolvimento intelectual, controle de estresse e bem-estar com a estética corporal. Espera-se que este estudo contribua para o aprimoramento dos conhecimentos acerca dos benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil, principalmente durante a pandemia, a fim de favorecer a maior qualidade de vida nessa faixa etária. Diante do exposto e levando em consideração a inatividade física como um fator de risco para as doenças cardiovasculares e os dados da literatura ainda controvertidos em relação à prática da atividade física na infância, espera-se que este estudo possa contribuir para um melhor esclarecimento frente ao tema abordado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, J.G.B. Atividade física em crianças: promovendo a saúde do adulto. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 3, nº 1, p. 5-6, 2003. ANGELIS, R.C. Riscos e prevenção da obesidade: fundamentos fisiológicos e nutricionais para tratamento. São Paulo: Atheneu, 2003. BOUCHARD, C. (Ed.). Introdução. In: BOUCHARD, C. (Ed.). Atividade física e obesidade. São Paulo: Manole, 2003. p. 3-22. 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(1) BELO HORIZONTE – MG 2021 AGRADECIMENTOS RESUMO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CAPÍTULO II – METODOLOGIA CAPÍTULO III – ANÁLISE DA PESQUISA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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