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Psicologia Positiva parte I Conteúdo abordado 1. Introdução à Psicologia Positiva 2. Personalidade Sombria e Personalidade Luminosa Introdução à Psicologia Positiva A Psicologia é entendida como uma ciência que estuda a subjetividade, o comportamento e os processos mentais. É considerada uma disciplina única mas se ramifica em diversas subáreas às quais os profissionais podem aprofundar e especializar. No início da história da Psicologia, o principal objeto de estudo eram as patologias, foco na cura, na materialidade, em outras palavras uma atenção quase exclusivamente no problema. Em contraposição a isso surgiu a Psicologia Positiva, que traz uma perspectiva das potencialidades do ser humano e não apenas nas doenças. Compreende-se o termo “positiva” enquanto olhar para o que há de virtudes e possibilidades de crescimento e não meramente positividade, otimismo ou positivismo. No texto de Pacico e Bastianello (2014) explicitam brevemente o surgimento da Psicologia Positiva, sua definição e suas características no contexto brasileiro. Tomando esse texto introdutório como base, podemos compreender que Seligman e Csikszentmihalyi, em 2000, deram um pontapé inicial para a formalização do termo, como uma nova perspectiva da Psicologia que se atém aos aspectos positivos e a promoção da saúde. É controverso falar que Psicologia Humanista e Psicologia Positiva são próximas, os autores não chegaram em um consenso quanto a isso, mas pode-se perceber que há similaridade quanto às visões que cada uma defende. Personalidade Sombria e Personalidade Luminosa Primeiramente, compreende-se personalidade, segundo Schultz & Schultz (2015), como todos os traços ou características relativamente duradouros e que dão consistência ao comportamento de uma pessoa. Diversas teorias procuraram compreender, metrificar e explicar a personalidade, dentre as apresentadas a principal é a Teoria dos Traços, iniciada por Allport e Cattell. Atualmente, a Teoria dos traços foi melhor desenvolvida por Costa e McCrae (2007), Modelo dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade (CGF), conhecido também como Big Five. A partir disso, compreende-se a Personalidade Sombria, ou ainda Tríade Sombria, identificada pela psicopatia, narcisismo e maquiavelismo. Dada a extensão e complexidade do assunto, trouxe aqui uma breve descrição de cada um, segundo Monteiro (2017): - psicopatia: apresenta altos escores ou acentuados nas dimensões de audácia, desinibição e crueldade, em que cada pessoa se diferencia dentro de um continuum desses aspectos, tendo mais ou menos dessas dimensões; - maquiavelismo: caracterizado por ter intensas dificuldades de relacionamento interpessoal e quando associado a um perfil psicopata é pior. - narcisismo: apresenta as dimensões de grandiosidade/exibicionismo e vulnerabilidade/sensibilidade; Por outro lado, iniciaram-se estudos sobre a Personalidade Luminosa, esses traços envolvem pessoas com atitudes pró-sociais e relacionamentos funcionais (Ferguson et al, 2014). São eles: altruísmo, disponibilidade para o perdão e a gratidão. - perdão: estudos compreendido como a liberação julgamentos e sentimento negativos direcionados a algo ou alguém (McCullough & Witvliet, 2002) e parece ser consensual entre os autores dos benefícios que essa prática traz (Snyder e Lopez, 2009) - gratidão: é o reconhecimento de algo bom e a experiência de contentamento por isso. (Emmons & McCullough, 2003) - altruísmo: ato voluntário que visa beneficiar algo ou alguém sem nenhuma perspectiva de recompensa ou com a inteção de evitar castigos e punições; (Emmons & McCullough, 2003) (nota: não consegui encontrar os artigos sobre esse último tema, mas deixei o nome dos autores aos quais o professor indicou caso alguém se interesse em buscar,assim como para referenciar os conteúdos.) Referências básicas Monteiro, R. P. (2017). Tríade sombria da personalidade: conceitos, medição e correlatos. Pacico, J. C., & Bastianello, M. R. (2014). As origens da psicologia positiva e os primeiros estudos brasileiros. Avaliação em psicologia positiva, 43-47. Na continuação da Parte II 3. Valores humanos e sentido da vida 4. Otimismo por Maria Teresa S. C. Cornélio graduanda em Psicologia Junho de 2021