Buscar

Estudo Dirigido 1 Sociologia e Extensão Rural

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE 
CAMPUS FLORESTA 
CENTRO MULTIDISCIPLINAR - CMULTI 
CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA 
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA E EXTENSÃO RURAL – 2020.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO N1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUAN SILVA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZEIRO DO SUL, ACRE, 2021. 
TEXTO 1 – Livro “Aprendendo a pensar com a sociologia” Capítulo 1 - Alguém com os 
outros 
1. Quais são os objetivos de sua vida e de que meios você terá de dispor para alcançá-
los? 
 Busco construir uma vida financeiramente estável e liberta, que me proporcione horizontes 
mais amplos de escolhas relacionadas até mesmo ao cotidiano da vida, como por exemplo, a 
aquisição de um automóvel ou imóvel que me proporcionem maiores confortos. Acredito que o 
estudo tem o poder de quebrar barreiras, servindo como uma chave capaz de abrir portas e 
possibilitar assim um futuro de maior qualidade para quem se dispõe a aprender. Portanto, 
atualmente acredito que uma formação e a continuação com uma vida acadêmica se encaixa em 
meus objetivos de vida para conseguir mudar minha realidade para melhor. 
2. Quais são os grupos de referência em sua vida e qual a relação entre suas ações e as 
expectativas deles? 
 Atualmente vejo alguns professores meus e amigos, como referência de realização 
profissional. E acredito que meus familiares e amigos funcionam como um suporte para as 
tribulações que já passei ou virei a passar. Cada dia mais, vejo que depositam expectativas 
promissoras relacionadas ao meu futuro, portanto funcionam como um “propulsor a mais” na 
minha busca de realizar meus objetivos profissionais e pessoais de vida. 
3. Como você vê o relacionamento entre liberdade e dependência? 
 Vejo como dois estados complexos interdependentes, pois acredito que para se conseguir 
liberdade na vida, é preciso ter dependência de certos costumes, formas de pensar e agir, que ao 
longo do tempo levarão ao estágio de liberdade. Acredito que o processo de liberdade e 
dependência varia com o ambiente e pessoas que nos. É o caso, como mostra a síntese do 
capítulo 1, de pessoas que saem de um ambiente comum, onde possuíam maiores liberdades 
nas ações por conhecerem o ambiente, para outro ambiente incomum a essa pessoa. Nesse 
ambiente incomum a dependência tomará conta das ações desse indivíduo. Com isso, se vai 
construindo uma vida baseada nesse processo contínuo de mudança (liberdade e dependência). 
4. Para você, qual é a relação entre famílias, comunidades e organizações, e como essas 
instituições afetam para que os objetivos que estabelecemos para nós, sejam atingíveis 
ou não? Analise essa questão em relação ao “critério de relevância”. 
 As relações advindas das interações entre essas três partes são responsáveis, em grande 
parte, por modelar o indivíduo. Acredito que a família é a base de formação do indivíduo enquanto 
pessoa, a comunidade o encaminha e as organizações os preparam, na medida do possível, para 
a formação profissional e pessoal. 
 Entretanto, nem todos os indivíduos presentes nesses três grupos pensam ou agem de 
forma sinérgica a nossa forma a nossa. Portanto é de nossa responsabilidade ter a habilidade de 
distinguir quais pessoas e/ou ideias de cada grupo são condizentes/relevantes ou não, com 
nossos objetivos de vida. Todavia, dar importância somente ao que nos parece correto é 
arriscado, pois as diferenças apresentadas por ambientes heterogêneos nos capacitam a melhor 
modelar nossos ideias de vida. 
TEXTO 2 – Livro “Aprendendo a pensar com a sociologia” Capítulo 3 - Laços: para falar em 
“nós” 
1. De que maneiras se vinculam as comunidades e as identidades sociais? 
 Identidades sociais e comunidade são mutuamente influenciáveis. A comunidade é antes 
um postulado, uma expressão de desejo e um convite à mobilização. Assim, nossa 
autoidentidade fica atrelada às identidades sociais que exibimos para os outros e àqueles que 
encontramos em nossa existência cotidiana. Já uma identidade social é o conjunto de significados 
que define alguém enquanto desempenha algum papel em particular em uma comunidade. 
Portanto, as características individuais são um complexo formado pelas influências da sociedade 
e pelas escolhas individuais. Ao mesmo tempo essa mesma sociedade não é uma construção 
abstrata inacusável, mas é fruto do conjunto de ações destes indivíduos. 
2. O que você acha que Ray Mond Williams quis dizer com “o que é notável sobre a 
comunidade é que ela sempre é passado”? 
 Acredito que essa passagem se traduz no sentido que comunidades são formadas sempre 
com conjunto de ideias que vão se modelando e ficando mais atualizadas no decorrer do tempo, 
de acordo com a interação entre comunidade e indivíduos. Se estabelece assim, um vínculo que 
acaba interligando as pessoas a passados e destinos em comum. “Ser sempre passado”, então 
refere-se, em suma as bases formadas ao longo do tempo em uma comunidade, por meio das 
relações que esta estabelece com os indivíduos que a compõe. 
3. Seitas e organizações são diferentes? Em caso afirmativo, de que maneiras? 
Sim. A maioria das organizações possui estatutos escritos, detalhando as regras 
institucionais a que os membros devem aderir. Isso por definição implica que os aspectos da vida 
não regulados por esses preceitos permanecem livres da interferência da entidade. As 
organizações são especializadas de acordo com as tarefas que executam, bem como, aliás, seus 
membros, que são recrutados segundo habilidades e atributos que possuam para cumprir os 
objetivos propostos 
Enquanto as seitas tendem a ser mais exigentes, com pouca suscetibilidade à participação 
em rituais periódicos porque todas as dimensões da vida de seus integrantes fazem parte de seu 
domínio. Essas seitas são por definição minorias expostas a pressões externas, a completa 
reforma em todos os aspectos da conduta cotidiana do fiel será monitorada. 
4. Você pensaria em expor práticas de organizações que considere não éticas? Em caso 
afirmativo, quando, por que e em que tipo de circunstâncias? 
 Não penso em expor organizações ou grupos considerados não éticos. Pois acredito que a 
definição de ética não seja igual para todos. Portanto, apesar de assuntos como esse serem de 
responsabilidade geral da sociedade, o próprio ato de expor organizações ou ideias que não 
condizem com o que considero correto pode soar como algo não ético. 
 TEXTO 3 – Livro “Aprendendo a pensar com a sociologia” Capítulo 4 - Decisões e 
ações: poder, escolha e dever moral 
1. Quais são as diferenças entre coerção e escolha? 
 A escolha é ato de vontade, é opção que não depende de incentivo ou tirania. Não é mera atitude tomada 
por hábito ou por paixão, é algo que independe de pressão imposta por terceiros, é saber pensar e agir por si só, 
de acordo com seus conceitos de vida. Já a coerção é manipulação de um ser por outro de modo que 
quem manipula possa obter resultado prático favorável. É imposição da vontade através do uso 
de força física, ameaça ou até mesmo pressão psicológica. Em toda sociedade há coerção, 
que pode vir sob a forma de leis que limitam a escolha individual. Quem não consegue agir por si 
só, ou permite-se viver sobre conceitos de terceiros, abre espaço para ser coagido e acaba 
renunciando a parte considerável de sua liberdade. 
2. O que significa dizer que as pessoas são fins em si mesmas, mais do que meios para 
os fins de outras? 
 Acredito que essa frase se refira ao fato de que “nosso fim” (nosso futuro, o que 
buscamos, nossos objetivos...) depende antes de tudo de nós mesmos. Portanto somos 
os maiores responsáveis por nosso futuro. Ademais, o fato de que somos apenas meios 
para os fins dos outros, significa que podemos fazer parte da jornada de outros, ou seja, 
um indivíduo pode lançar mão da ajuda de outro para atingir seus objetivos, porém o fim 
de sua jornada só dependerá dele mesmo. 
3. Legitimações tradicionais desempenham importantepapel em nossa vida. Você pode 
pensar em alguns exemplos delas e avaliar como se relacionam a suas ações? 
 A legitimidade tradicional deriva do hábito e do costume da sociedade que enfatizam a 
história da autoridade da tradição. Os tradicionalistas entendem essa forma de regra como 
historicamente aceita, daí sua continuidade, porque é a maneira como a sociedade sempre foi. 
Portanto, nossas ações se explicam de acordo com nossa interação com o tipo de comunidade 
que fazemos parte. Por exemplo, pessoas que moram em determinados países tem o costume, 
por tradição, de se alimentarem de carne de suínos, o que não ocorre em outros países. 
4. Existem de fato “universos de obrigação”? 
 Acredito que sim, pois, o poder das circunstâncias nunca é absoluto, e a escolha entre 
duas motivações contraditórias permanece aberta, mesmo nas situações mais extremas, quando 
nossas ações individuais estiverem vinculadas a ações de outros de quem somos dependentes. A 
predisposição moral de nossas ações em relação aos outros, então, também se transforma em 
condição prévia para a autoestima e o respeito próprio. Portanto, diferentes indivíduos, agem de 
formas diferentes, dependendo da situação que estão inseridas. 
TEXTO 4 - ASPECTOS HISTÓRICOS DA QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL 
1. Faça um breve resumo do artigo explicitando a questão agrária e a luta pela terra. 
O campo brasileiro é resultado de um processo histórico, iniciado com uma distribuição 
desigual de terra iniciada com a colonização brasileira (ROCHA; CABRAL, 2016). A questão 
agrária e as lutas de hoje pela terra são herdeiras de processos transcorridos nas décadas de 
1940 a 1960 (GRYNSZPAN, 2004). Contudo, se no contexto anterior a questão agrária tinha em 
sua base o arcaísmo do mundo rural, hoje ela é resultante dos processos de modernização da 
agricultura (GRYNSZPAN, 2004). 
Quando pensamos em questão agrária, imediatamente, somos conduzidos ao tema 
reforma agrária, embora façam parte da mesma problemática, a reforma agrária e a questão 
agrária são temas distintos (ROCHA; CABRAL, 2016). A reforma agrária é uma política pública 
resultado das conquistas da população rural que não tem acesso a propriedade da terra, 
enquanto a questão agrária é uma discussão mais ampla e complexa que se refere a questões 
econômicas, sociais e políticas (ROCHA; CABRAL, 2016). 
Os conflitos fazem parte da questão agrária devido às relações de exclusão, expropriação, 
desigualdades causadas pelo capital (FERNANDES, 2008). A questão agrária é bastante 
complexa, pois envolve uma série de discussões e pode ser abordada sob diversos aspectos 
(ROCHA; CABRAL, 2016). Dentre os fatos marcantes na questão agrária e na luta pela terra no 
Brasil, destacam-se a Lei de Terras no Brasil para abolição da escravidão brasileira e substituição 
desta pelo trabalho assalariado, devido à pressão dos ingleses em 1850 (ROCHA; CABRAL, 
2016). 
A década de 1930 também é um marco para a história do campo brasileiro, já que, este foi 
um período em que a industrialização brasileira tomou força impulsionada pelo governo de 
Getúlio Vargas e boa parte da população do campo mudou-se para os grandes centros urbanos 
em busca de melhores condições de vida, o que não se concretizou (ROCHA; CABRAL, 2016). 
O período entre as décadas de 1960 e 1980 é marcado pela “Revolução Verde”, que 
recebeu esse nome devido a inserção de novas tecnologias para a agricultura e significou o 
marco para a modernização agrícola nos países subdesenvolvidos (ROCHA; CABRAL, 2016). A 
“Revolução Verde” trouxe consigo ainda mais desenvolvimento para a o setor agroexportador, 
que passou a atingir altos índices de produtividade (ROCHA; CABRAL, 2016). 
As lutas pela terra e pela reforma agrária se intensificaram a partir da segunda metade do 
século XX, e em todo o Brasil os conflitos agrários se intensificaram também (ROCHA; CABRAL, 
2016). Os trabalhadores ligados a terra resistem e lutam em favor de um pedaço de chão, quando 
conseguem resistem na terra para produzir e manter suas famílias, enfrentando muitas 
adversidades. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tem início em 1979 e 
fortaleceu a luta dos trabalhadores na conquista pela terra (ROCHA; CABRAL, 2016). 
A concentração fundiária agrava as condições sociais no Brasil, uma vez que, muitos 
trabalhadores rurais são impulsionados a ir para as cidades em busca de condições dignas de 
sobrevivência e terminam muitas vezes marginalizados (ROCHA; CABRAL, 2016). Oliveira (2007) 
afirma que os camponeses no Brasil lutam primeiro para entrar na terra e depois para continuar 
nela. Portanto são uma classe de luta permanente, logo, os diferentes governos não têm criado 
políticas públicas realmente efetivas para cessar essa luta (ROCHA; CABRAL, 2016). 
O capitalismo se expande no campo através da renda territorial ao capital, ou seja, a terra 
é comprada para ser explorada ou vendida, onde o objetivo é sempre o lucro (ROCHA; CABRAL, 
2016). Assim se explica os conflitos agrários já que os grandes latifundiários estão sempre em 
busca de vantagens financeiras, não se preocupando com questões sociais (ROCHA; CABRAL, 
2016). 
Enquanto os latifundiários possuem grandes quantidades de terras contando com apoio 
estatal, milhares de camponeses não tem acesso à terra ou quando tem, muitas vezes, não tem 
subsídios para a subsistência da própria família (ROCHA; CABRAL, 2016). Portanto, a reforma 
agrária é um meio para acabar com o monopólio da terra e possibilitar o acesso dos 
trabalhadores rurais aos frutos do seu próprio trabalho (ROCHA; CABRAL, 2016). 
REFERÊNCIAS 
BAUMAN, Z.; MAY, T. Aprendendo a pensar com a sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 
2010. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/franciscovargas/files/2018/04/Aprendendo-a-Pensar-
com-a-Socio-Zygmunt-Bauman.pdf 
FERNANDES, B. M. O MST e as reformas agrárias do Brasil. In: Revista NERA Año IX No 
24 – Oct. de 2008. pp. 73-85. Disponível em: 
http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/osal/osal24/04mancano.pdf 
GRYNSZPAN, M. Tempo de Plantar, tempo de colher. In: Nossa História. Ano 1, nº 9, São 
Paulo: Vera Cruz, jul. 2004 (adaptado). 
OLIVEIRA, A. U. Modo de produção capitalista, agricultura e reforma agrária. 1. ed., 
São Paulo: Labur Edições, 2007. Disponível em: 
https://www.academia.edu/24911895/modo_de_produ%c3%87%c3%83o_capitalista_agricultura_
e_reforma_agr%c3%81ria 
ROCHA, R. J. S.; CABRAL, J. P. C. Aspectos históricos da questão agrária no Brasil. 
Revista Produção Acadêmica – Núcleo de estudos urbanos regionais e agrários/ NURBA – vol. 
2, n. 1, junho, 2016, p. 75-86. Disponível em: 
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/producaoacademica/article/view/2963 
 
http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/osal/osal24/04mancano.pdf
https://www.academia.edu/24911895/MODO_DE_PRODU%C3%87%C3%83O_CAPITALISTA_AGRICULTURA_E_REFORMA_AGR%C3%81RIA
https://www.academia.edu/24911895/MODO_DE_PRODU%C3%87%C3%83O_CAPITALISTA_AGRICULTURA_E_REFORMA_AGR%C3%81RIA
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/producaoacademica/article/view/2963