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Exercício sobre diarréia, doença celíaca,

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27/06/2021 OneNote
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25/05- histofisiologia 
sábado, 22 de maio de 2021 19:04 
 UCXV: Fisiopatologia e Alterações Morfológicas da Diarréia 
1. Segundo a OMS, as doenças diarreicas são a segunda principal causa de morte em crianças
com menos de cinco anos e são responsáveis pela morte de cerca de 525 000 crianças todos os
anos. Sabendo disso, traga a definição de diarreia? 
Definida formalmente como uma produção fecal de > 200 g/dia com uma dieta pobre em fibras
(tipo ocidental); o termo diarreia costuma ser usado também no sentido de fezes moles ou
aquosas. 
<Larry, J. J. Manual de Medicina de Harrison. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. 9786558040040.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 23 May
2021> 
2. As diarreias podem ser classificadas em 4 categorias, descreva abaixo cada uma delas: 
a. Diarreia secretória: 
Nas diarreias secretórias, o mecanismo é pró-ativo. Seja qual for o estímulo, nas células da
mucosa intestinal há uma ação direta que afeta seu funcionamento normal. 
<MESSIAS, José Augusto. Diarreias agudas e crônicas. Adolescencia e Saude, v. 10, n. 3, p. 62-66, 2013.> 
b. Diarreia osmótica: 
nas diarreias osmóticas um soluto em excesso, ou estranho, na luz intestinal gera a força
osmótica necessária para trazer a água do interstício da mucosa para a luz intestinal, a fim de
equilibrar as pressões osmóticas entre esses dois compartimentos orgânicos. 
<MESSIAS, José Augusto. Diarreias agudas e crônicas. Adolescencia e Saude, v. 10, n. 3, p. 62-66, 2013.> 
c. Diarreia de má absorção: 
A diarreia osmótica (disabortiva) é causada por nutrientes ou eletrólitos mal absorvidos que
retêm água no lúmen. Esse tipo é interrompido quando o paciente faz jejum. Diarreia osmótica é
devida às forças osmóticas exercidas por solutos luminais não absorvidos. A diarreia disabsortiva
causada pela absorção inadequada de nutrientes está associada a esteatorreia e é aliviada por
jejum. 
<KUMAR, Vianay, et al. Robbins, Patologia Básica. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. > 
d. Diarreia exsudativa: 
Inflamação, necrose e descamação da mucosa colônica; pode incluir um componente de diarreia
secretória em função da liberação das prostaglandinas pelas células inflamatórias; em geral, as
fezes contêm leucócitos polimorfonucleares assim como sangue oculto ou macroscópico. As
causas incluem infecções bacterianas (p. ex., Campylobacter, Salmonella, Shigella, Yersinia, E. coli
invasiva ou enterotoxigênica, Vibrio parahaemolyticus, colite pelo Clostridium difficile
[frequentemente induzida por antibióticos]), parasitas colônicos (p. ex., Entamoeba histolytica),
doença de Crohn, proctocolite ulcerativa, doença inflamatória intestinal idiopática, enterocolite
actínica (por irradiação), agentes quimioterapêuticos para câncer e isquemia intestinal. 
<Larry, J. J. Manual de Medicina de Harrison. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. 9786558040040.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 23 May
2021> 
3. De acordo com o tempo de ocorrência, as diarreias podem ser classificadas como agudas e
crônicas, descreva-as: 
É considerada aguda se a duração for < 2 semanas, persistente se for entre 2 e 4 semanas e
crônica se for > 4 semanas. A diarreia é mediada por um ou mais dos mecanismos descritos
adiante. 
<Larry, J. J. Manual de Medicina de Harrison. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. 9786558040040.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 23 May
2021> 
 
4. A diarreias crônicas são uma série de doenças onde há distúrbios de absorção, sobre isso
descreva os itens abaixo acerca da doença celíaca: 
a. Fisiopatologia 
A doença celíaca, também conhecida como espru celíaco ou enteropatia sensível ao glúten, é
uma enteropatia imunomediada desencadeada pela ingestão de cereais que contêm glúten,
como trigo, centeio ou cevada, em pessoas geneticamente predispostas. O principal tratamento
para a doença celíaca é a dieta sem glúten. Apesar dos desafios de aderir a essa dieta, ela resulta
em melhora sintomática na maioria dos pacientes A doença celíaca é uma reação imune
intestinal ao glúten, a proteína de armazenamento principal do trigo e grãos semelhantes. O
glúten é digerido por enzimas luminais e da borda em escova em aminoácidos e peptídeos,
incluindo um peptídeo de 33 aminoácidos da gliadina que é resistente à degradação por
proteases gástricas, pancreáticas e do intestino delgado. A gliadina é desamidada por
transglutaminase do tecido e capaz de interagir com HLA-DQ2 ou HLA-DQ8 em células
apresentadoras de antígenos e ser apresentada a células T CD4+ Essas células T produzem
citocinas que podem contribuir para o dano tecidual e a histopatologia típica da mucosa. Uma
resposta típica de células B se segue: isso inclui a produção de anticorpos antitransglutaminase
tecidual, antigliadina desamidada e, talvez como resultado de epítopos de reatividade cruzada,
antiendomísio, que são úteis para o diagnóstico. No entanto, se esses anticorpos contribuem
para a patogenia da doença celíaca ou são apenas marcadores permanece controverso. Além
das células CD4+, há um acúmulo de células CD8+ que não são específicas para gliadina. Essas
células CD8+ podem desempenhar um papel auxiliar em causar danos nos tecidos. Acredita-se
que os peptídeos gliadina desamidados induzam células epiteliais a produzir a citocina IL-I5, que
por sua vez provoca a ativação e a proliferação de linfócitos intraepiteliais de CD8+ que podem
expressar o receptor MIC-A NKG2D. Esses linfócitos tornam-se citotóxicos e matam enterócitos
que foram induzidos por diversos estressores a expressar MIC-A de superfície, uma proteína HLA
semelhante à classe I que é reconhecida pelo NKG2D e, possivelmente, outras proteínas
epiteliais. Os danos causados por esses mecanismos imunes podem aumentar o movimento de
peptídeos gliadina através do epitélio, que são desamidados por transglutaminase tecidual,
27/06/2021 OneNote
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perpetuando assim o ciclo de doença. Enquanto quase todas as pessoas comem grãos e estão
expostas ao glúten e à gliadina, a maioria não desenvolve doença celíaca. Assim, fatores
relacionados ao hospedeiro determinam se a doença se desenvolve. Entre elas, as proteínas HLA
parecem ser críticas, já que quase todas as pessoas com doença celíaca são portadoras dos
alelos HLA-DQ2 ou HLA-DQ8 de classe II. No entanto, o lócus HLA é responsável por metade do
componente genético da doença celíaca. 
<Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed.,
Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010.> 
b. Alterações morfológicas 
A doença celíaca sintomática do adulto é frequentemente associada a anemia (deficiência de
ferro e, menos comumente, deficiência de B12 e folato), diarreia, distensão abdominal e fadiga.
A doença celíaca pediátrica, que afeta crianças do sexo masculino e feminino da mesma
maneira, pode manifestar-se com sintomas clássicos, tipicamente entre as idades de 6-24 meses
(após a introdução de glúten na dieta), com irritabilidade, distensão abdominal, anorexia,
diarreia, déficit de crescimento, perda de peso ou perda de massa muscular. Crianças com
sintomas não clássicos tendem a apresentar, em idades mais avançadas, queixas de dor
abdominal, náuseas, vômitos, flatulência ou obstipação. Uma típica lesão cutânea pruriginosa,
com bolhas, a dermatite herpetiforme, também está presente em até 10% dos pacientes, e a
incidência de gastrite linfocítica e colite linfocítica também é aumentada. Testes sorológicos não
invasivos geralmente são realizados antes da biópsia. Os testes mais sensíveis são a presença de
anticorpos IgA à transglutaminase tecidual ou anticorpos IgA ouIgG para gliadina desamidada.
Anticorpos antiendomísio são altamente específicos, mas menos sensíveis do que outros
anticorpos. A ausência de HLA-DQ2 ou HLA-DQ8 é útil por seu alto valor preditivo negativo, mas
a presença desses alelos comuns não é útil para confirmar o diagnóstico. Pacientes com doença
celíaca apresentam taxa maior do que o normal de malignidade. 
<Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed.,
Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010.> 
c. Manifestações clínicas 
O tratamento primário da doença celíaca consiste em eliminar o glúten e as proteínas
relacionadas da dieta. Glúten é a proteína principal do trigo, da cevada e do arroz. Os produtos à
base de aveia, que não são tóxicos, podem ser contaminados com trigo durante o
processamento. Existem à venda alguns tipos de pães, cereais, biscoitos e outros produtos sem
glúten. Carnes, vegetais, frutas e laticínios não contêm glúten, contanto que não tenham sido
contaminados durante o processamento. A eliminação completa do glúten da dieta geralmente
possibilita cicatrização rápida e completa da mucosa intestina. 
<Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed.,
Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010.> 
5. Sobre as diarreias agudas, descreva 
a. Fisiopatologia 
As diarreias agudas frequentemente são subdivididas em não inflamatórias (volumes grandes) e
inflamatórias (volumes pequenos) com base nas características das fezes diarreicas. Patógenos
entéricos causam diarreia por vários mecanismos. Alguns não são invasivos e não provocam
inflamação, mas secretam toxinas que estimulam a secreção de líquidos. Outros invadem e
destroem as células epiteliais e, deste modo, alteram o transporte de líquidos, de modo que a
atividade secretória continua, mas a atividade absortiva é interrompida. A fisiopatologia
subjacente da diarreia aguda por agentes infecciosos produz manifestações clínicas específicas
que também podem ser valiosas no diagnóstico. A diarreia aquosa profusa secundária à
hipersecreção do intestino delgado ocorre com a ingestão de toxinas bacterianas pré-formadas,
bactérias produtoras de enterotoxina e patógenos enteroaderentes. A diarreia associada a
vômitos acentuados e febre mínima ou ausente pode ocorrer de forma abrupta algumas horas
após a ingestão dos dois primeiros tipos; os vômitos em geral são menos intensos, sendo que as
cólicas ou distensão abdominais são mais proeminentes e a febre é mais elevada com a última.
Os microrganismos produtores de citotoxina e invasivosprovocam, sem exceção, febre alta e dor
abdominal. Com frequência, as bactérias invasivas e a Entamoeba histolytica provocam diarreia
sanguinolenta (conhecida como disenteria). Yersinia invade as mucosas ileal terminal e colônica
proximal, podendo gerar dor abdominal particularmente intensa com sensibilidade à palpação,
simulando apendicite aguda. Os efeitos colaterais dos medicamentos provavelmente são as
causas não infecciosas mais comuns de diarreia, e a etiologia pode ser sugerida por uma
associação temporal entre o uso do fármaco e o início do sintoma. Embora inúmeros
medicamentos possam provocar diarreia, alguns dos mais frequentemente implicados
compreendem antibióticos, antiarrítmicos cardíacos, antihipertensivos, antiinflamatórios não
esteroides (AINEs), certos antidepressivos, agentes quimioterápicos, broncodilatadores,
antiácidos e laxativos. 
<PORTH, Carol Mattson., GROSSMAN, Sheila C., Porth Fisiopatologia., 9. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.> 
b. Etiologias 
As causas da diarreia aguda em crianças variam com a localização geográfica, a época do ano e a
população estudada. Hoje em dia, há uma percepção crescente de que tem ocorrido ampliação
da gama de patógenos entéricos que causam diarreia aguda na população pediátrica. Os vírus
são os patógenos que mais comumente causam doença diarreica na infância. Os rotavírus e os
norovírus são patógenos isolados frequentemente. Outros vírus detectados nas fezes das
crianças são astrovírus e adenovírus entéricos. 
<PORTH, Carol Mattson., GROSSMAN, Sheila C., Porth Fisiopatologia., 9. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.> 
c. Manifestações clínicas 
A diarreia não inflamatória está associada à eliminação de fezes líquidas volumosas, mas sem
sangue; cólicas periumbilicais, distensão abdominal por gases; e náuseas ou vômitos. Em muitos
casos, esse tipo de diarreia é causado por bactérias que produzem toxinas (ex., S. aureus, E. coli
enterotoxigênica, Cryptosporidium parvum, Vibrio cholerae) ou outros patógenos (p. ex., vírus,
Giardia) que interrompem a absorção ou o processo secretório normal do intestino delgado.
Vômitos abundantes sugerem enterite viral ou intoxicação alimentar por S. aureus. Embora
geralmente seja branda, a diarreia (que se origina do intestino delgado) pode ser volumosa e
 
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causar desidratação com hipopotassemia e acidose metabólica (i. e., cólera). Como não há
invasão dos tecidos, também não aparecem leucócitos nas fezes. A diarreia inflamatória
geralmente se caracteriza por febre e diarreia sanguinolenta (disenteria). Esse tipo de diarreia é
causado pela invasão das células intestinais (p. ex., Shigella, Salmonella, Yersinia e
Campylobacter) ou toxinas associadas às infecções descritas antes por C. dificile ou E. coli
O157:H7. Como as infecções associadas a esses microrganismos afetam predominantemente o
intestino grosso, as evacuações são frequentes, têm volume pequeno e estão associadas a
cólicas no quadrante inferior esquerdo, urgência para defecar e tenesmo. A disenteria infecciosa
deve ser diferenciada da colite ulcerativa aguda, que pode causar diarreia sanguinolenta, febre e
dor abdominal. Diarreia que persiste por 14 dias não pode ser atribuída aos patógenos
bacterianos (exceto C. dificile) e o paciente deve ser avaliado quanto a alguma outra causa de
diarreia crônica. 
<PORTH, Carol Mattson., GROSSMAN, Sheila C., Porth Fisiopatologia., 9. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.> 
d. Diagnóstico 
O diagnóstico da diarreia baseia-se nas queixas de evacuações frequentes e no relato de fatores
associados, inclusive doenças coexistentes, uso de fármacos e exposição a possíveis patógenos
intestinais. Os distúrbios como DII e doença celíaca devem ser considerados. Quando o início da
diarreia está relacionado com uma viagem ao exterior, deve-se considerar a possibilidade de
diarreia do viajante. 
<PORTH, Carol Mattson., GROSSMAN, Sheila C., Porth Fisiopatologia., 9. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.> 
e. Possíveis tratamentos 
A reposição de líquidos e eletrólitos é incluída como um dos objetivos do tratamento da diarreia.
Os fármacos usados para tratar diarreia incluem difenoxilato e loperamida, que são derivados
opioides. Esses fármacos reduzem a motilidade GI e estimulam a absorção de água e eletrólitos.
As preparações adsorventes como o caulim e a pectina adsorvem substâncias irritantes e toxinas
do intestino. Esses ingredientes são incluídos em algumas preparações antidiarreicas vendidas
sem prescrição, porque adsorvem as toxinas responsáveis por alguns tipos de diarreia. O
subsalicilato de bismuto pode ser usado para reduzir a frequência das evacuações malformadas
e aumentar a consistência das fezes, principalmente nos casos de diarreia do viajante. Esse
fármaco parece inibir a secreção intestinal causada pela E. coli enterotoxigênica e pelas toxinas
da cólera. Os fármacos antidiarreicos não devem ser usados por pacientes com diarreia
sanguinolenta, febre alta ou sinais de toxemia em vista do risco de agravarem a doença. 
<PORTH, Carol Mattson., GROSSMAN, Sheila C., Porth Fisiopatologia., 9. ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.> 
 
REFLEXÃO DA AULA: aula satisfatória.

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