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Stephane Bispo @vidadefisio_study Amputação Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro, sendo este um método de tratamento para diversas doenças. É importante salientar que a amputação deve ser sempre encarada dentro de um contexto geral de tratamento e não como a sua única parte, cujo intuito é prover uma melhora da qualidade de vida do paciente. A cirurgia de amputação tem como propósito criar novas perspectivas para melhora de função de um membro acometido, buscar a melhor estratégia cirúrgica, vai garantir ao paciente um bom processo de reabilitação. O processo de reabilitação que envolverá equipe multidisciplinar começa muito antes da cirurgia de amputação com o apoio psicológico e orientações do procedimento. Após cirurgia de amputação a atuação imediata da fisioterapia, ira garantir um bom processo de protetização e recuperação funcional do paciente. Procedimento 1. Quanto maior o coto melhor deve-se poupar ao máximo o tecido saudável 2. Remover todo tecido doente lesionado, infectado. 3. Avaliar o fluxo sanguíneo, pressão arterial e temperatura da pele do tecido resultante. Pele: a incisão é planejada para que cicatrize rápido e perfeitamente. Por exemplo, é importante que a cicatriz não termine em um local que possa ficar em atrito, com a prótese. Técnicas de amputação Músculo: a maior parte cortada é músculo. • Disposição e forma do tecido muscular remanescente – enchimento ao redor do osso • O enchimento é vital para um membro saudável e para protetização. Nervos: após secção nervosa, une-se as terminações nervosas aos tecidos ao redor. (reinsere a raiz em algum lugar para que essa raiz cresça) Neuroma: O Neuroma de amputação também conhecido como Pseudoneuroma a ocorre quando o espaço entre o coto proximal e o coto distal do axônio de uma célula nervosa é muito grande ou quando ocorre uma amputação. • Manter as extremidades dos nervos de longe de grandes vasos sanguíneos. Vasos sanguíneos: Os vasos sanguíneos seccionados são unidos firmemente – para evitar hemorragia • O fluxo sanguíneo do tecido fica saudável remanescente. Stephane Bispo @vidadefisio_study Ossos: Secção do osso deve ser sem pontas – chanfradas ou arredondadas *Adaptar adequadamente o músculo que sobrou ao redor da extremidade final do osso* Procedimentos Cirúrgicos • Tipo de cirurgia – construção do membro residual • Retalhos cutâneos – amplos – posterior • Cicatriz – flexível, indolor e não aderente. Fatores para um bom coto • Mioplastia: é utilizada para fixar as extremidades de músculos antagônicos e também para proteger o coto ósseo distal; • Miodese: reinserção dos músculos e tendões seccionados á extremidade óssea amputada, proporcionando poder de contração; • Coxim: firme para o controle da prótese; • Neurectomia: deve ser realizada com leve tração nervosa e corte brusco. O coto nervoso deve estar profundo; • Tecidos osseos: ressecção das arestas e arredondamento das bordas; • Suturas: em planos e sem tensões exageradas para evitar aderências; • Posicionamento: correto para se evitar as retrações e encurtamentos musculares Procedimentos Pós-operatórios: • Uso de dreno de aspiração • Curativo rígido – (10 a 14 dias) o Malha dura; o Feltro nas proeminências ósseas; o Algodão ortopédico; o Atadura de crepe; o Camada de gesso – função compressiva Benefícios do curativo rígido: • Controle das deformidades articulares, dor e edema; • Diminuição do tempo de enfaixamento • Maturação mais rápida do coto; • Protetização precoce • Desarticulação – 3 a 6 semanas Stephane Bispo @vidadefisio_study Como objetivos a serem alcançados em curto prazo estão: 1. Apoio psicológico pré e pós-operatório; 2. Controle inflamatório e Dor; 3. Evitar contraturas e encurtamentos; Como objetivos a médio e longo prazo estão: 1. Preparo do coto (enfaixamento e dessensibilização); 2. Alongamentos; 3. Fortalecimento muscular; (tanto para o coto como para os outros membros) 4. Ajuste de prótese; 5. Treinamento funcional. 6. Treino de marcha quando uso de prótese em MMII