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AVILA - A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

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A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Carlos Rafael Batista de Avila[footnoteRef:1] [1: Acadêmico.] 
Ricardo Figueiredo Cruz[footnoteRef:2] [2: Prof. Tutor externo.
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI. História (HID 0993). 25/06/2021] 
RESUMO
Um bom livro didático deve apresentar quatro características estruturantes: formato claro e estruturado; estrutura didática clara; relação produtiva com o aluno e relação com a prática da aula. Em toda sua estrutura, o livro didático tem que levar em conta as condições de aprendizagem dos alunos e alunas. Tem que estar de acordo com sua capacidade de compreensão, e isto vale, acima de tudo, ao nível de linguagem utilizada. A relação com os alunos, contudo, não se reduz a levar em conta as possibilidades de compreensão. Os livros didáticos exercem uma grande influência no trabalho docente do ensino de história, podendo interferir de maneira considerável na forma como uma imensa quantidade de crianças e jovens irão construir suas leituras da sociedade da qual fazem parte. O livro didático de história pode ser usado como objeto de investigação para se estudar, por exemplo, como os documentos são usados na construção das narrativas sobre os assuntos de cada capítulo. 
Palavras-chave: Livro Didático. História. Aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
A importância do livro didático no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História é significativa, sendo por vezes o único material didático utilizado por professores e alunos das escolas brasileiras. Historicamente, pelo menos nas últimas décadas do século XX, com as diferentes políticas públicas educacionais, a circulação do livro didático foi ampliada e mais aceita.
O livro didático é de suma importância no contexto escolar. Mas, é o tipo de livro que raramente é lido na íntegra pelos alunos, bem como entendido, pois esse tipo de leitura é bastante diversificada e normalmente envolve situações de ensino-aprendizagem, diálogo e entendimento por vezes difícil de ser assimilado, necessitando portanto do preparo do professor. Assim, o objetivo geral do artigo a seguir é pontuar a relevância do livro didático no contexto das aulas de história como forma de inserir o alunado na aprendizagem de forma mais clara, informativa e plena.
2. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
Produto de muitas mãos e distintas especialidades, o livro didático não é de fácil definição. Nas palavras da historiadora Circe Bittencourt, o livro didático é um:
Objeto de difícil definição, por ser obra bastante complexa, que se caracteriza pela interferência de vários sujeitos em sua produção, circulação e consumo. Possui ou pode assumir funções diferentes dependendo das condições do lugar e do momento em que é produzido e utilizado nas diferentes situações escolares (2014, p. 301).
Assim, o livro didático é um produto cultural amplamente aceito. É natural professores, professoras e profissionais ligados à educação falarem em livro didático como sinônimo de material didático. Durante os cursos de formação continuada, uma das questões que surgia era registrar algumas representações que professores tinham da relação entre material didático e livro didático. No início a maioria, quando questionada, apresentava indícios por meio dos quais o material didático equivalia ao livro didático, ou a ele se limitava (CAVALCANTI, 2016).
Em um primeiro momento as respostas se davam em virtude de ser o livro o único material didático a que muitos professores tinham acesso. Ressalta-se que se era em virtude da falta de acesso a outros materiais didáticos que alguns professores reduziam materiais didáticos a livros didáticos, uma grande parcela demonstrava que em suas escolas havia materiais didáticos além dos livros e, mesmo assim, a primeira representação que elaboravam era a que instituía livros e materiais didáticos sendo iguais (CAVALCANTI, 2016).
Nas palavras de Rusen (2011, p. 116):
Um bom livro didático deve apresentar quatro características estruturantes: a) formato claro e estruturado; b) estrutura didática clara; c) relação produtiva com o aluno; e d) relação com a prática da aula. Em toda sua estrutura, o livro didático tem que levar em conta as condições de aprendizagem dos alunos e alunas. Tem que estar de acordo com sua capacidade de compreensão, e isto vale, acima de tudo, ao nível de linguagem utilizada. A relação com os alunos, contudo, não se reduz a levar em conta as possibilidades de compreensão. 
Em relação à disciplina de história, Rusen (2011, p. 109) pontua que:
Todos os especialistas estão de acordo que o livro didático é a ferramenta mais importante no ensino de história. Por isso, este recebe uma ampla atenção inclusive por parte daqueles que se interessam pelo ensino de história na escola e pelo seu significado para a cultura política. Para que o Ministério da [Educação] conceba sua aprovação a livros didáticos, tem-se colocado em curso diferentes processos de inspeção e autorização em que se discutem vivamente quais qualidades esses devem ter. Também os historiadores estão interessados nos livros didáticos. Eles têm vários motivos.
Os profissionais especialistas em pesquisas historiográficas deveriam se esforçar ao máximo para que seu objeto de investigação acadêmica chegue o mais rápido possível aos livros didáticos. Essa interpretação defende que os livros didáticos exercem uma grande influência no trabalho docente do ensino de história, podendo interferir de maneira considerável na forma como uma imensa quantidade de crianças e jovens irão construir suas leituras da sociedade da qual fazem parte. Isso porque, a história construída acerca dela mesma guarda uma íntima relação com a história ensinada em sala de aula, ressalta-se ainda que a história ensinada em sala de aula possui relação com os livros didáticos na docência de professores e professoras (CAVALCANTI, 2016).
Figura 1 – Livro didático de história
Fonte: Google imagens (2021).
O mesmo autor informa que os professores da educação básica durante o ano letivo são pressionados a cumprirem um grande programa de conteúdos em razão das propostas curriculares discutidas. Nesse sentido, para que se trabalhe com o livro didático como objeto de investigação nas aulas de história, seria importante diminuir o largo cronograma de conteúdos ou ampliar a carga horária da disciplina. Isso necessitaria mudanças. Nesse sentido uma possibilidade de melhorar o uso que se faz dos livros didáticos é trabalhar esse material por meio da metodologia de Projeto de Trabalho, também chamada de Pedagogia de Projetos. Não se trata, porém, de um recurso didático, que teria como objetivo despertar a atenção dos estudantes sobre o conteúdo historiográfico que será discutido.
Para o mesmo autor, é possível trabalhar o livro didático como objeto de investigação por meio da metodologia de Projeto de Trabalho e usá-lo não apenas para apresentar uma descrição dos conteúdos em capítulos ou temas. O livro didático de história pode ser usado como objeto de investigação para se estudar, por exemplo, como os documentos são usados na construção das narrativas sobre os assuntos de cada capítulo.
Neste contexto, Cavalcanti (2016), o professor pode escolher um tema se o livro for composto de unidades temáticas e estudar quais documentos os autores usaram como fonte para elaborar as narrativas. Ou seja, o objeto de estudo da unidade selecionada não será o conteúdo, no sentido estrito, mas os documentos usados. Uma vez desenvolvida essa proposta, pode-se começar o estudo da unidade fazendo um levantamento sobre os tipos de fontes que os autores usaram naquela unidade do livro em uso.
O mesmo autor relata que é importante compreender se são fontes jornalísticas, obras de arte, imagens ou de outra natureza como artefato material de culturas que não desenvolveram a escrita. Nesse sentido é de suma importância identificar quem são os diferentes autores das fontes. Esse registro é importante para compreender como cada fonte utilizada podemostrar certos aspectos sobre um mesmo assunto.
Também é importante compreender que as fontes mobilizadas pelos profissionais que elaboram os livros didáticos não foram produzidas para servir como fontes históricas, nem tampouco produzidas pelos autores dos textos dos livros didáticos. Foram elaboradas por outras pessoas, em diferentes situações, visando diferentes interesses. E para chegar ao livro didático, como toda fonte, foram selecionadas pelos autores dos livros. É importante propor essas abordagens para que os estudantes compreendam que os documentos mobilizados não são os acontecimentos apresentados (CAVALCANTI, 2016).
Os alunos chegam à sala de aula com algum tipo de conhecimento, referente à sua existência no tempo e no espaço, obtidos a partir de meios, como a televisão, o cinema, as histórias familiares e de amigos. Esse contexto não deve ser excluído no processo de construção do conhecimento, mas sim, deve ser desenvolvido em conjunto com o que pode ser construído e aprendido em sala de aula (POTIER, 2021).
Ainda para Potier (2021), o conhecimento histórico deve poder ajudar a suprir as carências de orientação no tempo e os interesses da sociedade, retornando a ela sob a forma de resposta a essas carências, podendo e devendo, inclusive, ser utilizados no Espaço Escolar pelo professor de História. Ter como parâmetro a forma de produção do conhecimento histórico para a produção do conhecimento histórico escolar significa vivenciar com os alunos a elaboração de problemas, o entendimento sobre verdades científicas, sobre diferentes formas de conhecimento, entre outros aspectos.
Compreendemos que o livro didático de história pode também ser percebido como um “termômetro”, no que se refere a produção do conhecimento histórico nas academias e sua apropriação nas salas de aula, porém, as fontes encontradas nesse material podem oferecer questionamentos. Os alunos levam pra sala de aula muitos conhecimentos construídos em seu cotidiano, isso serve para que os mesmos tenham um entendimento de si. O livro didático de História tem em seu conteúdo, inúmeros elementos que ajudam no desenvolvimento e na compreensão de determinados assuntos que irão melhorar a aprendizagem em sala de aula (POTIER, 2021).
3. METODOLOGIA
Esta pesquisa é de cunho bibliográfico com base em autores especializados na temática. Utiliza-se uma pesquisa bibliográfica, pois, segundo Manzo (1971, p. 32):
[...] a bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas nas quais os problemas não se cristalizaram suficientemente.
Diante disto, na figura a seguir se tem a foto do texto que foi utilizado no presente trabalho. 
Figura 2 – Texto utilizado sobre a importância do livro didático nas aulas de histórias
Fonte: Cavalcanti (2016).
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O ensino da disciplina de história, sem dúvidas contribui com a formação para a cidadania dos alunos. O livro didático estabelece o conhecimento específico da história e, portanto possui uma função social. É de suma relevância discutir, refletir e analisar a verdadeira relevância do ensino de História - a sua capacidade contributiva aos estudantes que são sujeitos históricos.
Tal aspecto é essencial, pois o ensino de história leva os alunos à compreensão do passado, presente e futuro, reconhecendo os processos sociais, econômicos e culturais. Essas ligações são de suma importância de serem demonstradas pelo professor de história. O livro didático auxilia na ação docente e oferece norteamentos para que o professor desenvolva uma prática significativa com os seus alunos. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem dúvida, perante o livro didático o professor de História pode desempenhar ações pedagógicas efetivas, com uma didática interessante, motivadora e estimulante ao aprendizado, permanência do aluno na escola e seu desenvolvimento cognitivo e sociocultural. 
Ele pode aplicar atividades com filmes, imagens, teatros e etc., mediante os estímulos advindos do livro didático, sem falar que pode estimular um diálogo filosófico acerca de inúmeras situações representativas da realidade contidas no livro.
Portanto, por meio do livro didático na disciplina de história o professor pode levar os seus alunos a desenvolverem a imaginação, a cognição, novos conhecimentos e ainda despertar para a vida profissional e mesmo formá-lo como leitor, incentivando-o a interpretar, confrontar ideias, conhecer narrativas e à compreensão de inúmeras circunstâncias que permearam e permeiam a vida humana.
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe Maria F. Fundamentos e métodos do ensino de história: algumas reflexões sobre a prática. In: ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA, ANPUH-SP, 22. Santos, 2014.
CAVALCANTI, Erinaldo. Livro didático: produção, possibilidades e desafios para o ensino de História. 2016. Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/219/183. Acesso em: 25 Jun. 2021.
MANZO, A. J. Manual para la preparación de monografías: una guía para presentear informes y tesis. Buenos Aires: Humanistas, 1971.
POTIER, Leda Virgínia B. C. O Livro Didático de História: Algumas reflexões sobre seus usos, finalidades, indicações e sua relação com a Consciência Histórica. 2021. Disponível em: http://www.rn.anpuh.org/2016/assets/downloads/veeh/ST08/O%20Livro%20Didatico%20de%20Historia%20Algumas%20reflexoes%20sobre%20seus%20usos,%20finalidades,%20indicacoes%20e%20sua%20relacao%20com%20a%20Consciencia%20Historica.pdf. Acesso em: 25 Jun. 2021.
RÜSEN, Jörn. O livro didático ideal. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende (Org.) Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. UFPR, 2011.