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Resumo DIREITO CIVIL - DEFEITOS DO NEGOCIO JURIDICO

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DEFEITOS DO NEGOCIO JURÍDICO
O erro: art 138 
“São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.” 
Esse errar/falsa interpretação parte do próprio sujeito não decorre da influência de outrem, você por si so chega nessa circunstância. 
 Não há uma proteção para anular um erro que decorresse de um erro absurdo, é um erro que é razoável da pessoa realizar confusão. 
Circunstancia de erros substanciais: art 139 
“O erro é substancial quando: 
I – interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; 
II – concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refra a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; 
III – sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.” 
Erro in negocio: o sujeito faz um negócio achando que está fazendo outro. Exemplo: confundir compra e venda como doação. 
Erro in corpore (quanto ao objeto): Pode se dar pela situação que o sujeito achava que era um objeto mas era outro (I) ou você se engana quanto as qualidades essenciais daquele objeto (II). O mais comum é o em relação as qualidades essenciais. 
Erro in persona: Pode ser o erro quanto a pessoa (I) – comum em homônimos – ou quanto as qualidades da pessoa (II) – você acredita que a pessoa tem determinadas características quando na verdade ela tem outras, que influenciam na situação do negocio de modo relevante –. 
Error iuris: A pessoa compra um terreno achando que vai poder construir um prédio, mas, na verdade, naquela área.
Falso motivo: só vicia o negócio no caso em que o motivo seja determinante. Exemplo: um sujeito declara que quer comprar um animal para reprodução e lhe é vendido um animal estéril. 
Por pessoa interposta: uma agente do banco que digita um número de deposito errado, esse negocio é anulável. 
Nesses casos supracitados a exteriorização da vontade é posterior ao erro concretizado na minha mente. 
Peculiaridades relativas do erro: CASOS EM QUE HÁ FALHA NA EXTERIORIZAÇÃO QUE NÃO TRANSMITE A VONTADE DO SUJEITO: A vontade dele não ta nublada por nenhuma falta de conhecimento, o que acontece é que nesse exteriorizar você termina algum erro mas que NÃO DEVEM ANULAR 
Na indicação da coisa ou da pessoa, mas no contexto você consegue identificar o objeto em questão. Exemplo: um testamento que o pai escreve o nome da filha errado mas, dá pra identificar quem era a filha, esse negócio não é anulável. 
Erro de calculo: se, por exemplo, no pagamento, há um erro de calculo no negocio, não será causa de anular. Por isso que normalmente nos contratos os números ficam por extenso, pois há menor chance de errar. 
Cessação de anulabilidade: Por exemplo, eu queria comprar uma corrente de outro por 1000 reais, mas a corrente não é de ouro, quando eu vou anular, a pessoa me oferece justamente uma corrente de ouro. 
Dolo invalidante: não se relaciona com o dolo penal de grau de culpa. A razão na anulação se parece com o erro, pois um lado esta pensando que é uma coisa mas é outro, mas o que muda é que alguém enganou essa pessoa para que ela fique em erro: seja por ação ou por omissão. Não necessariamente precisa ser o outro lado do negocio, que está de fato celebrando-o, pode ser um terceiro.
Dolo causal (art 145): o dolo acaba sendo a causa da realização do negocio jurídico. Exemplo: eu comprei uma corrente só porque o vendedor me disse que era de ouro. 
Dolo acidental (art 146): O dolo não é causa do negocio, ele teria se realizado de qualquer maneira mas sob outas circunstancias, não busca a anulação mas a readequação. Exemplo: eu compro uma corrente porque o vendedor disse que era de outro, mas eu compraria mesmo se não fosse, porem, achando que era de outro paguei 1000 reais, nesse caso, o negocio deve ser readequado e eu pagar 30. 
O dolo não envolve necessariamente por uma ação mas também por uma omissão. Exemplo: eu chego para comprar uma corrente digo “você me vende essa corrente de ouro” e o vendedor não fala nada, mesmo que saiba que a corrente é so dourada. 
Dolo por terceiro: Se a pessoa que está vendendo não sabia e não deveria saber (subordinados so negociante) que um terceiro esta induzindo outros ao erro, esse negocio não é anulável, mas o terceiro que está induzindo o erro pode ser processado por perdas e danos. Se o vendedor sabia ou deveria saber do terceiro, o negocio é anulável.
Dolo por representante (art 149): Pode ser o legal (do absolutamente e do relativamente incapaz) ou convencional (há um mandado que outorga poderes para aquela pessoa). 
O limite do representado legalmente só responde civilmente pelo aquilo que ele ganhou em virtude do dolo do representante. 
O representante convencional tanto o representante como o representado vao responder solidariamente. 
Se os dois sujeitos estão agindo com dolo (quem compra e quem vende), ninguém pode anular o negocio. Forte ideia de “tu quoque.” 
Coação: há uma ameaça para que o contrato seja celebrado.
Coações invalidantes: Fundado temor, dano iminente e considerável a pessoa, a sua família ou seus herdeiros. No caso de não ser família, também considera-se possíveis laços afetivos como amigos, namorados, depende da interpretação do juiz... 4.4.3.1.1 Fundado temor: a pessoa credita que aquela reação pode se realizar. Ou seja, considera-se armas de brinquedo, uma vez que a pessoa não sabe que a arma é de brinquedo. 4.4.3.1.2 O dano deve ser iminente e considerável, ou seja, em tempo próximo e um dano “grande.” 4.4.3.2 Apreciação da coação: art 152 4.4.3.2.1 No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela 4.4.3.3 Não é coação: art 153 4.4.3.3.1 Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial (um grau de respeito que o paciente tem com o outro que se encontra em posição superior. Exemplo: pais e filhos...) 4.4.3.3.2 Não confundir coação com vis absoluta, na vis absoluta não há vontade. 4.4.3.3.3 Coação feita por terceiro (art 154 e 155): igual a dolo. 4.4.4 Estado de perigo (art 157): O sujeito realiza um negocio que ele se coloca a pagar algo muito caro para evitar grave dano aplicável a pessoa, sua família ou a outros com laços. 4.4.4.1 Dolo de aproveitamento: o outro lado sabe que haveria esse grave dano. 4.4.4.2 Dano a integridade física, saúde, ou vida. 4.4.5 Lesão (art 156): Ocorre lesão por premente necessidade ou por inexperiência. Se aproveitar da inexperiência também pode caracterizar lesão. 4.4.5.1 Não necessariamente você esta induzindo alguém ao erro. 4.4.6 Fraude contra credores (art 158 e 159): Vicio social 4.4.6.1 Vem para proteger terceiros, Os NJ’s são anuláveis porque a realização desse negocio acaba trazendo prejuízo para os credores. 4.4.6.2 Negocio benéficos: doações e remissões de dividas (art 158) 4.4.6.2.1 O devedor já esta insolvente (o passivo é maior que o ativo) ou ele, ao realizar esse NJ’s fique insolvente. Ele saber que vai ficar insolvente ou não não importa. 23 4.4.6.2.2 So vai ser anulável por credores quirografários = sem nenhuma proteção/garantia especial que vai receber seu pagamento, ex: sem fiador, hipoteca... 4.4.6.2.3 Os credores nao quirografários podem pedir a anulação se a garantia se tornar insuficiente. 4.4.6.2.4 O credor já tem que ser credor no momento que acontece o NJ que possa vir a prejudicar o pagamento de sua divida. 
4.4.6.3 Negocios onerosos (art 159) 4.4.6.3.1 Não necessariamente vao ser anuláveis, uma vez que nem sempre o insolvente vai ter diminuição no NJ oneros. 4.4.6.3.2 Só vai ser anulável se: (I) A insolvência for notória (a pessoa já foi decretada judicialmente como insolvente/falido) ou (II) a pessoa tinha razão p saber (Exemplo: parceiro, sócio...) 4.4.6.3.3 Se o sujeito que realiza o NJ oneroso e elefez o negocio com um preço “normal”, ele pode evitar anulação se (I) ele ainda não pagou ao insolvente, ele depositar em juízo e notificar os credores do insolvente ou que (II) ele realiza um NJ sobre um bem com um valor menor do que o valor real do bem , ele pode evitar a anulação se pagar aos credores o valor correto do bem. Exemplo 1: Eu compro uma casa de um insolvente por 300 mil, sendo que o insolvente deve 300 mil, eu não pago ao insolvente, mas, deposito em juízo e notifico os interessados (os credores do insolvente). Exemplo 2: Eu compro uma casa que vale 500 mil por 250 mil de um insolvente, para evitar que o NJ seja anulável eu devo pagar os 500 mil aos credores. 4.4.6.3.4 O insolvente não pode pagar aos credores quirografários onde a divida não venceu. Caso ele faça, esse NJ é anulável, e o bem não vai voltar para o devedor e sim pro acervo que vai quitar a divida com os credores. 4.4.6.3.5 O insolvente já estando insolvente não pode criar novas garantias para os deveres, pois ele estaria privilegiando um credor em detrimento de outros. 4.4.6.4 NJ’S não anuláveis 4.4.6.4.1 Manutenção do estabelecimento comercial ou rural, que ainda gera lucro. 4.4.6.4.2 Subsistencia (proteção do patrimônio mínimo + dignidade da pessoa humana). 4.4.6.5 A ação pode ser movida contra o insolvente ou contra o comprador de ma fé.

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