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Artigo - A Utilização do CPAP em neonatologia pela fisioterapia como manobras respiratórias e suas complicacoes

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A Utilização do CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias 
Aéreas) em Neonatos Pela Fisioterapia Como Manobra Respiratória e 
suas Complicações. 
 
 
Vilza Carla Ferreira Cunha1 
Email: vilzacunha_2@hotmail.com 
Pós-graduação em Terapias Intensivas 
Orientadora: Dayana Priscila Maia Mejia2 
Faculdade: Ávila 
Resumo 
Este estudo tem como objetivo apresentar os benefícios e as complicações do CPAP na 
fisioterapia respiratória neonatal chamando a atenção desses profissionais na Unidade de 
Terapia Intensiva Neonatal (UTI NEONATAL) quanto à assistência empregada e oferecida a 
esta população. Este estudo tem como objetivo geral descrever a Assistência oferecida pela 
fisioterapia aos Neonatos na UTI que utilizam o CPAP bem como as possíveis complicações. 
E relatar a importância do uso CPAP no tratamento terapêutico e descrever os efeitos 
fisiológicos do CPAP. A metodologia a ser utilizada será o método pela pesquisa 
bibliográfica utilizando-se de livros que aborda o tema desta pesquisa. Ressalta-se que os 
resultados demonstrados foram que o CPAP é sem dúvida uma importante ferramenta no 
controle da insuficiência respiratória em Neonatos. Os resultados mostram que o uso da 
ventilação não invasiva (VNI) deve ser considerado como um coadjuvante para outras 
técnicas em fisioterapia terapêutica, como parte de um programa global de reabilitação dos 
Rns que necessitam desse suporte. Justifica-se o estudo o conhecimento da terapia em CPAP 
nos Neonatos e suas complicações pelos profissionais fisioterapeutas. Conclui-se que é de 
suma importância o fisioterapeuta conhecer a modalidade CPAP Nasal evitando dessa forma 
as complicações por iatrogenia 
 
Palavras-chaves: Complicações; CPAP; Fisioterapia. 
1. Introdução 
O CPAP nasal é um modo de suporte ventilatório bem aceito em neonatologia. Este estudo 
visa fornecer informação específica e científica da Utilização do CPAP (Pressão Positiva 
Contínua nas Vias Aéreas), e as suas complicações nos Neonatos. O problema referente ao 
tema são as dificuldades encontradas pelos fisioterapeutas durante a assistência na VNI em 
Neonatos e suas complicações relacionadas aos parâmetros ventilatórios. A metodologia 
utilizada será a técnica de pesquisa bibliográfica. A ventilação não invasiva (VNI) consiste 
em uma técnica de ventilação assistida com pressão positiva ou negativa, onde na primeira é 
utilizada uma interface entre paciente e o ventilador mecânico sem a necessidade de uma via 
aérea artificial. Esse recurso é aplicado em várias situações clínicas dentre elas: Pneumonia, 
DPOC agudizada, asma brônquica, apnéia obstrutiva do sono, desmame e edema pulmonar 
cardiogênico que podem levar a um quadro de insuficiência respiratória aguda e crônica 
agudizada. A fisioterapia exerce papel de suma importância nessa modalidade, pois é através 
da utilização adequada que os RNS restabelecem seu padrão respiratório e a melhora da 
 
1
 Pós-graduando em Terapias Intensivas. 
2
 Orientadora, Fisioterapeuta, especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Bioética e Direito 
e Saúde. 
2 
 
dinâmica pulmonar. Portanto é necessário que o profissional fisioterapeuta tenha o 
conhecimento deste método para que seja utilizada de forma adequada evitando iatrogenia ao 
paciente submetido à VNI, sobre o ponto de vista holístico a fisioterapia trabalha visando 
sempre a restabilização do quadro clínico do paciente. Justifica-se o estudo a importância do 
trabalho da fisioterapia aos Neonatos que se submete ao uso do CPAP nasal como tratamento 
coadjuvante nas patologias respiratórias. O objetivo deste trabalho é o conhecimento 
aprofundado sobre o uso correto da VNI e oferecer aos colegas e a sociedade informações 
específicas do assunto abordado para que todos a partir deste momento continuem buscando 
melhorar sua conduta mediante a instalação e manutenção do CPAP NASAL em 
NEONATOS. 
Concluí-se que os profissionais da fisioterapia ao trabalhar com Neonatos submetidos a 
tratamentos em unidade de terapia intensiva devem estar habilitados para atender essa 
população oferecendo assistência contínua e adequada e evitando as complicações durante a 
terapia por CPAP nasal. 
 
Referencial Teórico 
2. Ventilação Mecânica não Invasiva 
Conforme Sarmento (2007), nas últimas décadas, mais marcadamente nos últimos anos, 
temos evidenciado o desenvolvimento de novas terapêuticas e a incorporação de avanços 
tecnológicos que causaram um enorme impacto na sobrevida de prematuros de muito baixo 
peso (RNMBP). Se na década de 1970 a sobrevivência de um recém-nascido com menos de 
1.000 g era uma ocorrência rara (menos de 10% dos casos), hoje as taxas de sobrevida são 
superiores a 70%. 
Os avanços em relação, no entanto, vieram acompanhados de uma maior morbidade e 
agravantes em relação à qualidade de vida desses recém-nascidos, especialmente em relação 
às complicações pulmonares, tendo entre elas uma das formas mais graves, a doença 
pulmonar crônica ou displasia bronco-pulmonar (DBP). O uso da ventilação mecânica em 
pré-termos (RNPT) MENORES DE 1.500 g gera dano pulmonar em cerca de 20% dos 
sobreviventes. Esses recém-nascidos portadores de uma doença crônica, que necessitarão de 
maior suporte, especialmente ventilatório, durante seu tratamento (Id). 
O suporte ventilatório pode ser realizado de maneira invasiva, quando é realizada a intubação 
endotraqueal do paciente (nasotraqueal, orotraqueal ou traqueostomia), ou não-invasiva, 
quando a ventilação é realizada através de uma máscara facial, nasal ou prong nasal associado 
a uma pressão positiva (Id). 
Para Sarmento (2007), a VMNI é uma terapêutica alternativa que promove uma ventilação 
mecânica sem a utilização de uma aérea artifical (intubação endotraqueal ou traqueostomia). 
Em casos de insuficiência respiratória, em que somente a oxigenoterapia não é suficiente para 
reverter quadros de hipoxemia e tem-se desconforto respiratório associado (tiragens, 
batimento de asa de nariz, balanceio de cabeça, gemência, cianose e taquicardia), presença de 
apneia recorrente com quedas de saturação e bradicardia, presença de áreas de atelectasia que 
prejudiquem a oxigenação e radiografia de tórax indicando síndrome do desconforto 
respiratório (SDR), a utilização de ventilação mecânica não-invasiva constitui uma opção 
antes que se proceda à intubação orotraqueal (IOT) e à ventilação mecânica invasiva (VMI), 
permitindo a respiração espontânea. Essa é suportada com a administração de uma pressão 
positiva continua nas vias aéreas (CPAP), o que leva a um aumento da CRF e à otimização 
das trocas gasosas com consequente melhora da oxigenação, sendo útil no tratamento da IR, 
tipo I (Ibidem). 
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Conforme Hellberg Re (1977), a CPAP é a administração por meio de um prong nasal em 
lactentes e com uma mascara facial ou nasal em crianças, sendo a mascara nasal preferível em 
alguns casos, por causa do risco de broncoaspiração após episodio de vomito. O nível de 
aplicação da CPAP pode variar de 5 a 10 cmH2O, de acordo com a avaliação clinica do RN 
ou da criança, podendo ser ajustado com incrementos ou diminuição (1 a 2 cmH2O) de 
acordo com a avaliação da frequência respiratória, da saturação de O2 da PaO2, do trabalho 
respiratório e da pressão arterial. A administração da FiO2 e a saturação de O2. Existe 
também a possibilidade de se usar dois níveis pressóricos (Bilevel/CPAP). Em crianças 
maiores pode ser utilizado, com uma máscara facial ou nasal, quando diferentes níveis de 
pressão são determinados de acordo com cada doença, visando ao momento do volume-
corrente e consequente melhora na ventilação alveolar, sendo bastante útil no manuseio de 
pacientes com IR tipo II. 
O suporte ventilatório não invasivo evita complicações relacionadas a intubação, é mais 
confortável para o paciente, preserva a via aérea,a língua e a deglutição. Apresenta como 
vantagens: a diminuição da necessidade de sedação, a diminuição do risco de infecção 
nosocomial e a melhora do desconforto do RN ou da criança (Id). 
O desenvolvimento de novos respiradores e novas técnicas ventilatórias protetora (baseadas 
no conceito de menor agressão às estruturas pulmonares) vêm representando uma nova 
esperança para a redução da DBP, porém ainda, na prática, sem impacto significativo sobre a 
incidência da doença (Id). 
No final da década de 1960, iniciou-se maior interesse pelo estudo da fisiologia respiratória 
dos recém-nascidos a termo e prematuros, bem como a fisiopatologia das diversas 
enfermidades que os acometem. Por ocasião, observou-se que o gemido expiratório, ou seja, 
expiração prolongada e sonora presente nos casos mais agudos de insuficiência respiratória 
representava um mecanismo de defesa. Durante o gemido expiratório, a saída do fluxo aéreo 
se faz contra a resistência das cordas vocais, gerando uma pressão positiva que gira em torno 
de 4 cmH2O, porém esse mecanismo se faz eficaz em curtos períodos, fazendo-se necessária 
a utilização da ventilação mecânica invasiva. 
Conhecidas as complicações da manutenção de indivíduos em ventilação mecânica invasiva 
(VMI), especialmente em recém-nascidos (RN) e criança (ulcerações, edema de mucosas, 
hemorragias, estenoses de traqueia, pneumonias associadas à VMI, extubações acidentais, 
lesão de cordas vocais), a VNI começou a ser instituída como opção terapêutica nesse 
contexto, seja para evitar a necessidade do uso da VMI prolongada, seja para reduzir seu 
período de utilização (SARMENTO, 2007 p. 462). 
Para Sarmento (2007), Gregory, em 1971, reportou pela primeira vez o uso de pressão 
positiva continua nas vias aéreas (CPAP) em tratamento de SDR em recém-nascidos. Em 
1973, Agostino relatou uma série de recém-nascidos de muito baixo peso tratados 
satisfatoriamente com CPAP. 
A ventilação não-invasisa (VNI) é uma técnica de ventilação mecânica em que não é 
empregado qualquer tipo de prótese traqueal (tubo orotraqueal, nasotraqueal ou cânula de 
traqueostomia) sendo a interface entre o ventilador e o paciente feita através do uso de uma 
máscara ou prongs. A VNI tem por objetivo aumentar a ventilação alveolar e diminuir o 
trabalho respiratório (KNOBEL, 2006). 
A VNI é definida como uma técnica de ventilação mecânica onde não é empregado nenhum 
tipo de prótese endotraqueal, ou seja, são aquelas modalidades que permitem incrementar a 
ventilação alveolar através de dispositivos ou interfaces que podem ser máscaras nasais ou 
faciais e prongs nasais (SARMENTO,2007 p. 463). 
A utilização da CPAP para Neonatos, esta sendo bem aceita pela neonatologia, explica-se o 
motivo, os bons resultados obtidos, dessa terapia. 
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3. CPAP 
Denomina-se ventilação mecânica não invasiva com pressão positiva (VMNIPP) a 
administração de qualquer forma de suporte ventilatório utilizando-se de técnicas que não 
requerem uma via aérea artificial, como tubo endotraqueal, máscara laríngea ou 
traqueostomia. Esse tipo de terapia ficou mais difundido durante as últimas décadas (SINUFF, 
2000). 
A VMNIPP tem como um dos principais objetivos, proporcionar assistência ventilatória para 
melhorar a oxigenação e/ou diminuir a retenção de CO2, reduzindo o trabalho respiratório e o 
metabolismo anaeróbio, sem que haja necessidade de intubação endotraqueal. Essas respostas 
são atingidas graças aos efeitos hemodinâmicos e respiratórios decorrentes do uso dessa 
técnica. Com isso, alguns efeitos hemodinâmicos como o aumento da pressão intratorácica, 
decorrente da administração da pressão positiva, leva a uma diminuição da pressão transmural 
do ventrículo esquerdo (VE), reduzindo a pós-carga do mesmo. Ocorre também uma 
diminuição da pré-carga por causa da redução do retorno venoso e ocorre também um 
aumento da fração de ejeção de VE e do débito cardíaco, sabendo-se que a maguinitude 
desses efeitos hemodinâmicos depende da função cardíaca do paciente. Quanto aos efeitos 
respiratórios, observam-se algumas respostas fisiológicas: aumento da capacidade residual 
funcional, recrutamento de áreas alveolares colapsadas (SEBASTIÃO, 2006). 
Modalidade amplamente utilizada, a CPAP se define como um sistema artificial que gera uma 
pressão transpulmonar positiva durante a fase expiratória da respiração espontânea. Isso gera 
um aumento da pressão das vias aéreas, podendo gerar abertura de alvéolos antes colapsados, 
recrutando zonas hipoventiladas. Há redução do trabalho respiratório quando se proporciona 
suporte à musculatura inspiratória e aumento da capacidade residual funcional (SARMENTO, 
2007). 
Para Sarmento (2007), desde 1971 a CPAP está sendo largamente utilizada como método 
terapêutico para diversas doenças respiratórias em neonatos, lactentes e crianças pequenas. 
Em 1973, foi descrita por Kattwinkell uma peça nasal para fornecer CPAP, o que se fazia 
necessário, já que RN e lactentes são respiradores essencialmente nasais. Hoje a CPAP vem 
sendo empregada cada vez mais precocemente na tentativa de retardar e/ou evitar o uso da 
VNI e seu uso prolongado. 
O CPAP (Contínuos Positive Airway Pressure – Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) 
tem sido bem empregado em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica, 
melhorando as trocas gasosas e a saturação de oxigênio, favorecendo a complacência 
pulmonar, diminuindo o trabalho respiratório e impedindo que a intubação seja realizada 
precocemente. Além disso, o CPAP também auxilia na redução do auto-PEEP, facilita a 
redistribuição do líquido intersticial e promove recrutamento alveolar (KNOBEL, 2006) 
Definida como aplicação de uma pressão positiva continua nas vias aéreas, preconizada por 
Gregory, na década de 1930, consistia, inicialmente, e de um gerador de alto fluxo e uma 
resistência geradora de pressão contínua expiratória (PEEP) administrada através de uma 
máscara facial. Tal sistema ficou conhecido como CPAP Dows (Id). 
A ventilação mecânica não-invasiva com pressão positiva mediante aos pacientes neonatos, 
tem apresentado bons resultados, conforme os autores neste estudo relatam. O profissional 
fisioterapeuta trabalha com as vantagens dessa modalidade, todavia faz-se necessário uma 
avaliação criteriosa de pacientes a ser submetidos à modalidade CPAP, evitando 
complicações para essa clientela (Ibidem). 
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3.1 Efeitos Fisiológicos 
O uso da CPAP tem como efeitos o aumento da patência das vias aéreas superiores, tanto pela 
ativação dos músculos dilatadores dessa região quanto pela abertura passiva das vias aéreas 
pela pressão positiva. Ela permite um progressivo recrutamento de alvéolos colapsados. A 
melhor oxigenação reverte a vasoconstrição do leito vascular pulmonar, diminuindo a 
resistência vascular pulmonar e aumentando o fluxo através desse leito, diminuindo o shunt. 
A aplicação da CPAP, pelo aumento da pressão intratorácica, pode levar a uma redução do 
débito cardíaco por causa da redução do retorno venoso; em contrapartida, o uso de pressão 
adequada permite máxima entrega de oxigênio aos tecidos, o que diminui o gasto cardíaco. 
Esses efeitos são pressões dependentes e devem ser manipulados de acordo com as 
necessidades de cada doença a ser tratada. 
O uso da CPAP ainda promove um ritmo respiratório regular nos RNPT (GRENVIK, 2001). 
3.2 Indicações 
As principais indicações do CPAP são para pacientes com apnéia do sono, doenças restritivas, 
insuficiência respiratória posterior à extubação, atelectasia e as DPOCs (GRENVIK, 2001). 
Para Sarmento (2007), o uso da CPAP nasal é bem indicado aos neonatos, independentes de 
seu peso ao nascer, com quadro de insuficiência respiratória. 
Dentre as causas mais comuns, estão: 
− Doença da membrana hialina 
− Taquipneia transitória; 
− Edema pulmonar agudo; 
− Persistência do canal arterial; 
− Apneia da prematuridade; 
− Síndromeda aspiração de mecônio. 
De acordo com Gasskell; Webber (2000), a principal indicação em terapia intensiva é para 
pacientes que apresentam insuficiência respiratória hipercápnica, mas a técnica encontra 
resultados em alguns casos de insuficiência respiratória hipoxêmica, como no tratamento do 
edema pulmonar cardiogênico e da congestão pulmonar. Podendo também ser utilizada como 
recurso fisioterapêutico de reexpansão pulmonar no tratamento de atelectasias. 
3.3 Contra indicações 
As principais contra indicações para o CPAP são em pacientes que tenham cardiopatia grave, 
insuficiência renal, enfisema pulmonar, hipovolemia, hipotensão arterial, pneumotórax não 
drenado e enfisema bolhoso com risco iminente de pneumotórax. 
3.4 Sistemas Aplicação CPAP 
Dessa forma o CPAP constitui uma forma de ventilação mecânica onde o paciente respira de 
maneira espontânea por meio do circuito pressurizado do aparelho, mantendo uma pressão 
quase que constante durante toda a expiração e inspiração. Existem dois modos de aplicação 
do CPAP: um deles é o sistema artesanal, montado especificamente para aquela ocasião. A 
outra forma de utilização é em conjunto com o ventilador mecânico (KNOBEL, 2002). 
Para montar um sistema básico para aplicação terapêutica de CPAP é de fundamental 
importância conhecer os seus componentes e suas variáveis técnicas. Um sistema de CPAP é 
dependente de dois mecanismos básicos: um fluxo inspiratório e o mecanismo pelo qual se 
produz a resistência na fase expiratória (PEEP). Na inspiratória, o CPAP pode ser produzido 
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através de fluxo contínuo ou por fluxo de demanda, explicados posteriormente. Na fase 
expiratória, o mecanismo que produz a PEEP pode ser do tipo resistor de fluxo ou do tipo 
resistor de limiar pressórico. Assim sendo, podemos fazer diversas associações entre os 
mecanismos produtores de PEEP, montando, a partir daí, diferentes circuitos para aplicação 
do CPAP (SHOEMAKER et. al. 2002). 
O objetivo geral do CPAP é aperfeiçoar a oxigenação arterial e a redução do trabalho 
respiratório, permitindo a diminuição do consumo de oxigênio e a manutenção da respiração 
espontânea (CLARK; COCHRANE; MACKAY, 2006). 
 
3.5 Desmame 
Para Sarmento (2007, p. 467), ao realizar o desmame da pressão positiva oferecida pelo 
CPAP, assim como a VMI, deve-se reduzir gradativamente os parâmetros (FIO2 até 
aproximadamente 0,4, seguida da pressão expiratória em até 3 cmH2O). Quando o sistema for 
retirado, oferecer FIO2 0,1 acima da que era oferecida pelo CPAP. É possível ainda intercalar 
períodos de CPAP com oxigenioterapia, se for necessário 
4. BIPAP (Bilevel Positive Air Pressure) 
Definido como método de suporte ventilatório não invasivo, consiste na ventilação com dois 
níveis de pressão nas vias aéreas, isto é, uma pressão que atuará na inspiração, sendo 
denominada de inspiratory positive (inspiração positiva) air pressure (pressão de ar) (IAP) ou 
pressure suporte (pressão suporte) (OS) e uma pressão positiva que atuará na expiração 
(CPAP) (KNOBEL, 2002). 
4.1 Indicações 
São candidatos ao uso da CPAP nasal os neonatos, independentemente de seu peso ao nascer, 
com quadro de insuficiência respiratória. Dentre as causas mais comuns, estão: doença de 
membrana hialina, taquipneia transitória, edema pulmonar agudo, persistência do canal 
arterial, apneia da prematuridade, síndrome da aspiração de mecônio (SARMENTO, 2007 P. 
464). 
De acordo com Lança (2006), os objetivos específicos do BIPAP consistem em gerar pressões 
inspiratórias mais elevadas que facilitem ao paciente à inspiração de volumes corrente 
maiores, sendo assim possível somente pela variação de pressão nas vias aéreas, que 
possibilita melhor ventilação e troca gasosa, controlam o dióxido de carbono, previne a 
hipercapnia e acidose respiratória, assiste o esforço da musculatura inspiratória, reduz o 
trabalho respiratório, além de poder minimizar o aprisionamento de ar nos pacientes que 
fazem auto-PEEP. 
Indicado precisamente para pacientes que evoluem com quadro exacerbado de desconforto 
respiratório, severa dispneia, significativo aumento do trabalho respiratório e hipercapnia, o 
BIPAP demonstrou aperfeiçoar mais rapidamente a troca gasosa, reduzir o trabalho da 
respiração e a dispneia, quando comparado ao CPAP em pacientes com edema pulmonar 
cardiogênico (PISSULIN, 2002). 
4.2 Contra indicações 
Conforme Marino et. al. (2005) as contra indicações específicas e cautelosas do uso do 
BIPAP: nos casos de edema agudo de pulmão cardiogênico, em pacientes coronariopatas e 
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com instabilidade hemodinâmica, no pneumotórax não drenado e nos pacientes em pós-
operatório imediato de cirurgia abdominal alta que não estejam com sonda nasogástrica 
aberta, pois pode aumentar a sua morbimortalidade. 
5. Assistência da Fisioterapia na Utilização do CPAP em Neonatos 
Nas UTI, a fisioterapia é mais aplicada ao tratamento de doenças respiratórias e prevenção de 
complicações. Ao longo do tempo, com o emprego das técnicas fisioterapêuticas, foi possível 
observar a diferente resposta dos pacientes a uma mesma manobra, segundo a faixa etária, 
constituição física e tipo de doença. Outras observações constataram efeitos adversos da 
fisioterapia respiratória, mais frequentemente nos recém-nascidos, especialmente nos 
prematuros, evidenciando a necessidade de uma escolha criteriosa das técnicas 
fisioterapêuticas, que passaram a ter avaliação e execução individualizadas, de acordo com o 
paciente. Pelo risco de efeitos adversos, há uma tendência a evitar manipulações frequentes ou 
intensas no recém-nascido pré-termo (RNPT). O RNPT, também chamado de prematuro, é 
aquele que nasce antes de completar 37 semanas de gestação (NICOLAU, 2007; RAMOS, 
2009). 
A utilização da modalidade CPAP é de fundamental importância para a recuperação dos 
pacientes que dela depende. Todavia a sua instalação deve ser executada de forma correta e 
seus parâmetros bem avaliados e monitorados. Portanto a fisioterapia exerce papel 
fundamental nessa modalidade. 
Conforme Sarmento (2007 p. 465), a instalação do CPAP nasal ocorre mediante a necessidade 
do paciente e diante essa necessidade o fisioterapeuta deve: 
− Escolher o tamanho do prong adequado ao recém-nascido; 
− Aspirar previamente à faringe e a orofaringe; 
− Posicionar a criança em decúbito dorsal, preferencialmente elevado; 
− Colocar o gorro de fixação; 
− Inserir o adaptador 22 no umidificador, e do umidificador sai o ramo corrugado 
inspiratório; 
− Conectar o ramo expiratório ao gerador de fluxo (respirador-ramo-expiratório); 
− Conectar o luer-lock ao equipamento e a linha de monitoração de pressão na entrada 
de monitoração de pressão do respirador; 
− Regular o fluxo de gás (recomendado entre 5 e 10 litros por minuto de acordo com as 
necessidades) e FIO2 de acordo com a saturação desejada. 
− Inserir a cânula do prong delicadamente nas narinas da criança (previamente 
distendidas com cotonetes embebido com soro fisiológico e pomada anestésica); 
− Ajustar o prong nasal para que não toque o septo nasal; 
− Fixar os ramos corrugados no gorro, de forma que permita pouca movimentação da 
cânula nasal. 
É importante saber que o sistema de CPAP deve ser utilizado apenas com geradores de 
pressão inspiratória e expiratórios clinicamente testados e aprovados, e que a terapia deve ser 
constantemente monitorada. 
6. Complicações e Cuidados da Fisioterapia Decorrentes do Uso do CPAP para o 
Paciente 
Quando se faz uso da CPAP, há a necessidade de atenção a alguns fatores importantes, como 
a integridade das vias aéreas superiores, umidificação e aquecimento adequado e escolha do 
material adequado, entre outros (SARMENTO, 2007). 
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O uso da CPAP pode gerar complicações local tais: 
− Como obstrução nasal por edema; 
− Sangramento nasal; 
− Deformidades e necrose do septo nasal; 
− E atéestenose de coanas. 
Essa complicação pode ser prevenida mediante umidificação das narinas, escolha da cânula 
adequada (cânulas grandes que comprimam o septo e pequenas que tenham mobilidade 
excessiva geram trauma) e adequado posicionamento da cânula e circuito. Pode-se ainda fazer 
uso de substancias hidratante, como glicerina associada ao soro fisiológico. Essas 
complicações tópicas estão diretamente ligadas ao tempo de utilização do sistema. Adequada 
fixação da cânula evita a sua mobilidade excessiva, o que gera lesão e saída frequente das 
narinas, ocasionando flutuações na oferta de oxigênio e na pressão continua oferecida pelo 
CPAP. 
Os cuidados com a pele sob a cânula também são importantes; devemos sempre buscar sinais 
de hiperemia ou irritação e manter a adequada hidratação dessa área, e, se possível, proteção 
local com placa de hidrocolóide. 
É fundamental que o fluxo de gás oferecido ao paciente seja umidificado e aquecido 
adequadamente. Esse cuidado contribui para que se formem menos secreções e, quando essa 
está presente, seja fluidificada e, portanto, mais facilmente retirada. Deve-se tomar cuidado 
em relação à condensação de água no circuito, e uma vez que ocorra, deve ser desprezada 
imediatamente para que não haja aumento da resistência ao fluxo aéreo. 
Deve haver um fluxo aéreo mínimo dentro do circuito de ventilação com o objetivo de, alem 
de atender às demandas de volume-corrente, ainda fazer uma varredura do dióxido de carbono 
eliminado pelo paciente no circuito. Esse fluxo deve ser suficiente para atender 2,5 a 3 vezes 
o volume- minuto. 
Dentre as complicações Sarmento (2007, p. 467) atribui devido ao uso do CPAP estão: 
− Barotrauma; 
− Pneumotórax/pneumomediastino; 
− Erosão nasal; 
− Distensão abdominal; 
− Retardo na indicação de VMI e as alterações hemodinâmicas. 
A distenção abdominal entre os recém-nascidos, especialmente prematuros, geralmente é 
benigna e atribuída ao fato de essas crianças não terem a motilidade intestinal adequada para 
eliminar o ar deglutido durante o uso do CPAP nasal. Isso não impede a alimentação por via 
entérica dessas crianças, havendo apenas a necessidade de uma maior observação quanto à 
tolerância alimentar delas. 
6.1 Manobras fisioterapeutica utilizadas em tratamento dos recém-nascidos nas 
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal – UTIN 
Nas UTI, a fisioterapia é mais aplicada ao tratamento de doenças respiratórias e prevenção de 
complicações. Ao longo do tempo, com o emprego das técnicas fisioterapêuticas, foi possível 
observar a diferente resposta dos pacientes a uma mesma manobra, segundo a faixa etária, 
constituição física e tipo de doença. Outras observações constataram efeitos adversos da 
fisioterapia respiratória, mais frequentemente nos recém-nascidos, especialmente nos 
prematuros, evidenciando a necessidade de uma escolha criteriosa das técnicas 
fisioterapêuticas, que passaram a ter avaliação e execução individualizadas, de acordo com o 
paciente. Pelo risco de efeitos adversos, há uma tendência a evitar manipulações frequentes ou 
intensas no recém-nascido pré-termo (RNPT). O RNPT, também chamado de prematuro, é 
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aquele que nasce antes de completar 37 semanas de gestação (SOUZA LC, 2007; RAMOS 
HAC 2009). 
 A Portaria nº 3432 de 12 de agosto de 1998 do Ministério da Saúde determina que a UTI 
deva contar com equipe básica composta por um fisioterapeuta para cada dez leitos ou fração 
no turno da manhã e da tarde; um responsável técnico com título de especialista em medicina 
intensiva ou com habilitação em medicina intensiva pediátrica; um médico diarista com título 
de especialista em medicina intensiva ou com habilitação em medicina intensiva pediátrica 
para cada dez leitos ou fração, nos turnos da manhã e da tarde; um médico plantonista 
exclusivo para até dez pacientes ou fração; um enfermeiro coordenador, exclusivo da unidade, 
responsável pela área de enfermagem; um enfermeiro, exclusivo da unidade, para cada dez 
leitos ou fração, por turno de trabalho; um auxiliar ou técnico de enfermagem para cada dois 
leitos ou fração, por turno de trabalho; um funcionário exclusivo responsável pelo serviço de 
limpeza; acesso a cirurgião geral (ou pediátrico), torácico, cardiovascular, neurocirurgião e 
ortopedista. 
Dentre as manobras utilizadas pelos fisioterapeutas para o tratamento dos problemas 
respiratórios em UTIN estão: 
A vibração é um movimento oscilatório rápido com as mãos durante o tempo expiratório e 
que pode ser associado à compressão torácica e se apresenta como boa alternativa a pacientes 
com dificuldade de mobilização de secreção que não suportam a tapotagem, e é mais indicada 
a crianças, exceto em casos de grande instabilidade torácica ou enfisema subcutâneo 
(CARVALHO WB, 2005; OLIVEIRA, LCR et. al. 2006). 
Para Figueira (2004), a compressão torácica consiste numa pressão aplicada no momento da 
expiração na superfície torácica, acelerando o fluxo expiratório, agilizando o deslocamento da 
secreção a vias mais calibrosas, onde há aspiração mais efetiva. A vibração e a compressão 
são aplicadas em conjunto, formando a manobra que é mais adequadamente chamada de vibro 
compressão. Está indicada ao lactente muito pequeno, segundo trabalhos de Comaru e Silva 
23, lactente portador de dreno pleural, lactente de pele extremamente delicada e frágil ou que 
não tolere a percussão. 
A bag-squeezing faz uso do ambú, uma estrutura em forma de T que se conecta à cânula de 
intubação e realiza uma insuflação que gera um fluxo de ar turbulento e consequentemente o 
reflexo de tosse, propiciando melhor mobilização da secreção. É possível antes se instilar 5 a 
10 ML de soro fisiológico, 2mL de cada vez (CARVALHO WB, et al 2004). 
A tapotagem ou percussão é indicada a pacientes hipersecretivos, atelectasias, doenças 
neuromusculares, pulmonares crônicos e indivíduos com dificuldade para eliminar secreções, 
como indica Shelsby 25. É o movimento de percutir as mãos em forma de concha alternada e 
ritmicamente sobre a área relativa ao segmento pulmonar afetado, aproximadamente 150 a 
200 golpes por minuto. É contra indicada em caso de instabilidade torácica e plaquetopenia 
importante, e ainda quando a ausculta pulmonar apresenta sibilos isolados (RIBEIRO MAGO, 
et. al. 2001). 
Outra técnica que pode ser empregada é o método do reequilíbrio toracoabdominal (RTA), 
que objetiva recuperar o sinergismo entre tórax e abdome, melhorando a justaposição entre o 
diafragma e as costelas e aumentando o tônus e a força dos músculos respiratórios. Assim, os 
músculos respiratórios podem desempenhar com eficiência suas funções inspiratórias e 
expiratórias, com aumento do volume corrente, melhora da complacência pulmonar e redução 
da resistência expiratória em RNPT. Dentre as manobras específicas deste método, destacam-
se a seguir (ZANCHET RC, et. al. 2006). 
Shaking é uma manobra utilizada com a finalidade de acelerar a remoção de secreções através 
do sistema de transporte mucociliar. É realizada apenas durante a fase expiratória da 
respiração e após uma inspiração profunda, reforçando, assim, o fluxo de ar expiratório 
proveniente dos pulmões. 
10 
 
Para MacKenzie (2002), para a realização do shaking, as mãos devem estar relaxadas e 
colocadas sobre a região apropriada do tórax (com acúmulo de secreções ou diminuição da 
ventilação), começando logo após o início da expiração; o terapeuta então balança a caixa 
torácica em direção ao brônquio principal. O objetivo desta técnica é o deslocamento de 
secreções das vias aéreas de pequeno calibre para as de grande calibre. 
O shaking pode ser realizado uni ou bilateralmente. Caso não haja incisão, o paciente 
permanece parcial ou totalmente sentado, e as mãos do terapeuta devem ser colocadas na 
região inferior da parede torácica, com o movimento dirigindo-se superiormente em direção 
ao brônquio principal. Quando utilizadosobre o esterno, normalmente estimula a tosse devido 
à mudança das secreções superiormente no trato respiratório. Nos pacientes após toracotomia, 
as mãos devem ser colocadas sobre a região anterior e posterior do tórax, abaixo da incisão e 
não sobre o dreno intercostal. Se o paciente tossir, o fisioterapeuta pode aplicar uma firme 
pressão para dar uma maior estabilidade torácica, propiciando, assim, uma tosse mais 
confortável e eficaz (Id). 
 
Metodologia 
 
Para a realização deste estudo utilizou como método de pesquisa: pesquisa bibliográfica, 
através de livros e recursos da internet com o tema do estudo: A utilização de Cpap. 
 
Resultados e Discussão 
 
Alguns aspectos devem ser avaliados para os pacientes que irão submeter-se a ventilação 
mecânica não invasiva (VNI). A terapêutica utilizada pela fisioterapia apresenta bons 
resultados, conforme os autores explicam no decorrer deste estudo, todavia se faz necessária 
uma avaliação primária junto aos pacientes neonatos para a introdução desse método. Os 
autores são unanimes em afirmar que o uso do CPAP em Neonatos apresenta uma evolução 
significante na dinâmica ventilatória. Para Sarmento (2007), essa terapêutica vem se 
desenvolvendo a cada ano que passa, e a neonatologia ganha muito. Afirma Sinuff (2000), em 
seus estudos a importância de se conhecer realmente o que vem a ser a VNI e seus benefícios; 
Knobel (2006), explica que uma vez instituída a VNI, é de suma importância que o tratamento 
venha acompanhado de vigilância das equipes, pois o tratamento pode ocasionar 
complicações este mesmo autor explica ainda a importância de se avaliar às contra indicações 
para o uso da VNI. Ao contemplar os estudos os autores são unanimes quanto aos métodos e 
cuidados no uso da ventilação mecânica não invasiva (VNI), em neonatos e sua importância 
de realizar avaliações e estudos antes de se programar a terapêutica. 
Conclusão 
O aumento da sobrevida de recém-nascidos pré-termos vem estimulando o crescimento e 
desenvolvimento de técnicas e equipamentos que visem melhorar a qualidade de vida dessas 
crianças. Portanto a utilização do CPAP nasal em Neonatos requer dos profissionais 
fisioterapeutas conhecimentos específicos e científicos. Neste estudo foi possível trazer uma 
abordagem quanto à importância da assistência da fisioterapia adequada para essa clientela – 
os Neonatos. Foi destacado o quanto se faz necessário conhecer toda a dinâmica 
cardiorrespiratória e fisiológica para entender e compreender melhor todo o funcionamento 
deste modo ventilatório abordado no estudo. Todavia faz-se necessário que os fisioterapeutas 
compreendam a importância de se implantar metas que visem a qualidade da assistência 
terapêutica. Afirmando que são necessários muitos estudos a respeito do assunto para melhor 
11 
 
compreender e aperfeiçoar técnicas adequadas de assistência. O uso do CPAP em Neonatos, 
através deste estudo tem efeitos positivos na recuperação do mesmo. 
Vale considerar que alem da escolha do método ventilatório, o fisioterapeuta para alcançar 
suas metas, necessita regulamentar os padrões de treinamento do pessoal responsável na 
assistência ao Neonato bem como a operação adequada dos equipamentos. Conhecer como 
funcionam os equipamentos é de suma importância para todos da equipe atuante nesta 
assistência, assim bem como assistir ao paciente de forma humanizada, para tanto, há 
necessidade de um treinamento fundamentado em princípios científicos que incluem: 
vigilância constante; controle de sinais vitais e monitorização cardíaca; monitorização das 
trocas gasosas e padrão respiratório; observação de sinais neurológicos; aspiração de 
secreções pulmonares; observação de sinais de hiperinsuflação; higiene oral, fixação 
adequada das prongs; monitorização do balanço hidroeletrolítico; controle do nível 
nutricional; umidificação e aquecimento do ar inalado; observação do circuito do ventilador; 
controlar e registrar os parâmetros e o s alarmes do ventilador; manter decúbito adequado; 
observação do sincronismo entre o paciente e a máquina; controle de infecção hospitalar. Para 
tanto se faz necessário uma equipe preparada para esta assistência. Mediante todas essas 
informações será possível evitar as complicações decorrentes do uso inadequado do CPAP em 
Neonatos. 
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