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• CATARINA ALIPIO DE FREITAS - XXIIB Estudo Dirigido Microbiologia Aula de Reprodução e Resistência Bacteriana (AULA 1 - 24/04) 1. (Moran GJ et alli publicaram em 2006 um interessante estudo inStulado “S. aureus resistentes à MeScilina (MRSA) entre pacientes da Emergência”. Neste estudo os autores ([N Engl J Med] 2006 Aug 17; Vol. 355 (7), pp. 666-74) obSveram sua amostra dentre adultos que entraram na Emergência de onze hospitais universitários, com diagnósSco de lesões purulentas na pele e tecidos moles (n = 422). A amostra foi obSda no mês de agosto de 2004 e todas as culturas foram analisadas em um único centro. USlizaram-se técnicas para testagem de susceSbilidade. Nos isolados de MRSA, realizou-se também a Spagem cromossômica. O S. aureus resistente à MeScilina (MRSA) foi isolado em 249 dos 422 pacientes que buscaram a Emergência com lesões de pele e/ou tecido mole (249/422 = 59,0 %), com variações entre as Emergêncas abrangendo de 15 a 74 %. Baseado em seus conhecimentos, cite e explique os elementos envolvidos e os mecanismos de resistência de Staphylococcus aureus para penicilina, meScilina e vancomicina ? S. aureus resistente à PENICILINA: aparecimento de cepas resistentes à penicilina, nas quais produziam penicilinase/β-lactamases que que quebravam o anel β-lactalâmico da penicilina, inibindo sua ação. Portanto, o primeiro mecanismo de resistência do S. aureus foi através da produção de uma enzima. S. aureus resistente à METICILINA: aparecimento de cepas resistentes à meKcilina (MRSA), que se tornaram resistente à meKcilina devido à ação de um gene (MecA) que desenvolvia outros Kpos de PBP, que não aceitavam mais a ligação à β-lactalâmicos (penicilina, meKcilina, oxacilina). Esse segundo mecanismo de resistência do S. aureus ocorreu, portanto, por um fenômeno de mutação. S. aureus resistente à VANCOMICINA: ocorreu por uma exacerbação do espessamento da parede celular da bactéria , impedindo que a vancomicina conseguisse agir sobre ela. Descobriu-se um palsmídeo relacionado à esse espessamento (plasmídeo gene vanA). Portanto, o terceiro mecanismo de resistência do S. aureus de seu pela presença de fatores poligenéScos. 2. Explique em detalhes as formas de reprodução bacteriana (conjugação, transdução e transformação) e determine as vantagens adaptaSvas dentro de cada reprodução? CONJUGAÇÃO BACTERIANA: a bactéria competente doadora deve possuir o plasmídeo F (fator sexual ou fator de ferKlidade), que vai docodificar a produção da fimbria sexual (sex pilus), um túnel citoplasmáKco que conecta a bactéria F+ a bactéria F-. Desse modo, a bactéria doadora replica seus plasmídeos (na maioria das vezes, incluindo o plasmídeo F) e doa para a bactéria F-, transformando-o essa em F+ e promovendo a variabilidade genéKca nessa bactéria receptora com nossos plasmídeos. Na conjugação, uma das vantagens adaptaKvas, é tornar uma bactéria “incompetente” de doar seus plasmídeos, F-, em uma bactéria competente para doar, ou seja, F+. TRANSDUÇÃO: consiste na recombinação genéKca mediada por uma par^cula viral. A célula receptora competente deve possuir _mbrias receptoras para o bacteriófago. O bacteriófago então gruda em seu hospedeiro por essas _mbrias receptoras, encontrando seu encaixe específico nela (“chave- fechadura”), ocorrendo então, mudanças conformacionais no bacteriófago. Após isso, primeiramente, o bacteriófago injeta lisozimas que quebram a parede e membrana celular da bactéria, formando uma ponte hidrofóbica, que propicia a passagem do conteúdo genéKco do bacteriógafo para o interior da célula. Com CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB seu material genéKco inserido, ele pode seguir 2 caminhos: o ciclo lisogênico (DNA do bacteriófago se incorpora ao DNA cormossomial da bactéria, ficando lá e sendo repassado normalmente para as células filhas por reprodução assexuada- prófago), e o ciclo líKco (o DNA do bacteriófago começa a se replicar dentro da célula em que está inserido, até chegar um momento que lisa a célula, porém 1 em cada 1000 replicações, o DNA viral acaba incorporando nele uma porção do DNA bacteriano, e ao infectar outra bactéria , essa porção irá se recombinar no DNA bacteriano novo, promovendo assim a recombinação genéKca). TRANSFORMAÇÃO: ocorre a parKr de uma bactéria que morre e deixa seus fragmentos de DNA no meio, dessa forma uma bactéria competente receptora (que não possui enzimas de restrição), absorve e incorpora esse material genéKco, a parKr da ação de diversas substâncias: autolisinas (quebram a estrutura da parede e membrana celular, expondo seu material genéKco e proteínas capazes de se ligarem ao material genéKco que será incorporado, as DNA binding proteins), exonuclease (faz a reKrada dos nucleoKdeos , transformando o material genéKco de dupla fita para simples fita a medida que ele vai adentrando na célula), proteína ligadora do DNA simples fita (grudam no DNA simples fita que entrou, protegendo-o e transportando-o para próximo ao DNA cromossomial da célula) e a proteína RecA (integra o material genéKco simples fita em uma região que ele Kver homologia). O DNA é integrado em uma região com homologia, ficando 3 fitas nessa porção, ocorre então a reKrada de uma fita do DNA próprio da bactéria (digerida e reuKlizada) e as regiões em que não houve complementariedade e ficaram simples fita sofrem a ação da polimerase que completa essas partes, assim houve a recombinação genéKca desse DNA. 3. Explique a geração de células Hfr (alta frequência de recombinação) durante o processo de conjugação bacteriana e determine sua importância para os microrganismos. As células Hfr (alta frequência de recombinação) são formadas por uma exceção que ocorre: quando uma célula F- recebe o fator de ferKlidade, por exceção, ao invés de transformar em um plasmídeo individual, a bactéria incorpora esse plasmídeo ao seu DNA cromossomial, sendo assim chamada de Hfr. Essa bactéria então, ao replicar seu DNA cromossomial para doar para outra bactéria (via pontes citoplasmáKcas), ela replica e doa junto essa capacidade de alta frequência de recombinação genéKca. 2 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB Estudo Dirigido Cocos Gram+ I (AULA 2 - 08/05) 1. Quais são os testes e resultados laboratoriais que determinam que uma bactéria isolada é Staphylococcus aureus? Quais são as principais manifestações clínicas associadas a esta bactéria? E quais são os principais fatores de virulência de S. aureus e como ele contribui para o processo de infecção? Os principais testes e resultados laboratoriais são: 1. Prova da coagulase, em que o S. Aureus é coagulase posiKvo, portanto possui essa enzima , 2. Prova do ágar manitol, o S. Aureus consegue uKlizar do manitol presente no meio de culKvo, fazendo a fermentação, produzindo energia e acidificando o meio, portanto o S. Aureus também é manitol posiKvo, 3. Prova por ágar DNAse, o S. Aureus colocado em um meio de culKvo com duplas fitas de DNA, libera suas enzimas DNAse para a quebra dessas, portando o S. Aureus é também DNAse posiKvo. As principais manifestações clínicas relacionadas ao S. Aureus são problemas superficiais (cutâneos ou subcutâneos), como impeKgo, foliculite, terçol, furúnculo ou carbúnculo, problemas invasivos como endocardites bacterianas, osteomielite, pneumonia, bacteriemias e sepse, alem de problemas tóxicos alimentares, choque tóxico e síndrome da pele escaldada. Os principais fatores de virulência do S. Aureus são: de adesão (fibronecKna, colágeno e fibrinogênio), de evasão (coagulase, cápsula polissacarídea, PVL, SpA) e de lesão (enterotoxinas, esfoliaKna, PVL e o super-an^geno TSST-1). Eles atuam no organismo hospedeiro driblando o sistema imunológico para que se alojam e se mulKpliquem no organismo. 2. Sobre o anSbiograma responda: a) No caso de um anSbiograma, com resultado de sensibilidade intermediária ao anSbacteriano a conduta do médico deve ser: Um resultado intermediário no anKbiograma significa que deve-seusar doses maiores do anKmicrobiano ou manter a dose atual, imaginado que o anKmicrobiano está agindo em todos os síKos de ação. b) O que é CIM e quando devemos solicitar ? O CIM é a concentração mínima inibitória de um anKmicrobiano, ou seja, a concentração mínima em que o anKmicrobiano deve estar presente para que ocorra ausência do crescimento da bactéria. Devemos solicitá-lo em casos de infectos localizadas em síKos corpóreos, onde a penetração dos anKmicrobianos é baixa (endocardite, osteomielite e meningite), em casos de infecções sistêmicas causadas por bactérias mulK-resistentes e em casos de infecções em pacientes imunocompromeKdos, principalmente. 3 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB Estudo Dirigido COCOS GRAM PosiSvos II (AULA 3 - 15/05) 1. Gestante chega ao hospital no momento do parto. A auxiliar de enfermagem lê no prontuário da paciente que seria realizada uma cesárea às 19:00hs. A auxiliar pergunta se ela gostaria de realizar uma anSbióSco terapia profiláSca pois em sua microbiota vaginal poderia exisSr um importante patógeno associado a sepse e meningite neonatal, principalmente quando entra em contato com o feto no momento do parto. Baseado no texto e em seus conhecimentos responda as duas questões a seguir : c) Qual(is) o(s) possível(is) agente(s) eKológico(s) envolvido(s) no processo infeccioso em questão? No processo infeccioso em questão pode ter como agente eKológico o Streptococcus agalac1ae (beta-hemolíKco do grupo B de Lancefield), que é um parKcipante da microbiota normal do TGI e do TGU e pode estar associado à sepse e meningite neonatal. A Escherichia Coli também pode ter relação com esses dois quadros. d) A conduta da auxiliar de enfermagem está correta? JusKfique sua resposta? Não, a conduta da auxiliar de enfermagem está incorreta, uma vez que seria realizado um parto cesárea, o bebê não passaria pelo canal vaginal da mãe, e não teria contato com a microbiota vaginal dela. Além disso, a auxiliar de enfermagem não poderia prescrever um anKbióKco, somente o médico responsável. 2. Paciente procurou ambulatório médico referindo artralgia e calafrios durante o dia. Na anamnese o paciente relatou que duas semanas atrás foi acomeSdo de uma forte faringoamigdalite sem tratamento. Após exame zsico o médico constatou quadro caracterísSco de poliartrite migratória. Ao paciente foi solicitado; swab da orofaringe, ASLO, AnS-hialuronidase e AnS-estreptolisina S. Dois dias depois o paciente foi internado com quadro de dispnéia, edema, dor precordial, dor abdominal, taquicardia e sopros cardíacos. O quadro evoluiu de maneira severa com acomeSmento da valva mitral. Baseado no texto responda as 4 questões a seguir. a) Qual é o possível diagnósKco? O possível diagnósKco é de febre reumáKca. b) Você solicitaria o “swab” da região de orofaringe, jusKfique sua resposta? Não solicitaria o swab da região de orofaringe, pelo fato de a frainoamigdalite já ter evoluído para uma febre reumáKca, portanto ao se fazer o swab não seria mais encontrada a bactéria S. pyogenes. c) O paciente foi posiKvo para ASLO. O que é ASLO e qual seu significado clínico e laboratorial? 4 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB O ASLO é um exame laboratorial que tem como objeKvo idenKficar a presença do anKcorpo anK- estreptolisona O, produzido contra a toxina liberada pelo S. pyogenes. Seu significado clinico e laboratorial é de extrema importância para diagnosKcar quadros de febre reumáKca, uma vez que em 80% dos casos da doença ele se encontra posiKvo ao exame. d) Baseado nos dados da literatura, se você fosse pensar em um an^geno para relacionar diretamente com o desenvolvimento desse quadro descrito. Qual seria? Seria o Streptococcus pyogenes. 5 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB Estudo Dirigido Sífilis (AULA 4 - 29/05) 1. Baseado no gráfico e em seus conhecimentos Sífilis adquirida e diagnósSco laboratorial. Descreva as fases A, B, C, D e E do gráfico indicando as principais manifestações clínicas e caracterísScas laboratoriais de cada fase. A fase A do gráfico corresponde à sífilis primária, que ocorre de 10 a 90 dias após o contato com o microorganismo e já é classificada como a forma clínica da doença (presença de sinais e sintomas), tendo como manifestação clínica a presença da lesão primária ou cranco primário: ulcerada, limpa, com bordas endurecidas, indolor e com grande quanKdade de espiroquetas, considerada então, uma lesão aKva que aparece no local do corpo por onde ocorreu a transmissão. Dura em torno de 4 a 8 semanas. A fase B do gráfico corresponde à sífilis secundária, ou seja, a segunda fase de forma clínica com manifestações. Marcada pela disseminação sistêmica e linfáKca dos treponemas pelo organismo e o aparecimento de novas lesões (em regiões plantares, palmares, torácicas e de membros) chamada exantema morbiforme não prugrinoso, lesão aKva, caracterizadas roséolas sifilíKcas. Essas manifestações clínicas aparecem de de 1 a 6 meses após o cranco primário. A parKr daí, o sistema imune do indivíduo consegue controlar o microorganismo e as lesões desaparecem, chegando a um ponto de equilíbrio, ou chamada latência. A fase C corresponde à latência precoce ou recente, onde o indivíduo permanece sem presença de sinais ou sintomas da doença por volta de 2 anos após o cranco primário. Nessa etapa pode exisKr recidivas de secundarismo com o aparecimento de algumas roséolas sifilíKcas e após esses dois anos, a doença evolui para sua forma terciária ou tardia. A fase D corresponde à latência tardia, onde o paciente fica sem apresentar sintomas por mais ou menos 12 anos (podendo chegar até 30 anos) após o cranco primário. Nessa fase as recidivas de secundarismo são ausentes. E após esses 12 anos o microorganismo é reaKvado. A fase E, por fim, corresponde à sífilis terciária, que possui sua forma clínica caracterizada por um compromeKmento sistêmico e lesões inflamatórias crônicas (não aKvas), que podem se apresentar no 6 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB tecido cutâneo (nódulos e “gomas sifilíKcas”), em forma de aneurismas aórKcos, neurosífilis e em gomas no _gado. 2. Homem de 54 anos HIV posiSvo, chegou no Hospital com Lesões múlSplas ulceradas, muito dolorosa e com exsudado de cor amarelado, em região de prepúcio, relata sexo sem proteção a cerca de 5 dias. Como você lembrava das aulas do professor Cassinho, sabia que era necessário diferenciar esta bactéria de outros agentes causadores de doenças com sinais semelhantes, pois a lesão clínica poderia sugerir a presença destes patógenos. Dessa forma você solicitou a PCR mulSplex. a) Explique o que é PCR mulSplex, descrevendo a técnica? O PCR MulKplex consiste em um método diagnósKco que tem como objeKvo a amplificação de um trecho conhecido do material genéKco do microorganismo (que não seja igual a trechos do DNA humano ou de outro microorganismo). A técnica é feita da seguinte forma: a amostra estudada, a DNA polimerase (enzima de replicação), os núcelo^deos de DNA e os primers são colocados em um tudo de ensaio e inseridos em uma máquina de PCR que aumenta e diminui a temperatura de forma programada. Aquece-se o tubo a 94 graus para desnaturar (separar) as fitas do microorganismo. E então resfria-se o tubo até 54 graus para para que os primers grudem às fitas do microorganismos que estão separadas e atuem como iniciadores para a enzima polimerase. Aquece-se novamente o tubo até 74 graus, temperatura ideia para o funcionamento da DNA polimerase, que insere os nucleo^deos livres na fitas ligando-os por complementariedade, formando uma nova dupla fita. As amostras sao colocadas em eletroforese e amplificadas para conferir e diagnosKcar. b) Quais são os microrganismos a técnica pode ser uSlizada para diferenciar de acordo com o caso descrito? O diagnósKco diferencial pelo PCR MulKplex pode ser feito para os seguintes microorganismos: H. ducreyi, Herpes e Treponema. 7 CATARINA ALIPIODE FREITAS XXIIB Estudo Dirigido Neisserias (AULA 5 - 05/06) 1. A Paciente T.A.M. foi internada no hospital com Infecção da Tuba Uterina, relata contato sexual com diferentes parceiros sem uso de preservaSvo, o médico discuSu o caso com você que estava de plantão e como você não dormiu nas aulas do Professor Cassinho, aventou a hipótese de que uma infecção bacteriana levou a patogênese em questão. Qual a doença você pensou e qual o possível agente eSológico a ser pesquisado por você? A hipótese diagnósKca dessa doença , com base no enunciado acima, estaria relacionada à gonorreia, causada pelo patógeno Neisseria Gnorrhoeae (GC). Quando essa bactéria acomete mulheres, apesar de uma maior parte serem assintomáKcas, uma porção pode aprestar sintomas, nos quais a infecção de tuba uterina (salpingite) se encaixa. A gonorreia é considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível) transmiKda, nesse caso, sem o uso de preservaKvo. 2. Um menino de 6 anos desenvolveu febre e dor de cabeça. É levado a um setor de emergência onde se nota um enrijecimento da nuca, sugerindo irritação das meninges. Uma punção lombar é realizada, e na cultura do líquido cérebro espinhal cresceu Neisseria meningi1dis. O que deve ser realizado de maneira profiláSca pelos membros da família do menino? No presente caso, o indivíduo apresenta meningite menigocócica. Dessa forma, a conduta de profilaxia ideal seria administrar a Rifampicina para toda a família. 3. O diagnósSco de qualquer doença infecciosa pode, a princípio, ser realizado pela pesquisa direta do agente eSológico em uma amostra de tecido do paciente ou dos produtos da resposta imunológica que este agente induziu. Com base nos seus conhecimentos atuais de microbiologia sobre bactérias, microbiota e de imunologia aplicada, qual é o exame que devemos solicitar para se detectar uma infecção causada por bactérias no sangue de um paciente? A hemocultura é o exame laboratorial (padrão ouro) solicitado ao paciente quando há suspeita de bactéria na corrente sanguínea. O exame consiste na coleta de sangue do paciente, que é colocado diretamente em um tubo de meio de cultura (bactec). 8 CATARINA ALIPIO DE FREITAS XXIIB Estudo Dirigido Micologia (AULA 6 - 19/06) 1. Paciente em quimioterapia para tratar linfoma relata ardência na mucosa oral, com sensação de “desprendimento” da pele do palato. Ao exame clínico, são constatadas placas esbranquiçadas que se espalham por todo o palato, língua e paredes laterais da boca. A lesão é provavelmente relacionada a candidíase. Como provavelmente ele adquiriu essa infecção? JusSfique sua resposta. A candidíase pode ser adquirida por um descontrole na pressão imunológica do indivíduo, que em condições normais, mantém o fungo cândida albicans na mucosa oral sem causar problemas. Porém uma diminuição imunológica pode fazer com que esse fungo se mulKplique a cause a doença, sendo assim chamado de oportunista. 2. Um grupo de alunos do 2º ano de MEDICINA da UNIMES fez uma incursão às cavernas de Ubatuba durante o feriado. Alguns dias depois, passaram a apresentar problemas respiratórios. Do lavado brônquico deles, isolou-se um fungo leveduriforme. Pesquisadores voltaram à caverna e, com os devidos cuidados, colheram amostras do solo, de onde se isolou somente um fungo miceliano. Após a idenSficação da levedura e do bolor, o laboratório concluiu que se tratava do mesmo fungo. Essa Conclusão é fac}vel ou não? Explique. Essa conclusão é fac^vel, pois existem os chamados fungos dismórficos, como por exemplo o Histoplasma capsulatum. Esses Kpos de fungos podem assumir as duas formas, tanto levedura quanto filamentos de hifas. No contexto exposto, o fungo, na caverna, assumiria a forma de filamentos micelianos, devido à temperatura entre 22 e 28ºC. Assim que o indivíduo inala o fungo e esse vai parar nos seus alveólos, com uma temperatura por volta de 36/37ª, ele se transforma em seu formato de leveduras, que então pode causar micose sistêmica nos imuno-deprimidos. 3. O fluconazol é um medicamento anSfúngico que age inibindo a enzima 14-α-demeSlase diminuindo dessa forma a produção de ergosterol pela célula fúngica. Baseado em seus conhecimentos, qual é a estrutura da célula fúngica alvo desse medicamento? A estrutura da célula fúngica alvo desse medicamento é a sua membrana plasmáKca que contém o lipídeo ergosterol. 9
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