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CBI OO7 - Fisiologia dos Sistemas Digestório e Endócrino Estudo Dirigido Adeno-hipófise/Adrenais Discentes: Eduarda Lima Fernandes; Gabriela Esper Kallas Lopes; Maiara Dias Nascimento; Thaila Martins Silva. 1. Qual estrutura hipofisária recebe suprimento sanguíneo via sistema porta- hipotálamo-hipofisário? a) núcleo supraóptico. b) núcleo ventro-medial. c) adenohipófise. d) neurohipófise. e) núcleo supra-quiasmático. 2. (PUC-S P) Analisando-se o esquema abaixo, pode-se afirmar que se I for o hormônio: a) Luteinizante, a glândula II é o testículo e o hormônio III é o antidiurético. b) Folículo-estimulante, a glândula II é o ovário e o hormônio III é o do crescimento ou somatotrofina. c) Tireotrófico, a glândula II é a tireoide e o hormônio III é a testosterona. d) Adrenocorticotrófico, a glândula II é a suprarrenal e o hormônio III é o cortisol. Caso Clínico 1: MJ, mulher, 40 anos, nos dois últimos anos ganhou cerca de 30 kg, principalmente na região das faces e ombros, enquanto seus braços e pernas tornaram-se mais finos. Ademais, MJ apresentava marcas arroxeadas no seu abdômen. Ao se analisar os dados laboratoriais foi verificado o seguinte: Pergunta-se: a) Qual alteração hormonal MJ provavelmente apresenta? Justifique sua resposta. MJ apresenta a Síndrome de Cushing, visto que há uma secreção aumentada de cortisol, a qual causa ganho de peso, com deposição de gordura localizada (como na face e nos ombros). Além disso, nessa síndrome os membros ficam finos devido à perda de músculo esquelético (do aumento da proteólise), e a fraqueza muscular é evidente (da proteólise muscular e da hipocaliemia – baixa concentração sérica de potássio). Além do aumento do cortisol sérico e do baixo nível de potássio sérico, os dados laboratoriais mostram que MJ ainda apresenta alta concentração de glicose, que também é uma característica da Síndrome de Cushing, já que altos níveis de cortisol causam distúrbios metabólicos que incluem a intolerância à glicose, a hiperglicemia e a resistência à insulina, visto que o hipercortisolismo antagoniza o efeito da insulina na captação de glicose, mediada por Glut-4, pela musculatura esquelética e tecido adiposo, podendo levar à manifestação de diabetes mellitus. b) Quais as possíveis causas do aumento dos níveis de cortisol circulante? Quais destas possíveis causas podem ser descartadas, baseando-se no exame laboratorial? Justifique sua resposta. Uma possível causa do aumento do cortisol circulante é síndrome de Cushing, causada por excesso de glicocorticoides por hipersecreção de cortisol ou medicamentosa. A hipersecreção é dita primaria quando há um problema de funcionamento da suprarrenal, que aumentam a síndrome de cortisol. Ela pode também ser classificada como secundária, quando decorre de problema hipotalâmico ou hipofisário que aumenta a secreção de ACTH e cortisol. Baseando-se nos exames laboratoriais, a causa secundaria (decorrente de problemas hipotalâmicos ou hipofisários) pode ser descartada, uma vez que os níveis de ACTH encontram-se indetectáveis. c) O médico de MJ resolveu fazer um teste. Ele injetou uma baixa dose de dexametasona (glicocorticóide sintético), e verificou que os níveis de cortisol circulante de MJ permaneceram elevados. Qual seria a resposta normal ao teste de baixa dose de dexametasona? O resultado de MJ reflete uma resposta normal ao teste? Se não, explique por que não? O teste de dosagem de dexametasona, glicocorticoide sintético, faria com que os níveis circulantes de cortisol abaixassem, pois, a aplicação exógena de glicocorticoides fazem com que este medicamento atue na retroalimentação negativa do eixo hipotálamo- hipófise-adrenal, inibindo, portanto, a secreção de Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH) e o Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH), e consequentemente haveria redução da liberação de cortisol pelas suprarrenais. O teste de MJ não reflete uma resposta normal, pois a paciente apresenta a síndrome de Cushing e possivelmente apresenta uma hipersecreção primária, que é quando há um problema na glândula suprarrenal, aumentando a secreção de cortisol circulante, e portanto, essa forma autônoma de produção de cortisol não será inibida pelo mecanismo de retroalimentação negativa. Caso Clínico 2: MJ, mulher, 40 anos, foi ao médico apresentando um aumento da pressão arterial, assim como uma redução no seu volume urinário. Ao se analisar os dados laboratoriais observou-se o seguinte: Baseando-se na teoria da Fisiologia Endócrina, responda as questões abaixo: a) Caso fosse dosada a concentração plasmática de aldosterona, ela estaria normal? Explique sua resposta. Caso fosse dosada a concentração plasmática de aldosterona, ela estaria aumentada. Como se sabe, a aldosterona é um hormônio mineralocorticoide produzido na zona glomerular do córtex da adrenal. É responsável por aumentar a reabsorção tubular renal de sódio e, simultaneamente, a secreção de potássio. A elevada concentração de aldosterona aumenta o volume do líquido extracelular e a pressão arterial, mas apresenta apenas pequeno efeito na concentração plasmática de sódio, como é observado no caso MJ. Isto porque, embora a aldosterona seja um dos mais potentes hormônios retentores de sódio, a concentração de Na+ eleva-se apenas por alguns miliequivalentes. Isso acontece porque, quando o sódio é reabsorvido pelos túbulos, ocorre a absorção osmótica simultânea de quantidades equivalente de água, de modo que a urina fique mais concentrada e, portanto, com menor volume, o que justifica a redução do volume urinário da paciente. Logo, o volume do líquido extracelular aumenta tanto quanto a quantidade do sódio retido, sem grande alteração na concentração desse íon. Então, embora esteja ocorrendo o aumento dos níveis de aldosterona, a liberação excessiva desse hormônio provoca apenas retenção transitória de sódio, apesar da aldosterona ser um dos mais potentes hormônios retentores de sódio. De forma contrária, há um aumento na secreção de potássio para o líquido urinário provocado pela aldosterona, como pode ser observado nos exames da paciente, que justifica sua redução na concentração plasmática. Ademais, o aumento do volume do líquido extracelular mediado por aldosterona leva também a aumento da pressão arterial, que pode ser visto no caso de MJ.
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