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ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL

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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL 
A adesão das mulheres ao pré-natal está relacionada 
com a qualidade de serviço dos profissionais e unidade 
de saúde. 
Menores intercorrências obstétricas quanto mais cedo 
e melhor qualidade da assistência pré-natal. 
Para a redução das taxas de morbimortalidade foi 
instituída a Rede Cegonha, que busca humanizar o 
parto e o nascimento, organizar os serviços de saúde 
enquanto uma rede de atenção à saúde (RAS), acolher 
a gestante e o bebê com classificação de risco em 
todos os pontos de atenção, vincular gestante à 
maternidade, gestante não peregrina e realizar 
exames de rotina com resultados em tempo oportuno. 
O principal objetivo da assistência pré-natal é o 
acolhimento. Também são objetivos básicos da 
assistência pré-natal: orientar os hábitos de vida, 
assistir psicologicamente a gestante, prepará-la para 
a maternidade, evitar o uso de medicações e de 
medidas que se tornem ominosas para o concepto, 
tratar os pequenos distúrbios habituais da gravidez e 
fazer a profilaxia, diagnóstico e tratamento das 
doenças próprias da gestação ou nela intercorrentes. 
 
Primeira consulta (cuidados pré-natais): 
• Anamnese e exame físico, antecedentes 
obstétricos (número de gestações, número de 
partos, número de abortamentos, número de 
filhos vivos, idade da primeira gestação, 
número de RN pós termo, pré-termo, baixo 
peso e com mais de 4kg, mortes neonatais 
precoces e tardias (>28 dias), natimortos, 
intercorrências ou complicações em gestações 
anteriores, complicações no puerpério, 
amamentação. 
• Data da última menstruação (DUM) – IG (idade 
gestacional) e DPP (data provável do parto). Se 
não souber DUM, faz a altura uterina; 
• Peso e pressão arterial. Em todas as consultas; 
 
Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso 
gestacional: a avaliação do estado nutricional da 
gestante consiste na tomada da medida do peso e da 
altura e o cálculo da semana gestacional, o que 
permite a classificação do índice de massa corporal 
(IMC) por semana gestacional. Com base no IMC 
obtido na primeira consulta de pré-natal, é possível 
conhecer o estado nutricional atual e acompanhar o 
ganho de peso até o final da gestação. Recomenda-se 
que a gestante seja pesada em todas as consultas. A 
estatura pode ser aferida apenas na primeira consulta, 
desde que não seja gestante adolescente (menor de 20 
anos), cuja medida deverá ser realizada pelo menos 
trimestralmente. 
-Procedimentos para medida de peso: 
• Recomenda-se a utilização de balança 
eletrônica ou mecânica, certificando-se de que 
estas se encontram calibradas e em bom 
funcionamento, a fim de se garantir a 
qualidade das medidas coletadas. Tendo-se 
como base uma balança de adulto, tipo 
plataforma, cuja escala tenha intervalos de até 
100 gramas, devem ser feitos os seguintes 
procedimentos: 
o Antes de cada pesagem, a balança 
deve ser destravada, zerada e 
calibrada; 
o A gestante, descalça e vestida apenas 
com avental ou roupas leves, deve 
subir na plataforma e ficar em pé, de 
costas para o medidor, com os braços 
estendidos ao longo do corpo e sem 
qualquer outro apoio; 
o Mova o marcador maior (kg) do zero 
da escala até o ponto em que o braço 
da balança incline-se para baixo; 
volte-o, então, para o nível 
imediatamente anterior (o braço da 
balança inclina-se para cima); 
o Mova o marcador menor (g) do zero da 
escala até o ponto em que haja 
equilíbrio entre o peso da escala e o 
peso da gestante (o braço da balança 
fica em linha reta, e o cursor aponta 
para o ponto médio da escala); 
o Leia o peso em quilogramas na escala 
maior e em gramas na escala menor. 
No caso de valores intermediários 
(entre os traços da escala), considere 
o menor valor. Por exemplo: se o 
cursor estiver entre 200g e 300g, 
considere 200g; 
o Anote o peso encontrado no 
prontuário e no Cartão da Gestante. 
 
-Procedimentos para a medida de altura: 
• A gestante deve estar em pé e descalça, no 
centro da plataforma da balança, com os 
braços estendidos ao longo do corpo. Quando 
disponível, poderá ser utilizado o 
antropômetro vertical; 
• Calcanhares, nádegas e espáduas devem se 
aproximar da haste vertical da balança; 
• A cabeça deve estar erguida de maneira que a 
borda inferior da órbita fique no mesmo plano 
horizontal que o meato do ouvido externo; 
• O encarregado de realizar a medida deverá 
baixar lentamente a haste vertical, 
pressionando suavemente os cabelos da 
gestante até que a haste encoste-se ao couro 
cabeludo; 
• Faça a leitura da escala da haste. No caso de 
valores intermediários (entre os traços da 
escala), considere o menor valor. Anote o 
resultado no prontuário. 
 
CÁLCULO DO INDICE DE MASSA CORPÓREA OU 
CORPORAL (IMC) POR MEIO DA FÓRMULA: 
INDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)= PESO (Kg)/ 
ALTURA (m) X ALTURA (m) 
 
• GESTANTES COM BAIXO PESO: IMC <18,5 
Kg/m²- DEVEM GANHAR DE 12,5 A 18 Kg; 
• GESTANTES EUTRÓFICAS: IMC 18,5 A 24,9 
Kg/m²- DEVEM GANHAR DE 11 A 16 Kg; 
• GESTANTES COM SOBREPESO: IMC 24,9 A 
29,9 Kg/m²- DEVEM GANHAR DE 7 A 11 Kg; 
• GESTANTES OBESAS: IMC > 30Kg/m²- DEVEM 
GANHAR DE 5 A 9 Kg; 
 
Gráfico de acompanhamento nutricional: 
 
Controle da pressão arterial (PA): 
• Os guidelines recomendam a medida da PA em 
todas as consultas de pré-natal; 
• Procedimentos recomendados para a medida 
da pressão arterial (preparo da paciente): 
o 1. Explique o procedimento à gestante 
e a deixe em repouso por pelo menos 
5 minutos em ambiente calmo. Ela 
deve ser instruída a não conversar 
durante a medida. Possíveis dúvidas 
devem ser esclarecidas antes ou após 
o procedimento. 
o 2. Certifique-se de que ela não está 
com a bexiga cheia; praticou 
exercícios físicos há pelo menos 60 
minutos; ingeriu bebidas alcoólicas, 
café ou alimentos; fumou nos 30 
minutos anteriores. 
o 3. Posicionamento da gestante: ela 
deve estar na posição sentada, com as 
pernas descruzadas, com os pés 
apoiados no chão e o dorso recostado 
na cadeira e relaxado. O braço deve 
estar na altura do coração (no nível do 
ponto médio do esterno ou no 4º 
espaço intercostal), livre de roupas, 
apoiado, com a palma da mão voltada 
para cima e o cotovelo ligeiramente 
fletido. A PA também pode ser medida 
no braço esquerdo, na posição de 
decúbito lateral esquerdo 
(descompressão da veia cava inferior), 
em repouso, e o valor não deve diferir 
da posição sentada. 
 
Avaliação da altura uterina: 
 
É medida desde a sínfise púbica (osso da púbis) até o 
topo do útero. Após 20 semanas de gravidez, a medida 
da altura uterina frequentemente coincide com o 
número de semanas de gestação. Por exemplo, se você 
está grávida de 27 semanas, seu médico espera que 
sua altura do fundo seja de aproximadamente 27 
centímetros. 
Altura uterina maior do que o esperado = polidrâmnio, 
gestação gemelar. 
Oligodrâmnio pode dar altura uterina menor do que o 
esperado. 
 
 
 
Manobras de Leopold-Zweifel: 
 
1º tempo = delimitação do fundo uterino; 
2º tempo = posição fetal e situação fetal; 
3º tempo = encaixamento fetal; 
4º tempo = apresentação fetal; 
 
 
 
 
Solicitação dos exames de rotina: 
-Hemoglobina; 
-Tipagem sanguínea e fator Rh; 
-VDRL (rastreio de sífilis); 
-Glicemia de jejum; 
-Papanicolau; 
-Sumário de urina e urocultura; 
-HIV e HTLV I e II. 
 
Ultrassonografia obstétrica (1º T é morfológica e 2º T 
más-formações fetais). 
 
Vacinação na gestação: 
• A vacinação durante a gestação objetiva não 
somente a proteção da gestante, mas também 
a proteção do feto. Não há evidências de que, 
em gestantes, a administração de vacinas de 
vírus inativados (raiva humana e influenza, por 
exemplo), de bactérias mortas, toxoides 
(tetânico e diftérico) e de vacinas constituídas 
por componentes de agentes infecciosos 
(hepatite B, por exemplo) acarrete qualquer 
risco para o feto. A seguir estão as 
recomendaçõesdo Programa Nacional de 
Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, 
para a vacinação das gestantes. 
 
 
 
• Para os vacinados anteriormente com 3 (três) 
doses das vacinas DTP, DT ou dT, deve-se 
administrar reforço dez anos após a data da 
última dose. Em caso de gravidez e ferimentos 
graves, deve-se antecipar a dose de reforço, 
sendo a última dose administrada a mais de 5 
(cinco) anos. A última dose deve ser 
administrada no mínimo 20 dias antes da data 
provável do parto. 
 
Gestante vacinada: 
• Gestante sem nenhuma dose registrada: inicie 
o esquema vacinal o mais precocemente 
possível com 3 doses, com intervalo de 60 dias 
ou, no mínimo, 30 dias. Gestante com 
esquema vacinal incompleto (1 ou 2 doses): 
em qualquer período gestacional, deve-se 
completar o esquema de três doses o mais 
precocemente possível, com intervalo de 60 
dias ou, no mínimo, 30 dias entre elas. 
Gestante com esquema vacinal completo (3 
doses ou mais) e última dose há menos de 
cinco anos: não é necessário vaciná-la. 
Gestante com esquema completo (3 doses ou 
mais) e última dose administrada há mais de 
cinco anos e menos de 10 anos: deve-se 
administrar uma dose de reforço tão logo seja 
possível, independentemente do período 
gestacional. 
• Gestante com esquema vacinal completo (3 
doses ou mais), sendo a última dose há mais 
de 10 anos: aplique uma dose de reforço. 
 
• Contraindicações: a vacina está 
contraindicada nas seguintes situações: 
ocorrência de hipersensibilidade após o 
recebimento de dose anterior; ou história de 
hipersensibilidade aos componentes de 
qualquer um dos produtos; ou história de 
choque anafilático após administração da 
vacina; ou Síndrome de Guillain-Barré nas seis 
semanas após a vacinação anterior contra 
difteria e/ou tétano. 
• Eventos adversos: Manifestações locais: Dor, 
vermelhidão e edema são frequentes. 
Manifestação sistêmica: Febre, cefaleia, 
irritabilidade, sonolência, perda do apetite e 
vômito. Com menos frequência podem ocorrer 
anafilaxia e a síndrome de Guillan Barré, que 
são extremamente raras. 
 
Condutas gerais: 
• PRESCRIÇÃO DO SULFATO FERROSO (40mg de 
FERRO ELEMENTAR/DIA) – a partir de 20 
semanas gestacionais 
• PRESCRIÇÃO DO ÁCIDO FÓLICO (5 mg/DIA) – 
3 meses antes da gravidez e continuar até 12 
semanas gestacionais 
• ORIENTAÇÃO SOBRE A ALIMENTAÇÃO 
• ALEITAMENTO MATERNO 
• REFERENCIAMENTO AO SERVIÇO 
ODONTOLÓGICO 
• AGENDAR CONSULTAS SUBSEQUENTES 
Meias de compressão, sol no mamilo ou bucha vegetal. 
Consultas subsequentes: 
• 6 CONSULTAS (1 NO PRIMEIRO TRIMESTRE, 2 
NO SEGUNDO, 3 TERCEIRO) 
• INICIALMENTE MENSAIS ATÉ 28 SEMANAS. 
QUINZENAIS DE 28/36 SEM E SEMANAIS A 
PARTIR DE 36 SEMANAS. 
• NÃO EXISTE ALTA DO PRÉ-NATAL

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