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Anticonvulsivantes e antidepressivos - hilário oliveira t29

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Anticonvulsivantes e antidepressivos– HILÁRIO OLIVEIRA T29 
Convulsão: 
O que é convulsão → é um evento paroxístico, ou seja, ocorre em crises, 
sendo assim, não é crônico e sim ao vivo; 
O que causa: Um desequilíbrio entre os neurotransmissores excitatórios 
e os neurotransmissores inibitórios; 
Porque ocorrem: devido a descargas anormais, excessivas e hiper 
sincrônicas de um agregado de neurônios do sistema nervoso (irão 
sofrer uma despolarização de membrana, propagando um potencial de 
ação que irá sincronizar vários outros neurônios ao mesmo tempo) 
A incidência é consideravelmente alta, girando em torno de 5 a 10%. 
Epilepsia: 
O que é epilepsia → é uma doença que ocorre quando as convulsões são 
recorrentes; 
As convulsões são recorrentes quando estão relacionadas a uma causa 
crônica, sendo a epilepsia uma doença de base (que gera várias 
convulsões) 
A incidência da epilepsia é de 0,3 a 0,5% e sua prevalência é de 5 a 10% 
a cada 1000 pessoas na população. 
Como ocorrem as crises: 
Ocorre uma descarga anômala (desorganizada e dessincronizada entre 
os neurônios) → gera movimentos involuntários descontrolados nas 
crises. 
Fatores: 
- Epileptogênicos: TCE, AVC, infecções e tumores; 
- Desencadeantes ou precipitantes: estresse psicológico, estresse físico, 
privação do sono, substâncias tóxicas e fármacos; 
 - Predisponentes endógenos: 
*Genéticos: histórico familiar; 
*Maturação do sistema nervoso central: desenvolvimento neurológico 
anormal; 
Tratamento: é necessária a classificação das crises; 
 
 
 
 
 
 
 
São classificadas com base no local de origem, etiologia, correlação 
eletrofisiológica e apresentação clínica. 
*Parciais: grupo de neurônios hiperativos que apresentam atividade 
anormal e fica confinada em um local único no cérebro → a descarga 
elétrica não se alastra (o paciente não perde a consciência ou 
percepção) 
Simples → o paciente conserva sua noção do que está acontecendo; 
Complexas → são acompanhadas de perturbações da consciência; 
*Generalizadas: descargas que podem iniciar localmente e então 
avançar pela localidade ambos os hemisférios cerebrais 
Tônico-clônicas → resulta na perda da consciência 
Crises de ausência → envolve a perda breve, abrupta e autolimitante da 
consciência 
+ simples, complexas e tônico-clônicas: alterações de 
neurotransmissores; alterações nos canais de sódio. 
+ crises de ausência: alterações nos canais de cálcio. 
Os fármacos: irão atuar modulando os neurotransmissores, bloqueando 
receptores e alguns irão bloquear os canais de sódio e cálcio. 
Farmacologia básica dos fármacos anticonvulsivantes : 
A seleção do fármaco considera 3 critérios: 
- Tipo específico de crise 
- Variáveis do paciente 
- Características do fármaco 
Qual o mecanismo de ação dos fármacos anticonvulsivantes: 
Pode atuar na alteração de neurotransmissores, aumentando a atividade 
inibitória do GABBA e diminuindo a atividade excitatória do glutamato. 
Pode atuar na alteração de canais iônicos, bloqueando os canais de Na+ 
e de Ca+. 
Mecanismo glutamatérgico: alguns fármacos atuam por esse 
mecanismo → alguns fármacos inibem a liberação desse 
neurotransmissor excitatório ou até o bloqueio dos receptores do 
glutamato. 
O processo desse mecanismo → o neurônio no terminal nervoso pré-
sináptico e uma célula pós-sináptica; → após um potencial de ação as 
vesículas presentes (repletas de neurotransmissores – o glutamato) se 
abrem e então o glutamato se liga aos seus receptores específicos 
(MNDA e AMPA) → uma vez ligados, o glutamato retorna ao neurônio 
pré-sináptico. 
 
 
Mecanismo GABBAérgico: alguns fármacos estimulam a síntese do 
GABBA, já outros, fazem com que ocorra a inibição da recaptação; 
O GABBA é um neurotransmissor inibitório do SNC; 
O processo desse mecanismo: após liberado das vesículas, o GABBA se 
liga aos seus receptores e então retorna ao neurônio pré-sináptico 
através do canal GAT; 
Alguns medicamentos bloqueiam o canal GAT que recebe o GABBA → 
logo, passará mais tempo e haverá uma maior concentração de GABBA 
na fenda sináptica. 
 
Fármacos usados nas crises parciais e nas crises 
tônico-clônicas generalizadas: 
Fenitoína – Hidantal: 
Características gerais: 
- (bloqueia o disparo repetitivo de alta frequência) →Bloqueia os canais 
de sódio voltagem dependentes ligando-se de maneira seletiva ao canal 
no estado inativo e tornando lenta a sua recuperação; 
- (altera a liberação sináptica de glutamato e GABBA) 
- Usos clínicos: É eficaz em crises focais e tônico-clônicas generalizadas; 
A Fenitoína causa uma indução enzimática → isso acarreta a diminuição 
do efeito de outros medicamentos (anticoagulantes orais, fenobarbital, 
carbamazepina e contraceptivos orais); 
Ela atua na competição pelas enzimas hepáticas liberando reação 
medicamentosa → compete pelas enzimas do metabolismo hepático 
oxidase e aumenta a toxicidade de elementos como: fenobarbital e 
álcool; 
Efeitos adversos: 
- Depressão no SNC (região do cerebelo) e no sistema vestibular; ataxia 
em idosos; hiperplasia gengival; neuropatias periféricas, osteoporose, 
insurtismo e alguns distúrbios endócrinos. 
 Carbamazepina – Tegretol: 
Características gerais: 
- Inativação dos canais de Na+ → inibindo assim a geração de potenciais 
de ação repetitivos no foco epiléptico, dessa forma, se evita o 
alastramento; 
- Ativação da corrente de K+ regulada por voltagem; 
Irá atuar em nível pré-sináptico, diminuindo a transmissão sináptica; 
Usos clínicos: primeira linha para tratamento de crises focais e 
adicionalmente convulsões tônico-clônicas generalizadas, neuralgia do 
trigêmeo e transtornos bipolares; 
Interações medicamentosas: 
Estes medicamentos reduzem a concentração da carbamazepina → 
fenobarbital, Fenitoína, clonazepam; 
Potente indutor de enzimas microssomiais hepáticas (CYP450) → causa 
uma redução no efeito farmacológico de contraceptivos orais, 
corticosteroides, anticoagulantes orais e isoniazida (para tuberculose). 
Efeitos adversos: alterações do humor, distúrbios gastrointestinais, 
impotência, neutropenia e reações de hipersensibilidade (raros) e 
sonolência, tontura e visão turva. 
Agonistas do GABBA-barbitúricos e benzodiazepínicos: 
Fenobarbital – gardenal: 
Características gerais: 
Capaz de aumentar a corrente mediada pelo receptor GABBA; 
Reduz a liberação do glutamato; 
Efeitos indesejáveis → sedação, depressão respiratória, irritabilidade, 
hiperatividade em crianças, agitação e confusão em idosos. 
Interações farmacológicas: 
Reduz as concentrações dos contraceptivos orais e antidepressivos 
tricipdos; 
Benzodiazepínicos: 
Características gerais: 
Seu mecanismo de ação é um aumento na frequência de abertura do 
GABBA; → implica na depressão do sistema nervoso; 
Clonazepam – Rivotril → indicado em crises de ausência e crises 
miocôndicas em crianças; 
Diazepam – Valim (IV) → tem objetivo de interromper a atividade 
convulsiva contínua; 
Iterações farmacológicas: 
Interações de sinergismos → álcool juntamente com benzodiazepínicos 
causa uma depressão acentuada no SNC. 
Lamotrigina – Neutral: (não é barbitúrico ou benzodiazepínico) 
Características gerais: 
Bloqueia dos canais de Na+ e Ca+ dependentes de voltagem; 
Diminui a liberação sináptica do glutamato; 
Uso clínico: monoterapia para crises parciais, crises de ausência, crises 
mioclônicas em crianças; 
Reações adversas: desconforto gastrointestinal, queda capilar, ganho de 
peso; 
Gabapentina – Neutronin e Pregabalina – Lyrica: 
Características gerais: 
Podem modificar a liberação sináptica ou não sináptica do GABBA; 
Gabapentina → análogo do GABBA que potencializa as ações dele → é 
utilizada como adjuvante em crises parciais e tônico-clônicas 
generalizadas; → pode ser utilizada no tratamento da neuralgia pós-
herpética 
Pregabalina → adjuvante em crises parciais; 
 
Tiagabina – gabitril: 
Inibe a captação de GABBA; → permitemaior quantidade de GABBA 
disponível para ligação com o receptor; 
Usos clínicos: adjuvante em crises parciais refratárias, monoterapia em 
epilepsia parcial ou generalizada recém-diagnosticada. 
Reações adversas: nervosismo, tontura, tremor, sonolência, confusão 
mental... 
Topiramato – Amato: 
Mecanismos de ação: 
Bloqueia canais de Na+ dependente de voltagem; 
Ativa uma corrente de K+ hiperpolarizante; 
Aumenta as correntes de receptor do GABBA; 
Limita a ativação de receptores AMPA do glutamato. 
Usos clínicos: crises tônico-clônicas generalizadas, crises de ausência; 
Reações adversas: sonolência, fadiga, redução da capacidade cognitiva 
e confusão mental. 
Viagabatrina – Sabril: 
Características gerais: 
Inibidor irreversível do GAB-aminotransferase (GABA-T) → enzima 
responsável pela metabolização do GABBA 
Usos clínicos: adjuvante no tratamento de convulsões parciais 
complexas refratárias dos adultos e tratamento de espasmos infantis; 
Reações adversas: perda leve ou moderada do campo visual (30% dos 
pacientes). 
 
Fármacos usados nas crises generalizadas: 
Etossuximida – Zarontin etoxin: 
Características gerais: 
Reduz correntes de Ca2+ do tipo T nos neurônios talâmicos; 
Suprime a descarga cortical rítmica de uma crise de ausência; 
Usos clínicos: tratamento de crises de ausência 
Reações adversas: sonolência, tontura e distúrbios gastrointestinais; 
Valproato -Deprakene Depakote: 
Mecanismos de ação: 
Inativação de canais de Na+ regulados por voltagem; 
Reduções discretas das correntes de Ca2+; 
Gaba (estimula síntese e inibe a degradação); 
Usos clínicos: crises parciais, crises tônico-clônicas e crises de ausência; 
Reações adversas: sintomas gastrointestinais transitórios, 
hepatocicidade, pode causar a espinha bífida. 
Inibe fenobarbital, Fenitoína e carbamazepina. 
 
 
 
Critérios para a troca do fármaco: 
Intolerância a terapia medicamentosa 
Falha de controle ou exacerbação das crises 
Introdução gradativa de um segundo fármaco, assim como retirada 
gradativa do primeiro 
Intolerância a monoterapia; 
 
 
 
 
Antidepressivos: 
 
Sintomas emocionais da depressão: apatia, aflição, tristeza, inaptidão, 
pessimismo, perda de motivação, sentimento de culpa e baixa 
autoestima. 
Sintomas biológicos da depressão: lentidão de raciocínio, perda da libido, 
perda ou ganho de peso, distúrbios do sono, distúrbio do apetite e retardo 
das ações; 
Tratamento: 
 
 
Ansiedade: sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, 
caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de 
perigo, de algo desconhecido ou estranho. 
Tipos de ansiedade → 
Transtorno de ansiedade generalizada – TAG 
Transtorno do pânico 
Fobias 
Transtorno do estresse pós-traumático – TEPT 
Transtorno obsessivo-compulsivo – TOC 
Farmacologia básica dos antidepressivos: 
Antidepressivos trabalham potencializando de forma direta ou indireta 
as ações da norepinefrina ou da serotonina; 
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA: 
 
Exemplos: fluoxetina, paroxetina, cetralina, citalopram e excitalopram. 
Vantagens: 
Ausência de toxicidade na overdose; 
Menos efeitos sedativos 
Tolerabilidade 
Comorbidade posológica. 
Efeitos adversos: 
Alterações no TGI 
Perda da libido e orgasmo tardio 
Insônia ou hipersonia 
Malformações cardíacas. 
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA – NOREPINEFRINA (IRSNS) 
São divididos em → inibidores seletivos da recaptação da serotonina-
norepinefrina e antidepressivos tricíllicos. 
Exemplos: venlafaxina, desvenlfaxina, duloxetina e milnaciprana. 
Mecanismo de ação: 
DULOXETINA→ 
Depressão, TAG, incontinência urinária por estresse 
Transtorno do pânico 
Transtorno de ansiedade social 
Fibromialgia e dor neuropática 
TAG, pânico e TAS→ 
Venlafaxina 
Efeitos adversos: 
Gastrointestinais (náuseas, constipação e anorexia) 
Insônia ou sonolência 
Cefaleia 
Disfunção sexual 
Aumento da PA e da função cardíaca (venlafaxina) 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: 
 
 
 
 
Mecanismo de ação; 
 
Efeitos adversos: 
 
Moduladores dos receptores 5-ht² 
 
Antidepressivos tetracíclicos e unicícliclos: 
 
Inibidores da monoaminoxidase (imao): 
 
 
Usos clínicos: 
 
Efeitos adversos:

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