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Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA 18. A diferença entre conjuntos é definida por A−B = {x|x ∈ A e x /∈ B}. Determine uma condição necessária e suficiente para que se tenha ) = ( .A− (B − C A−B)− C Solução: Usando a figura da questão anterior teremos: A− (B − C) = (7, 8, 4, 5) -[(3, 8, 5, 6)-(4, 5, 6, 1)] A− (B − C) = (7, 8, 4, 5) -[(3, 8)] A A− (B − C) = (7, 4, 5) = ∩ C Do lado direito têm se: (A−B)− C = [(7, 4 5 (3 8 5 (4 1), , 8) − , , , 6)] − , 5 6, , (A−B)− C = [(7, 4)] − (4 5 6 1), , , (A−B)− C = (7) Que são somente os pontos de A. Assim para que a igualdade seja verdadeira ou 4 . Em ambos os casos se∪5 = 7 ou 4∪5 = ∅ conclui que A ∩ C = .∅ 19. Prove que se um quadrado perfeito é par então sua raiz quadrada é par e que se um quadrado perfeito é impar então sua raiz quadrada é impar. Solução: O produto de dois números impares é impar. (2 (2k + 1) · q + 1) = 4k q + 2 + 2k q + 1 = 2(2k q + k + q) + 1 = 2p+ 1 Assim se tomamos um qualquer de modo que seu quadrado ( ) seja par, então n n2 n não p o de ser impar. Como fica provado que a raiz de um quadrado perfeito par também é par. √ n2 = n De modo análogo se prova que se é impar n2 n também o é. 20. Prove o teorema de Cantor: se A é um conjunto e P(A) é o conjunto das partes de A, não existe uma função f: A P(A) que seja sobrejetiva.→ Sugestão: Suponha que exista uma tal função e considere X = f {x ∈ A : x /∈ f(x)}. Solução: Essa demonstração consta no livro “Matemática Discreta” do Edward R. Scheinerman na página 189. 12 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA Seja A um conjunto e seja ). Para mostrar que f : A → P (A f não é sobrejetora, devemos achar um B ∈ P(A) (isto é, B ⊆ A) para o qual não existe com f(a) = B. Em outrasa ∈ A palavras, Bé um conjunto que “perde”. Para este fim, sejaf B = {x ∈ A : x /∈ f(x)} Afirmamos que não existe nenhum com f(a) = B.a ∈ A Como f(x) é um conjunto - na verdade, um subconjunto de A - a condiç~ao x /∈ f(x) tem sentido Suponhamos, por contradição, que exista um tal que a ∈ A f(a) = B. Ponderamos: ?a ∈ B • Se a ∈ B, então, como B = f(a), temos ). Assim, pela definição de B,a ∈ f(a a /∈ f(a); isto é a /∈ B. ⇒⇐ • Se a /∈ B = f(a), então, pela definição de B, a ∈ B. ⇒⇐ Tanto a ∈ B como a /∈ B levam a contradições; dáı, nossa suposição [existe um coma ∈ A f(a) = B] é falsa e, assim, f não é sobrejetora. Observação O livro do Scheinerman ainda traz uma ilustração desta prova. Sejam A = ) conforme definida na tabela a seguir.{1, 2 3 (, } e f : A→ P A a f(a) a ∈ f( )?a 1 {1 2, } sim 2 {3 não} 3 {} não Ora, B = {x ∈ A : x /∈ ∈f(x)}. Como 1 f(1), mas 2 /∈ f(2) e 3 /∈ f(3), temos B = {2 ., 3} Note que não há a ∈ A com f(a) = B Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para nibblediego@gmail.com para que possa ser feito a devida correção. Para encontrar esse e outros exerćıcios resolvidos de matemática acesse: www.number.890m.com 13 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA A MATEM ́ATICA DO ENSINO MÉDIO A matemática do Ensino médio (volume 1) Elon Lages Lima Paulo Cezar Pinto Carvalho. Eduardo Wagner. Augusto César Morgado. Resolvido por: Diego Oliveira. 2 N ́umeros Naturais 1. Dado o numero natural a, seja um conjunto com as seguintes propriedades:Y ⊂ N (1) a Y;∈ (2) n ∈ Y ⇒ n + 1 Y.∈ Prove que Y contem todos os números naturais maiores do que ou iguais a .a Solução: Considere um conjunto Y onde X = Ia∪ Ia = {n ∈ N;n < a}. Se provarmos que ,X = N então logicamente Y = . Como a primeira demonstração é mais simples vamos{n ∈ N;n ≥ a} fo car nela. Passo base: • Se 1 < a então 1∈Ia o que implica em 1 ;∈ X • Se 1 ≥ a então 1 ∈ Y que implica que 1 .∈ X Em todo caso 1 .∈ X Passo indutivo: Sup ondo que k ∈ N então ou k ∈ Ia ou .k ∈ Y • Se k ∈ Ia então k < a que implica que: ◦ k + 1 ≥ a, nesse caso k + 1 ∈ Y; ◦ ou então k + 1 + 1< a, nesse caso k ∈ I .a Em todo caso k + 1 .∈ X 14 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA • Se k ∈ Y, então k ≥ a ⇒ k + 1 > a ∈ Y que implica novamente que k + 1 ,∈ X p ois Y .⊂ X Como o numero 1 e todos os seus sucessores pertencem a X então X = N. O que conduz a conclusão de que Y = .{n ∈ N;n ≥ a} 2. Use o exerćıcio anterior para provar que 2n + 1 < 2n em seguida, que n ≤ 2 < 2 paran to do 5.n ≤ Solução de A: Essa proposição simplesmente não ocorre para n = 2 (verifique!). No entanto para n ≥ 3 isso ocorre. Vamos prova-la pela indução já que pro outro caso isso não seria posśıvel. Passo base: Para n = 3 temos: 2(3) + 1 < 23 Logo a desigualdade é valida para n = 3. Passo indutivo: Se a desigualdade é verdadeira para , então:n = k 2k + 2 + 1 = 2 + 2k 2(k + 1) + 1 = 2 + 2k Acontece que 2k + 2 < 2k +1 . Veja: 2k + 2 < 2k +1 2 < 2 2k +1 − k 2 < 2k(2 1)− 2 < 2k Como n = k, então k não pode ser menor que três. O que prova essa ultima desigualdade. Assim: 2(k + 1) + 1 = 2 + 2k < 2k +1 ⇒ 2(k + 1) + 1 < 2k +1 15 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA Completando o passo indutivo e também a demonstração. Solução de B: Passo base: Para n = 5 temos: 5 22 < 5 Logo a desigualdade é valida para n = 5. Passo indutivo: Se a formula e verdadeira para , então:n = k (k + 1) + 1) + 2 = (2k k2 ≤ 2k + k2 Vamos provar que 2k + k2 < 2 .k +1 2 2k + k2 < k +1 k2 < 2k +1 − 2k k2 < 2k(2 1)− k2 < 2k Essa ultima inequação e verdadeira por hipótese assim: ( 2k + 1)2 < k + k2 < 2k +1 Que simplificando fica: (k + 1)2 < 2k +1 O que completa o passo indutivo e a demonstração. 3. Complete os detalhes da seguinte demonstração do Principio da Boa ordenação: Seja A um conjunto que não possui um menor elemento. Considere o conjunto X formado⊂ N pelos números naturais n tais que 1, 2,... não pertence a A. Observe que 1 ∈ X e, aĺem disso, se n ∈ X então todos os elementos de A, conclua que n + 1 logo, por indução, segue-se que X∈ X = N, portanto A e vazio. Solução: O enunciado do problema sugere que N = X A. Mostrar que X = seria simplesmente∪ N aplicar o Prinćıpio da Boa Ordenação (PBO). No entanto o exerćıcio é de indução portanto 16 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA seguiremos os dois passos: Passo base: 1 ∈ X por hipótese. Passo indutivo: Tomando k ∈ X então k + 1 ∈ A ou então k + 1 .∈ X Contudo não pode ocorrer de A pois pelo PBO A teria de ter um menor elemento.k + 1 ∈ O que iria contrariar a tese. Portanto, . Como 1 e todo os seus sucessores pertencemk + 1 ∈ N a X então se conclui que e queA é vazio.X = N 4. Prove por indução que n+ 1 n n ≤ n. Para to do n ≥ 3 e conclua dáı que a sequencia 1, 2 √ 2, 3 √ 3, 4 √ 4, ... e decrescente a partir do terceiro termo. Solução de A: Passo base: Para n = 3 temos: 3 + 1 3 3 < 3 O que é verdadeiro. Passo indutivo: O que desejamos agora é provar que a desigualdade (k + 1) + 1 k + 1 k +1 < k + 1 Ocorre que (k + 1) + 1 k + 1 k +1 = k + 2 k + 1 k · k + 2 k + 1 então podemos escrever a desigualdade como: k + 2 k + 1 k · k + 2 k + 1 < k + 1 (k + 2)k +1 (k + 1)k +1 < k + 1 ( ( (k + 2)k +1 < k + 1)k +1 k + 1) = (k + 1)k +2 17 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA Simplificando: ( (k + 2)k +1 < k + 1)k +2 O que evidencia a afirmação, concluindo que: (k + 1) + 1 k + 1 k +1 < k + 1 Solução de B: Sab emos que: n+ 1 n n < n ⇒ n+ 1 n < n1/n ⇒ n+ 1 < n1/n · n ⇒ n+ 1 < n n+ 1 n ⇒ (n+ 1) n n+ 1 1/n < n1/n ⇒ (n+ 1) n n2 + n < n1/n ⇒ (n+ 1) 1 n+ 1 < n1/n Essa ultima desigualdade nos leva a conclusão de que a sequência é decrescente a partir do 3◦ termo. 18 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA 5. Prove por indução que: 1 + 22 3+ 3 + ... + n2 = n(n+ 1)(2 + 1)n 6 Solução: O passo base pode ser facilmente demonstrado. Passo indutivo: 1 + 22 2 2+ 3 + . . .+ k + ( + 1)k 2 = k(k + 1)(2 + 1)k 6 + ( + 1)k 2 = k(k k+ 1)(2 + 1) 6 + ( + 1)k 2 = (k + 1)( + 2)(2 + 3)k k 6 = (k k k+ 1)(( + 1) + 1)(2( + 1) + 1) 6 que implica em: 1 + 22 + 32 2+ . . .+ k + ( + 1)k 2 = (k + 1)(( + 1) + 1)(2( + 1) + 1)k k 6 Completando o passo indutivo. 6. Critique a seguinte argumentação: Quer-se provar que todo numero natural é pequeno. Evidentemente, 1 é um numero pequeno. Além disso, se + 1 também sera, poisn for pequeno, n não se torna grande um numero pequeno simplesmente somando-lhe uma unidade. Logo, por indução, todo numero natural e pequeno. Solução: O problema aqui ocorreria no passo indutivo. Pois quando tomamos um n natural “p equeno” temos de nos perguntar, pequeno em relação a que? Se em relação ao maior de todos os números naturais pequenos então n+ 1 seria grande? 19 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA 7. Use a distributividade para calcular (m + n)(1 + 1) de duas maneiras diferentes e em seguida use a lei do corte para concluir que .m+ +n = n m Solução: 1◦ Forma: Usamos a distributividade a direita. (m + n)(1 + 1) = m(1 + 1) + n(1 + 1) = m + m + n + n = 2m + 2n; 2◦ Forma: Usamos a distributividade a esquerda. (m + n)(1 + 1) = 1(m + n) + 1(m + n) = m + n + m + n = 2m + 2nm + m + n + n = m + n + m + n Usando a asso ciatividade m + (n + n) + m = m + n + m + n (m + (n + n)) + m = m + n + m + n ((m + n) + n) + m = m + n + m + n (m + n) + (n + m) = (m + n) + (m + n) Finalmente usando a Lei do corte (A + B = A + C B = C) então:⇒ n + m = m + n. 8. Seja X ⊂ N um conjunto não vazio, com a seguinte propriedade: para qualquer n , se∈ N todos os números naturais menores do que n pertencem a X. Prove que X = .N Solução: Como o próprio livro diz demonstrações que envolvem o PBO são normalmente feitas por absurdo. Então suponha por absurdo que X = N logo ∃A ⊂ N onde N = X ∪ A. Assim p elo PBO ∃ a = minA e X = {n ∈ N; n < a}. No entanto considerando a hipótese , o que geraa ∈ X o absurdo. Assim A = {} e então .X = N 9. Seja P(n) uma propriedade relativa ao numero natural n. Suponha que P(1), P(2) são verdadeiras e que, para qualquer , a verdade de P(n) e P(n + 1) implica a verdade de P(nn ∈ N + 2). Prove que P(n) é verdadeira para todo .n ∈ N Solução: Considere A como o conjunto de elementos a ∈ N, tal que P(a) seja falsa. Suponha por absurdo que A 6= ∅. Nesse caso A deve ter um elemento mı́nimo (min(A)) que chamaremos de a1. Como P(1) e P(2) são verdadeiras então a1 > 2 é como a1 é elemento ḿınimo de A então P(a1 − 2) e P( 1) também são verdadeiras. Entretanto como P(n) e P(n + 1) implicam ema1 − P(n + 2) verdadeira então P( 2) e P( 1) implica em P(a) verdadeiro, o que é um absurdo,a1− a1− 20 Impresso por Pablo Profmat, CPF 071.671.787-56 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 28/03/2021 19:07:00 A Matemática do Ensino Médio Diego Oliveira - Vitória da Conquista / BA p ois Aa1 ∈ 10. Use indução para provar que 13 + 2 + 33 3 + . . .+ n3 = 1 4 n2(n+ 1)2 Solução: Base: A igualdade se verifica para 1. 1 = 1 4 · 12(1 + 1)2 1 = 1 Passo indutivo: Considerando a proposição verdadeira para k então: 13 + 2 + 3 + ( + 1)3 3 + . . .+ k3 k 3 = 1 4 · k2(k k+ 1) + (2 + 1)3 Operando com o lado direito da igualdade acima facilmente se chega á: 1 4 · k2(k k+ 1) + (2 + 1)3 = k2(k + 1) + 4( + 1)2 k 3 4 e após certa álgebra: k2(k k+ 1) + 4(2 + 1)3 4 = 1 4 ( (k + 1)2 k + 2)2 concluindo o passo indutivo. Se alguma passagem ficou obscura ou se algum erro foi cometido por favor escreva para nibblediego@gmail.com para que possa ser feito a devida correção. Para encontrar esse e outros exerćıcios resolvidos de matemática acesse: www.number.890m.com 21
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