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nutrição e dietética Luana da Silva Ferreira Universidade Federal do Espírito Santo fibra s alimentares Introdução Função Fibras solúveis Fibras alimentaresNUTRIÇÃO E DIETÉTICA Fibra alimentar é a parte comestível de plantas ou carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado de humanos, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso de humanos. A fibra alimentar inclui polissacarídeos vegetais, como celulose, hemiceluloses, pectinas, gomas e mucilagens, oligossacarídeos e lignina. As fibras alimentares podem ser agrupadas em: fibras solúveis (pectinas, gomas, mucilagens e hemiceluloses) e fibras insolúveis (celulose, lignina e algumas hemiceluloses e mucilagens). Dentre as funções das fibras, destaca-se sua ação sobre a constipação intestinal, diabetes mellitus, obesidade e benefícios em nutrição enteral. Acredita-se que a fibra pode diminuir a biodisponibilidade de minerais. De acordo com a solubilidade em água de seus componentes, as fibras alimentares podem ser agrupadas em duas grandes categorias: fibras solúveis e fibras insolúveis. As fibras solúveis incluem a maioria das pectinas, gomas, mucilagens e hemiceluloses. São encontradas em frutas, farelo de aveia, cevada e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão de bico). A fibra solúvel é responsável pelo aumento do tempo de trânsito intestinal e está relacionada à diminuição do esvaziamento gástrico, ao retardo da absorção de glicose, diminuição da glicemia pós-prandial e redução do colesterol sanguíneo devido às suas propriedades físicas que conferem viscosidade ao conteúdo luminal. Fibras insolúveis Fibras alimentaresNUTRIÇÃO E DIETÉTICA As fibras insolúveis contribuem para o aumento do volume do bolo fecal, redução do tempo de trânsito intestinal, retardo da absorção de glicose e retardo da hidrólise do amido. Incluem a celulose, a lignina e algumas hemiceluloses e mucilagens. São encontradas em maior quantidade no farelo de trigo, nos cereais integrais e seus produtos, nas raízes e nas hortaliças. Definições O National Academy of Science (NAS), dos Estados Unidos, propôs definições para fibra alimentar que são: fibra alimentar: carboidratos não digeríveis e lignina que são intrínsecos e intactos nas plantas, cujas principais características são manter suas fibras intactas mesmo após tratamento mecânico (farelo de cereais); apresentar outros macronutrientes associados (carboidratos digeríveis ou proteínas); apresentar normalmente oligossacarídeos em alimentos fontes de fibras. fibra adicionada: carboidratos isolados, não digeríveis que apresentam efeitos fisiológicos benéficos em humanos. Incluem nessa classificação: amido resistente e oligossacarídeos produzidos sinteticamente ou isolados; poli ou oligossacarídeos extraídos de plantas modificadas, carboidratos não digeríveis de origem animal, uma vez que não se originam de vegetais; oligossacarídeos de três ou mais graus de polimerização que foram isolados, fabricados ou que são sintéticos. fibras totais: a soma de fibra alimentar e fibra adicionada. Recomendado Fibras e obesidade Fibras alimentaresNUTRIÇÃO E DIETÉTICA Para adultos, geralmente, recomenda-se ingestão de 20g a 35g de fibra alimentar por dia ou 10g a 13g de fibra alimentar por 1000 kcal. As informações nutricionais dos rótulos de alimentos baseiam-se nos valores de 25 g/dia para uma dieta de 2000 kcal ou 30 g/dia para uma dieta de 2500 kcal como meta para a população americana. As fibras alimentares têm sido investigadas no tratamento e prevenção da obesidade, por aumentarem a saciedade, reduzirem a sensação de fome e a ingestão energética. As fibras alimentares podem influenciar a regulação do peso corpóreo através de mecanismos fisiológicos que envolvem efeitos intrínsecos, efeitos hormonais e efeitos colônicos. Esses mecanismos agem reduzindo a ingestão alimentar pela promoção da saciedade, pelo aumento na oxidação de lipídios e na redução das reservas corporais de gordura. Referência CATALANI, Lidiane Aparecida; KANG, Éster Mi Sun; DIAS, Maria Carolina Gonçalves; MACULEVICIUS, Janete. Fibras Alimentares. Rev Bras Clin., São Paulo, v.18, n.04, p.178- 182, nov. 2003
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