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Caderno de Pediatria I

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Bruna Rubinato – Medicina Piracicaba/Turma 1 
CADERNO DE PEDIATRIA I 
6º semestre 
Avaliação Pediátrica – 12/02/2021 
CONSULTA DE PUERICULTURA 
• Periódica e sistemática (conforme calendário específico) 
✓ Mensal até 6 meses; 
✓ Trimestral até 18 meses; 
✓ Semestral até 4 anos; 
✓ Anual até 19 anos. 
• Foco: prevenção e educação em saúde; 
• Criança saudável; 
• Vínculo médico-família. 
• O que deve ser abordado: principalmente o tripé ➔ estado nutricional + sono + atividade física. 
✓ Estado nutricional da criança (peso) – história alimentar; 
✓ Curva de crescimento (estatura, PC); 
✓ Estado vacinal; 
✓ Desenvolvimento neuropsicomotor; 
✓ Capacidade visual, função auditiva; 
✓ Desenvolvimento da sexualidade; 
✓ Saúde bucal; 
✓ Desempenho escolar e cuidados dispensados pela escola; 
✓ Padrão de atividades físicas diárias; 
✓ Condições do meio ambiente, exposição à mídia; 
✓ Cuidados domiciliares dispensados à criança; 
✓ Sono, quantitativa e qualitativamente. 
ANAMNESE 
• Algumas formas diferentes de chegar ao ponto: 
✓ Desde a última consulta, quais as novidades que ele apresentou? 
✓ Qual seria, em sua opinião, a alimentação ideal para ele? 
✓ E o que ele come diariamente? 
✓ Qual seria uma solução, ao seu ver, para esse problema dele? 
✓ Quais cuidados você já tomou para prevenção de acidentes. 
• Abrangente e organizada – são muitos itens a avaliar; 
• Contexto clínico, psíquico, social e cultural; 
• Antecedentes familiares – câncer, dislipidemias, hipertensão arterial diabetes, osteoporose, doenças da tireoide; 
• Antecedentes pessoais 
✓ Gestação (ômega 3, vitamina D, ferro e ácido fólico) ➔ os 1000 dias (os dois primeiros anos + a gestação); 
✓ Nascimento (tipo de parto, peso ao nascer, idade gestacional, Apgar, icterícia, internação) ➔ checar triagens 
neonatais; 
✓ Tempo de aleitamento materno, idade da introdução de fórmulas; 
✓ Marco da entrada em creches e escolinhas; 
✓ Doenças, medicamentos, suplementação vitamínico-mineral internações. 
 
RECÉM-NASCIDO 
• Antecedentes obstétricos; 
• Antecedentes familiares; 
• História do parto; 
• Alimentação, sono, eliminações fisiológicas, crescimento e desenvolvimento, vacinas; 
• Ambiente – hábitos alimentares; 
• Condições da mãe (pais); 
LACTENTE 
• Alimentação, sono, eliminações fisiológicas, crescimento e desenvolvimento, vacinas; 
• Ambiente – hábitos alimentares; 
• Condições da mãe (pais); 
• Outros familiares – rede de apoio (e atrito); 
• Vida escolar. 
PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR 
• Alimentação, sono, eliminações fisiológicas, crescimento e desenvolvimento, vacinas; 
• Ambiente – hábitos alimentares; 
• Condições da mãe (pais); 
• Outros familiares – rede de apoio (novos irmãos); 
• Vida escolar, aquisições, socialização, visão e audição; 
• Rotina diária e semanal (agenda); 
• Puberdade (?); 
• Conversar com a criança. 
ADOLESCÊNCIA 
• Faixa etária: 10 a 19 anos, geralmente; 
• Transformação, ambivalência, contestação, ateísmo. 
• Crescimento e desenvolvimento; 
• Saúde sexual e reprodutiva; 
• Uso e abuso de álcool e drogas ilícitas; 
• A importância do grupo; 
• Abordagem em três momentos – confidencialidade ➔ primeiro com o familiar e o adolescente, depois somente o 
adolescente e depois, se possível, somente com o acompanhante. 
• Abordagem flexível – abordagem integral; 
• Parte compartilhada: visão de ambos os lados, aspectos éticos e legais 
✓ Quem marcou a consulta? 
✓ De quem é a queixa principal? 
• Ambiente familiar; 
• Escola/trabalho; 
• Atividade física e lazer; 
• Uso de substâncias. 
EXAME FÍSICO 
• Completo: 
✓ Lactente sem roupa; 
✓ Crianças com roupas íntimas; 
✓ Adolescente sempre na presença dos pais. 
• A medida rotineira da pressão arterial está indicada a partir dos 3 anos de idade. 
• Etapas definidas de acordo com a situação; 
• Ausculta cardíaca primeiro, se criança calma no colo dos pais; 
AVALIAÇÃO DO LACTENTE AO ESCOLAR 
• Exame físico: paciência, tom de voz, modo de manipular ou conter; 
• Observação inicial: instinto clínico; 
• Ficha do acompanhamento do desenvolvimento; 
• Lactentes examinados em decúbito; 
• Crianças maiores ➔ exame físico semelhante ao adulto. 
AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO PONDEROESTATURAL 
• Curvas de crescimento: 
✓ Curvas de Marcondes; 
✓ Curva da OMS; 
✓ Curva do CDC. 
• Até 16 kg ➔ balança de mesa; 
• + de 16 kg e > 2 anos ➔ balança habitual. 
• Comprimento de crianças menores verifica com a régua na maca. 
• Comprimento de crianças maiores de 2 anos e adolescentes, pode utilizar antropômetro vertical. 
• Perímetro cefálico, torácico e abdominal. 
GRÁFICOS DE CRESCIMENTO 
 
• Normal = - 2 < Z < + 2; 
• Baixa estatura = < Z – 2, investigar < Z – 3; 
• Alta estatura = > Z + 2 
• No primeiro ano de vida, a criança geralmente cresce 25 cm. 
 
• Normal = - 2 < Z < 2+; 
• Baixo peso = - 3 < Z < -2; 
• Extremo baixo peso = Z < -3; 
• Excesso de peso = + 2 < Z < + 3; 
• Obesidade = Z > 3. 
 
• Eutrofia = - 2 < Z < +1; 
• Magreza = -3 < Z < -2; 
• Magreza acentuada = Z < - 3; 
• Risco de sobrepeso = +2 < Z < +3; 
• Obesidade: Z > 3 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
• Avaliação é baseada no sexo, idade e percentil de estatura; 
• Consultar tabelas específicas; 
• Explicar para a criança o procedimento e cuidado ao insuflar o manguito. 
 
EXAME FÍSICO 
• Local com privacidade e acompanhado de outro profissional; 
• Maturação sexual; 
• Estirão da adolescência; 
• Características psicológicas; 
• Registrar peso e altura na curva de crescimento; 
• Exame de pele cuidadoso especialmente face; 
• Exame físico especial por segmentos: 
✓ Cabeça de rotina; 
✓ Tireoide; 
✓ Mamas; 
✓ Abdome: rotina; 
✓ Genitais: maturação sexual, fimose, testículos, vulva, presença de secreção; 
✓ Indicações de exame ginecológico completo; 
✓ Membros e coluna; 
✓ Postura e marcha; 
✓ Sistema nervoso: reflexos, comportamento, atenção, humor, capacidade de concentração e verbalização. 
 
Atendimento do Recém-Nascido – 15/02/2021 
INTRODUÇÃO 
 
 
A EQUIPE E O PREPARO 
• Pelo menos um médico capacitado a realizar intubação orotraqueal, indicar massagem cardíaca e prescrever medicações 
➔ pediatra; 
• Dependendo da história, 2 ou 3 pessoas capacitadas podem ser necessárias ➔ trabalho em equipe; 
• Gemelares ➔ duas equipes; 
• Material: conferir todo o material sempre; 
• Minuto de ouro; 
• Antes do nascimento: história da mãe e da gestação. Conferir cartão de pré-natal sempre que possível antes do parto. 
 
 
 
CLAMPEAMENTO DO CORDÃO 
• RN a termo + respiração espontânea + tônus em flexão = 1 a 3 min; 
✓ Posicionar o bebê no abdome materno; 
✓ Reduz a anemia fisiológica entre 3-6 meses; 
✓ Risco elevado para necessidade de fototerapia. 
• Circulação placentária comprometida = clampeamento imediato 
✓ Descolamento prematuro de placenta; 
✓ Placenta prévia; 
✓ Rotura, prolapso ou nó verdadeiro de cordão. 
RECEPÇÃO DO RN A TERMO COM BOA VITALIDADE 
• RN termo + respiração espontânea + tônus em flexão = boa vitalidade; 
✓ Posicionar no abdome/colo materno; 
✓ Prover calor, manter as vias aéreas pérvias e reavaliar a sua atividade de maneira continuada. 
• Temperatura ambiente entre 23e26ºC; 
• Secar o corpo e o segmento cefálico com compressas aquecidas; 
• Contato pele-a-pele com a mãe, coberto com tecido de algodão seco e aquecido; 
• Manter as vias aéreas pérvias – posicionamento, excesso de secreções; 
• Avaliar FC com o estetoscópio no precórdio e vitalidade. 
RN PREMATURO, PÓS-TERMO OU SEM BOA VITALIDADE 
• Conduzir o RN à mesa de reanimação; 
• Por 30 segundos: 
✓ Prover calor, secando o bebê; 
✓ Posicionar a cabeça em leve extensão; 
✓ Aspirar boca e narinas (se necessário) – sonda 8 ou 10 (se introduz a sonda e atinge a faringe do bebê, pode fazer 
manobra vagal, podendo bradicardizar); 
✓ Secar. 
• Avaliar respiração – movimentos regulares com FC > 100; 
• Avaliar FC – estetoscópio, pulso do cordão,oxímetro, ECG 3 eletrodos. 
 
 
• Risco de morte/morbidade aumenta 16% a cada 30 minutos para VPP até o 6º minuto. Isso independe do peso ao nascer, 
idade gestacional e complicações na gravidez ou no parto. 
APGAR E MEDICAÇÃO PÓS-PARTO 
 
• Colírio de nitrato de prata ➔ usado para prevenção de transmissão de gonorreia. Chance de 10-20% de fazer conjuntivite 
química, podendo ser bem desconfortável. Uma gotinha em cada olho. 
• Vitamina K ➔ recebem intramuscular. 0,5 mg abaixo de 1,5kg e 1 mg acima de 1,5. 
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL E CLASSIFICAÇÃO DOS RN QUANTO AO PESO 
• Termo: 37 a 42 semanas incompletas; 
• Pré-termo: antes de 37 semanas; 
• Pós-termo: 42 semanas ou mais. 
• Baixo peso: < 2.500g; 
• Muito baixo peso: < 1.500g; 
• Extremo baixo peso: < 1.000g; 
• Peso adequado para a idade gestacional (AIG): P10-P90; 
• Peso pequeno para a idade gestacional (PIG): < P10; 
• Peso grande para a idade gestacional (GIC): > P90. 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVA DA IDADE GESTACIONAL – MÉTODO 
• Quanto mais precoce o ultrassom, mais precisa será a idade gestacional antes do parto. 
• Método de Capurro 
✓ 204 + contagem de pontos/7 
 
 
 
• Método de New Ballard 
✓ Mais utilizado para bebês prematuros 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
• A avaliação geral é feita ao nascimento; 
• Deve ser observada antes da liberação do RN para AC; 
• O EF específico e minucioso deve ser feito com no máximo 12 horas de vida; 
• Deve ser atribuída especial atenção à busca de defeitos congênitos ou outros sinais de atenção. 
 
• Exame físico específico 
✓ Pele e anexos: palidez, icterícia, cianose e lesões. 
➢ Cor da pele; 
➢ Turgor; 
➢ Descamação; 
➢ Manchas; 
➢ Equimose; 
➢ Hematoma; 
➢ Lesões corto contusas; 
➢ Milium; 
➢ Eritema; 
➢ Lanugo (mais comum em prematuros); 
➢ Vernix 
✓ Cabeça e pescoço: 
➢ Crânio: suturas, fontanelas, bossa serossanguínea, hematoma subgaleal, cefalohematoma. 
➢ Cabelos; 
➢ Face: olhos, nariz, orelhas, boca. 
❖ Lábios; 
❖ Conformação do palato; 
❖ Dentes neonatais; 
❖ Anatomia da língua; 
❖ Gengiva. 
➢ Pescoço: movimentação e massas. 
✓ Tórax e abdome 
➢ Tórax: forma e tamanho, glândula mamária e mamilos, padrão respiratório e movimento torácico, 
retrações, ausculta pulmonar. 
➢ Sistema cardiovascular: cianose, pulsos, pré-cordio e ausculta cardíaca 
➢ Abdome: inspeção, palpação, massas e visceromegalias. 
❖ Avaliar posição do coto umbilical; 
❖ Forma; 
❖ Tensão; 
❖ Timpanismo; 
❖ Procurar hérnia umbilical; 
❖ Palpar vísceras e loja renal. 
✓ Genitália 
➢ Verificar se é típica feminina ou masculina; 
➢ Procurar testículos; 
➢ Verificar exposição da glande; 
➢ Epispádia ou hipospadia; 
➢ Sinequia; 
➢ Hipertrofia de lábios vulvares e clitóris; 
➢ Se houver genitália ambígua, não atribuir sexo até melhor avaliação. 
✓ Sistema musculoesquelético 
➢ Avaliar posição e tamanho; 
➢ Polidactilia ou sindactilia; 
➢ Dedos muito curtos ou muito longos; 
➢ Linha palmar transversa continua; 
➢ Formato da planta do pé; 
➢ Avaliar posição dos pés em relação aos tornozelos; 
➢ Sinais de Ortolani e Barlow 
✓ Mecônio/evacuações, urina e diurese. 
✓ Sistema cardiorrespiratório 
➢ Ictus cordis; 
➢ FC; 
➢ FR; 
➢ Avaliar ritmos; 
➢ Palpar pulsos femorais; 
➢ Expansibilidade torácica; 
➢ Procurar por sinal de esforço respiratório: tiragens, batimento da asa nasal, gemência. 
✓ Procurar dismorfias ou malformações menores (síndromes genéticas) 
➢ Fronte proeminente; 
➢ Micro ou macrocrania; 
➢ Alterações dorso nasal; 
➢ Pregas epicânticas; 
➢ Hipertelorismo; 
➢ Orelha de baixa implantação; 
➢ Micrognatia; 
➢ Protusão de língua; 
➢ Pescoço alado. 
VACINAS 
• BCG (bacilo de Calmette-Guerin) – tuberculose (formas graves); 
✓ RN > 2000g até os 5 anos. Imunodeprimidos ou filhos de mães que usaram imunossupressores; 
✓ Cicatriz após pustulizar e drenar (3 a 6 meses) 
➢ Úlceras com mais de 1 cm; 
➢ Úlceras que demoram muito cicatrizar; 
➢ Gânglios ou abcessos na pele e nas axilas (10%) ➔ isoniazida 10 mg/kg/dia por um mês. 
• Hepatite B – hepatites B e D – DNA recombinante; 
✓ Todos os RN podem receber; 
✓ Alergia ao timerosal ➔ reconsiderar; 
✓ Idealmente, feita até 12h de vida; 
✓ Edema, eritema e nódulo indolor no local da injeção; 
✓ Pode dar mal-estar, cefaleia, astenia, mialgia e artralgia; 
✓ Febre de 37,5º. 
TRIAGEM NEONATAL 
• Teste do pezinho – triagem bioquímica – 3º ao 5º DV 
✓ Hemoglobinopatias; 
✓ Fenilcetonúria; 
✓ Fibrose cística; 
✓ Hipotireoidismo congênito; 
✓ Hiperplasia adrenal congênita; 
✓ Deficiência de biotinidase. 
 
• Teste do olhinho – até 5º DV – mais uma vez no primeiro ano de vida; 
✓ Catarata congênita; 
✓ Retinoblastoma; 
✓ Estrabismo; 
✓ Outras patologias com meios opacos. 
• Teste da orelhinha – 1º mês de vida 
✓ Emissões fotoacústicas; 
✓ Fazer BERA se exame alterado; 
✓ Surdez congênita: 1-6/1000 RN normais. 
• Teste do coraçãozinho – 24 a 48h de vida 
✓ Oximetria de pulso – MSD e MID ou MIE; 
✓ Maior que 95% em ambos os locais; 
✓ Diferença não pode ser > 3%; 
✓ Cardiopatias complexas: TGVB, coarctação da aorta; 
• Teste da linguinha 
✓ Avaliar indicação de frenulectomia para garantir o aleitamento materno; 
✓ Anquiloglossia. 
 
O Lactente Jovem: Até 3 meses – 01/03/2021 
ALEITAMENTO MATERNO 
• O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses de idade e mantido com a alimentação complementar até os 2 
anos; 
✓ AM exclusivo – apenas LM (livre demanda); 
✓ AM misto – LM + outro leite ou fórmula; 
✓ Aleitamento artificial – outro leite ou fórmula infantil sem LM; 
✓ AM predominante – LM + água/chá/suco; 
✓ AM complementado – LM + outros alimentos. 
 
• Introdução alimentar precoce ➔ reduz AM total; 
• AM ➔ reduz infecções independentemente da idade da criança. 
• Benefícios: 
✓ Reduz mortalidade infantil; 
✓ Reduz incidência e gravidade da diarreia; 
✓ Reduz incidência e morbidade de IVAS e OMA; 
✓ Reduz alergias (DA, asma e APVL); 
✓ Redução de DCNT; 
✓ Melhor desenvolvimento cognitivo e de inteligência; 
✓ Melhor desenvolvimento da cavidade oral/bucal; 
✓ Redução de CA de mama e ovário, DM2, anticoncepção; 
✓ Economia, vínculo afetivo. 
POSICIONAMENTO E PEGA CORRETOS 
• Posicionamento: rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo. Corpo do bebê próximo ao da 
mãe. Bebê com a cabeça e tronco alinhados. 
• Pega: aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê, com a boca bem aberta, lábio inferior virado para fora e queixo 
tocando a mama. 
CONTRAINDICAÇÕES 
• Maternas: 
✓ CA de mama atual ou tratado; 
✓ HIV, HTLV1 e 2; 
✓ Distúrbios de consciência ou comportamento graves. 
• Neonatais 
✓ Galactosemia e outros EIM; 
✓ MF fetais de orofaringe, esôfago, traqueia; 
✓ Cardiopatia e/ou pneumonia grave; 
✓ Hiperbilirrubinemia grave; 
✓ Adoção; 
✓ Alteração de consciência da criança; 
✓ Intolerância aos componentes do leite; 
✓ MF fetais orofaciais; 
✓ Enfermidades graves. 
• Temporárias 
✓ Herpes na mama; 
✓ Varicela com lesões ativas; 
✓ Doença de Chagas na fase aguda ou com sangramento mamilar; 
✓ Abcesso mamário; 
✓ Drogas ilícitas ➔ 24h; 
✓ Quimioterapia ➔ avaliar; 
✓ Álcool ➔ aguardar 3-4 horas. 
CRESCIMENTO DO LACTENTE – PESO 
• Peso médio ao nascimento: 3300g. Diminui até 10% na 1ª semana, recupera até 14 dias; 
• Pico de ganho ponderal: 3 trimestre da gestação; 
• Ganho ponderal 1 trimestre: 18-30g/dia; 
• Taxa calórica recomendada: 115 kcal/Kg/dia (185 mL LM/Kg/dia). 
• Pico de crescimento IU: 2º tri; 
• O tamanho ao nascer reflete condições IU – canalização até os 2 anos; 
• Crescimento 3,5 cm/mês; 
• PC: 2 cm/mês. 
 
CRESCIMENTO DO LACTENTE – COMPRIMENTO E PC 
• Comprimento médio ao nascimento: 50 cm (menino) ou 49 cm (menina); 
• Pico do crescimento IU: 2º trimestre ➔ comprometimentos crônicos podem levar a baixa estatura; 
• O tamanho ao nascer reflete condições IU – canalização até os 2 anos: recuperação nas primeirassemanas, redução após 
os 6 meses; 
• Crescimento: 3,5 cm/mês; 
• PC: 2 cm/mês. 
DESENVOLVIMENTO GERAL 
• Plasticidade neural – moldado pelas experiências (positivas/negativas); 
• Volume cerebral total duplica no 1º ano de vida; 
✓ 36% com 1 mês, 72% com 1 ano; 
✓ Mielinização: posterior ➔ anterior (sensorial/motor/associativa). Reflexos primitivos desaparecem com a 
mielinização, mas lançam bases para padrões de comportamento posteriores. 
✓ Ingesta alimentar (ferro, colesterol, outros nutrientes); 
✓ Interação com o cuidador/ambiente. 
• Interação nos diversos domínios. 
SNC NOS PRIMEIROS 3 MESES 
• Mielinização: 
✓ Nascimento: tronco cerebral dorsal, pedúnculos cerebelares, perna post cápsula interna; 
✓ 1 mês: substância branca cerebelar;; 
✓ 3 meses: substância branca cerebelar; substância branca subcortical do córtex parietal, frontal posterior, temporal 
e calcarina; 
• Reflexos primitivos: desaparecem com a mielinização, mas lançam as bases para padrões de comportamento posteriores 
✓ Preensão: segurar objetos; 
✓ Tônico cervical – alcançar objetos (focaliza mãos); 
✓ Andar voluntário. 
COMPORTAMENTO 
• Sono e vigília (estados de consciência) 
✓ Sono profundo, sono ativo, desperto quieto, desperto ativo, chorando e inquieto; 
✓ Inicialmente uniformes (ao nascimento quase 90% do tempo); 
✓ 6 a 8 semanas – ritmo circadiano, sono de 6h/noite; 
✓ 3 meses – cerca de 10h de sono/noite; 3 ciclos de sono/dia (15 horas no total); 
✓ Aprendizado – estímulo e interação durante o dia; sono a noite. 
• Choro: pico com cerca de 6 semanas (3h/dia); 1h/dia com 3 meses 
✓ Bebês acalentados choram menos posteriormente; 
✓ Sinalizam uma necessidade, que nem sempre é óbvia; 
✓ Postas pré choro, padrão de alimentação; 
✓ Cólica: mais de 3h/dia, final da tarde e início da noite; início com 2 semanas. 
 
 
 
 
 
CAPACIDADES MOTORAS E SENSORIAIS 
 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO – HABILIDADES PERCEPTUAIS E SENSORIAIS 
• Ao nascimento: 
✓ Focalizam 25 cm e reconhecem o rosto da mãe; 
✓ Ouvem sons (altura e intensidade), localizam o som; 
✓ Sentem 4 sabores básicos e umami; 
✓ Identificam odores corporais (materno). 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL – PERSONALIDADE 
• Estágios psicossexuais de Freud (fase oral, anal, fálica, de latência, genital) ➔ mudança de estágio acompanha o 
amadurecimento do SN – gratificação de necessidades físicas (sexuais) com estímulo corporal; 
• Estágios psicossociais de Erikson (confiança básica, autonomia, iniciativa, diligência, identidade, intimidade, generatividade, 
integridade do ego). 
✓ Mudança de estágio acompanha o surgimento gradual do senso de identidade, que continua a se formar durante 
outros estágios da vida adulta. 
✓ Determinada pela superação de dilemas sociais ou tarefas (demandas culturas comuns). 
• Freud – fase oral do desenvolvimento emocional 
✓ Boca, lábios e língua são a primeira fonte de prazer ➔ apego à mãe; 
✓ Estimulação deficiente – fixação: comportamento oral (fumar, comer em excesso, credulidade, passividade). 
• Erikson – fase de confiança básica 
✓ Previsibilidade do mundo; capacidade de afetar os eventos à sua volta; 
✓ Cuidadores afetuosos, previsíveis, seguros; 
✓ Desconfiança saudável. 
VACINAS, DOENÇAS E SEGURANÇA 
• BCG e Hepatite B – ao nascimento; 
• 2 meses: pentavalentes, rotavírus humano (hematoquezia), poliomielite inativada, pneumocócica 13 valente; 
• 3 meses: meningocócica. Contraindicações: imunossupressão, alergia grave, efeitos adversos; 
• Diarreia, IVAS, OMA; 
• Quedas, transporte, queimaduras, asfixia. 
 
 
 
 
O Lactente Jovem de 3 a 12 meses – 16/03/2021 
OBJETIVOS DA CONSULTA 
• Crescimento e desenvolvimento; 
• DNPM; 
• Alimentação; 
• Vacinação; 
• Higiene; 
• Prevenção de acidentes; 
• Detecção precoce de doenças ➔ sinais de alarme. 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO DOS DENTES 
 
DESENVOLVIMENTO : 3 – 6 MESES 
• Motor/físico 
✓ Reflexos primitivos desaparecem – preensão voluntária de objetos, troca de mãos, linha média. 
✓ Controle do tronco – rolam, se arrastam, alcançam objetos. 
✓ Posição sentada permite olhar através dos objetos, conquistam o ambiente. 
✓ Profundidade. 
✓ Sono: 14 – 16h/dia (10h à noite + 2 sonos diurnos). Sono REM mais curto. 
• Cognitivo 
✓ Seres sociais: interesse no mundo ao redor. 
✓ Exploração do corpo – observam as mãos, sensação táctil, causa e efeito. 
✓ Sorriem no espelho; 
✓ Ações próprias e ações que dependem do outro (choro para chamar os pais). 
• Emocional 
✓ Interagem com os pais ou interlocutor; 
✓ Expressões de raiva, alegria, medo, nojo, interesse e surpresa; 
✓ Jogos de mão ou cantar – comunicação; 
✓ Ri em voz alta, busca contato social; 
✓ Excitado com o alimento 
DESENVOLVIMENTO: 6 – 12 MESES 
• Físico/motor 
✓ 7 meses: senta-se sem apoio e tenta se arrastar; 
✓ 8 meses: transfere objetos de uma mão para outra, engatinha, aponta e atira objetos no chão; 
✓ 9 meses: fica de pé segurando, usa movimentos de pinça para pegar objetos pequenos e bate objetos uns contra 
os outros; 
✓ 10 meses: anda segurando nos objetos e mostra o que quer com gestos; 
✓ 11 meses: fica de pé sozinho por alguns segundos; 
✓ 12 meses: fica de pé por mais tempo aos 12 meses, anda sem apoio. 
• Cognitivo/emocional 
✓ 7 meses: busca e manipula objetos, troca de mão, bate, joga, leva à boca. Medo de estranhos (prefere a mãe). 
Imita os sons da fala. 
✓ 9 meses: persistência do objeto – brinca de esconder. Angústia da separação, “estranha” – choro noturno. 
Reconhece a própria imagem. 
✓ 10 meses: dá tchau, faz pinça com o polegar, aponta. Responde ao seu nome. Fala “papa” e “mama” com sentido. 
Entende o “não”. 
✓ 11 meses: participa de brincadeiras, imita, entende instruções simples. 
✓ 12 meses: pinça dedo-polegar; entrega objetos, fala algumas palavras, brinca com uma bola, entende e cumpre 
instruções. Começa a “testar” os pais. 
ALEITAMENTO MATERNO 
• O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses de idade e mantido com a alimentação complementar até os 2 
anos; 
• Alimentação complementar: conjunto de outros alimentos, além do leite materno, oferecidos ao lactente. Idade de início: 6 
meses; 
• Aos 6 meses: reflexo para a deglutição, excitação à visão do alimento, sustenta a cabeça, início da erupção dos primeiros 
dentes, melhora do paladar; 
• Desafios: 
✓ Manutenção do aleitamento materno; 
✓ Alimentos complementares ou de transição; 
✓ Fase de grande vulnerabilidade. 
• Na ausência ou impossibilidade do aleitamento materno: fórmulas infantis (garantidas para filhos de mães HIV+); 
• Na impossibilidade de fórmulas infantis adequadas 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ALIMENTAR 
Faixa Etária Tipo de Alimento 
Até o 6º mês Leite materno exclusivo 
6º ao 24º mês Leite materno complementado 
6º mês Frutas (amassadas ou raspadas) 
6º mês Primeira papa principal de misturas múltiplas 
7º a 8º mês Segunda papa principal de misturas múltiplas 
9º a 11º mês Gradativamente, passar para a refeição da família com ajuste 
da consistência 
12º mês Comida da família – observando a adequação dos alimentos 
 
RECOMENDAÇÃO: COMPOSIÇÃO DAS PAPAS 
Cereal ou tubérculos (2 
porções) 
Leguminosas (1 porção) Proteína animal (1 porção) Hortaliças (1 porção) 
Arroz Feijão carioca Carne bovina Couve-flor 
Milho Ervilha Vísceras Brócolis 
Macarrão Lentilha Frango Repolho 
Batata Grão de bico Peixe Escarola 
Inhame Fava Carne suína Cenoura 
Cará Feijão preto Ovos Abobrinha 
• Utilizar somente temperos naturais (salsinha, alho, cebolinha, cebola); 
• Não é necessário refogar os temperos; 
• Óleo vegetal (1 colher de chá) deve ser adicionado ao final da preparação. 
 
PREVENÇÃO DE DÉFICTS NUTRICIONAIS ATÉ OS 24 MESES DE VIDA 
 
 
 
VACINAS 
 
• Vacinas: 
✓ 4 meses: Pentavalente, rotavírus, VIP e pneumocócica (2ª dose); 
✓ 5 meses: Meningocócica (C ou ACWY e B); 
✓ 6 meses: Pentavalente + VIP (3ª dose);✓ 9 meses: Febre amarela (dose inicial); 
✓ 12 meses: pneumocócica e meningocócica (reforço) e Tríplice viral (1ª dose). 
• Febre amarela: 
✓ É reconhecidamente uma das vacinas mais eficazes e seguras, entretanto, eventos adversos graves e até fatais 
têm sido notificados e estão relacionados à disseminação do vírus vacinal. 
✓ Contraindicações: menores de 6 meses, lactantes (idealmente esperar o bebê ter 6 meses, ou analisar o risco), 
imunossuprimidos, neoplasias, alergia a algum dos componentes, gestantes (analisar cada caso). 
✓ Pacientes que tenham desencadeado doença desmielinizante até 6 meses após a primeira dose. 
✓ Reações adversas: dor local (1º 2 º dias), cefaleia, mialgia, febre (mais frequentemente na 1ª dose), aumento das 
enzimas hepáticas (reversível)- não contraindica próxima dose e trata-se com sintomáticos. 
✓ Reações adversas graves: 
➢ Anafilaxia; 
➢ Doença neurológica aguda: uma a quatro semanas após a aplicação e, em geral, tem bom prognóstico, 
ADEM, Guillain-Barré. cefaleia intensa e persistente. Podem ser causadas diretamente pela invasão do 
vírus vacinal no sistema nervoso central ou pelas reações inflamatórias e desmielinizantes; 
➢ Doença viscerotrópica aguda: Sua gravidade varia desde sintomas leves até um quadro grave de falência 
de múltiplos órgãos e óbito e a doença é resultante da replicação e da disseminação do vírus. 
• Tríplice viral: 
✓ Vírus vivos atenuados em cultivo celular, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba; 
✓ É pouco reatogênica e bem tolerada; 
✓ Contraindicações: anafilaxia, grávidas, pessoas com imunodeficiências congênitas ou adquiridas, infecção pelo 
HIV em indivíduos em vigência de imunossupressão grave, pessoas em uso de quimioterapia antineoplásica só 
devem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, transplantados de medula óssea recomenda-
se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses após o transplante para a primeira dose; 
 
✓ Reações adversas: 
➢ Locais: pouco frequentes: ardência de curta duração, eritema, hiperestesia e enduração. Nódulo ou 
pápula com rubor (reação imune do tipo tardio) podem ocorrer em indivíduos com hipersensibilidade aos 
componentes da vacina. Casos de abscesso geralmente encontram-se relacionados com infecção 
secundária e erros de imunização (técnica). 
➢ Sistêmicos: febre (início 5 a 12 dias após), cefaléia, quadro catarral, exantema, linfadenopatia, meningite 
(11] ao 32º após a vacinação- geralmente evolução benigna, relacionado a caxumba), encefalopatia (15 
a 30 dias após, estão relacionadas ao componente do sarampo e ao da caxumba, sendo que o risco não 
é maior que o observado na população não vacinada). 
➢ PEESA: panencefalite esclerosante subaguda pós-vacinal (Peesa), não há dados epidemiológicos 
documentados que realmente comprovem o risco vacinal. Entretanto, há casos de Peesa em crianças 
sem história de doença natural e que receberam a vacina. 
➢ Autismo descartado! 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
• Riscos de queda- cuidado com escadas, sofás, cama; 
• Andadores: NÃO são recomendados!!!! 
• Produtos de limpeza, remédios; 
• Janelas: telas protetoras; 
• Cozinha: idealmente fechadas, cuidado com cabos de panelas; 
• Piscinas, ofurôs- NUNCA deixá-los sozinhos; 
• Baldes com água; 
• Tomadas e cabos de carregadores. 
PATOLOGIAS FREQUENTES 
• Diarreias: ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas. A diminuição da consistência 
habitual das fezes é um dos parâmetros mais considerados. Na diarreia aguda ocorre desequilíbrio entre a absorção e a 
secreção de líquidos e eletrólitos e é um quadro autolimitado. 
✓ Aquosa aguda, desinteria ou persistente. 
✓ Agentes: vírus - rotavírus, adenovírus, bactérias - E. coli, Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio 
cholerae, Yersinia. Parasitos - Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium, Isosopora. Fungos – 
Candida albicans. 
✓ Tratamento: 
➢ Suporte; 
➢ Hidratação (planos A, B ou C); 
❖ Plano A: 
o Aumentar a ingesta de líquidos; soro caseiro ou SRO; 
o Manter alimentação habitual; 
o Observar sinais de piora e/ou retornar após 2 dias para revisão: 
× Piora da diarreia; 
× Vômitos repetidos; 
× Muita sede; 
× Sangue nas fezes; 
× Recusa alimentar; 
× Redução da diurese. 
o Zinco oral (10 ou 20mg/dia) 14 dias; 
o Quantidade de SRO: 50-100 ml até um ano; 100-200ml até 10 anos 
❖ Plano B: 
o SRO: 50 – 100ml/kg em 4 a 6 horas (considerar SNG); 
o Reavaliar periodicamente de acordo com o quadro indicativo (A, B, C); 
o Evoluir o tratamento de acordo com o quadro clínico; 
o O paciente recebe alta hidratado, com as recomendações do plano A; 
o Pesar o paciente. 
 
❖ Plano C: 
o Internação hospitalar – hidratação venosa ou intraóssea; 
o Monitorização contínua; 
o Fase rápida e fase de manutenção/reposição; 
o Oferecer SRO assim que possível; 
o Observar por pelo menos 6 horas; 
o O paciente é liberado hidratado e em condições de hidratação por VO. 
 
➢ Leite sem lactose (hospitalizados ou nas persistentes); 
➢ Dieta habitual; 
➢ Zinco; 
➢ VitA; 
➢ Antieméticos; 
➢ Probióticos. 
• Bronquiolite: infecções que causam obstrução do fluxo de ar por estreitamento das vias aéreas- presença de muco, edema. 
✓ Causa viral- o VSR responsável por mais de 50% dos casos, mas também pode ser: parainfluenza, adenovírus, 
Mycoplasma, H1N1. 
✓ O AM é um fator protetor. 
✓ Mães tabagistas aumentam o risco. 
✓ Manifestações clínicas: apresenta sazonalidade marcada e clinicamente pode variar desde formas leves, 
assintomáticas, até formas graves com comprometimento do estado geral e insuficiência respiratória. 
➢ Sibilância. 
✓ Tratamento: 
➢ Suporte; 
➢ Avaliar quadro clínico; 
➢ Sintomáticos: lavagem nasal, manter hidratado, antitérmicos, broncodilatadores, O2, corticoides, 
fisioterapia; 
➢ Palivizumab: é um anticorpo monoclonal, IgG1 humanizado, direcionado para um epítopo no sítio 
antigênico A da proteína de fusão do VSR. 
❖ É indicado para a prevenção de doença grave do trato respiratório inferior, causada pelo VSR, 
em pacientes pediátricos de alto risco menores de dois anos de idade, que inclui crianças 
prematuras (idade gestacional < de 35 semanas), crianças portadoras de doença pulmonar 
crônica da prematuridade e portadores de cardiopatia congênita hemodinamicamente 
significativa. 
❖ Região sudeste: março a julho. 
• Lactente sibilante: conhecido como “bebê chiador” é definido como a criança de até dois a três anos de idade que apresenta 
sibilância persistente, por pelo menos um mês ou no mínimo três episódios recorrentes de sibilância por pelo menos dois 
meses consecutivos. 
✓ Trata-se de uma síndrome obstrutiva caracterizada por sibilos, devido à diminuição do calibre das vias aéreas 
inferiores. Essa manifestação pode ser persistente e/ou recorrente cujas frequência e intensidade são variáveis. 
✓ Sua prevalência é elevada, com significativa morbidade devido às procuras aos serviços de urgência, internações, 
realização frequente e às vezes desnecessária de radiografias simples de tórax, assim como uso recorrente de 
antibióticos e corticoides sistêmicos. 
✓ Em relação aos fatores de risco relacionados ao lactente sibilante destacam-se o sexo masculino, história familiar 
de asma, atopia, prematuridade, exposição à fumaça do cigarro, animais domésticos, infecções por vírus 
respiratórios tais como vírus respira tório sincicial e rinovírus, além de frequentar creche; 
✓ Os lactentes sibilantes apresentam quadro clínico que sugere obstrução das vias aéreas inferiores: 
➢ Tosse (seca ou secretora); 
➢ Sibilância e esforço respiratório; 
➢ Tempo expiratório prolongado; 
➢ Tiragens intercostais ou subdiafragmática; 
➢ Ausculta pulmonar pode ser normal ou exibir sibilos expiratórios ou crepitações. 
✓ Tratamento: 
➢ Objetivo: controlar o processo inflamatório e dessa forma reduzir os sintomas, as exacerbações, aprocura aos serviços de urgência, melhorar a qualidade de vida, manter a função pulmonar normal ou 
próxima do normal; 
➢ Menor número de fármacos, utilizando a dose mínima eficaz, com poucos efeitos colaterais. 
➢ Garantir a boa parceria com a família, para esclarecer dúvidas, orientar e facilitar a adesão ao tratamento. 
➢ Os corticoides inalados (CI) são as drogas utilizadas quando o tratamento de manutenção está indicado, 
devido à sua eficácia e segurança, especialmente quando utilizados em baixas doses. Devem ser 
considerados quando os episódios de sibilância são muito frequentes ou são episódios graves. 
➢ Tratamento das crises: 
❖ Suporte; 
❖ Lavagem nasal; 
❖ Broncodilatadores; 
❖ Corticóides sistêmicos; 
❖ Oxigênio. 
 
 
O Lactente de 12 a 24 meses – 30/03/2021 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
• Perímetro cefálico: aumento de 2 cm no ano (85% do PC do adulto); 
• Estatura: 12 cm no ano (estatura aos 2 anos ➔ 50% adulto); 
• Peso: aproximadamente 2 kg no ano; 
• Membros e tronco ainda relativamente curtos; 
• Cabeça predomina; 
• Tórax e abdome ainda não individualizados; 
• Lordose lombar, abdome proeminente; 
• Dentição decídua completa aos 2 anos. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
• Até os 15 meses: andar 
✓ Base alargada; 
✓ Joelhos fletidos; 
✓ Pés planos; 
✓ Movimentação em bloco; 
✓ Sobe escada engatinhando. 
 
• Até os 18 meses: marcha “livre” 
✓ Sobe escadas segurando; 
✓ Corre “rígido”; 
✓ Senta-se na cadeira. 
• Até os 24 meses 
✓ Melhora no equilíbrio e agilidade; 
✓ Corrida solta; 
✓ Sobe e desce escadas (um degrau por vez). 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E EMOCIONAL 
• Cognitivo 
✓ Até os 18 meses 
➢ Exploração do ambiente; 
➢ Funcionalidade aos objetos; 
➢ Imitação; 
➢ Simbolismo centrado no corpo. 
✓ Até os 24 meses: linguagem 
➢ Permanência do objeto; 
➢ Causa e efeito; 
➢ Simbolismo dos objetos 
• Emocional 
✓ Até os 18 meses: órbita em torno dos pais ➔ na anamnese perguntar quem a criança procura quando chora. 
➢ Exploram o ambiente com alegria; 
➢ Vínculo seguro; 
➢ Autonomia e separação (Erickson); 
➢ Birra – comunicação ineficaz. 
✓ Reestabelecimento de laços aos 18 meses – objeto de transição; 
✓ Até os 24 meses: consciência e autoconsciência 
➢ O “não” como exercício de independência; 
➢ Melhora da linguagem - comunicação 
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
• 12 meses: linguagem receptiva 
✓ Responde a comandos simples 
• 15 meses: linguagem expressiva 
✓ Primeiras palavras com sentido; 
✓ Nomeia partes do corpo; 
✓ Fala “polissilábica”. 
• 18 meses: 10 a 15 palavras 
• 24 meses: 50-100 palavras; frases 
✓ Compreende ordens em 2 etapas; 
✓ Fim do período sensório-motor. 
• Pontos de atenção 
✓ Mobilidade e independência motora - linguagem como forma de controle do comportamento e cognição; 
✓ Atraso de linguagem; 
✓ Usar sentenças claras e simples; 
✓ Mostrar as palavras corretas; 
✓ Importância da interação com o humano; 
✓ Promover ambientes seguros; 
✓ Importância da rotina. 
 
 
ALIMENTAÇÃO NO SEGUNDO ANO DE VIDA 
• Evitar sal, industrializados, açúcar, mel; 
• Estimular consumo de vegetais; 
• Refeições à mesa, sem distratores; 
• Estimular a escolha e independência da criança; 
• Manter 600ml leite por dia; 
• Neofobia – incentivar o interesse; 
• Não deve haver restrição de gorduras e colesterol até 2 anos; 
• Grupo de alimentos e número de porções por dia 
✓ 12 a 24 meses: 1300 Kcal 
➢ Pães e Cereais: 5 porções; 
➢ Verduras e Legumes: 3 porções; 
➢ Frutas: 4 porções; 
➢ Leguminosas: 1 porção; 
➢ Carnes e ovos: 2 porções; 
➢ Leite e produtos lácteos: 3 porções; 
➢ Açúcar e doces: 1 porção; 
➢ Óleo e Gorduras: 2 porções. 
VACINAS 
• Tríplice viral (2ª dose) + varicela (1ª dose); 
✓ Vacina para varicela 
➢ Vírus atenuado – contraindicada para indivíduos imunodeficientes ou com reação alérgica grave a doses 
anteriores; 
➢ Proteção >97% até os 13 anos com uma dose, em qualquer idade com duas doses; 
➢ Até 72h da exposição, previne a infecção selvagem; 
➢ Imunocomprometidos – VZIG até 96h de exposição; 
➢ Efeitos adversos – febre e poucas lesões 5-12 dias após a vacina (8%); 
➢ Tetravalente: 
❖ A vacina varicela monovalente está indicada a partir de 12 meses de idade, sendo utilizada por 
via subcutânea. Não há limite superior de idade para a sua aplicação; 
❖ A soroproteção conferida com uma dose da vacina administrada após 12 meses de idade é de 
76% a 85%; a imunização com duas doses aumenta a soroproteção para próximo de 100%. 
 
• DTP (reforço); 
• VOP (reforço); 
• Hepatite A: 
✓ A vacina é inativada, muito eficaz e de baixa reatogenicidade; 
✓ Em 95% das crianças, adolescentes e adultos é possível observar presença de anticorpos protetores, um mês 
após a primeira dose da vacina e em 99%, após duas doses; 
✓ A partir de 12 meses de idade; 
✓ Antígeno do vírus da hepatite A; 
✓ É pouca reatogênica; 
✓ Reações locais como dor, vermelhidão e menos comumente, enduração. Reações sistêmicas como fadiga, febre, 
diarreia e vômitos foram relatadas em menos de 5% dos vacinados. Em crianças, foi observado, ainda, perda de 
apetite (8%). 
• Reações adversas: 
✓ Dor (26%) e vermelhidão (5%) no local da administração podem ocorrer. Podem ser observadas vesículas 
próximas ao local da aplicação em 1% a 3% dos primovacinados. 
✓ De 3% a 5% dos indivíduos apresentam exantema semelhante às lesões de varicela, com 2 a 5 lesões, fora do 
local de aplicação, podendo ser maculopapulares ou vesiculares e que aparecem entre 5 e 26 dias após a 
vacinação. Após a primeira dose, indivíduos vacinados com a vacina tetravalente têm maior risco de apresentar 
febre (22% versus 15%) e exantema semelhante ao sarampo (3% versus 2%) que aqueles vacinados com vacina 
varicela. Estes sinais se instalam de 5 a 12 dias após a vacinação e se resolvem em poucos dias sem deixar 
sequelas. 
✓ O risco de convulsão febril é discretamente mais elevado após a primeira dose da vacina tetravalente se comparada 
à monovalente, com um caso a mais para cada 2.500 crianças vacinadas 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
• Maior mobilidade e curiosidade – vigilância; 
• Ensinar e vigiar; 
• Exemplos. 
 
 
TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
• CDC: 11,3/1000; 
• Sexo masculino 4:1 sexo feminino 
• Comprometimento persistente da comunicação recíproca; 
• Comprometimento persistente da interação social recíproca; 
• Padrões restritos e repetitivos de comportamento ou interesses 
✓ Atraso de linguagem (< 10 palavras aos 2 anos); 
✓ Ecolalia, fala anormal, sem significado; 
✓ Perda da fala; 
✓ Ausência do sorriso social responsivo; 
✓ Não atende quando chamado pelo nome; 
✓ Não aceita carinho do cuidador; 
✓ Ausência de imitação; 
✓ Prefere brincar sozinho. 
• Evolução: 
✓ Período de desenvolvimento normal (?) – 20 a 40%; 
✓ 1º ano de vida: ADNPM; atraso de linguagem; falta de interesse social; padrão anormal de brincadeiras; 
✓ 2º ano: comportamento estranho e repetitivo, ausência de brincadeiras típicas; 
✓ Alguns casos mais leves são percebidos apenas em idade escolar ou na adolescências. 
• Todas as crianças devem ser triadas aos 18 meses e 24 meses (M-CHAT). 
 
 
 
PATOLOGIAS FREQUENTES 
• Diarreias; 
• Broncoespasmo; 
• Crises convulsivas 
✓ Crise convulsiva febril 
➢ Cerca de 5% das crianças; 
➢ É uma condição benigna; 
➢ Não deve estar associada a convulsões neonatais ou outras manifestações epiléticas; 
➢ Evento de crianças de 3 meses a 5 anos associado a febre. 
➢ Predisposição genética: já foram descritos alguns loci cromossômicos de algumas delas, alguns sugerem 
herança autossômica dominantes com baixa penetrância ou herança poligênica; 
➢ O grau de temperatura independente; 
 
 
➢ Classificação: 
❖ Convulsivas: tônico-clônicas (generalizadas ou parciais), hipotônicas, tônicas. 
❖ Não convulsivas: ausência, parciais complexas; 
➢ Típicas simples ou não complicadas 
❖ Tônico-clônicas generalizadas; 
❖ Curta duração(geralmente até 15 min); 
❖ Não se acompanha de outros fenômenos neurológicos 
➢ Diagnóstico 
❖ Crise típica; 
❖ Exame neurológico normal; 
❖ Já apresentou outras crises febris, histórico familiar 
❖ Rastreio infeccioso ➔ hemograma, PCR, radiografia de tórax, urina 1; 
❖ LCR quando há qualquer sinal neurológico, se primeira crise em lactente muito jovem, se 1ª 
crise com rastreio infeccioso alterado, mas sem etiologia definida. Ou crise atípica ou prologada. 
❖ EEG: não é necessário na CF. 
❖ Exames de imagem: se há outra suspeita que não CF. 
➢ Prognóstico: 
❖ Não deixa sequelas; 
❖ Evolução para epilepsia: crise febril simples 2% e complicada 5-13%; 
❖ Recorrência: 
o Idade da crise menor que 18 meses; 
o Crise com temperatura baixa; 
o Pouco tempo de febre antes da crise; 
o História familiar de CF. 
✓ Tratamento 
➢ Antitérmicos; 
➢ Na emergência: 
❖ Posicionar a criança; 
❖ Monitorização; 
❖ O2 se necessário; 
❖ Benzodiazepínico se prolongada (IV, retal ou nasal); 
❖ Acesso venoso; 
❖ Rastreio infeccioso. 
➢ Se recorrente: anticonvulsivantes intermitentes. 
➢ Orientação aos pais: 
❖ Acalmar; 
❖ Proteger a criança de se machucar durante a crise; 
❖ Procurar a emergência mais próxima; 
❖ Proteger as vias aéreas; 
❖ Alertar quanto a benignidade do quadro (se febril). 
• IVAS 
✓ Nas Américas: 40-60% das consultas pediátricas e o principal motivo de uso de antibióticos; 
✓ Menores de 5 anos: cerca de 4-14 episódios de IVAS; 
✓ Viral: estima-se que cerca de metade delas seja tratada com antibiótico com ou sem prescrição médica; 
✓ Anticorpos maternos: passados em sua maioria nos últimos 2 meses gestacionais ➔ maior suscetibilidade de 
prematuros. Decaem a partir do 6º mês de vida; 
✓ Sazonalidade e creches. 
✓ Transmissão: 
➢ Contato de mãos diretamente com indivíduo infectado ou fômites; 
➢ Aerossóis; 
➢ Gotículas. 
✓ Agentes: 
➢ Vírus: rinovírus, coronavírus, parainfluenza, influenza, VSR, enterovírus, adenovírus e outros. 
✓ Manifestações clínicas: 
➢ Resfriado comum: 
❖ Sintomas iniciam geralmente 2 a 5 dias após a inoculação dos vírus; 
❖ Geralmente com duração de 5 a 7 dias; 
❖ Sintomáticos, hidratação, lavagem nasal. 
 
➢ Laringotraqueíte: 
❖ Quadro catarral, febre baixa e tosse pouco intensa por cerca de 3 dias, a partir daí iniciam os 
sintomas de obstrução de VAS. Tosse de “cachorro”, rouquidão e estridor inspiratório. Piora a 
noite. A febre pode aumentar. 
❖ Dura cerca de 1 semana; 
❖ Tratamento: 
o Manter a criança e famílias calmos (agitação piora a dispneia); 
o Inalação com adrenalina – observação na unidade de saúde por 2 horas; 
o Corticoide sistêmico – dexametasona preferencialmente – oral ou IM (dose única); 
o Necessidade de IOT é rara, mas se houver é um procedimento difícil; 
o Internação. 
➢ Epiglotite 
❖ Quadro grave, HiB – raro hoje em dia devido a vacina. 
➢ Faringite 
❖ Inflamação das estruturas faríngeas; 
❖ Eritema, edema, exsudato, pode haver úlceras ou vesículas; 
❖ Viral na maioria das vezes – parainfluenza, influenza, coronavírus; 
❖ Adenovírus: adenomegalia exsudativa; 
❖ Duração até 7 dias; 
❖ Autolimitado; 
❖ Diagnóstico diferencial com faringite estreptocócica: febre mais alta, crianças acima de 5 anos, 
mais prostração, petéquias em palato. Sem sintomas catarrais ou diarreia. 
➢ Rinorréia mucopurulenta: 
❖ Secreção nasal purulenta; 
❖ Persistente ➔ antibiótico apenas se mais de 10 dias; 
❖ Agende bacteriano: S. pneumoniae. Pode ser H. influenza ou Moraxella catarrhalis; 
❖ Tto com antibiótico: amoxicilina. 
➢ Otite média aguda: 
❖ Doença bacteriana mais comum na faixa pediátrica; 
❖ Complicações: mastoidite e abcesso; 
❖ Complicação de IVAS ➔ edema e secreção do conduto auditivo: infecção por bactérias; 
❖ OM crônica: a partir de OMA recidivante ➔ complicações com perda auditiva, colesteatoma 
perfuração timpânica; 
❖ Agentes: S. pneumoniae, H. influenzae não tipável, M. catarrhalis e S. pyogenes; 
❖ Tratamento: resolução espontânea em até 1 semana, amoxicilina – dose dobrada (90 mg/kg/dia). 
➢ Laringotraqueobronquiolite: 
❖ Causada por vírus (parainfluenza, adenovírus, influenza, rinovírus) ou Mycoplasma; 
❖ Pródromos: 1-2 dias seguido de tosse com estridor intermitente. Febre geralmente não é alta; 
❖ Duração: até 7 dias; 
❖ Sintomáticos: hidratação, lavagem nasal, inalação com soro fisiológico. 
• Doenças exantemáticas – sarampo, rubéola, exantema súbito, varicela, eritema infeccioso. 
CASOS CLÍNICOS – 05/04/21 ➔ 1 
• Identificação: MAM, DN: 10/10/2019. 
• Mãe: Ângela, 34 anos, dentista. Pai: Flavio, 35 anos, médico. 
• QP: “febre que está piorando e chorando muito” 
• HDA: Mariana apresenta há cerca 6 dias tosse, congestão nasal e febre baixa, há 2 dias estava melhorando, porém hoje os 
pais perceberam que a filha está muito chorosa, e o padrão de febre que vinha melhorando voltou a piorar, agora está de 
4/4h em torno de 39ºC. 
• HGP: GII PII A0 Nascida de parto cesáreo, sem intercorrências. Alta com 48h de vida. 
• DNPM: Fala algumas palavras (papai, mamãe, vovó, água...) Anda bem, corre. Brinca com seus brinquedos e interage bem 
com os primos mais velhos. 
• Alimentação e sono: Aleitamento materno exclusive até 6 meses. Hoje aceita bem as dietas, segue as refeições familiares. 
• HPP: Nega internações. Já apresentou exantema súbito. 
• HF: Mãe saudável. Pai: saudável. Avó materna: hipertensa e DM. 
 
• ISDA: 
✓ Evacuações pastosas 1 vez ao dia. 
✓ Diurese: sem alterações. 
• Ex físico: P= 12Kg E= 80 cm 
• Paciente em BEG, porém chorosa, acalma com a mãe. Anictérica, acianótica, hidratada, corado. Eupneica em ar ambiente. 
FR: 28irpm FC: 128 bpm T: 39,2ºC 
• AR: Murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios. 
• ACV: Ritmo cardíaco regular, 2 tempos, bulhas normofonéticas, não ausculto sopros. 
• Abdome: peristáltico, depressível, flácido e indolor, não palpo massas ou visceromegalias. 
• Genitália feminina normal para a idade. 
• Orofaringe: sem alterações. 
• Otoscopia: hiperemia de conduto. MT algo opacificada. 
 
Qual o provável diagnóstico? 
Otite média aguda. 
Qual seria sua conduta? 
Aguardar 48h se possível e marcar retorno após esse período. Orientar sinais de alerta (febre persistente depois das primeiras 24h, 
prostração, ficar sem fome e hiperemia e edema retroauricular - mastoidite). Se necessário, prescrever antibioticoterapia ➔ 
amoxicilina. 
CASOS CLÍNICOS – 05/04/21 ➔ 2 
• Você é plantonista da emergência pediátrica e atende Juliana, paciente de 1 ano e 8 meses, as 3h da madrugada. Ela chega 
tossindo bastante e com estridor. A mãe está muito nervosa e Juliana chorando muito. 
• A mãe conta que a filha está há 4 dias resfriada, apresentando febre baixa, porém já estava dormindo quando a menina 
acordou tossindo muito e puxando o ar com dificuldade. Correram para a emergência. 
• Ao exame: paciente chorando muito, com tosse rouca importante e estridor inspiratório moderado-retração de fúrcula 
esternal. Corada, hidratada, acianótica, anictérica. P:13kg FC: 140 bpm SatO2: 98% FR: 38 irpm ACV: RCR 2T BNF não 
ausculto sopros. AR: murmúrio universalmente audível, com estridor moderado. Abd: peristáltico, depressível, indolor, não 
palpo massas ou visceromegalias. MMII sem alterações. 
Qual o provável diagnóstico de Juliana? 
Laringotraqueíte. Quadro gripal que de repente leva a uma tosse. 
Qual o tratamento imediato? 
Manter a família e a criança calmos. Inalação com adrenalina e dexametasona IM 
Quais serão suas orientações para a mãe de Juliana? 
Manter a criança por pelo menos 2 horas no atendimento, mas depende da situação em que ela está. Se for necessário administrar 
mais adrenalina, internar a criança. Orientar a mãe que se houver estridor, é necessário levar para a emergência. Vaporizar o 
ambiente para que não fique seco, hidratar. Antitérmico para febre. 
CASOS CLÍNICOS – 05/04/21 ➔ 3 
• Você está de plantão na emergência quandodá entrada um paciente às pressas no colo da mãe. Vicente tem 1 ano e 10 
meses e estava em casa tranquilo quando começou a passar mal. 
• O pai, Reginaldo, relata que estava brincando com o filho quando ele começou a ficar esquisito, olhando para longe e de 
repente ficou com o corpo rígido e começou a apresentar movimentos repetidos. Que nunca viu o filho apresentar isso, é 
um menino saudável. 
• Reginaldo conta que levou cerca de 10 minutos para chegar ao hospital. 
• Você encontra a criança com tônus aumentado e apresentando movimentos clônicos de membros. E não atende aos 
chamados. Tax: 38,3ºC 
Qual seria sua primeira conduta diante deste paciente? 
Manter o paciente em segurança e aguardar a crise passar. Se o tempo extrapolar 10 segundos, entrar com medicação. 
Quais medicações deveriam ser feitas no momento da chegada? 
Diazepam, retal ou IV. 
Qual o diagnóstico de Vicente? 
Convulsão febril. 
• Agora que Vicente está estável, dormindo tranquilamente no colo do pai, você pode conversar com mais calma. 
• Reginaldo relata que desde ontem Vicente está choroso e apresentando febre, tosse esporádica e coriza hialina. Hoje comeu 
mal, aponta a boca e diz que dói. 
• Apresentou 1 vômito e 3 episódios de diarreia semilíquida. 
• Ao exame: paciente em BEG, anictérico, acianótico, hidratado e corado. Eupneico em ar ambiente. Pulsos periféricos 
palpáveis e simétricos. FC: 112bpm FR: 24 irpm P: 14kg • ACV: RCR 2T BNF não ausculto sopros 
• AR: MVUA sem RA 
• Abd: peristáltico, depressível, indolor a palpação, não palpo massas ou visceromegalias. 
• MMII: sem edema, pulsos pediosos palpáveis e simétricos. 
• Otoscopia sem alterações 
• Orofaringe: hiperemiada, com discretos pontos de exsudato. 
• Não há linfonodomegalias palpáveis. 
 
 
Você coletaria algum exame? 
Hemograma e PCR. 
Qual tratamento você estabeleceria? 
Não faz antibioticoterapia. Hidratação, analgésico e anti-inflamatório podem ser administrados. 
 
 
 
CASOS CLÍNICOS – 05/04/21 ➔ 4 
• Lucas, 2 anos, vem para consulta de puericultura na USF, trazido pela irmã mais velha, de 18 anos. Os pais, de 35 (pai) e 
34 anos (mãe), trabalham fora o dia todo e não puderam acompanhar o filho. 
• O menor é acompanhado na unidade desde o nascimento, e não teve intercorrências ou doenças relevantes até o momento. 
A gestação e o parto foram normais, o menor permaneceu em aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, quando a 
mãe precisou voltar a trabalhar. Desde então, recebe fórmula infantil e alimentação complementar. 
• O casal tem ensino médio completo, G3P3A0 – Camila, 18 anos, Sabrina, 14 anos, e Lucas, 2 anos. Camila parou de estudar 
desde o ano passado pois havia passado na universidade pública mas, com a pandemia, as aulas não iniciaram. Desde 
então, cuida do irmão pequeno enquanto os pais trabalham. Como o menino estava bem, não vieram para as consultas do 
ano que passou com medo da COVID. 
• Não apresenta queixas relacionadas à saúde, mas informa que o irmão tem um apetite muito seletivo e é muito difícil fazer 
que ele coma, pois ainda não aceita muito bem alimentos sólidos. Por isso, ainda faz sopas e papas. Também tem 
dificuldade para fazê-lo pegar no sono – ele não dorme mais à tarde desde um ano de idade. 
• Apesar disso, é muito fácil cuidar dele, pois ele “é muito bonzinho”. Quase não chora, nem mesmo quando se machuca, e 
passa o dia brincando com os seus carrinhos e assistindo vídeos do YouTube kids – já sabe contar em inglês até 20. Além 
disso, fala apenas mamã, papá e tata. Ela tem colocado vídeos educativos para tentar estimular a linguagem do irmão 
enquanto arruma a casa e faz comida. 
• O comprimento e o PC estão no Z +1, o peso está no Z-1. O IMC é normal. 
• O exame físico é difícil pois a criança chora muito, sendo necessário conter para avaliação de abdome, genitália e 
oro/otoscopia. Demonstra afeto e apego em relação à irmã. Busca a atenção da mesma e tenta se comunicar. Não há 
anormalidades dignas de nota. 
O Pré-Escolar (2 – 5 anos) – 28/04 e 03/05/2021 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
• Perímetro cefálica: 5 – 6 cm entre 3 e 18 anos; 
• Estatura: 7 - 8 cm no ano; 
• Peso aprox.: 2kg no ano; 
• Crescimento proporcional dos órgãos sexuais; 
• Joelhos valgos e pés planos, alongamento do tronco e dos MMII; 
• Sono 11 – 13h/dia, pico da energia físico; 
• Acuidade visual 20/20 aos 4 anos; 
• Dentição completa aos 3 anos (20). 
DESENVOLVIMENTO CEREBRAL 
• Aumento da área cortical; redução da espessura; alteração do volume: 
✓ Diferentes em cada região (área frontal – planejamento de ações); 
✓ Estabelecimento de sinapses, moldado pela experiência. 
• Aumento da exigência metabólica, utilização de mais áreas cerebrais para uma mesma tarefa (duplicidade); 
• Crescimento e expansão ➔ pode. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
• Aos 3 anos: corrida e marcha maduras (andar na ponta dos pés); 
• Arremessar, segurar e chutar bolas; 
• Dançar, pular, subir escadas, pular em um pé só; 
• Andar de triciclo ou bicicleta, escalar brinquedos; 
• Vestir roupas, abotoar camisas, escovar os dentes; 
• Cortar papel, linhas retas e curvas; 
• Copiar círculos, quadrados, triângulos; 
• Pintar figuras simples; o desenho; 
• Comer sozinha usando colheres e garfos; 
• Características individuais são moldadas pelo ambiente e vice-versa 
✓ Crianças muito ativas e coordenadas – incentivar atividade física; 
✓ Crianças mais “cerebrais” – ativar mais calmas; 
✓ Dominância da mão; 
✓ Brincar com giz de cera ➔ segurar lápis. 
• Controle esfincteriano: entre 2 e 3 anos 
✓ Enurese até 4 (meninas) ou 5 anos (meninos); 
✓ Encoprese – “luta pelo poder” – avaliar o retorno para as fraldas. 
• Hiperatividade – queixa frequente. 
LINGUAGEM 
• Avanço importante entre 2 e 5 anos: 50 – 100 para > 2000 palavras; 
• Regra simples: idade = palavras (frases); 
• 4 anos: contam até 4, usam o passado; 
• 5 anos: futuro; 
• Linguagem literal; 
• Fala é diferente de linguagem (expressiva – receptiva); 
• Depende criticamente dos estímulos ambientais ➔ frequência, variedade e quantidade do discurso dirigido à criança pelo 
adulto; 
• Relação importante com desenvolvimento cognitivo e emocional; 
• Regulação do comportamento (internalização do discurso privado); 
✓ Expressão dos sentimento ➔ raiva frustação (agressividade); 
✓ Base para o sucesso escolar ➔ ler para a criança, livros com figuras. 
• Gagueira ➔ 5% dos pré-escolares (resolve em 80% até os 8 anos); 
✓ Exacerbada por estresse ou excitação. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO – PRÉ-OPERACIONAL 
• Avanços: 
✓ Uso de símbolos (memória; fantasia); 
✓ Compreensão de identidades; 
✓ Entendimento de causa e efeito; 
✓ Capacidade de classificar; 
✓ Compreensão de números; 
✓ Empatia; 
✓ Teoria da mente (como os outros pensam); 
✓ Imitação ➔ central para o aprendizado; 
✓ Identificação do gênero. 
• Limitações: 
✓ Pensamento mágico – medos: 
➢ Coincidência x causalidade (chuva – guarda-chuvas); 
➢ Animismo (o sol está cansado, a lua vai acordar...); 
➢ Poder dos desejos (o irmão fica doente por causa da raiva da criança). 
 
✓ Egocentrismo: 
➢ A criança imagina que todos veem o mundo como ela; 
➢ Leva o brinquedo para confortar o adulto; 
➢ No terceiro ano, tem a percepção dela mesmo como indivíduo. 
✓ Pensamento dominado pela percepção (diferente da lógica): 
➢ Experiencia da esponja – pedra; 
➢ Transformação do líquido. 
 
 
BRINCADEIRAS 
• Aprendizado; 
• Socialização; 
• Atividade física; 
• Prática de papéis adultos; 
• Complexidade progressiva ➔ em paralelo; cooperativa ou coordenada: 
✓ Regras mais complexas; 
✓ Cenários cada vez mais elaborados; 
• Resolução de conflitos, ansiedades, soluções criativas; 
• Tempo de tela e tipo de exposição; 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL – FASE FÁLICA 
• Desafios: 
✓ Aceitação de limites (internos X externos): 
➢ Internalização da imagem de um adulto importante (disciplina); 
➢Aprendizado por tentativa; 
➢ Limites incoerentes, rígidos, frouxos;. 
✓ Controle (da agressividade): 
➢ Acessos de raiva ➔ incapacidade de controle (ponto central); 
➢ Pico entre 2 e 4 anos de idade (“terrible two”); 
➢ Medo, cansaço excessivo, desconforto físico, expectativas incompatíveis. 
✓ Manutenção do senso de autocuidados: 
➢ Incentivar a independência ➔ alimentação, vestuário, higiene. 
✓ Controle dos impulsos sexuais: 
➢ Fase edípica ➔ medo do abandono; 
➢ Curiosidade sobre a genitália, masturbação (excessos); 
➢ Pudor aparece a partir dos 4 a 6 anos. 
✓ Interação com um círculo crescente de adultos e colegas. 
PENSAMENTO MORAL 
• Limitado pelo nível cognitivo e pela linguagem; 
• Desenvolvimento pela identificação com os pais; 
✓ Aprovação (certo X errado) ➔ sabem que derrubar um copo é uma ação ruim, não entendem que foi “sem a 
intenção”; 
✓ Forças externas (diferente regras sociais, justiça, equidade); 
✓ Palavras substituídas pro comportamentos agressivos; 
✓ Responsabilidade pessoal ➔ ações julgadas pelos danos; 
✓ Equidade ➔ igualdade (pré-operacional). 
VACINAS – 4 ANOS 
• Varicela (2ª dose); 
• DTP (reforço); 
• VOP (reforço); 
• Febre amarela (reforço); 
• Gripe (anual). 
 
 
 
PATOLOGIAS COMUNS 
• Parasitoses intestinais; 
• As helmintíases transmitidas pelo solo são causadas por um grupo de parasitas intestinais transmitidos por contato com o 
solo; 
• Mais prevalentes em áreas tropicais e subtropicais e são diretamente ligadas à falta de saneamento e baixas condições 
socioeconômicas; 
• Cerca de 24% da população mundial precisam de tratamento e intervenções preventivas para estes parasitas ➔ 1,5 bilhão 
de pessoas; 
• No Brasil, a tendencia e de declínio nos números; 
• A OMS propõe intervenções de controle baseadas na administração de anti-helmínticos em grupos de pessoas- pré-
escolares, escolares, mulheres em idade reprodutiva - incluindo grávidas em 2º e 3º trimestres e lactantes- e adultos em 
ocupações de alto risco; 
• Realizar levantamento da prevalência e intensidade da infecção naquela comunidade para determinar a carga parasitária e 
o planejamento. 
• Tratamento proposto: 
✓ Albendazol: 400 mg dose única ➔ crianças a partir de 24 meses e 200 mg dose única de 12- 24 meses; 
✓ Mebendazol: 500 mg dose única; 
✓ Ligantes de beta-tubulina: mebendazol e albendazol causam ruptura dos microesqueletos e má-captação de 
glicose; 
✓ Agentes paralisantes: piperazina, inibe reversivelmente a transmissão neuromuscular do verme; 
✓ Nitazoxanida (Annita): inibição da enzima piruvato-ferredoxina-oxidorredutase bloqueando a transferência de 
elétrons. A partir de 12m. 
✓ Em 2016, o Brasil saiu da área endêmica, por isso não se realiza tto empírico em toda a população. 
• Medidas de controle 
✓ Saneamento; 
✓ Saúde da população em geral; 
✓ Higiene individual; 
✓ Suspeita de surto: contato com vigilância epidemiológica e investigação – tratamento de todos os infectados; 
✓ Crianças infectadas: excluídas da creche enquanto infectadas – quando a frequência das fezes for menor que duas 
vezes a frequência normal da criança; 
✓ Evitar consumo de carnes cruas ou defumadas. 
• Diagnóstico: 
✓ Através de amostras fecais – presença de ovos, larvas ou até os adultos; 
✓ Necessita de pelo menos 3 amostras em 10 dias e de cerca de 10 mL de fezes; 
✓ Testes sorológicos; 
✓ Testes de biologia molecular; 
✓ Hemograma; 
✓ Escarro ou lavagem gástrica – ascaridíase ou S. stercoralis. 
Exame Princípio Principais Indicações 
Hoffman, Pons e Janer e Lutz Sedimentação espontânea Ovos e larvas de helmintos, cistos de 
protozoários 
Blagg, Ritchie e Coprotest Sedimentação por centrifugação Ovos e larvas de helmintos e oocistos 
de protozoários 
Willis Flutuação espontânea Ovos leves 
Faust Flutuação e centrifugação Cistos e oocistos de protozoários, ovos 
leves 
Baermann-Morais e Rugai Cultura Larvas 
Kato-Katz Filtração Ovos de helmintos 
Graham (fita adesiva) Adesão Enterobius vermicularis 
 
 
 
 
 
 
• Ascaridíase 
✓ Mais prevalente no mundo; 
✓ Fêmeas de 15 a 30 cm; 
✓ Intestino delgado; 
✓ Ovos liberados nas fezes ➔ ingestão do ovo ➔ eclode no intestino ➔ libera a larva no ceco, que atravessa a 
mucosa e por via linfática ou venosa atinge fígado e chega ao coração, artérias pulmonares e pulmões, se alojando 
nos alvéolos. Cresce e sobe até a faringe ➔ deglutindo e se aloja no lúmen do intestino delgado; 
✓ Clínica: 
➢ Larvas: necrose focal e fibrose hepáticas, pneumonite larvária (febre, tosse, dispneia, sd. de Loffler); 
➢ Vermes adultos: espoliadoras ou suboclusão intestinal; 
➢ Migração dos áscaris: graves ➔ apendicite, pancreatite hemorrágica, abcesso hepático, asfixia. 
 
 
• Enterobíase ou oxiuríase: 
✓ Fêmea fecundada migra para a região anal onde coloca os ovos ➔ prurido intenso, que favorece a transferência 
do anus para a boca. Os ovos ingeridos liberam larvas no intestino que se fixam no ceco, onde crescem. Os 
machos após a cópula são eliminados e morrem; 
✓ Causam inflamação superficial na mucosa colônia – náuseas, vômitos, cólicas e tenesmo; 
✓ Em meninas pode migrar para genitália; 
✓ Diagnóstico: visualização de vermes na região anal, fita adesiva e microscopia direta, analisar as amostras obtidas; 
✓ Tratamento: repetido em duas semanas. Tratar membros da casa se for de repetição. 
• Giardíase 
✓ Principalmente escolares e pré-escolares; 
✓ Parasita intestinal mais prevalente no mundo, mesmo em famílias com renda média ou alta; 
✓ Água não potável é uma das maiores fontes de transmissão; 
✓ Duodeno e jejuno; 
✓ Cistos ingeridos ➔ trofozoítos no duodeno ➔ multiplicam-se e se fixam na mucosa ➔ transformação em cistos 
➔ eliminação nas fezes; 
✓ Atapetamento da mucosa: atrofia vilositária, lesão na estrutura do enterócito, invasão da mucosa, 
sobrecrescimento bacteriano no intestino , diminuição da atividade das dissacardíases; 
✓ Má absorção de gorduras, açúcares, vitaminas, ácido fólico, ferro. 
✓ Maioria assintomático; 
✓ Segundo ano de vida ➔ suscetível a formas mais graves; 
✓ Diarreia aguda autolimitada; 
✓ Quadro arrastado por meses de intensidade variável; 
✓ Náuseas, vômitos, distensão abdominal, flatulência, anorexia, má absorção, desnutrição; 
✓ Deficiência de nutrientes; 
✓ Diagnóstico: ELISA nas fezes; 
✓ Tratamento: geralmente autolimitado, metronidazol, albendazol, nitazoxanida, tinidazol e secnidazol. 
 
• Infecção urinária 
✓ Uma das infecções bacterianas mais comuns; 
✓ Diagnóstico precoce: prevenir e minimizar cicatrizes renais; 
✓ Mais comum no sexo feminino: pode chegar a 20:1; 
✓ Agentes: E. coli, Proteus, Klebsiella, Staphylococcus saprophyticus; 
✓ UPECs E. Coli uropatogênicas: as fímbrias que facilitam a ascensão pelo trato urinário 
✓ Clínica: bebês tem sintomas inespecíficos, em crianças maiores pode-se encontrar disúria, polaciúria, urge 
incontinência, enurese. 
✓ Diagnósticos diferenciais: vaginite, corpo estranho, oxiuríase, abuso sexual; 
✓ Laboratório: 
➢ Urina 1; 
➢ Urinocultura: com controle esfincteriano, positiva se maior que 100.000 colônias. Se é uma criança 
menor, que ainda não tem controle esfincteriano, pode solicitar um cateter vesical. 
✓ Tratamento 
➢ Oral: amoxicilina com clavulanato, sulfametoxazol com trimetoprim, cefalexina, Cefuroxima; 
➢ Parenteral: ceftriaxone, ceftazidima, gentamicina e amicacina. 
✓ Profilaxia: 
➢ Controverso, se trato urinário normal; 
➢ Cefalexina, bactrim, nitrofurantoína. 
✓ Imagem: 
➢ Toda criança com diagnóstico de certeza; 
➢ US; 
➢ Cintilografia com DMSA – padrão ouro na detecção da cicatriz renal. Todo lactente com ITU febril ou 
crianças com pielonefrite e paciente com RVU. 
➢ Uretrocistografia: quando há US ou DMSA alterados. 
✓ Desfralde: 
➢ 36 – 39 meses; 
➢ No Brasil: 22 meses; 
➢ Todos os cuidadores empenhados; 
➢ Escola preparada; 
➢ Não iniciar em momento de estresse. 
 
• Caxumba 
✓ Doença imunoprevinível;✓ Paramyxoviridae; 
✓ Período de incubação: 12 – 25 dias; 
✓ Aumento das parótidas + febre + dor a mastigação e a ingestão de alimentos ácidos; 
✓ 1/3 dos casos o acometimento da glândula não é aparente; 
✓ 10% pode ter meningite viral; 
✓ Complicações: orquite, tireoidite, glomerulonefrite, miocardite, ataxia cerebelar ➔ podem aparecer mesmo sem 
acometimento da parótida; 
✓ Outros vírus causadores de parotidite: parainfluenza 1 e 3, EBV, echovirus, HIV; 
✓ Causas não infecciosas: tumores, obstrução de ducto, drogas. 
• Estreptococos do grupo A 
✓ Erisipela 
➢ Camadas mais comuns da pele e tecido conjuntivo; 
➢ Edema, hiperemia e dor; 
➢ Bordas levemente elevadas e muito bem definidas; 
➢ Febre alta e outros sinais sistêmicos são manifestados. 
 
✓ Dermatite perianal: eritema perianal bem delimitado róseo a vermelho, brilhante, prurido anal, defecação dolorosa 
e fezes com raias de sangue. Doloroso, febre ou sinais sistêmicos são raros; 
✓ Vaginite: comum em pré-adolescentes, há corrimento seroso com eritema e irritação na área vulvar, há 
desconforto para deambular e urinar; 
✓ Choque tóxico; 
✓ Fasciíte necrotizante: extensa necrose local da pele e tecidos moles subcutâneos; 
✓ Impetigo 
➢ Não bolhoso: lesão papulovesicular discreta rodeado por halo eritematoso, rapidamente se tornam 
purulentas e são cobertas por crostas. 
✓ Diagnóstico 
➢ Cultura de swab em placa de ágar sangue de cordeiro – sensibilidade de 90%; 
➢ Testes de detecção rápida: “Streptest”- swab de garganta ➔identificação direta do EGA. Permitem 
tratamento precoce e reduzem o risco de disseminação. Falsos-positivos são raros, mas teste negativo 
não exclui a doença; 
➢ Títulos de anticorpos antiestreptocócicos. 
✓ Tratamento 
➢ Evitar febre reumática, encurtar o curso clínico, reduzir a transmissão e prevenir complicações 
supurativas; 
❖ Febre reumática: ela e a cardiopatia reumática crônica são complicações não supurativas da 
faringoamigdalite causada pelo estreptococo betahemolítico do grupo A e decorrem de resposta 
imune tardia a esta infecção, em populações geneticamente predispostas. 
 
➢ EGA é extremamente sensível à penicilina, não são encontradas cepas resistentes; 
➢ Amoxicilina 50m/kg/dia, penicilina VO, eritromicina para alérgicos, benzetacil; 
➢ Impetigo: mupirocina tópica se poucas lesões; 
➢ Cefuroxima oral: doença perianal. 
 
 
 
O Escolar (6 – 10 anos) – 10/05/2021 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
• Perímetro cefálico: 2 cm no período todo; 
• Estatura: 6-7 ano; 
• Peso: 3-3,5 ano; 
• Crescimento descontínuo; 
• Hábito corporal mais ereto; 
• Crescimento da face média e da parte inferior do rosto; 
• Perda dos dentes decíduos 4/ano ➔ com 9 anos, 8 incisivos e 4 molares; 
• Sono: 10-11h/noite; 
• Aptidão física diminui – risco elevado de obesidade, DCNT ➔ baixo desempenho escolar e baixa autoestima. 
• Ganho de força muscular, coordenação e resistência progressivos; 
✓ Maturação cerebral e corporal; 
✓ Treinamento. 
• Bullying; 
• Participação em atividades físicas: evitar impacto excessivo, pressão excessiva associada a competições. 
• Insatisfação com a imagem corporal – compulsão alimentar; 
• Início da síntese de gonadotrofinas: interesse na diferença de gêneros e no comportamento sexual. 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
• Fase operacional lógica (Piaget) 
✓ Regras baseadas em fenômenos observáveis; 
✓ Fatores em múltiplas dimensões e pontos de vista (irmãos); 
✓ Interpretam suas percepções usando as leis físicas. 
• Ensino fundamental – aumento da demanda cognitiva 
✓ Primeiros anos: leitura, escrita, matemática básica; 
✓ 3º ano: ler e compreender um parágrafo, redigir textos; 
• Sucesso x fracasso; 
• Atividade intelectual crescente: jogos, brincadeiras, competições, artes, leitura. 
DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL 
• Criatividade e produtividade; 
• Mudanças em 3 esferas: independência crescente ➔ casa, escola, comunidade; 
• Escola 
✓ Grupos sociais do mesmo sexo; 
✓ Exercício social, de liderança, de pertencimento; 
✓ Popularidade: ponto central; 
✓ A formação e importância da autoimagem; 
✓ Os “outliers”. 
• Comunidade: perigos reais, exercício social 
✓ Resolução de conflitos e habilidades pugilistas; 
✓ Exposição na mídia: sensação de impotência, medo real. 
• Casa: 
✓ Exigir responsabilidades e empenho; 
✓ Reconhecer sucessos; 
✓ Apoiar os fracassos; 
✓ Tarefas simples com recompensa; 
✓ Papel dos irmãos. 
VACINAS 
• 9 anos 
✓ HPV: papiloma vírus humano (HPV4 ou HPV2) 
➢ Tipos 16 e 18 (70% dos casos de Ca colo); tipos 6 e 11 (90% das verrugas); 
➢ Meninas devem receber a primeira dose de 9 a 14 anos. 
✓ Proteína L1 do HPV – pode ser tomada por imunossuprimidos 
➢ Contém alumínio; 
➢ Produzida em Saccharomyces cerevisiae 
✓ Efeitos adversos ➔ dor e eritema local, podendo em casos mais graves febre, cefaleia. 
ALIMENTAÇÃO 
• Fase de risco acentuado para mudança dos hábitos alimentares em decorrência da influência do meio – obesidade. 
✓ Entre 1974 e 2008: redução no consumo de arroz, feijões, raízes e tubérculos, peixes e ovos (84%), e aumento 
no consumo de embutidos, refeições prontas e biscoitos; 
✓ Deficiência de cálcio: refrigerantes, sucos artificiais, bebidas de soja nas refeições; 
✓ Deficiência de vitamina D: exposição solar; 
✓ Televisão (propagandas), computador, videogame ➔ sedentarismo; 
✓ Consumo excessivo de sal – biscoitos, salgadinhos, enlatados e embutidos; 
✓ Recomendação: 5 refeições diárias ➔ café da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia. 
➢ Pães e cereais: 5 porções; 
➢ Verdura e legumes: 3 porções; 
➢ Frutas: 3 porções; 
➢ Carnes e ovos: 2 porções; 
➢ Leite e derivados: 3 porções; 
➢ Açúcar e doces: 1 porção; 
➢ Óleos e gorduras: 1 porção. 
 
O Adolescente (10 a 21 anos) – 24/05/2021 
PUBERDADE 
• Transição biológica da infância para a idade adulta – geralmente ocorre na adolescência: 
✓ Aparecimento das características sexuais secundárias; 
✓ Aumento em estatura (estirão puberal); 
✓ Mudança na composição corporal; 
✓ Desenvolvimento da capacidade reprodutiva. 
• Adrenarca (SDHEA) pode começar aos 6 anos 
✓ Pelos pubianos finos; 
✓ Mau odor axilar (bromidrose axilar). 
• GnRH ➔ FSH + LH ➔ estrógenos 
✓ Leptina. 
 
 
• Estadiamento de Tanner: estadiamento da maturidade sexual (características sexuais secundárias) 
➢ 1 = pré-adolescente; 
➢ 5 = maturidade sexual completa; 
➢ Afetada pela Genética, ambiente psicossocial, nutrição, estado geral de saúde e exposições ambientais. 
 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
• Aceleração começa na adolescência inicial: distal para proximal: 
✓ Mãos e pés ➔ braços e pernas ➔ tórax e tronco. 
• Mudança na composição corporal: 
✓ Aumento de massa nos meninos; 
✓ Maior proporção de gordura nas meninas. 
• Escoliose – intensificação com o crescimento acelerado; 
• Deposição de cálcio: ½ até 2/3 do total do corpo 
✓ Crescimento precede mineralização e crescimento muscular ➔ risco de fraturas, entorses e luxações. 
OUTRAS MUDANÇAS NO PERÍODO 
• Alterações cardiovasculares 
✓ Aumento do tamanho do coração; 
✓ Elevação da PA; 
✓ Aumento do volume sanguíneo e do hematócrito (sexo masculino); 
✓ Aumento da capacidade vital ➔ maior capacidade aeróbica. 
• Aumento da laringe, faringe e pulmões ➔ mudança na voz; 
• Alongamento do globo óptico ➔ miopia; 
• Crescimento da mandíbula, troca e erupção dos últimos dentes ➔ alteração da mordida ➔ aparelhos ortodônticos; 
• Alteração do padrão de sono 
✓ Dormir tarde; 
✓ Dificuldade para acordar cedo. 
VIGILÂNCIA DO CRESCIMENTO 
• Crescimento é o aumento linear contínuo, não constante; 
• O que determina o crescimento: 
✓ Fatores intrínsecos/orgânicos (genéticos e neuroendócrinos; 
✓ Fatores extrínsecos/ambientais (nutricionais, condições geofísicas, atividades físicas, vínculo mãe-filho). 
• Por que avaliar o crescimento: 
✓ O crescimento anormal pode ser o primeiro sinal de um problema subjacente (biofisiológico, psicossocial)– 
corrigir para normalizar; 
✓ Identificar as variações na normalidade – tranquilizar, evitar iatrogenia; 
✓ Identificar problemas que não podem ser curados; 
✓ O crescimento é um processo com data para acabar e as medidas terapêuticas, quando necessárias, têm “data” 
para serem adotadas. 
• Como avaliar o crescimento 
✓ Gráficos específicos (checar população de origem); 
✓ Velocidade de crescimento; 
✓ Considerar alvo genético com cautela: 
➢ Meninos: (estatura do pai) + (estatura da mãe + 13)/2; 
➢ Meninas: (estatura do pai – 13) + (estatura da mãe)/2 
✓ Considerar prematuridade, canal específico de crescimento: 
➢ RN MBP recupera até 2,4 anos a estatura; 
➢ Crescimento intraútero reflete condições nutricionais, maternas e placentárias; 
➢ Canaliza para cima em semanas, para baixo após 6 meses. 
✓ Perda de peso/altura ou IMC ➔ desnutrição; 
✓ Déficit linear do crescimento: congênita, constitucional, familiar, endócrina. 
 
• Outros indicadores 
✓ Proporção corporal: sequência previsível com o desenvolvimento 
➢ Cabeça e tronco predominam ao nascimento; membros se alongam posteriormente; 
➢ Segmento inferior: sínfise púbica ao chão (SS = E – SI); 
✓ Relação: 1.7 ao nascimento ➔ 1,3 aos 3 anos ➔ 1 a partir dos 7 anos; 
✓ Maturação esquelética: boa correlação com estadio puberal 
➢ Maturadores lentos e tardios; baixa estatura familiar, puberal, endócrina, nutricional, genética etc; 
➢ Mais rápida e menos variável em meninas; 
➢ Desenvolvimento dental – fraca correlação; causas específicas. 
 
ALIMENTAÇÃO 
• Guia alimentar da população brasileira: 
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. 
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar 
preparações culinárias. 
3. Limitar o consumo de alimentos processados. 
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. 
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia. 
6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. 
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. 
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. 
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora. 
10. 10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas 
comerciais. 
OBESIDADE 
• IMC ➔ o diagnóstico de risco de obesidade é simples. A partir de dados antropométricos (peso [P], estatura [E], 
circunferências e dobras). O IMC/I é tão acurado quanto às dobras cutâneas, sendo mais difícil de ser avaliado, além de ser 
reconhecido como preditor de risco metabólico, entre crianças e adolescentes, cujo aumento na infância está associado à 
hiperlipidemia, resistência à insulina e hipertensão arterial, bem como doença cardiovascular na vida adulta. 
• CC ➔ indicativo de adiposidade abdominal ou central, também é um importante preditor de risco para doença 
cardiovascular, dislipidemia e hipertensão arterial, mas não há consenso sobre pontos anatômicos e de corte para 
classificação dessa medida em criança, o que limita seu uso na pediatria. 
• Comorbidades associadas: dislipidemias, HAS, processo inflamatório, aumento do risco cardiometabólico, DM, risco de 
lesões em membros; 
• A sua etiologia é multifatorial, com interação entre fatores genéticos, metabólicos, nutricionais, psicossociais, ambientais e 
as mudanças no estilo de vida parecem estar envolvidas na sua gênese; 
• Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior epidemia de saúde pública mundial, com elevação 
de sua prevalência tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento estando associada às doenças 
crônicas não transmissíveis que vêm afetando mais precocemente crianças e adolescentes. 
 
DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
• A fase genital (puberdade e vida adulta): 
✓ Na fase genital a energia sexual é voltada para os órgãos genitais e, portanto, em direção às relações amorosas. 
• Primeira vez que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar. Os conflitos internos típicos das 
fases anteriores atingem aqui uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe 
permite enfrentar os desafios da idade adulta. 
✓ Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam 
a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. 
✓ Os conflitos que existiram na fase fálica (Édipo, por ex) ainda pode ser visto quando não é bem elaborado. 
Felizmente, é justamente nesse ponto em que o equilíbrio passa a ser uma peça de conquista quanto ao 
crescimento. 
✓ O ego da criança aqui está mais bem estruturado, dando estabilidade a essas pendências e dando pilar ao seu 
preparo como adulto 
ADOLESCÊNCIA INICIAL (1-2 ANOS) 
• Desenvolvimento cognitivo e moral: 
✓ Adolescência: transição do pensamento operacional concreto para o pensamento logico formal. 
✓ Raciocínio (habilidades cognitivas) e o julgamento (pensar em decisões e consequências)- ritmos diferentes. 
✓ O raciocínio moral corre em paralelo ao desenvolvimento cognitivo. 
✓ Começam a perceber certo x errado, começam a perceber situações hipotéticas e pensar em diferentes resultados. 
Mas decisões emocionais continuam suscetíveis a emoções. 
✓ Desenvolvimento do córtex pré-frontal dorsolateral e do giro temporal- responsáveis por associações de ordem 
mais alta incluindo a habilidade de inibir impulsos, pesar consequências, priorizar e traçar estratégias. 
✓ Adolescentes tem maior intensidade nas emoções e com isso maior tendência a buscar situações e experiências 
que levem a essa maior intensidade. 
• Autoconceito: centrada em características externas. 
✓ Há muita influência do meio externo- televisão, internet. 
✓ Exposição exagerada pode levar a senso distorcido de feminilidade- se veem gordas, feias- distúrbios alimentares 
e depressão. 
✓ Em meninos as imagens de masculinidade podem ser confusas, gerando insegurança e conceitos incorretos sobre 
o comportamento masculino. 
✓ Aqueles que se desenvolvem antes podem ter dificuldade escolar, insatisfação com o corpo e depressão. 
• Relacionamentos interpessoais: 
✓ Menos interesse em atividades com a família; 
✓ Mais interessados nos amigos; 
✓ No início da adolescência ignoram conselhos dos pais. 
✓ Buscam mais privacidade. 
✓ Início da adolescência- se relacionam socialmente com indivíduos do mesmo sexo. 
✓ Amizades femininas- emocionais, Masculinas- atividades. 
✓ O social está fixado na escola, a troca para o ensino médio ou de escola pode gerar estresse. 
• Sexualidade: ansiedade e interesse pelo sexo e anatomia sexual aumentam. Em meninos ocorre a primeira ejaculação 
durante a masturbação e pode ser motivo de ansiedade. 
ADOLESCÊNCIA MÉDIA (3-5 ANOS) 
• Desenvolvimento cognitivo e moral: 
✓ Questionadores e analisam extensivamente; 
✓ Tem habilidade cognitiva para entender a complexidade do mundo, autorreflexão e começam a entender suas 
ações no contexto moral e legal. 
• Autoconceito: aceitam melhor o corpo, mais preocupados com idealismo na exploração futura. Se unem em grupos de 
“iguais”- e normal a identificação com diferentes grupos- mudando várias vezes de estilo. 
✓ Sentimentos intensos, agitação interna e sofrimentos são comuns. 
✓ Aqueles que se desenvolvem mais tardiamente (geralmente meninos) podem ter pior auto imagem e ter mais 
dificuldade escolar. 
• Relações interpessoais: 
✓ Relacionamento com os pais mais tensos e distantes; 
✓ Namoros- gatilhos para problemas entre pais e filhos; 
✓ Cerca de 20-30% revoluções e estresse estereotípicos e precisam de ajuda; 
✓ Adolescentes com diferenças visíveis podem ter mais dificuldade; 
✓ Começam a pensar no que farão no futuro- modelos realistas passam a ser importantes.

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