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A data provável de parto é feita com o cálculo de 40 semanas. A gestação prolongada é a que tem duração maior 
ou igual a 42 semanas. Pode ser fisiológica: função placentária preservada ou patológica: insuficiência placentária, 
que tem risco para o bebê. A incidência é de 4 a 14%. 
• Ciclos menstruais 
• Uso ACO 
• Exame clínico (AU, BCF) 
• USG preferencialmente entre 7a e 12a semana 
• Teste Brosen e Gordon: coloração de líquido amniótico com sulfato azul do nilo → mais de 50% das células 
alaranjadas ou amarelas é indício de gestação prolongada. 
 
 
• Não se sabe definitivamente quais fatores seriam responsáveis. 
• Hipóteses: deficiência de produção de cortisol pelo feto. O cortisol aumenta a síntese de prostaglandina F2 
pela placenta. 
Em 1902, Ballantyne fez uma junção de acontecimentos que definiam a síndrome: insuficiência placentária que 
causa sofrimento fetal (escassez de líquido amniótico + mecônio + características físicas RN). 
 
Oligoidrâmnio - a cada semana decréscimo de 30% ILA, que é consequência de hipoxemia e consequente risco de 
compressão funicular ocorre efeito parassimpático que faz com que haja mecônio. 
Aumenta-se em 2x a chance de macrossomia fetal. Durante o parto, um bebê macrossômico corre o risco de 
tocotraumatismo e distócia de ombro (fratura de clavícula e lesão de plexo braquial). 
Clifford: 
• Grau 1: pele seca, descamativa, dobras cutâneas excessivas, TCSC empobrecido, unhas longas, cabelos 
abundantes, aspecto envelhecido, sinais de desidratação 
• Grau 2: também pele tingida de mecônio 
• Grau 3: pele, unha e cordão com coloração amarelada 
 
Mortalidade perinatal 
• Grau 1: não diferem gestação a termo 
• Grau 2: aumento de 35% principalmente por dificuldade respiratória 
• Grau 3: taxa baixa de sobrevida 
 
O mecônio é aspirado ante ou intraparto, causando hipoxemia, o que aumenta a mortalidade do bebê. Aumenta-
se o índice de cesárea, com consequente aumento de endometrite, hemorragias e doenças tromboembólicas. 
• Primiparidade 
• Raça grega e italiana 
• Feto anencéfalo 
• Deficiência de sulfatase placentária 
• Doenças específicas do miométrio 
• Idade materna avançada (a partir de 40 anos) 
 
• >= 40 semanas: fazer controle da vitalidade fetal no mínimo 3x na semana com cardiotocografia e perfil 
biofísico fetal (US com avaliação de movimento respiratório, tônus fetal). No SUS pode-se fazer mobilograma, 
orienta a mãe a deitar ou sentar, deitar o corpo para lado esquerdo (descompressão da cava) e avaliar durante 
1h quantas vezes o bebé mexeu, acima de 3 a 4 vezes indica boa vitalidade, se mexer menos de 3 vezes a 
gestante deve se encaminhar ao pronto socorro 
 
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• >= 41 semanas: resolução obstétrica. Se vitalidade preservada, induz-se parto. Se sem vitalidade, parto 
cesárea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denomina-se parto induzido aquele que é iniciado mediante estimulação artificial das contrações uterinas antes do 
seu início espontâneo, visando a interrupção da gestação. 
 
• Risco materno/fetais associados a continuidade da gravidez 
• Quando não há contraindicações ao TP e/ou parto vaginal, a indução é geralmente preferida, dado ao 
aumento dos riscos maternos e fetais associados à cesariana. 
• Gestação pós termo 
• Rotura prematura de membranas ovulares 
• óbitos fetais 
• Condições médicas maternas: síndromes hipertensivas, DM, doença renal, doença pulmonar crônica, 
síndrome do anticorpo anti-fosfolídeo 
• RCIU 
• Corioamnionite 
• Malformações fetais incompatíveis com a vida 
• Oligodrâmnio 
• Doença hemolítica perinatal 
• Interrupção legal da gravidez 
• Feto GIG 
 
 
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• Idade gestacional 
• Presença ou ausência de maturidade pulmonar 
• Severidade da condição clínica materna ou fetal 
• Avaliação do colo uterino – Bishop 
 
• Potencial parto cesárea em fase latente 
• Aumento do tempo para o parto 
• Morbidade neonatal 
• Custo 
• Diminuição natimorto 
• Macrossomia 
• Complicações meconiais 
 
 
• Ansiedade materna 
• Desconforto materno relacionado a gestação 
• Parto prévio com anormalidade 
• Parto rápido 
• Distância de moradia materna 
 
• Cicatriz uterina corporal (corte longitudinal) 
• Rotura uterina prévia 
• Herpes genital ativo → cesárea 
• Placenta prévia ou vasa prévia 
• Prolapso de cordão umbilical ou apresentação funicular persistente 
• Apresentação anômala 
• Câncer cervical invasivo 
• Desproporção cefalopélvica 
• Traçado de frequência cardíaca-fetal categoria III 
 
Característica da população 
• Multípara x nulípara 
• Característica do colo 
• Parto vaginal anterior 
• Peso fetal 
• IG 
• Presença ou ausência de insuficiência placentário 
• Peso materno 
Índice de Bishop 
O status do colo é um dos mais importantes fatores preditivos da probabilidade de sucesso da indução do parto. 
O índice de Bishop parece ser a melhor forma de avaliar o colo uterino e predizer a probabilidade e a indução resultar 
em um parto vaginal - <6 ou >8 
 
Pontos somados com valor ≤ a 6 
evidenciam cérvice desfavorável; 
 
Índice > 6: indução (ocitocina) 
 
Pontos somados com valor ≥ a 8 
evidenciam cérvice favorável, em 
que as chances de evoluir para parto 
normal são as mesmas de 
um parto que teve início espontâneo. 
 
 
 
 
 
 
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Manejo da indução 
• Método em colo favorável: ocitocina, amniotomia, descolamento de membranas, estimulação mamilar 
✓ Ocitocina: hormônio polipeptídeo produzido pelo hipotálamo e secretado pela hipófise posterior. É dado 
via venosa em bomba, deve-se monitorizar a atividade uterina e BCF após sua aplicação. SG5% 500mL 
+ ocitocina 5UI em BIC, inicia em 8 gts/min aumenta de 30 em 30 min até trabalho de parto → até 64 
gts/min. 
✓ Amniotomia: colo parcialmente dilatado e apagado. Risco de prolapso de cordão (BCF antes e após). 
Amniotomia + ocitocina → mais efetivo. Complicações: aumento do risco de infecção, rotura de placenta 
prévia oculta ou vasa prévia. 
✓ Descolamento de membranas: >39 semanas, colo parcialmente dilatado, sem piora em grupo strepto +. 
✓ Estimulação mamilar: estimula a contração uterina. 
• Método em colo desfavorável: misoprostol e dinoprostone, balão cervical (dilatação mecânica do colo). 
✓ Misoprostol ou dinoprostone: dissolve o feixe de colágeno e aumenta a água na submucosa cervical. Via 
vaginal ou oral (< taquissistolia e alteração de BCF), não usar em cicatriz uterina anterior. Pode causar 
taquissistolia, febre, arrepios, vômitos e diarreia. Dose (misoprostol): 25 mcg VV 6/6 horas até completar 
4 cp. 
✓ Balão cervical ou Krause: sonda Folley 16 (30 a 60 mL) ou balão duplo, introduz na vagina e insufla, até 
extrusão ou por 12h + ocitocina, não causa taquissistolia e alteração de BCF, o efeito colateral (por ser 
objeto estranho) é aumento do risco de infecção. 
 
Ocitocina: taquissistolia (contrações reintrantes, mais de 6 a cada 10 min, rotura uterina, embolia amniótica, 
hiponatremia (fazer controle de diurese), hipotensão 
Misoprostol: taquissistolia, rotura uterina, embolia amniótica (líquido amniótico cai na circulação e pode formar 
trombo), febre, tontura, náusea e vômito.

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