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MATEMÁTICA, 2º Ano do Ensino Médio Estudo da função seno EIXO GEOMETRIA Conteúdos: Circunferência; Círculo trigonométrico; Funções trigonométricas; Função seno. 1 TRIGONOMETRIA A palavra TRIGONOMETRIA vem do grego e significa TRIGONO (triângulo) e METRIA (medir). É um ramo da matemática que estuda a relação entre os comprimentos dos lados de um triângulo retângulo para os diversos valores de um dos seus ângulos agudos. CIRCUNFERÊNCIA Denomina-se circunferência o conjunto dos pontos P de um plano determinado que distam um mesmo valor r de um ponto fixo O (Centro). MATEMÁTICA, 2º Ano do Ensino Médio Estudo da função seno ELEMENTOS DA CIRCUNFERÊNCIA Na circunferência, temos os seguintes elementos: raio= é o segmento de reta que liga o centro da circunferência a um ponto qualquer da circunferência; diâmetro= é a corda 1 que passa pelo centro da circunferência; centro = é a origem da circunferência, isto é, o ponto fixo escolhido. E podemos calcular o seu comprimento, usando a fórmula: comprimento da circunferência: C= 2πr, onde π é ≈ 3,14159. CÍRCULO TRIGONOMÉTRICO É um artifício criado com a finalidade de nos ajudar na visualização das proporções entre os lados dos triângulos retângulos e os ângulos. Ele é uma circunferência orientada de raio 1, com centro na origem dos dois eixos de um plano cartesiano ortogonal, ou seja, um sistema de coordenadas, definido por duas retas numéricas perpendiculares entre si, ambas com o valor 0 (zero) no ponto onde elas se cruzam. + - A circunferência trigonométrica, ou ciclo trigonométrico, tem centro na origem O(0, 0) de um plano cartesiano e raio de 1 unidade. No ciclo trigonométrico, o ponto A(1, 0) é a origem de todos os arcos, isto é, o ponto a partir do qual percorremos a circunferência até um ponto P para determinar o arco AP (P é a extremidade do arco). 13.16 Circunferência orientada no plano cartesiano 6 13.16 (AP) A cada ponto P da circunferência, associamos a medida , tal que: 0 rad med 2 rad ou 0o med 360º AP (AP) Circunferência orientada no plano cartesiano 7 Adotando o sentido anti-horário para as medidas positivas, determinamos o sentido oposto (horário) para as medidas negativas. Sentido anti-horário: med (AP) = 60º Sentido horário: med (AP) = –300º Sentido horário e sentido anti-horário Podemos percorrer uma circunferência em dois sentidos: no sentido horário e no sentido anti-horário. 13.17 8 O eixo das abscissas (eixo ) e o eixo das ordenadas (eixo ) do plano dividem o ciclo em quatro quadrantes (QI, QII, QIII e QIV), como mostram as figuras a seguir. A’A B’B 13.18 Quadrantes do ciclo trigonométrico 9 Dado um arco AP, temos: Se P QI 0 rad < med (AP) < rad ou 0º < med (AP) < 90º Se P QII < med (AP) < rad ou 90º < med (AP) < 180º Se P QIII rad < med (AP) < rad ou 180º < med (AP) < 270º Se P QIV rad < med (AP) < 2 rad ou 270º < med (AP) < 360º 13.18 p 2 p 2 3p 2 Quadrantes do ciclo trigonométrico 3p 2 10 13.18 Observação Os pontos A, A', B e B' pertencem aos eixos, portanto não são considerados pontos dos quadrantes. Quadrantes do ciclo trigonométrico 11 1 . Circunferência Trigonométrica O x cos A’ A y sen B B’ 1 1 P + - 2 . Seno e Cosseno O x A’ A y B B’ P M N sen cos 2 . Seno e Cosseno Seno: marcado no eixo Y varia de –1 até 1 -1 sen 1 sinal do seno: O x A’ A y B B’ 1 -1 2 . Seno e Cosseno Cosseno: marcado no eixo X varia de –1 até 1 -1 cos 1 sinal do cosseno: O x A’ A y B B’ -1 1 3 . Tangente O x A’ A y B B’ P t t // y M tg 3 . Tangente O x A’ A y B B’ Sinal med (AP) = rad Simetria no ciclo trigonométrico 13.19 18 Pontos Simétricos em relação Característica Medida do arco P e P’ ao eixo das ordenadas têm abscissas opostas e ordenadas iguais Med (AP’) = ( – ) rad ou (180º – ) P e P’’ à origem têm abscissas opostas e ordenadas opostas med (AP’’) = ( + ) rad ou (180º + ) P e P’’’ ao eixo das abscissas têm abscissas iguais e ordenadas opostas med (AP’’’) = (2 – ) rad ou (360º – ) 13.19 Simetria no ciclo trigonométrico 19 13.19 Se as extremidades de dois arcos com mesma origem são pontos que apresentam uma dessas simetrias, dizemos que esses arcos são arcos simétricos. Simetria no ciclo trigonométrico 20 a) Vamos determinar a medida dos arcos simétricos ao arco de 60º em relação aos eixos das ordenadas e das abscissas. Observe o ciclo trigonométrico abaixo: Exemplo 13.20 Simetria no ciclo trigonométrico 21 a) Em um ciclo trigonométrico, quando um valor, em grau, está associado a um ponto, subentende-se que esse valor indica a medida, em grau, de um arco cuja extremidade é representada por este ponto. Percebemos que os arcos simétricos ao arco de 60º medem: em relação ao eixo das ordenadas: 180º – 60º = 120º em relação ao eixo das abscissas: 360º – 60º = 300º 13.20 Simetria no ciclo trigonométrico Exemplo 22 b) Agora, analisando a figura do ciclo trigonométrico, no exemplo anterior, vamos encontrar a medida de todos os arcos simétricos ao simétrico de 60º em relação à origem O. O arco simétrico ao arco de 60º em relação à origem O é o arco de 240º. Portanto, o arco de 240º é simétrico aos arcos: de 120º, em relação ao eixo das abscissas; de 300º, em relação ao eixo das ordenadas; de 60º, em relação à origem: 180º + 60º = 240º 13.21 Simetria no ciclo trigonométrico Exemplo 23 med(CÔP) = med (AÔP) = med (AP) = a Aplicando a definição de seno de um ângulo agudo: sen = 13.23 Seno de um arco 24 De modo geral, para m e n reais pertencentes ao intervalo [–1, 1]: O seno do ângulo a é a ordenada de P no eixo . O eixo , das ordenadas, é também chamado eixo dos senos. Para todo arco AP do ciclo trigonométrico, com P(m, n), med(AP) = rad, ℝ e 0 2, temos sen = n. 13.23 Seno de um arco 25 Para determinar o seno dos arcos dos demais quadrantes, devemos considerar a simetria do ponto P, com P QI, e de seus simétricos em relação ao eixo das abscissas, à origem O e ao eixo das ordenadas. 13.24 Simetria no estudo do seno 26 Nas figuras a seguir, observe o seno de alguns arcos do 1º quadrante e o seno de seus simétricos em relação aos eixos ou à origem O. Exemplo 13.25 ∎ ∎ Simetria no estudo do seno 27 13.25 ∎ ∎ Exemplo Simetria no estudo do seno 28 13.25 ∎ ∎ Simetria no estudo do seno Exemplo 29 13.25 Observação Os valores do seno dos arcos 0, , , , , , e 2 são chamados de valores notáveis. Simetria no estudo do seno Exemplo 30 Para , em radiano, no 1o quadrante: 13.26 Redução ao 1o quadrante 31 Vamos determinar o seno de e o seno de seus simétricos em relação aos eixos e à origem O. Exemplo 13.27 Redução ao 1o quadrante 32 13.27 O arco (QIII) é simétrico ao arco de: (QII) em relação ao eixo : sen = –sen (QIV) em relação ao eixo : sen = sen (QI) em relação à origem O: sen = –sen Exemplo Redução ao 1o quadrante 33 Se imaginarmos um ponto P percorrendo o ciclo trigonométrico, no sentido anti-horário, a partir de A(1, 0), verificaremos que o seno: cresce de 0 a 1 no 1o quadrante ; decresce de 1 a 0 no 2o quadrante ; decresce de 0 a –1 no3o quadrante ; cresce de –1 a 0 no 4o quadrante . 13.28 Variação do seno 34 No ciclo trigonométrico, para todo ℝ, com 0 2, temos: 13.28 Variação do seno Observação –1 sen 1 35
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