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Criança com Distúrbio Respiratório

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Criança com Distúrbio Respiratório 
Variações da anatomia e da fisiologia em 
pediatria: 
Os distúrbios respiratórios geralmente afetam as vias 
respiratórias superiores e inferiores, embora algumas 
acometam predominantemente uma ou outra. A disfunção 
respiratória em crianças tende a ser mais grave do que 
em adultos. Várias diferenças no sistema respiratório da 
criança explicam a maior gravidade dessas doenças na 
infância, em comparação com a vida adulta. 
Nariz: 
 Os recém-nascidos respiram obrigatoriamente pelo 
nariz até pelo menos a 4a semana de vida. 
 Os recém-nascidos respiram pela boca apenas 
quando choram. O muco das vias respiratórias 
superiores funciona como agente de limpeza, mas 
os recém-nascidos produzem pouquíssimo muco e 
isto os torna mais suscetíveisàs infecções. 
 Os lactentes não conseguem abrir automaticamente 
a boca para respirar quando o nariz está 
obstruído. 
 Os lactentes nascem com os seios maxilarese 
etmoidais abertos. 
As narinas devem estar desobstruídas para que a 
respiração ocorra normalmente durante a amamentação. 
Os seios frontais (mais comumente associados a infecção 
sinusal) e esfenoidais desenvolvem-se entre as idades de 
6 e 8 anos, razão pela qual as crianças são menos 
sujeitas a desenvolver infecções sinusais do que os 
adultos. 
Garganta: 
 Em relação com a orofaringe, a língua do lactente 
é maior que a de um adulto. 
 O deslocamento posterior da língua pode causar 
rapidamente obstrução grave das vias 
respiratórias. 
 Na faixa etária de 5 a 7 anos, as crianças tendem 
a ter hipertrofia dos tecidos amigdalares e 
adenoides, mesmo que não haja uma doença. Isso 
pode contribuir para aumento da incidência de 
obstrução das vias respiratórias. 
Traqueia: 
 O diâmetro interno das vias respiratórias da 
criança é menor que o do adulto. 
 A traqueia do lactente mede cerca de 4 mm de 
largura, em comparação com 20 mm do adulto. 
 Quando há edema, muco ou broncospasmo, a 
possibilidade de o ar passar é acentua�damente 
reduzida. Uma redução pequena no diâmetro das 
vias respiratórias da criança pode aumentar 
significativamente a resistência ao fluxo do ar e 
aumentar o esforço respiratório. 
 Nos adolescentes e nos adultos, a laringe é 
cilíndrica e tem largura praticamente uniforme. 
Nos lactentes e nas crianças com menos de 10 
anos, a cartilagem cricóidea não está totalmente 
desenvolvida e provoca estreitamento da laringe. 
Por essa razão, a laringe das crianças é 
afunilada. 
 Nas crianças a laringe e a glote estão localizadas 
em um nível mais alto do pescoço, e isto aumenta 
as chances de aspiração de materiais estranhos 
para dentro das vias respiratórias inferiores. 
 As vias respiratórias da criança são 
extremamente complacentes, e isto as torna muito 
suscetíveis a colapso dinâmico quando há 
obstrução. Os músculos que sustentam as vias 
respiratórias são menos funcionastes que os dos 
adultos. 
 As crianças têm uma quantidade maior de tecidos 
moles em torno da traqueia, e a mucosa que 
reveste as vias respiratórias está fixada menos 
firmemente em comparação com a dos adultos. Isso 
aumenta o risco de edema e obstrução das vias 
respiratórias. 
Estruturas respiratórias inferiores: 
 A bifurcação da traqueia ocorre na altura da 
terceira vértebra torácica nas crianças, em 
comparação com a sexta vértebra torácica nos 
adultos. Essa diferença contribui para aumentar o 
risco de aspiração. Os brônquios e os bronquíolos 
das crianças também são mais estreitos que os 
dos adultos, e isto aumenta seu risco de 
obstrução, causada por bronquiolite ou asma, ou 
é devida à aspiração de um corpo estranho para 
dentro das vias respiratórias inferiores. 
 Os alvéolos desenvolvem-se em torno da 24a 
semana de gestação. Depois do nascimento, o 
crescimento dos alvéolos continua até os 3 meses 
de vida e, em seguida, prossegue até que a criança 
complete 7 a 8 anos, quando então os alvéolos 
alcançam os números encontrados nos adultos 
(cerca de 300 milhões). As quantidades menores 
de alvéolos, principalmente nos lactentes 
prematuros e/ou muito pequenos, colocam as 
crianças sob risco mais alto de hipoxemiae 
retenção de dióxido de carbono. 
Parede torácica: 
 As paredes torácicas dos lactentes são 
extremamente complacentes (flexíveis) e não 
conseguem suportar adequadamente os pulmões. 
 A capacidade residual funcional pode ser 
acentuadamente reduzida quando o esforço 
respiratório diminui. 
 Essa falta de sustentação pulmonar também torna 
o volume circulante dos lactentes e dos infantes 
totalmente dependente dos movimentos do 
diafragma. Se a mobilidade do diafragma estiver 
alterada (como ocorre em estados de 
hiperventilada, como a asma), os músculos 
intercostais não conseguem elevar a parede 
torácica e a respiração fica ainda mais difícil. 
Taxa metabólica e necessidade de oxigênio: 
 As crianças têm taxa metabólica 
significativamente mais alta que a dos adultos. 
 A frequência respiratória em repouso é mais alta 
e a necessidade de oxigênio é maior. O consumo 
de oxigênio do adulto é de 3 a 4 l/min, enquanto 
um lactente consome 6 a 8 l/min. 
 Em qualquer condição que acarrete dificuldade 
respiratória, os lactentes e as crianças 
desenvolvem hipoxemia mais rapidamente que os 
adultos. 
Três distúrbios ambulatoriais mais passíveis de 
intervenção: 
 Asma pediátrica, 
 Pneumonia 
 Influenza evitáveis por vacinas. 
Os distúrbios infecciosos agudos incluem: 
 Resfriados comuns. 
 Sinusite. 
 Influenza. 
 Faringite. 
 Amigdalite. 
 Laringite. 
 Síndromes do crupe. 
 Infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR). 
 Pneumonia e bronquite. 
Resfriado comum: 
 O resfriado comum também é conhecido como 
infecção viral das vias respiratórias 
superiores (IVVRS) ou nasofaringite. 
 Os resfriados podem ser causados por 
diferentes vírus, inclusive rinovírus, 
parainfluenza, VSR, enterovíruse adenovírus 
(National Institute of Allergy and Infectious 
Diseases, 2004). 
 Os resfriados são mais frequentes no inverno, 
afetam crianças de todas as idades e têm 
incidência maior entre crianças que 
frequentam a creche e a pré-escola. 
 É comum que uma criança tenha 6 a 9 
resfriados por ano. 
 O tabagismo passivo aumenta o risco de pegar 
resfriados. 
 A regressão espontânea ocorre depois de cerca 
de 7 a 10 dias, mas as complicações potenciais 
incluem infecções bacterianas secundárias das 
orelhas, da garganta, dos seios paranasais ou 
dos pulmões. 
 A abordagem terapêutica do resfriado comum 
consiste basicamente em medidas sintomáticas. 
 A congestão nasal pode ser aliviada por 
umidificação e utilização de gotas ou aerossol 
nasal de soro fisiológico, seguida de 
aspiração. 
 Os anti-histamínicos estão contraindicados 
porque ressecam mais as secreções. 
 Existem medicamentos (isolados ou 
combinados) vendidos sem prescrição para 
tratar resfriados comuns. Essas preparações 
não foram aprovadas para reduzir a duração 
ou a gravidade do resfriado, mas podem 
oferecer alívio sintomático em alguns casos. 
Avaliação de enfermagem: 
 A criança pode ter congestão ou secreção nasal. 
Em geral, essa secreção é fina e aquosa nas fases 
iniciais, mas pode tornar-se mais espessa e 
colorida. A cor da secreção nasal não é um 
indicador confiável de infecção viral ou 
bacteriana. A criança pode ficar rouca e queixar-
se de dor de garganta. Em geral, a tosse produz 
pouquíssimo escarro. Também podem ocorrer 
febre, fadiga, lacrimejamento e perda do apetite. 
Em geral, os sinais e os sintomas são piores nos 
primeiros dias e depois diminuem com a evolução 
da doença. 
 Avalie se há fatores de risco como frequência à 
creche ou à pré-escola. Inspecione a criança para 
detectar edema e vasodilatação da mucosa. O 
diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas, 
porque não existem exames laboratoriais ou 
diagnósticos específicos. 
Intervenções de enfermagem: 
 As intervenções de enfermagem para a criança que 
tem um resfriado comum consistem em promover 
seuconforto, fornece instruções à família e evitar 
disseminação da infecção. 
Sinusite: 
 Em geral, o termo sinusite (também conhecida como 
rinossinusite) refere-se à infecção bacteriana dos 
seios paranasais. 
 A doença pode ser aguda ou crônica e a abordagem 
terapêutica varia com a duração. 
 Nos pré-escolares, os seios maxilares e etmoidais 
são os principais focos de infecção. Depois da 
idade de 10 anos, os seios frontais são acometidos 
com maior frequência. 
 O edema da mucosa, a redução do transporte ciliar 
e o espessamento das secreções nasais contribuem 
para invasão bacteriana do nariz. 
 As complicações incluem celulite orbitária e 
infecções intracranianas, inclusive empiemas 
subdurais. 
 Em geral, a persistência dos sinais e sintomas por 
menos de 30 dias indica sinusite aguda, enquanto 
os sintomas que persistem mais de 4 a 6 semanas 
geralmente sugerem sinusite crônica. 
 A sinusite é tratada com antibióticos, que devem 
ser administrados por no mínimo 10 dias. As 
recomendações recentes da American Academy of 
Pediatrics estabelecem que os antibióticos devem 
ser mantidos por 7 dias depois que a criança 
estiver assintomática, a fim de assegurar a 
erradicação da infecção (AAP, 2001). 
 Naturalmente, a sinusite crônica deve ser tratada 
por períodos mais longos que os casos agudos 
Avaliação de enfermagem: 
 A apresentação clínica mais comum da sinusite 
consiste em sinais e sintomas persistentes de 
resfriado. Em vez de melhorar depois de 7 a 10 
dias, a secreção nasal persiste. 
 Investigue a história de saúde para detectar: 
Tosse, Febre, Halitose (mau hálito) em pré-
escolares ou escolares, Dor facial, que pode 
ocorrer ou não; não é um indicador confiável da 
doença, Edema palpebral (se houver acometimento 
dos seios etmoidais), Irritabilidade, Perda do 
apetite Sintomas de resfriado grave que não 
melhoram com o tempotambém podem indicar 
sinusite (Leung & Kellner, 2004). 
 Investigue a existência de fatores de risco como 
história de resfriados repetidos ou pólipos nasais. 
 Durante o exame físico, observe se há edema 
palpebral, secreção nasal e halitose. Inspecione a 
garganta para detectar indícios de secreção 
retronasal. Examine a mucosa nasal para ver se 
está edemaciada. Palpe os seios paranasais e 
verifique se há dor à compressão suave. 
Intervenções de enfermagem: 
 Gotas ou aerossol nasal de soro fisiológico, 
umidificação com vapor frio e ingestão oral 
adequada de líquidos são recomendadas para as 
crianças que têm sinusite. 
 Instrua as famílias quanto à importância de 
concluírem todo o ciclo de tratamento antibiótico 
para erradicar a causa da infecção. 
 Além disso, diga aos pais que a utilização de 
descongestionantes, anti histamínicos e corticoides 
intranasais não se mostrou benéfica no tratamento 
da sinusite. 
 A aplicação de aerossol nasal ou lavagens com 
soro fisiológico podem facilitar a drenagem. 
Influenza: 
 A infecção pelos vírus da influenza ocorre 
principalmente no inverno. 
 A “gripe” é transmitida por inalação de gotículas 
ou por contato com aerossóis em partículas 
minúsculas. 
 As crianças infectadas disseminam o vírus por 1 
a 2 dias antes do início dos sintomas. 
 Os vírus da influenza acometem principalmente o 
epitélio das vias respiratórias superiores, mas 
também podem causar doença sistêmica. 
 As infecções bacterianas do aparelho respiratório 
costumam ocorrer como complicações da influenza, 
principalmente pneumonia pneumocócica (AAP, 
2002). 
Avaliação de enfermagem: 
 As crianças que frequentam a creche ou a escola 
estão mais sujeitas à infecção pelos vírus 
influenzado que as que permanecem rotineiramente 
em casa. 
 Verifique se há fatores de risco para doença 
grave, inclusive doença cardíaca ou pulmonar (p. 
ex., asma) crônica, diabetes, doença renal crônica 
ou imunodeficiência, ou se as crianças que têm 
câncer estão fazendo quimioterapia. 
 As crianças em idade escolar e os adolescentes 
vivenciam a doença de modo semelhante ao dos 
adultos. Febre de início súbito, rubor facial, 
calafrios, cefaleia, mialgia e mal-estar 
acompanham-se de tosse e coriza. Cerca de metade 
dos pacientes infectados têm ressecamento ou dor 
de garganta. Sinais e sintomas oculares como 
fotofobia, lacrimejamento, ardência e dor ocular 
são comuns. Os lactentes e os pré-escolares 
apresentam sinais e sintomas semelhantes aos das 
outras doenças respiratórias. É comum haver febre 
acima de 39,5°C. Os lactentes podem estar 
ligeiramente toxêmicos e irritáveis e apresentar 
tosse, coriza e faringite. Também pode haver 
sibilação, porque os vírus da influenza também 
podem causar bronquiolite. Erupção cutânea e 
diarreia também podem ocorrer. 
Intervenções de enfermagem: 
 As intervenções de enfermagem para a criança com 
influenza consistem basicamente em medidas de 
suporte. 
 O tratamento sintomático da tosse e da febre e a 
manutenção da hidratação são as principais 
medidas. 
 O cloridrato de amantadina e outros agentes 
antivirais mais modernos podem reduzir os 
sintomas associados à influenza, contanto que o 
uso seja iniciado nas primeiras 24 a 48 h da 
doença. 
Faringite: 
 A inflamação da mucosa da garganta (faringe) é 
conhecida como faringite. 
 A inflamação da garganta pode acompanhar-se de 
congestão nasal e geralmente tem etiologia viral. 
As infecções bacterianas da faringe ocorrem mais 
comumente sem sinais e sintomas nasais. 
 Em geral, a faringite viral é autolimitada e não 
requer outro tratamento além do alívio dos 
sintomas. 
Avaliação de enfermagem: 
 O início da doença geralmente é muito abrupto. A 
história pode incluir febre, dor de garganta e 
dificuldade de deglutir, cefaleia e dor abdominal, 
que são queixas muito comuns. 
 Investigue se houve episódios recentes de faringite 
viral ou estreptocócica na família, na creche ou 
na escola. 
 Inspecione a faringe e as amígdalas, que podem 
apresentar graus variáveis de inflamação. 
Algumas crianças podem ter exsudatos, mas isto 
não é diagnóstico de infecção bacteriana. Observe 
se há petéquias no palato. Inspecione a língua 
para ver se há aspecto semelhante ao do morango. 
Palpe para detectar crescimento e 
hipersensibilidade dos linfonodos cervicais 
anteriores 
 Intervenções de enfermagem As intervenções de 
enfermagem para a criança que tem faringite 
consistem basicamente em promoverseu conforto e 
dar instruções à família. 
Amigdalite: 
 A inflamação das amígdalas ocorre comumente 
com faringite e, por esta razão, também pode 
ter etiologia viral ou bacteriana. 
 As infecções virais requerem apenas 
tratamento sintomático. O tratamento da 
amigdalite bacteriana é o mesmo da faringite 
bacteriana. 
 A tonsilectomia (ressecção cirúrgica das 
amígdalas palatinas) pode ser indicada para 
a criança que tem amigdalite estreptocócica 
recidivante, hipertrofia maciça das amígdalas, 
ou por outros motivos. 
 Quando as adenoides hipertrofiadas obstruem 
a respiração, pode estar indicada a 
adenoidectomia (ressecção cirúrgica das 
adenoides). 
Avaliação de enfermagem: 
 Observe se a criança tem febre ou se há história 
de episódios febris. Verifique se há relato de 
faringites ou amigdalitesrepetidas. 
 Observe se a voz da criança está abafada ou 
rouca. 
 Inspecione a faringe para detectar eritema e 
crescimento das amígdalas. À medida que as 
amígdalas aumentam, a criança pode apresentar 
dificuldade de respirar e de engolir. Quando as 
amígdalas alcançam a linha média (“amígdalas 
que se beijam”, ou 4+ de tamanho), as vias 
respiratórias podem ficar obstruídas. Além disso, 
quando as adenoides estão aumentadas, as 
narinas posteriores ficam obstruídas. A criança 
pode respirar pela boca e roncar. 
 Intervenções de enfermagem 
 A amigdalite tratada clinicamente requer as 
mesmas intervenções de enfermagem preconizadas 
para a faringite. 
Crupe: 
 As crianças de 3 meses a 3 anos de idade são 
acometidas mais frequentemente pelo crupe, embora 
esta doença possaocorrer em qualquer idade. 
 O crupe também é conhecido como 
laringotraqueobronquite, porque a inflamação e o 
edema da laringe, da traqueia e dos brônquios 
ocorrem em consequência de infecção viral. 
 A inflamação e o edema obstruem as vias 
respiratórias e causam os sintomas. Também pode 
haver produção aumentada de muco, que contribui 
para a obstrução das vias respiratórias. O 
estreitamento da região subglótica da traqueia 
causa estridor inspiratório audível. O edema da 
laringe causa rouquidão. A inflamação da laringe 
e da traqueia provoca a tosse de tonalidade áspera 
característica do crupe. Os sintomas são mais 
comuns à noite e o crupe geralmente é autolimitado 
(emgeral, dura cerca de 3 a 5 dias). 
 Em geral, o crupe começa repentinamente à noite e 
os sintomas desaparecem ao amanhecer. As 
complicações do crupe são raras, mas podem 
incluir agravamento da angústia respiratória, 
hipóxia ou superinfecção bacteriana (p. ex., 
traquete bacteriana). 
 Em geral, o crupe é tratado ambulatoriamente e 
apenas 1 a 2% dos pacientes precisam ser 
hospitalizados. 
 Os corticoides (geralmente em dose única) são 
usados para reduzir a inflamação, enquanto a 
epinefrina racêmica em aerossol produz o efeito 
alfa-adrenérgico de vasoconstrição da mucosa, 
ajudando a reduzir o edema. 
Avaliação de enfermagem: 
 Determine a idade da criança; as crianças de 3 
meses a 3 anos são mais suscetíveis de apresentar 
crupe viral (laringotraqueobronquite). 
 A história pode revelar tosse que começou à noite 
(apresentação clínica mais comum) e que tem 
tonalidade áspera (ou som de tinido). 
 A temperatura pode estar normal ou ligeiramente 
elevada. 
 Faça a ausculta para detectar estridor inspiratório 
e observe se há retraçõessupraesternais. 
 Ausculte os pulmões para avaliar se o murmúrio 
vesicular está normal. 
 Intervenções de enfermagem. 
 Se a criança estiver sendo tratada em casa, 
instrua os pais quanto aos sinais e aos sintomas 
de angústia respiratória e diga-lhes para buscar 
atendimento se a condição respiratória da criança 
piorar. 
 Ensine aos pais como expor a criança ao ar 
umidificado (por meio de um umidificador com 
vapor frio ou no banheiro com vapor aquecido). 
Embora não tenha sido comprovada clinicamente, a 
utilização do ar umidificado é recomendada há 
muito tempo para aliviar os episódios de tosse e é 
considerada útil, embora sem comprovação. 
Bronquite: 
 Inflamação da traqueia e dos brônquios 
principais, geralmente associada a uma IVRS. 
 A bronquite geralmente é viral, embora o 
Mycoplasma pneumonia também seja um agente 
etiológico importante em crianças com mais de 6 
anos de idade. 
 Em geral, a recuperação ocorre em 5 a 10 dias. 
 A abordagem terapêutica consiste basicamente em 
medidas de suporte. A administração de 
expectorante e hidratação adequada são medidas 
importantes. 
Bronquite: Avaliação de enfermagem. 
 A doença pode começar como se fosse uma IVRS 
branda. 
 A criança tem febre seguida de tosse seca e 
entrecortada, que pode tornar-se produtiva nas 
crianças capazes de expectorar. 
 A tosse pode acordar a criança durante a noite. 
 A ausculta dos pulmões pode detectar estertores 
bolhosos, e a respiração não é dificultada. 
Radiografias do tórax podem mostrar 
hiperinflação alveolar difusa e acentuação das 
tramas perihilares. 
Intervenções de enfermagem: 
 As intervenções de enfermagem têm como objetivo 
prestar cuidados de suporte. 
 Diga aos pais que os expectorantes ajudam a 
soltar as secreções e que os antipiréticos ajudam 
a reduzir a febre e aumentar o conforto da 
criança. 
 Estimule a hidratação adequada. 
 Desestimule a utilização de supressores da tosse, 
porque é importante que o escarro acumulado seja 
expectorado. 
Intervenções de enfermagem: 
 A infecção pelo VSR geralmente é autolimitada e 
os diagnósticos, as metas e as intervenções de 
enfermagem para a criança que tem bronquiolite 
consistem basicamente em medidas de suporte. 
 As crianças com doença menos grave podem 
necessitar apenas de antipiréticos, hidratação 
adequada e observação atenta. 
 Os pais ou os cuidadores devem ser instruídos a 
atentar para sinais de agravamento e devem 
entender a importância de buscar atendimento 
imediato caso as condições da criança piorem. 
 A internação hospitalar é necessária para 
crianças com doença mais grave, e as crianças 
internadas por bronquiolite associada ao VSR 
devem ser mantidas em observação rigorosa. 
Pneumonia: 
 Inflamação do parênquima pulmonar causada por 
vírus, bactérias, micoplasmas ou fungos. A 
pneumonia também pode ser causada por aspiração 
de corpos estranhos para as vias respiratórias 
inferiores (pneumonia de aspiração). 
 Os vírus são as causas mais comuns de 
pneumonia entre os lactentes, mas são os agentes 
etiológicos menos frequentes nos pré-escolares. 
 A pneumonia viral geralmente é mais bem tolerada 
pelas crianças de todas as idades. As crianças 
com pneumonia bacteriana têm maior tendência a 
demonstrar aspecto toxêmico mas em geral há 
recuperação rápida se o tratamento antibiótico for 
iniciado imediatamente. 
 Obtenha uma descrição da doença atual e da queixa 
principal. Verifique como começaram e 
progrediram os sintomas. 
 Os sinais e os sintomas comumente relatados 
durante a obtenção da história de saúde incluem: 
Antecedente de IVRS, Febre, Tosse (determine o 
tipo e se é produtiva ou não), Acentuação do 
esforço respiratório, Em lactentes: história de 
letargia, redução da ingestão alimentar, vômitos 
ou diarreia, Em pré-escolares e escolares: 
calafrios, cefaleia, dispneia, dor torácica ou 
abdominal e náuseas ou vômitos. 
 Investigue a história da doença atual e a história 
patológica pregressa para detectar fatores de risco 
reconhecidamente associados às pneumonias mais 
graves, inclusive: Prematuridade, Desnutrição, 
Tabagismo passivo, Baixa condição 
socioeconômica, Frequência a creche, Doença 
cardiopulmonar, imunológica ou neurológica 
associada. 
Intervenções de enfermagem: 
 Os diagnósticos, as metas e as intervenções de 
enfermagem para a criança com pneumonia 
consistem basicamente em proporcionar suporte e 
instruções quanto à doença e ao tratamento. 
 A profilaxia da infecção pneumocócica também é 
importante. 
Tuberculose: 
 Doença altamente contagiosa causada por inalação 
de gotículas respiratórias contaminadas por 
Mycobacterium tuberculosis ou Mycobacterium 
bovis. 
 Em geral, as crianças contraem a doença de um 
familiar com quem vivem em contato direto. 
 As crianças das raças não brancas e as crianças 
com doenças crônicas ou desnutrição são mais 
suscetíveis de contrair infecção. 
 Depois da exposição a um indivíduo infectado, o 
período de incubação é de 2 a 10 semanas. 
 Embora a tuberculose pulmonar seja a forma mais 
comum da doença, as crianças também podem ter 
infecções de outros órgãos do corpo, inclusive o 
trato gastrintestinal ou o sistema nervoso central. 
Avaliação de enfermagem: 
 A triagem rotineira para infecção por tuberculose 
não é recomendada para os grupos de baixo risco, 
mas as crianças consideradas de alto risco de 
contrair esta doença devem fazer a triagem. 
 As manifestações clínicas da tuberculose variam 
muito entre as crianças. As crianças podem estar 
assintomáticas ou apresentar diversos tipos de 
sinais e sintomas, inclusive febre, mal-estar, 
emagrecimento, anorexia, dor e sensação de aperto 
no tórax e, raramente, hemoptise. A criança pode 
ou não ter tosse, que geralmente piora 
progressivamente em várias semanas ou meses. 
 À medida que a tuberculose avança, a frequência 
respiratória aumenta e o pulmão do lado afetado 
não se expande completamente.  O exame físico 
pode detectar macicez à percussão e também 
redução do murmúrio vesicular e estertores. A 
febre é persistente e a criança pode ter palidez, 
anemia, fraqueza e emagrecimento. 
Intervenções de enfermagem: 
 A internação hospitalar de crianças com 
tuberculose é necessáriaapenas para os casos 
mais graves. 
 As intervenções de enfermagem têm como objetivo 
prestar cuidados de suporte e estimular a adesão 
ao tratamento prescrito. 
 A maioria dos cuidados de enfermagem para as 
crianças com tuberculose é prestada em clínicas 
ambulatoriais, escolas ou serviços de saúde 
pública. 
 As medidas de suporte incluem assegurar nutrição 
e repouso adequados, aumentar o conforto da 
criança (p. ex., reduzir a febre), evitar exposição 
a outras doenças infecciosas e evitar reinfecção. 
Epistaxe: 
 Sangramento nasal - ocorre mais comumente em 
crianças que ainda não atingiram a adolescência. 
 Na maioria dos casos, o sangramento da mucosa 
nasal origina-se da região anterior do septo. 
 A epistaxe pode ser recidivante e idiopática (sem 
causa definida). 
 A maioria dos casos é benigna, mas nas crianças 
com distúrbios hemorrágicos ou doenças 
hematológicas a epistaxe deve ser investigada 
mais detalhadamente e tratada de acordo. 
Avaliação de enfermagem: 
 Investigue a história de saúde da criança para 
detectar fatores desencadeantes como inflamação 
local, ressecamento da mucosa ou traumatismo 
localizado (em geral, por coçar o nariz). Examine 
a cavidade nasal para verificar se há sangue. 
Intervenções de enfermagem: 
 A presença de sangue às vezes assusta as 
crianças e os pais. A enfermeira e os pais devem 
ficar calmos. A criança deve sentar-se e inclinar 
a cabeça para a frente (a inclinação da cabeça 
para trás pode facilitar aspiração de sangue). 
Aplique pressão contínua na parte anterior do 
nariz pinçando-a com dois dedos. Estimule a 
criança a respirar pela boca durante essa fase do 
tratamento. Também pode ser útil aplicar gelo ou 
um pano gelado na ponte nasal. Em geral, o 
sangramento cessa dentro de 10 a 15 min. Aplique 
vaselina ou um gel hidrossolúvel na mucosa nasal 
com um aplicador com ponta de algodão para 
umedecera mucosa e evitar recidiva. 
Síndrome de Angustia Respiratória Aguda: 
 A síndrome de angústia respiratória aguda 
(SARA) ocorre depois de uma lesão primária como 
sepse, pneumonia viral, inalação de fumaça ou 
semiafoga mento. 
 O início agudo da angústia respiratória e da 
hipoxemia ocorre nas primeiras 72 h da lesão 
primária em lactentes e crianças com pulmões 
previamente normais. 
 A membrana alvéolo capilar torna-se permeável e 
há acúmulo de edema pulmonar. 
 A formação de membrana hialina nas superfícies 
alveolares e a produção reduzida do surfactante 
aumentam a rigidez pulmonar. 
 O edema da mucosa e os restos celulares 
acumulados provocam atelectasia. A difusão dos 
gases fica bastante dificultada. 
 A SARA pode progredir para insuficiência 
respiratória e morte, embora algumas crianças se 
recuperem completamente ou tenham doença 
pulmonar residual. 
Avaliação de enfermagem: 
 Taquicardia e taquipneia ocorrem nas primeiras 
horas da doença. Em seguida, há acentuação 
significativa do esforço respiratório com 
batimento nasal e retrações. Ausculte os sons 
respiratórios, que podem ser normais ou consistir 
em estertores agudos dispersos por todos os 
campos pulmonares. As crianças entram em 
hipoxia e as radiografias do tórax podem mostrar 
infiltrados bilaterais. 
Intervenções de enfermagem: 
 As intervenções de enfermagem para a criança com 
SARA consistem basicamente em medidas de 
suporte e são realizadas na unidade de terapia 
intensiva. 
 Monitore rigorosamente as condições respiratórias 
e cardiovasculares. 
 Medidas para aumentar o conforto, como higiene e 
mudança de posição e também controle da dor e da 
ansiedade, manutenção do estado nutricional e 
prevenção de infecções, também são intervenções 
cruciais de enfermagem. 
Rinite Alérgica: 
 Distúrbio crônico comum na infância e que acomete 
até 40% das crianças. 
 A rinite alérgica perene persiste ao longo de todo 
o ano e está associada a ambientes fechados. 
 Os alergênios comumente implicados na rinite 
alérgica perene são ácaros da poeira, pelos de 
animais domésticos, antígenos das baratas e mofo. 
 A rinite alérgica sazonal é causada por aumento 
dos níveis de alergênios no ar ambiente fora de 
casa. Em geral, esse distúrbio é causado por 
alguns tipos de pólen, plantas, sementes, fungos e 
mofo. 
Asma: 
 Doença inflamatória das vias respiratórias que se 
caracteriza por hiper reatividade, edema e 
produção de muco pelas vias respiratórias. 
 A obstrução das vias respiratórias causada pela 
asma pode ser revertida em parte ou totalmente. A 
gravidade varia de períodos longos de controle com 
exacerbações agudas esparsas em algumas 
crianças, ou persistência diária dos sintomas em 
outros casos. 
 A asma é a doença crônica mais comum da 
infância. 
 A incidência e a gravidade da asma estão 
aumentando e isto pode ser atribuído à 
urbanização crescente, ao aumento da poluição do 
ar e ao diagnóstico mais preciso 
 A gravidade varia dos sintomas associados 
apenas a atividades vigorosas (broncospasmo 
induzido por esforço) aos sintomas diários que 
interferem na qualidade de vida. 
 As crianças asmáticas também são mais 
suscetíveis de desenvolver infecções respiratórias 
viraise bacterianas graves. 
 Os objetivos atuais do tratamento clínico são 
evitar os fatores desencadeantes da asma e reduzir 
ou controlar os episódios de inflamação.  Em 
geral, a profilaxia a longo prazo consiste em usar 
corticoides inalatórios. 
 Podem ser usados bronco dilatadores no 
tratamento agudo da bronco constrição ou no 
tratamento crônico para evitar broncospasmo. O 
broncospasmo induzido por esforço físico pode 
ocorrer em qualquer criança asmática, ou ser o 
único sintoma das crianças com asma 
intermitente. 
Avaliação de enfermagem: 
 História de saúde: Obtenha uma descrição da 
doença atual e da queixa principal. Os sinais e os 
sintomas comumente relatados durante a obtenção 
da história de saúde podem incluir:Tosse, 
principalmente à noite: tipo entrecortado que 
inicialmente é seca mas torna-se produtiva com 
escarro espumoso; Dificuldade de respirar: falta 
de ar, sensação de aperto ou dor no peito, dispneia 
ao esforço; Sibilação. 
 Investigue a história da doença atual e a história 
patológica pregressa da criança para detectar 
fatores de risco como: História de rinite alérgica 
ou dermatite atópica, História familiar de atopia 
(asma, rinite alérgica, dermatite atópica), 
Episódios repetidos diagnosticados como sibilação, 
bronquiolite ou bronquite, Alergias conhecidas, 
Resposta sazonal aos pólens do ambiente, 
Exposição à fumaça de tabaco (passiva ou ativa), 
Pobreza. 
Exame físico: 
 O exame físico da criança asmática inclui 
inspeção, ausculta e percussão. 
 Inspeção: Observe o aspecto geral e a coloração da 
pele e das mucosas da criança. Durante as 
exacerbações, a pele da criança pode continuar 
rosada, mas, à medida que seu estado piora, pode 
surgir cianose. O esforço respiratório é variável. 
Algumas crianças apresentam retrações suaves, 
enquanto outras demonstram utilização 
significativa dos músculos acessórios e, por fim, 
começam a balançar a cabeça para trás quando 
não recebem tratamento eficaz. A criança pode 
parecer ansiosa e amedrontada, ou letárgica e 
irritável. Também pode haver sibilos audíveis. As 
crianças com asma grave e persistente podem ter 
tórax em barril e, em geral, apresentam acentuação 
branda do esforço respiratório. 
 Ausculta e percussão: Os campos pulmonares 
devem ser avaliados cuidadosamente. A sibilação 
é a marca característica da obstrução das vias 
respiratórias e pode variar de acordo com o campo 
pulmonar. Também pode ser detectado murmúrio 
vesicular rude. Avalie a adequação da ventilação. 
Em presença de obstrução respiratória grave, a 
circulação do ar pode ser tão difícil que os sibilos 
não são detectáveis à ausculta. A percussão pode 
demonstrar hiper-resonância. 
Intervenções de enfermagem: 
 As intervenções iniciais de enfermagem para a 
criança que apresenta exacerbação aguda da asma 
têm como objetivo desobstruiras vias 
respiratórias e recuperar o padrão respiratório 
eficaz, além de promover oxigenação e ventilação 
adequadas. 
Fibrose Cística: 
 Doença autossômica recessiva. 
 Atualmente, o American College of Obstetrics and 
Gynecology recomenda a triagem para fibrose 
cística a todas as famílias que buscam 
atendimento pré-concepcional ou pré-natal. 
Avaliação de enfermagem: 
 História de saúde: Os sinais e os sintomas 
comumente relatados durante a obtenção da 
história de saúde das crianças ainda sem 
diagnóstico podem incluir: Paladar salgado na 
pele da criança (resultante do excesso de cloreto 
perdido pela transpiração), Íleo meconial ou 
eliminação tardia ou difícil das fezes meconiais no 
período neonatal, Dor abdominal ou dificuldade de 
evacuar (os lactentes ou os infantes podem ter 
obstrução intestinal ou intussuscepção por ocasião 
do diagnóstico), Fezes volumosas e gordurosas, 
Baixo ganho ponderal e déficit de crescimento, 
apesar do apetite normal, Tosse crônica ou 
recidivante e/ou infecções repetidas das vias 
respiratórias superiores ou inferiores. 
 As crianças com diagnóstico já confirmado de 
fibrose cística geralmente são internadas em 
hospital por causa das exacerbações pulmonares 
ou de outras complicações da doença. A história 
de saúde deve incluir perguntas relativas aos 
seguintes aspectos: Função respiratória: a criança 
tem tosse, expectoração ou acentuação do esforço 
respiratório? Apetite e ganho ponderal, Tolerância 
ao esforço, Necessidade maior de usar 
medicamentos pulmonares ou pancreáticos, 
Presença de febre, Presença de dor óssea, 
Quaisquer outras alterações do estado físico ou 
do tratamento farmacológico. 
Exame físico: 
 O exame físico inclui inspeção, ausculta, 
percussão e palpação. 
 Inspeção: Observe o aspecto geral e a coloração da 
criança. Examine as vias nasais para detectar 
pólipos. Observe a frequência respiratória, o 
esforço respiratório, a utilização dos músculos 
acessórios, a posição mais confortável, a 
frequência e a gravidade da tosse e a qualidade e 
a quantidade do escarro produzido. A criança que 
tem fibrose cística geralmente apresenta tórax em 
barril (diâmetro anteroposterior praticamente 
igual ao transversal). Também pode haver 
baqueteamento dos leitos ungueais. Observe se há 
prolapso retal. A criança parece pequena ou magra 
para sua idade? A criança pode ter abdome 
protuberante e extremidades finas, com 
quantidades reduzidas de tecidos adiposos 
subcutâneos. Verifique se há edema (sinal de 
insuficiência cardíaca ou hepática), distensão das 
veias do pescoço ou acentuação do 
batimentoprecordial (sinais de cor pulmonale). 
Exame físico: 
 Ausculta: A ausculta pode detectar vários sons 
respiratórios adventícios. Pode haver estertores 
finos ou bolhosos e sibilos localizados ou difusos. 
Com a obstrução progressiva das vias 
respiratórias, o murmúrio vesicular pode ser 
reduzido. Também pode ser detectada taquicardia. 
Observe a existência de galope (que pode estar 
associado ao cor pulmonares) e a qualidade dos 
ruídos peristálticos. 
 Percussão: A percussão dos pulmões geralmente 
detecta hiper-ressonância secundária à retenção do 
ar. As excursões diafragmáticas podem estar 
reduzidas. A percussão do abdome pode detectar 
macicez sobre o fígado aumentado ou uma massa 
causada pela obstrução intestinal. 
 Palpação: A palpação pode constatar assimetria 
das excursões torácicas em consequência da 
atelectasia. O frêmito toracovocal pode estar 
reduzido nas áreas de atelectasia. Observe se há 
hipersensibilidade na região do fígado (pode ser 
um sinal precoce de cor pulmonale)