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AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA - AMANDA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAXIAS ESTADO DO MARANHÃO
JANIEL VITORINO DE SOUSA, brasileiro, agricultor, união estável, portador do Registro Geral de n° 064751102018-5, SSP/ MA, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas n° 008256073-02, residente e domiciliado no Povoado Baixa do Engenho, s/n, Zona Rural, CEP: 65600-010, Caxias- MA, por intermédio de seu advogado constituído (procuração em anexo), vem respeitosamente perante Vossa Excelência ajuizar:
	AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA C/C PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA
Em face de AMANDA CRISTINA DE SOUSA, brasileira, menor púbere, solteira, portadora do Registro Geral (RG) de n° 071631812019-7, inscrita no CPF sob o n° 08931174390, residente e domiciliada no Povoado Baixa do Engenho, s/n, Zona Rural, CEP: 65600-010, Caxias- MA, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
1. PRELIMINARMENTE 
1.1. DA JUSTIÇA GRATUITA
 Consoante o disposto no art. 98 e seguintes do CPC, o Requerente declara para os devidos fins, ser pobre na forma da lei, não tendo como arcar com o pagamento de custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família pelo que requer o benefício da justiça gratuita, conforme DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS EM ANEXO.
1.2. DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA 
O requerente já exerce a guarda de fato da menor desde 01/2021, sendo tio da mesma. Esta é órfã de mãe ( Certidão de óbito em anexo) e seu pai é desconhecido, além disso, é genitora de uma criança de 02 anos (certidão de nascimento em anexo), desempregada, sua renda advém unicamente de programas assistenciais do Governo Federal. 
A mesma realizou em 01/06/2020, o requerimento para o recebimento do 1° Lote do Auxílio Emergencial pago pelo Governo Federal, tendo seus dados recebidos pela DATAPREV em 02/06/2020.
A mesma preencheu a época os requisitos para a sua concessão, a saber: renda familiar per capta inferior a ½ (um meio) salário mínimo, não possuir emprego formal ativo e ser mãe adolescente (art. 2°, I, II e IV da Lei n° 13.892/2020). No entanto, nunca pode sacar o seu crédito, tendo em vista que a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL exige que a sua guarda seja regulamentada judicialmente para que proceda ao pagamento do valor que é seu por direito a título de Auxílio Emergencial. 
Na situação, o periculum in mora fica constatado na medida em que a beneficiária pode ter suas parcelas de Auxílio Emergencial retornadas ao Tesouro Nacional, dificultando ainda mais o acesso a um beneficio que é seu por direito e comprometendo ainda mais a sua subsistência e do filho durante a vigência da pandemia da covid- 19. 
2. DOS FATOS 
A menor é órfã de mãe e possui pai desconhecido. Visando sair da condição de maus tratos que sofria na casa da avó, a mesma decidiu residir juntamente com o filho de 02 (dois) anos na casa do tio materno em 01/2021.
O requerente e a sua companheira possuem uma relação de pleno afeto com a menor e o filho, uma vez que seus laços de convivência perduram desde o seu nascimento, concretizando uma verdadeira família. 
Ademais, a menor é de pleno acordo para com a regulamentação da guarda, uma vez que vê como necessário para a celebração de alguns atos da vida civil de sua vida e do filho.
3. DO DIREITO 
O deferimento judicial de guarda visa, precipuamente, regularizar a situação de fato existente, propiciando melhor atendimento dos interesses da criança e do adolescente em todos os aspectos.
A Lei n° 8.069, de 13/07/1990, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe em seu artigo 33 §§1° e 2° garante a possibilidade de que alguém que toma a posse de fato de um menor, venha adquirir a guarda jurídica do mesmo.
Assim sendo, quem queira regularizar a posse de fato de uma criança ou adolescente visando lhe dar assistência material e moral, seja ou não parente, deverá requerer ao Juiz da Infância e Juventude a Guarda do infante, fundamentando o pedido nos art. 33 do ECA, in verbis:
 Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. § 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
 A jurisprudência entende que ao ser concedida a guarda, devem ser observados, primeiramente, os interesses da criança. Esse é o entendimento no Superior Tribunal de Justiça, transcrito abaixo:
Ementa: CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA JUDICIAL. PREVALECE O INTERESSE DA MENOR. - Nas decisões sobre a guarda de menores, deve ser preservado o interesse da criança, e sua manutenção em ambiente capaz de assegurar seu bem estar, físico e moral, sob a guarda dos pais ou de terceiros. STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 686709 PI 2004/0141582-7 (STJ). Data de publicação: 12/03/2007 Assim, é necessário levar em consideração a apresentação de um futuro melhor à criança devendo esta prerrogativa se sobrepor a qualquer outro, não deixando de lado o fato de total relevância como a declaração de vontade por parte dos pais da mesma que no caso em tela só corroboram o entendimento acima, primando em conceder a guarda ao irmão.
Diante do exposto, requer a concessão da guarda provisória e a posterior conversão em guarda definitiva em favor da requerente tendo em vista que ela preenche os requisitos do artigo 33, §§ 1° e 2° da Lei n° 8.069/1990.
 
4. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer:
a) A concessão da justiça gratuita nos termos do artigo 5°, XXXV e art. 98 do CPC;
b) O deferimento da guarda provisória da menor AMANDA CRISTINA DE SOUSA em favor de JANIEL VITORINO DE SOUSA, a título de tutela de urgência, a fim de que permaneça sob sua responsabilidade e a sua posterior conversão em guarda definitiva;
c) a intimação do Ministério Público para atuar no feito, conforme determina o artigo 178, inciso I do Código de Processo Civil; 
d) seja realizado estudo social do caso, por equipe interprofissional, caso entenda este juízo, como necessário.
Dá- se- à causa o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
 Nestes termos, 
Requer deferimento;
 Caxias- MA, 06 de julho de 2021

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