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SíndromedeBurnout_TCC

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Técnico em Administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE BURNOUT E SAÚDE ORGANIZACIONAL: 
Estratégias de prevenção e práticas de remediação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 
2021 
Gabriela da Silva Santos 
Gisleine Ferraz 
Jhonatans Enrique 
Tamiris Santana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNDROME DE BURNOUT E SAÚDE ORGANIZACIONAL: 
Estratégias de prevenção e práticas de remediação. 
 
 
 
 
Projeto do Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado ao Curso Técnico em 
Administração da Etec de Guarulhos, 
orientado pelo Professor Adnor Carlos 
dos Santos Junior, como requisito parcial 
para obtenção do título de Técnico de 
Nível Médio em Administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUARULHOS 
2021 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................................... 4 
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 5 
1.2.1 Objetivos gerais .............................................................................................. 5 
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 6 
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................ 6 
1.4 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS........................................................................ 7 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 7 
2.1 REVISÃO HISTÓRICA .......................................................................................... 7 
2.1.1 Sinais, sintomas e fatores de risco ................................................................... 12 
2.2 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 17 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho fora elaborado pela equipe de alunos do terceiro módulo 
do curso Técnico em Administração da Escola Técnica Estadual de Guarulhos, 
administrada pelo Centro Paula Souza e orientado pelo professor Ednor Carlos dos 
Santos Junior. 
Perante as adversidades no mercado, um fator que permanece em evidência é 
a importância das pessoas no ambiente empresarial, posto que são elas que 
executam, controlam atividades/processos, gerenciam e comandam a empresa. A 
Síndrome de Burnout afeta diretamente na saúde organizacional da empresa, que é 
de extrema relevância, visto que ela está relacionada com a saúde do colaborador. 
Dentro do ambiente corporativo, temos o setor de recursos humanos que se 
apresenta como o principal responsável pela administração de pessoas e tem um 
papel fundamental na hora de implementar as melhores práticas para uma gestão 
mais próxima e empática. De acordo com o site ANAMT (2018), uma pesquisa da 
Isma-BR (representante local da International Stress Management Association) afirma 
que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam algum 
sintoma/nível de ansiedade. Destes, 47% sofrem algum nível de depressão. Mesmo 
diante desse fato, apenas 18% das empresas investem em programas para cuidar da 
saúde mental de seus colaboradores. Diante desses dados, a saúde organizacional 
poderá interferir positivamente nesse quadro, na prevenção e nas estratégias diante 
desse problema. 
A partir dessas considerações, o atual projeto tem por tema a investigação de 
como os gestores podem identificar a síndrome e quais estratégias podem utilizar para 
lidar com o esgotamento profissional. 
Esse trabalho tem como finalidade expandir o conhecimento sobre a Síndrome 
de Burnout, visto que a maioria dos profissionais desconhece esse distúrbio emocional 
e o tratam como um caso de acúmulo de tarefas ou estresse. Com base nessas 
informações, nosso trabalho visa abordar as questões de saúde organizacional como 
forma de prevenção e conscientização dos profissionais com relação ao tema. 
 
 
 
 
4 
 
 
1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA 
 
 
O que o administrador precisa saber sobre a Síndrome de Burnout para a 
manutenção da saúde organizacional? 
 
 A Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio 
psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno 
está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional 
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que 
influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas 
relacionados ao emprego e desemprego. 
 Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos 
provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. 
 A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige 
envolvimento interpessoal direto e intenso. 
 Conciliar filhos, tarefas domésticas e ainda desempenhar suas atividades no 
trabalho é um grande desafio. Isso tem sido ainda mais crítico para as centenas de 
pessoas que estão trabalhando no modelo home office, por conta da pandemia, 
causada pela COVID-19. 
 Outro fator relevante é o excesso de funções, aumento de cobranças para 
realizar as atividades, jornada de trabalho com horas excessivas, e 
consequentemente, falta de horas livres e de lazer para poder praticar todas as outras 
necessidades que um ser humano precisa. 
As estratégias individuais estão relacionadas à resolução de problemas, 
assertividade, e gestão do tempo de maneira eficaz e capacitação profissional. As 
estratégias grupais são o conjunto de colegas e supervisores que buscam apoio 
emocional, com isso melhoram as suas capacidades e obtêm novas informações. As 
estratégias organizacionais proporcionam condições de trabalho atrativas e 
gratificantes, modificam os métodos de prestação de cuidados, reconhecem a 
necessidade de educação permanente e investem no aperfeiçoamento profissional. 
Além disso, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e com o 
alto índice de demissões no país, os profissionais sentem uma cobrança diária por 
melhores qualificações e bons resultados. 
https://drauziovarella.uol.com.br/anestesiologia/estresse-e-acesso-a-drogas-aumentam-risco-de-suicidio-entre-anestesistas/
https://drauziovarella.uol.com.br/anestesiologia/estresse-e-acesso-a-drogas-aumentam-risco-de-suicidio-entre-anestesistas/
5 
 
Para dar conta do recado e até mesmo por sentirem-se pressionadas, as 
pessoas assumem altas cargas de trabalho para superar as expectativas das 
empresas. 
Organizações baseadas em chefias autoritárias, submissão, comunicação 
falha, alta competitividade e ritmo muito acelerado de trabalho, além de prejudiciais 
para a produtividade em longo prazo, são nocivas à saúde mental dos colaboradores. 
Outra situação de destaque em termos de danos psicológicos é o assédio moral. 
Caracterizado pelo constrangimento ou humilhação, por um superior ou colega, de 
forma frequente e prolongada. 
 As empresas ainda não valorizam de forma adequada a saúde mental dos 
colaboradores por estigmas sociais associados a esse tema e isso traz consequências 
tanto para as instituições, quanto para os colaboradores, e um desses resultados é a 
síndrome do esgotamento profissional. 
 Por acreditarmos na importância do tema, e sua divulgação e, por meio de 
pesquisas, percebermos a falta de diálogo sobre o assunto, e o desconhecimento de 
boa parte da população sobre ele, é que escolhemos falar sobre a saúde 
organizacional em detrimento da síndrome do esgotamento profissional. 
 Associada a saúde organizacional, a síndromepode ser compreendida de 
maneiras diferentes, além de trazer possibilidades de prevenção, identificação, e 
cuidados posteriores para quem já a adquiriu. 
Por esses motivos, ações preventivas e de cuidado com a saúde devem avaliar 
frequentemente o comportamento e a relação dos funcionários. Além de dar grande 
enfoque à conscientização. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
 
1.2.1 Geral 
 
 Tornar a Síndrome de Burnout mais conhecida dentro das empresas, evitando a 
sua descoberta em um estágio bastante avançado e complicado. 
 
 1.2.2 Específicos 
 
 Disseminar o conhecimento da Síndrome de Burnout para futuros gestores e 
profissionais da administração; 
6 
 
 Pesquisar os principais motivos que levam ao acometimento da Síndrome no 
meio coorporativo; 
 Investigar como o departamento de recursos humanos de uma corporação 
pode auxiliar os colaboradores para evitar, identificar, e se necessário 
encaminhar o colaborador para tratamento; 
 Explorar materiais que tratam do tema, como livros, artigos, pesquisas e sobre 
as estratégias e práticas de remediação desse distúrbio psíquico; 
 Buscar ferramentas, como protocolos de averiguação e treinamentos para 
empresas e colaboradores com o objetivo de reverem suas culturas em relação 
à Síndrome de Burnout e a saúde organizacional. 
 
 
1.3 METODOLOGIA 
 
 Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada 
neste trabalho, foi feita a análise de artigos, postagens, traduções sendo obras de 
diversos autores disponíveis na internet, como Marilia Nunes Fernandes, Sinésio 
Gomide Júnior, Áurea de Fátima Oliveira, Christina Maslach, Wilmar B. Schaufeli, 
Michael P. Leiter, Marcelo Echenique Alves e além foi escolhida e adquirida a obra 
literária “Dá um tempo!” da autora Izabella Camargo, que aborda o tema apresentado 
a partir das experiências e estudos da escritora sobre a saúde mental de pessoas 
envolvidas no mundo do trabalho, e sua forma de solução. 
 O estudo deste trabalho será fundamentado em ideias e pressupostos de 
teóricos que apresentam significativa importância na definição e construção dos 
conceitos discutidos nesta análise: saúde mental e comportamental. Para tal, tais 
objetos foram estudados em fontes secundárias como trabalhos acadêmicos, artigos, 
livros e afins, que foram aqui selecionados. 
 Assim sendo, o trabalho transcorrerá a partir do método conceitual-analítico, 
visto que utilizaremos conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com os 
nossos objetivos, para a construção de uma análise científica sobre o nosso objeto de 
estudo. O método de pesquisa escolhido favorece o entendimento do tema abordado 
informando e reunindo conhecimento a fim de tornar relevantes as ideias levantadas. 
 
7 
 
1.4 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS 
 
 
 O documento está dividido em 2 capítulos. No primeiro capítulo apresenta-
se a revisão histórica, expondo um estudo sobre a problemática vislumbrada, assim 
como seus resultados. Também é apresentado os sintomas e fatores de risco da 
doença. 
 No segundo capítulo é realizado um estudo de caso sobre a Síndrome de 
Burnout, promovendo um maior detalhamento de como esse distúrbio psíquico afeta 
os profissionais. 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 REVISÃO HISTÓRICA 
 
“Os primeiros estudos sobre a Síndrome de Burnout começaram com o 
psicanalista alemão Herbert J. Freudenberger. Nascido em 1926, na 
Alemanha, de família judia, fugiu para os Estados Unidos após a ascensão 
do nazismo e o início da perseguição aos judeus. Na década de 70, passou 
a atuar em clínicas de atendimento gratuitas, onde tratava principalmente 
abusadores de substâncias. 
Em 1974, a Síndrome de Burnout foi denominada pela primeira vez por 
Freudenberger. O nome origina-se do verbo inglês “to burn out”, que significa 
queimar-se por completo, consumir-se. A Síndrome de Burnout foi definida 
como um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente 
relacionada à vida profissional.” (ECHENIQUE. 2017 p.10) 
 
 ECHENIQUE (2017) esclarece sobre a origem de Herbert J. Freudenberger 
autor mais reconhecido sobre Síndrome de Burnout, e sobre o nome dado este à 
síndrome, que já em sua nomenclatura específica claramente a ideia físico e mental 
a qual remonta. 
Somente a partir de 1976 os estudos sobre Síndrome de Burnout passaram a 
ter um caráter científico, uma vez que foram construídos modelos teóricos e 
instrumentos capazes de registrar e compreender este sentimento crônico de 
desânimo, apatia e despersonalização. A psicóloga social norte-americana Christina 
Maslach foi a primeira a perceber que as pessoas portadoras da Síndrome de Burnout 
8 
 
apresentavam atitudes negativas e de distanciamento pessoal. Desta forma, Maslach 
foi pioneira e popularizou o conceito legitimando-o como uma importante questão 
social. Ela caracterizou a síndrome como uma resposta à tensão emocional causada 
pela exposição a fatores estressores ocorridos no ambiente de trabalho. 
Freudenberger elaborou o conceito reconhecendo apenas duas dimensões – 
exaustão emocional e despersonalização. Maslach acrescentou uma terceira 
dimensão, que abrangia a realização profissional. Ela ampliou o conceito inserindo 
nele um aspecto social, global, avaliando o indivíduo e sua relação com o ambiente 
de trabalho. Estas três dimensões são independentes, mas, ao mesmo tempo, estão 
relacionadas. O conceito atual da Síndrome de Burnout, então, é baseado nesta 
perspectiva social-psicológica de Maslach. 
Em 1978, após estudar centenas de trabalhadores e observar como eles 
vivenciavam seu trabalho, Maslach criou o Maslach Burnout Inventory (MBI), que é a 
medida de pesquisa mais utilizada no campo da Síndrome de Burnout. A partir das 
dimensões citadas anteriormente, é realizada a avaliação dos índices de Síndrome de 
Burnout de acordo com os escores de cada uma delas, sendo que altos escores em 
exaustão emocional e despersonalização e baixos escores em realização profissional 
(esta subescala é inversa) indicam alto nível da Síndrome de Burnout. 
 
“Algumas das primeiras discussões sobre burnout se concentraram em 
questões de discriminação validade — ou seja, foi burnout realmente um 
fenômeno distintamente diferente de outros construções estabelecidas? 
Foram consideradas várias dessas construções, mas o foco principal foi em 
duas: depressão e satisfação no trabalho. Especulação sobre estes 
problemas eram muitas vezes mais frequentes do que dados empíricos. 
Pesquisa realizada durante o desenvolvimento do MBI constatou que o 
burnout é relacionado à ansiedade e depressão. Posteriormente, a distinção 
entre burnout e a depressão foi estabelecida empiricamente em vários 
estudos usando o MBI e várias medidas de depressão (Bakker et al 2000, 
Glass & McKnight 1996, Leiter & Durup 1994). Esta pesquisa estabeleceu 
que o burnout é um problema que é específico para o contexto de trabalho, 
em contraste com a depressão, que tende a permear cada domínio da vida 
de uma pessoa. Essas descobertas deram suporte empírico a reivindicações 
anteriores que o burnout é mais relacionado ao trabalho e situação específica 
do que a depressão geral (Freudenberger 1983, Warr 1987). No entanto, 
como observado mais tarde, indivíduos que são mais propensos à depressão 
9 
 
(como indicado por maiores escores no neurótico) são mais vulneráveis ao 
burnout. 
Mais apoio para essa distinção vem de uma análise de várias conceituações 
de burnout, que observa cinco elementos comuns do burnout fenômeno 
(Maslach & Schaufeli 1993). a) Há uma predominância de sintomas 
disfóricos, como exaustão mental ou emocional, fadiga e depressão. b) A 
ênfase é mais nos sintomas mentais e comportamentais do que nos físicos. 
c) Os sintomas de burnout estão relacionados ao trabalho. d) Os sintomas se 
manifestam em pessoas "normais" que não sofriamde psicopatologia antes. 
e) Diminuiu efetividade e desempenho do trabalho ocorrem por causa de 
atitudes e comportamentos negativos. A maioria desses elementos estão 
representados no diagnóstico de trabalho neurasthenia (OMS 1992), por isso 
pesquisas recentes vêm utilizando esse diagnóstico como o equivalente 
psiquiátrico de burnout. Um novo estudo descobriu que as pontuações de 
burnout sobre o MBI pode distinguir pacientes psiquiátricos diagnosticados 
com problemas de trabalho neurasthenia de pacientes ambulatoriais 
diagnosticados com outros transtornos mentais, e que o primeiro grupo 
mostra um perfil menos patológico do que o último (Schaufeli et al 2000).” 
(MASLACH, SCHAUFELI, LEITER, 2001 p.404) 
 
O estudo de MASLACH, SCHAUFELI e LEITER (2001) específica Burnout como algo 
distinto da depressão, mas esclarece que pessoas com diagnóstico de depressão tem 
maiores chances de desenvolveram também Burnout. 
 
“O Burnout de Desempenho do Trabalho tem sido associado a várias formas 
de trabalho retirada — absenteísmo, intenção de deixar o emprego e 
rotatividade real, no entanto, para as pessoas que permanecem no trabalho, 
o burnout leva a menor produtividade e eficácia no trabalho. 
Consequentemente, está associado à diminuição da satisfação no trabalho e 
à redução do compromisso com o trabalho ou com a organização. 
Pessoas que estão experimentando burnout podem ter um impacto negativo 
em seus colegas, tanto por causar maior conflito pessoal quanto por 
interromper tarefas de trabalho. 
Assim, o burnout pode ser "contagioso" e perpetuar-se através de interações 
informais no trabalho. Há também algumas evidências de que o burnout tem 
um "derramamento" negativo efeito na vida doméstica das pessoas (Burke & 
Greenglass 2001). Saúde o componente de exaustão do burnout é mais 
preditivo do estresse desfechos de saúde do que os outros dois 
componentes. Essas correlações fisiológicas espelhar aqueles encontrados 
com outros índices de estresse prolongado. Achados paralelos têm foi 
10 
 
encontrado para a ligação entre burnout e várias formas de abuso de 
substâncias. Em termos de saúde mental, o vínculo com o burnout é mais 
complexo. Como mencionado anteriormente, burnout tem sido ligado à 
dimensão personalidade do neurótico e o perfil psiquiátrico da neurasthenia 
relacionada ao trabalho. Esses dados podem suportar o argumento de que o 
burnout é em si uma forma de doença mental. No entanto, uma mais comum 
suposição tem sido que o burnout causa disfunção mental — ou seja, 
precipita efeitos negativos em termos de saúde mental, como ansiedade, 
depressão, quedas na autoestima, e assim por diante. Um argumento 
alternativo é que as pessoas que são mentalmente saudáveis são mais 
capazes de lidar com estressores crônicos e, portanto, menos propensos a 
experiência burnout. Apesar de não avaliar o burnout diretamente, um estudo 
abordou esta questão, analisando dados longitudinais arquivamento de 
pessoas que trabalharam em empregos interpessoalmente exigentes (ou 
seja, papéis emocionalmente exigentes de "ajudante", ou trabalhos que lidam 
com pessoas em situações estressantes). Os resultados mostraram que as 
pessoas que eram psicologicamente mais saudáveis na adolescência e início 
da idade adulta foram mais propensos a entrar, e permanecer em tais 
empregos, e eles mostraram maior envolvimento e satisfação com seu 
trabalho (Jenkins & Maslach 1994). Dado este longitudinal conjunto de dados, 
este estudo foi mais capaz de estabelecer possíveis relações causais do que 
estudos correlacionais típicos podem.” (MASLACH, SCHAUFELI, LEITER, 
2001 p.406) 
 
MASLACH, SCHAUFELI e LEITER (2001) relaciona Burnout diretamente com 
produtividade no trabalho, mostrando que pessoas com melhor saúde mental tendem 
a desempenhar melhor suas funções. 
 
“Assim, para Jaffe (1995), uma organização saudável influenciará a saúde de 
seus membros e das pessoas da comunidade afetadas pela organização. Por 
outro lado, Peterson e Wilson (2002) e Assmar e Ferreira (2004) ressaltaram 
a inter-relação entre a saúde da organização (desempenho, produtividade, 
qualidade, competitividade e lucratividade elevados) e a saúde do trabalhador 
(níveis baixos de estresse). 
Peterson e Wilson argumentaram que a ênfase exclusiva na saúde do 
empregado pode impor restrições que acabem por comprometer a saúde da 
empresa no mercado global. Além disso, a ênfase exclusiva na saúde 
organizacional pode, por sua vez, criar um ambiente negativo, que estimule 
o sucesso imediato, mas que, em longo prazo, induza a doenças crônicas, ao 
11 
 
estresse, à ausência de comprometimento, à deslealdade e ao baixo 
desempenho. 
Cientes da divergência em relação ao conceito de saúde organizacional, 
iniciada principalmente a partir da década de noventa, Gomide Jr., Moura, 
Cunha e Sousa (1999) propuseram nova conceituação para o construto, 
baseados nas proposições de Schein (1965), Bennis (1966) e Fordyce e Weil 
(1971). Saúde organizacional, para os autores, diria respeito à capacidade de 
a organização desenvolver altos níveis de adaptabilidade e flexibilidade às 
demandas externas, quando necessário, e ainda promover alto grau de 
integração entre os empregados e suas equipes de trabalho (Gomide Jr. e 
cols., 1999). 
Na literatura pesquisada, como variáveis explicativas para a percepção de 
saúde organizacional, foram encontradas a percepção de suporte 
organizacional e de justiça de procedimentos (Gomide Jr., Naves, Pinto Jr., & 
Silva, 2000), a cultura existencial, da tarefa e do clube (Pinto Jr., Gomide Jr., 
Naves & Silva, 2000) e os estilos gerenciais (Gomide Jr., Brito, & Cruz, 2006). 
Como consequente da percepção de saúde organizacional, foi encontrada a 
variável comprometimento organizacional afetivo (Gomide Jr., Cruz, Brito & 
Moraes, 2006).” (MARILIA NUNES FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE 
JÚNIOR, ÁUREA DE FÁTIMA OLIVEIRA, 2011) 
 
“Conforme os resultados, se os empregados percebem que a organização 
adota políticas, regras e normas claras e honestas para a gestão do sistema 
organizacional, adota princípios éticos de honestidade, igualdade, 
transparência ao divulgar informações, mantém compromissos e respeito, 
utiliza normas e procedimentos conhecidos por todos para a demissão de 
empregados, além de reconhecer financeiramente os empregados pelo 
trabalho realizado, através do salário pago, eles perceberão que a 
organização é capaz de promover a integração de pessoas e equipes, ou 
seja, perceberão que a organização estimula o compartilhamento dos 
objetivos organizacionais e a integração dos membros às suas equipes de 
trabalho. 
Os resultados obtidos corroboram os achados de Valentine e cols. (2002) a 
respeito da relação entre valores éticos e ajustamento entre pessoa e 
organização, dado que gestão do sistema (fator de comportamentos éticos 
organizacionais) foi o seu principal preditor. 
Parece haver uma característica comum entre os preditores (gestão do 
sistema, padrões éticos, normas relativas à demissão de empregados e 
reconhecimento financeiro organizacional). Todos retratam normas e padrões 
para o relacionamento da organização com os empregados, característica 
12 
 
que se repetirá para a segunda variável-critério.” (MARILIA NUNES 
FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE JÚNIOR, ÁUREA DE FÁTIMA OLIVEIRA, 
2011) 
 
 Para MARILIA NUNES FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE JÚNIOR, ÁUREA DE 
FÁTIMA OLIVEIRA, (2011) a saúde organizacional reflete das atitudes gerenciais, 
posicionamentos administrativos da organização para o colaborador. 
A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados com a Saúde (CID) deve inserir a Síndrome de Burnout na sua 11ª 
revisão, em janeiro de 2022. No entanto, há outras doenças dentro da CID, que 
também são manifestadas na Síndrome de Burnout: 
 
CID-10 Z73 
CID 10 - Z73 Problemas relacionados com a organização de seu modo de vidaCID 10 - Z73.0 Esgotamento 
CID 10 - Z73.1 Acentuação de traços de personalidade 
CID 10 - Z73.2 Falta de repouso e de lazer 
CID 10 - Z73.3 Stress não classificado em outra parte 
CID 10 - Z73.4 Habilidades sociais inadequadas não classificadas em outra parte 
CID 10 - Z73.5 Conflito sobre o papel social, não classificado em outra parte 
CID 10 - Z73.6 Limites impostos às atividades por invalidez 
CID 10 - Z73.8 
Outros problemas relacionados com a organização do seu modo de 
vida 
CID 10 - Z73.9 
Problema relacionado com a organização de seu modo de vida não 
especificado 
 
2.1.1 Sinais, sintomas e fatores de risco 
 
O trabalho compreende um papel central na vida das pessoas, sendo 
importante na formação da identidade e na inserção à vida social. Pode-se considerar 
que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas relacionadas ao 
trabalho e à concretização delas seja um dos fatores que oferecem uma melhor 
qualidade de vida. Uma relação satisfatória com a atividade profissional é fundamental 
para manter uma boa motivação, relações de autoestima, apoio e reconhecimento 
social. 
Porém, o trabalho nem sempre oferece uma realização profissional plena, 
podendo causar problemas como insatisfação e exaustão. A insatisfação pessoal com 
13 
 
a situação profissional poderá diminuir a qualidade dos serviços prestados, o nível de 
produção e a lucratividade. O desequilíbrio na saúde mental do indivíduo pode 
provocar diminuição do comprometimento, rendimento e produtividade, levando-o à 
exaustão. Isto acarreta no aumento do número de faltas ao trabalho e ocorrência de 
licenças por auxílio-doença. Consequentemente, por parte das empresas, será 
necessária a reposição destes funcionários absenteístas, realização de 
transferências, contratações de novos funcionários e realização de novo treinamento 
deles, entre outros tipos de despesas. 
A Síndrome de Burnout é um processo que se inicia através de excessivos e 
prolongados períodos de estresse e/ou tensão no trabalho. Sua progressão ocorre de 
forma gradual, seus sinais e sintomas são leves no início e pioram com o passar do 
tempo. 
A exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança e de derrota, 
fracasso, indecisão, insegurança, solidão, depressão, perspectiva negativa sobre si 
mesmo, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, sensação de baixa energia, 
fraqueza, cansaço excessivo, preocupação, imunidade reduzida e suscetibilidade 
para outras doenças, cefaleias, náuseas, dor e tensão muscular, dor lombar ou 
cervical, alterações do apetite e distúrbios do sono. O distanciamento afetivo provoca 
diminuição da empatia, desapego, sensação de alienação em relação aos outros, 
sendo a presença deste muitas vezes desagradável e não desejada. Já a baixa 
realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser descrita como uma 
sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é realizado não tem valor, 
provocando diminuição da motivação e do sentimento de realização. Também poderá 
provocar mudanças comportamentais, como isolamento social, diminuição de 
responsabilidades pela falta de motivação, procrastinação, uso de comida, álcool ou 
drogas para alívio, conflitos com colegas de trabalho, haverá uma projeção das suas 
frustrações nos outros, também aumentará as faltas ao trabalho e atrasos ou saídas 
mais cedo do trabalho. 
Para efetuar o diagnóstico da Síndrome de Burnout, são avaliadas as 
características individuais associadas às do ambiente e às do trabalho, 
proporcionando o aparecimento de fatores multidimensionais da síndrome: exaustão 
emocional, distanciamento afetivo (despersonalização) e baixa realização 
profissional. 
14 
 
Para avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de 
Burnout, se leva em consideração quatro dimensões: a organização, o indivíduo, o 
trabalho e a sociedade. 
Os fatores organizacionais dizem respeito à organização do ambiente de 
trabalho perante o indivíduo, como trabalhador ou como integrante de uma equipe, e 
às metodologias de trabalho e/ou produção. O excesso de normas e burocracia 
impedem a autonomia individual, o processo de participação criativa e a tomada de 
decisões, gerando atrasos na realização das tarefas e requisitando muito tempo e 
energia por parte do indivíduo na sua manutenção. A falta de autonomia e a 
impossibilidade de tomar decisões sem ter de consultar ou obter autorização de 
alguém, impossibilita a liberdade de tomada de ações e independências profissionais. 
O sentimento de que a pessoa tem pouco ou nenhum controle sobre o seu trabalho, 
ou uma falta de reconhecimento pelo seu desempenho. Normas institucionais muito 
rígidas impedem que o trabalhador atinja autonomia e sinta-se no controle de suas 
tarefas. Mudanças organizacionais e alterações frequentes de regras e normas 
provocam insegurança no indivíduo, predispondo o mesmo a possibilidade de cometer 
erros. A falta de confiança, respeito e consideração entre os membros de uma equipe 
provocam um clima social prejudicial. A comunicação ineficiente entre os membros da 
equipe e cargos superiores também podem possibilitar distorções na passagem de 
informações. Também pode provocar muito desestímulo no indivíduo o não 
reconhecimento da qualidade de seu trabalho, a percepção de impossibilidade de 
ascensão profissional e de melhorar sua remuneração. As expectativas de trabalho 
pouco claras ou extremamente exigentes, atuando em um ambiente caótico ou de alta 
pressão. Ainda um trabalho que considera monótono ou incontestável. 
 As características próprias do indivíduo e alguns traços de personalidade 
também podem influenciar no desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Indivíduos 
altamente competitivos, com necessidade de controlar as situações, com baixa 
tolerância para frustração e para erros. Pessoas altamente dedicadas, que se 
envolvem excessivamente, mais empáticos e sensíveis, com facilidade de 
identificação com os demais. Indivíduos perfeccionistas, exigentes, que não se 
satisfazem com os resultados obtidos, que realizam cobrança por alto desempenho, 
que nunca estão satisfeitos com a tarefa que estão executando, pensando que podem 
fazer melhor de outro jeito. Indivíduos pessimistas que destacam os aspectos 
negativos e insucesso, que sofrem por antecipação, com visões pessimistas de si 
15 
 
mesmo e do mundo, de que não está desempenhando sua atividade com a dedicação 
necessária e de que não está sendo valorizado da maneira como acha que deveria 
estar sendo. Indivíduos com grande expectativa e idealismo em relação ao trabalho, 
que podem deixar de serem realistas e se decepcionarem. Indivíduos controladores 
são inseguros e tem preocupações excessivas, centrando a realização das atividades 
em si mesmo, relutam em aceitar ajuda, com muita dificuldade em delegar tarefas e 
trabalhar em grupo. Indivíduos passivos que se mantêm na defensiva e com tendência 
a evitação diante às dificuldades. Indivíduos com nível educacional mais elevado, com 
maiores riscos em solteiros, viúvos e divorciados. As mulheres apresentam maiores 
índices na relação com exaustão emocional, enquanto os homens em 
despersonalização e distanciamento afetivo. 
Os fatores relacionados ao trabalho também se associam ao desenvolvimento 
da Síndrome de Burnout. Trabalhadores sobrecarregados, com excesso de demanda 
e que excede sua capacidade produtiva, seja por incapacidade técnica, de tempo ou 
de infraestrutura organizacional. A pressão no trabalho acarretará o agravamento da 
exaustão emocional. Uma baixa participação nas decisões e baixo controle das 
atividades ocasionam uma insatisfação pessoal frente ao trabalho. Discordância entre 
as expectativas individuais de desenvolvimento profissional e a realidade do seu 
trabalho. O sentimento de injustiça nas relações com colegas, ocasionados por 
desigualdades no comprometimento individual,na cobrança organizacional, 
desigualdade salarial em membros de mesmo cargo, promoções profissionais sem 
merecimento. Limitações no suporte organizacional e dificuldade no relacionamento 
com colegas podem provocar uma sensação de impotência, solidão, desamparo, 
desrespeito. Um relacionamento com envolvimento sentimental entre o trabalhador e 
as pessoas a quem deverá atender, lidando com pessoas em situações de desamparo 
e sofrimento. Conflitos gerados pelas expectativas a respeito das suas funções e o 
real papel que deverá desempenhar, conflitos sobre a discrepância entre o 
desempenho e a tarefa que lhe foi cobrada. Também podemos citar as normas, 
regras, direitos, metodologia e objetivos informados com pouca clareza pela 
organização. 
Podemos citar também fatores sociais associados à Síndrome de Burnout, 
como a carência de um suporte social e familiar, que interfere no desempenho 
profissional por apresentar dificuldade na capacidade de contar com colegas, amigos 
e familiares. O estilo de vida, como pessoas que trabalham demais e assumem 
16 
 
responsabilidades excessivas, sem dedicar tempo suficiente para socializar ou 
relaxar, que não dormem o suficiente. A dificuldade de relacionar-se com outras 
pessoas, com falta de relações estreitas e solidárias, sem poder contar com ajuda de 
outras pessoas. A necessidade de manter uma posição social de prestígio, mesmo 
quando um baixo rendimento salarial que envolve sua profissão, fará com que o 
indivíduo procure vários empregos, sobrecarregando-se e diminuindo a 
disponibilidade de tempo para atividades recreativas e prazerosas, também 
diminuindo o tempo para melhorar sua capacitação profissional e, assim, gerando 
insatisfação e insegurança nas atividades desempenhadas. Também alguns valores 
e regras culturais podem propiciar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, de 
acordo com região em que reside e/ou aspectos religiosos que pratica. 
As principais áreas atingidas pela Síndrome de Burnout são os profissionais da 
área da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, estudantes de 
medicina), da segurança pública (policiais, militares, agentes penitenciários, 
seguranças) e da educação (professores, educadores, diretores, pedagogos, 
assistentes sociais). Também podemos citar outros profissionais, como bancários, 
advogados, juízes, promotores e diretores de grandes empresas. São profissionais 
que enfrentam eventos estressores constantemente no seu ambiente de trabalho, 
além de um intenso e contínuo envolvimento emocional. Geralmente são 
trabalhadores submetidos a longas jornadas de trabalho, com excesso de 
responsabilidades, número insuficiente de pessoal, falta de reconhecimento 
profissional, alta exposição a riscos físicos e químicos, assim como contato constante 
com sofrimento, dor e, em muitas vezes, a morte. Nestas relações de trabalho, existe 
um envolvimento muito próximo com pessoas em sofrimento, criando um maior 
vínculo afetivo entre os profissionais e os pacientes e seus familiares. 
Os trabalhadores da área de saúde mental convivem com diversos fatores 
associados ao risco de desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Eles possuem 
expectativas excessivas em relação ao trabalho que desempenham e com relação à 
melhora do paciente, existindo uma discrepância entre a expectativa idealizada e os 
resultados da prática profissional. É idealizado um trabalho que ajudará as pessoas, 
mas, na realidade, poucas mudanças são vivenciadas em pacientes crônicos e/ou 
quadros mais graves. Existe uma falta de gratificação, tanto no aspecto financeiro 
devido às baixas remunerações, quanto no aspecto profissional, visto que, na maioria 
dos casos, são quadros clínicos crônicos e prognóstico de melhora muito reservado. 
17 
 
Existe ainda um baixo investimento público e/ou privado na infraestrutura dos 
hospitais, clínicas e ambulatórios, bem como em medidas de suporte à saúde do 
trabalhador. Eles acabam atuando em condições inadequadas de atendimento e com 
grande demanda de pacientes necessitados de ajuda. 
 
2.2 ESTUDO DE CASO 
 
Izabella, 35 anos, jornalista e apresentadora televisiva, trabalha diversas horas por 
dia, porém sua vida muda quando o horário de trabalho passa a ser noturno. Izabella 
começa a ter problemas para dormir, faz jornadas de mais de 12 horas por dia aos 
finais de semana, dorme às 17:00, e para tentar ter um sono de qualidade passa a se 
medicar com anfetaminas, e outros remédios para dormir. O comportamento dela 
muda, passa a apresentar comportamento de distanciamento afetivo, seu rendimento 
no trabalho não é mais o mesmo, e ao se queixar sobre suas atividades extras, e cada 
vez mais frequentes, a resposta de seus superiores é de que “as atividades são 
passadas a ela, porque é competente e dá conta”. Izabella vai até os recursos 
humanos da empresa onde trabalha, porém lá também não resolvem seu problema 
de horário, e é recusada a mudança para o período diurno. Após sequentes tentativas 
de mudança, ela procurou um psiquiatra, que recomendou seu afastamento por um 
período longo, até que se curasse do que ele identificou como “Síndrome de Burnout”. 
 
Problema: 
Durante um longo período, Izabella, foi posta além do seu limite, e quando procurou 
auxílio dentro do local onde trabalhava, foi negado incessantemente. O psiquiatra 
atestou Síndrome de Burnout, e alguns dos sintomas contam no relato acima, como o 
afastamento afetivo, o cansaço/esgotamento físico, a queda no rendimento, e o 
adoecimento do corpo e da mente da jornalista. 
 
Possível solução: 
Primeiramente, a jornalista conhecendo os sintomas da doença, e tendo ciência de 
sua existência, poderia associar por similaridade com o que ela própria vivia. Porém, 
havendo ela o desconhecimento, ou mesmo por falta de atenção a sua própria vida 
naquele momento, já que a Síndrome de Burnout causa essa despersonalização, o 
afastamento e desligamento dos elos consigo próprio, a empresa poderia ter 
18 
 
intervindo, notando seu cansaço, e até mesmo suas queixas e solicitações, e talvez o 
caso não tivesse se agravado tanto até que ela própria procurasse um médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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	1 INTRODUÇÃO
	1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA
	1.2 OBJETIVOS
	1.2.1 Geral
	1.2.2 Específicos
	 Disseminar o conhecimento da Síndrome de Burnout para futuros gestores e profissionais da administração;
	1.3 METODOLOGIA
	1.4 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS
	2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1 REVISÃO HISTÓRICA
	2.1.1 Sinais, sintomas e fatores de risco
	2.2 ESTUDO DE CASO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	FERNANDES, Marilia Nunes; JÚNIOR, Sinésio Gomide; OLIVEIRA, Áurea de Fátima. Saúde organizacional: uma proposta de modelo de análise. Rev. Psicol., Organ. Trab. vol.11 no.1. Florianópolis, jun. 2011. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.ph...

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