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Técnico em Administração SÍNDROME DE BURNOUT E SAÚDE ORGANIZACIONAL: Estratégias de prevenção e práticas de remediação. GUARULHOS 2021 Gabriela da Silva Santos Gisleine Ferraz Jhonatans Enrique Tamiris Santana SÍNDROME DE BURNOUT E SAÚDE ORGANIZACIONAL: Estratégias de prevenção e práticas de remediação. Projeto do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Técnico em Administração da Etec de Guarulhos, orientado pelo Professor Adnor Carlos dos Santos Junior, como requisito parcial para obtenção do título de Técnico de Nível Médio em Administração. GUARULHOS 2021 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................................... 4 1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 5 1.2.1 Objetivos gerais .............................................................................................. 5 1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 6 1.3 METODOLOGIA ................................................................................................ 6 1.4 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS........................................................................ 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 7 2.1 REVISÃO HISTÓRICA .......................................................................................... 7 2.1.1 Sinais, sintomas e fatores de risco ................................................................... 12 2.2 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 19 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho fora elaborado pela equipe de alunos do terceiro módulo do curso Técnico em Administração da Escola Técnica Estadual de Guarulhos, administrada pelo Centro Paula Souza e orientado pelo professor Ednor Carlos dos Santos Junior. Perante as adversidades no mercado, um fator que permanece em evidência é a importância das pessoas no ambiente empresarial, posto que são elas que executam, controlam atividades/processos, gerenciam e comandam a empresa. A Síndrome de Burnout afeta diretamente na saúde organizacional da empresa, que é de extrema relevância, visto que ela está relacionada com a saúde do colaborador. Dentro do ambiente corporativo, temos o setor de recursos humanos que se apresenta como o principal responsável pela administração de pessoas e tem um papel fundamental na hora de implementar as melhores práticas para uma gestão mais próxima e empática. De acordo com o site ANAMT (2018), uma pesquisa da Isma-BR (representante local da International Stress Management Association) afirma que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam algum sintoma/nível de ansiedade. Destes, 47% sofrem algum nível de depressão. Mesmo diante desse fato, apenas 18% das empresas investem em programas para cuidar da saúde mental de seus colaboradores. Diante desses dados, a saúde organizacional poderá interferir positivamente nesse quadro, na prevenção e nas estratégias diante desse problema. A partir dessas considerações, o atual projeto tem por tema a investigação de como os gestores podem identificar a síndrome e quais estratégias podem utilizar para lidar com o esgotamento profissional. Esse trabalho tem como finalidade expandir o conhecimento sobre a Síndrome de Burnout, visto que a maioria dos profissionais desconhece esse distúrbio emocional e o tratam como um caso de acúmulo de tarefas ou estresse. Com base nessas informações, nosso trabalho visa abordar as questões de saúde organizacional como forma de prevenção e conscientização dos profissionais com relação ao tema. 4 1.1 SITUAÇÃO PROBLEMA O que o administrador precisa saber sobre a Síndrome de Burnout para a manutenção da saúde organizacional? A Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano. O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Conciliar filhos, tarefas domésticas e ainda desempenhar suas atividades no trabalho é um grande desafio. Isso tem sido ainda mais crítico para as centenas de pessoas que estão trabalhando no modelo home office, por conta da pandemia, causada pela COVID-19. Outro fator relevante é o excesso de funções, aumento de cobranças para realizar as atividades, jornada de trabalho com horas excessivas, e consequentemente, falta de horas livres e de lazer para poder praticar todas as outras necessidades que um ser humano precisa. As estratégias individuais estão relacionadas à resolução de problemas, assertividade, e gestão do tempo de maneira eficaz e capacitação profissional. As estratégias grupais são o conjunto de colegas e supervisores que buscam apoio emocional, com isso melhoram as suas capacidades e obtêm novas informações. As estratégias organizacionais proporcionam condições de trabalho atrativas e gratificantes, modificam os métodos de prestação de cuidados, reconhecem a necessidade de educação permanente e investem no aperfeiçoamento profissional. Além disso, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e com o alto índice de demissões no país, os profissionais sentem uma cobrança diária por melhores qualificações e bons resultados. https://drauziovarella.uol.com.br/anestesiologia/estresse-e-acesso-a-drogas-aumentam-risco-de-suicidio-entre-anestesistas/ https://drauziovarella.uol.com.br/anestesiologia/estresse-e-acesso-a-drogas-aumentam-risco-de-suicidio-entre-anestesistas/ 5 Para dar conta do recado e até mesmo por sentirem-se pressionadas, as pessoas assumem altas cargas de trabalho para superar as expectativas das empresas. Organizações baseadas em chefias autoritárias, submissão, comunicação falha, alta competitividade e ritmo muito acelerado de trabalho, além de prejudiciais para a produtividade em longo prazo, são nocivas à saúde mental dos colaboradores. Outra situação de destaque em termos de danos psicológicos é o assédio moral. Caracterizado pelo constrangimento ou humilhação, por um superior ou colega, de forma frequente e prolongada. As empresas ainda não valorizam de forma adequada a saúde mental dos colaboradores por estigmas sociais associados a esse tema e isso traz consequências tanto para as instituições, quanto para os colaboradores, e um desses resultados é a síndrome do esgotamento profissional. Por acreditarmos na importância do tema, e sua divulgação e, por meio de pesquisas, percebermos a falta de diálogo sobre o assunto, e o desconhecimento de boa parte da população sobre ele, é que escolhemos falar sobre a saúde organizacional em detrimento da síndrome do esgotamento profissional. Associada a saúde organizacional, a síndromepode ser compreendida de maneiras diferentes, além de trazer possibilidades de prevenção, identificação, e cuidados posteriores para quem já a adquiriu. Por esses motivos, ações preventivas e de cuidado com a saúde devem avaliar frequentemente o comportamento e a relação dos funcionários. Além de dar grande enfoque à conscientização. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Geral Tornar a Síndrome de Burnout mais conhecida dentro das empresas, evitando a sua descoberta em um estágio bastante avançado e complicado. 1.2.2 Específicos Disseminar o conhecimento da Síndrome de Burnout para futuros gestores e profissionais da administração; 6 Pesquisar os principais motivos que levam ao acometimento da Síndrome no meio coorporativo; Investigar como o departamento de recursos humanos de uma corporação pode auxiliar os colaboradores para evitar, identificar, e se necessário encaminhar o colaborador para tratamento; Explorar materiais que tratam do tema, como livros, artigos, pesquisas e sobre as estratégias e práticas de remediação desse distúrbio psíquico; Buscar ferramentas, como protocolos de averiguação e treinamentos para empresas e colaboradores com o objetivo de reverem suas culturas em relação à Síndrome de Burnout e a saúde organizacional. 1.3 METODOLOGIA Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada neste trabalho, foi feita a análise de artigos, postagens, traduções sendo obras de diversos autores disponíveis na internet, como Marilia Nunes Fernandes, Sinésio Gomide Júnior, Áurea de Fátima Oliveira, Christina Maslach, Wilmar B. Schaufeli, Michael P. Leiter, Marcelo Echenique Alves e além foi escolhida e adquirida a obra literária “Dá um tempo!” da autora Izabella Camargo, que aborda o tema apresentado a partir das experiências e estudos da escritora sobre a saúde mental de pessoas envolvidas no mundo do trabalho, e sua forma de solução. O estudo deste trabalho será fundamentado em ideias e pressupostos de teóricos que apresentam significativa importância na definição e construção dos conceitos discutidos nesta análise: saúde mental e comportamental. Para tal, tais objetos foram estudados em fontes secundárias como trabalhos acadêmicos, artigos, livros e afins, que foram aqui selecionados. Assim sendo, o trabalho transcorrerá a partir do método conceitual-analítico, visto que utilizaremos conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com os nossos objetivos, para a construção de uma análise científica sobre o nosso objeto de estudo. O método de pesquisa escolhido favorece o entendimento do tema abordado informando e reunindo conhecimento a fim de tornar relevantes as ideias levantadas. 7 1.4 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS O documento está dividido em 2 capítulos. No primeiro capítulo apresenta- se a revisão histórica, expondo um estudo sobre a problemática vislumbrada, assim como seus resultados. Também é apresentado os sintomas e fatores de risco da doença. No segundo capítulo é realizado um estudo de caso sobre a Síndrome de Burnout, promovendo um maior detalhamento de como esse distúrbio psíquico afeta os profissionais. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 REVISÃO HISTÓRICA “Os primeiros estudos sobre a Síndrome de Burnout começaram com o psicanalista alemão Herbert J. Freudenberger. Nascido em 1926, na Alemanha, de família judia, fugiu para os Estados Unidos após a ascensão do nazismo e o início da perseguição aos judeus. Na década de 70, passou a atuar em clínicas de atendimento gratuitas, onde tratava principalmente abusadores de substâncias. Em 1974, a Síndrome de Burnout foi denominada pela primeira vez por Freudenberger. O nome origina-se do verbo inglês “to burn out”, que significa queimar-se por completo, consumir-se. A Síndrome de Burnout foi definida como um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente relacionada à vida profissional.” (ECHENIQUE. 2017 p.10) ECHENIQUE (2017) esclarece sobre a origem de Herbert J. Freudenberger autor mais reconhecido sobre Síndrome de Burnout, e sobre o nome dado este à síndrome, que já em sua nomenclatura específica claramente a ideia físico e mental a qual remonta. Somente a partir de 1976 os estudos sobre Síndrome de Burnout passaram a ter um caráter científico, uma vez que foram construídos modelos teóricos e instrumentos capazes de registrar e compreender este sentimento crônico de desânimo, apatia e despersonalização. A psicóloga social norte-americana Christina Maslach foi a primeira a perceber que as pessoas portadoras da Síndrome de Burnout 8 apresentavam atitudes negativas e de distanciamento pessoal. Desta forma, Maslach foi pioneira e popularizou o conceito legitimando-o como uma importante questão social. Ela caracterizou a síndrome como uma resposta à tensão emocional causada pela exposição a fatores estressores ocorridos no ambiente de trabalho. Freudenberger elaborou o conceito reconhecendo apenas duas dimensões – exaustão emocional e despersonalização. Maslach acrescentou uma terceira dimensão, que abrangia a realização profissional. Ela ampliou o conceito inserindo nele um aspecto social, global, avaliando o indivíduo e sua relação com o ambiente de trabalho. Estas três dimensões são independentes, mas, ao mesmo tempo, estão relacionadas. O conceito atual da Síndrome de Burnout, então, é baseado nesta perspectiva social-psicológica de Maslach. Em 1978, após estudar centenas de trabalhadores e observar como eles vivenciavam seu trabalho, Maslach criou o Maslach Burnout Inventory (MBI), que é a medida de pesquisa mais utilizada no campo da Síndrome de Burnout. A partir das dimensões citadas anteriormente, é realizada a avaliação dos índices de Síndrome de Burnout de acordo com os escores de cada uma delas, sendo que altos escores em exaustão emocional e despersonalização e baixos escores em realização profissional (esta subescala é inversa) indicam alto nível da Síndrome de Burnout. “Algumas das primeiras discussões sobre burnout se concentraram em questões de discriminação validade — ou seja, foi burnout realmente um fenômeno distintamente diferente de outros construções estabelecidas? Foram consideradas várias dessas construções, mas o foco principal foi em duas: depressão e satisfação no trabalho. Especulação sobre estes problemas eram muitas vezes mais frequentes do que dados empíricos. Pesquisa realizada durante o desenvolvimento do MBI constatou que o burnout é relacionado à ansiedade e depressão. Posteriormente, a distinção entre burnout e a depressão foi estabelecida empiricamente em vários estudos usando o MBI e várias medidas de depressão (Bakker et al 2000, Glass & McKnight 1996, Leiter & Durup 1994). Esta pesquisa estabeleceu que o burnout é um problema que é específico para o contexto de trabalho, em contraste com a depressão, que tende a permear cada domínio da vida de uma pessoa. Essas descobertas deram suporte empírico a reivindicações anteriores que o burnout é mais relacionado ao trabalho e situação específica do que a depressão geral (Freudenberger 1983, Warr 1987). No entanto, como observado mais tarde, indivíduos que são mais propensos à depressão 9 (como indicado por maiores escores no neurótico) são mais vulneráveis ao burnout. Mais apoio para essa distinção vem de uma análise de várias conceituações de burnout, que observa cinco elementos comuns do burnout fenômeno (Maslach & Schaufeli 1993). a) Há uma predominância de sintomas disfóricos, como exaustão mental ou emocional, fadiga e depressão. b) A ênfase é mais nos sintomas mentais e comportamentais do que nos físicos. c) Os sintomas de burnout estão relacionados ao trabalho. d) Os sintomas se manifestam em pessoas "normais" que não sofriamde psicopatologia antes. e) Diminuiu efetividade e desempenho do trabalho ocorrem por causa de atitudes e comportamentos negativos. A maioria desses elementos estão representados no diagnóstico de trabalho neurasthenia (OMS 1992), por isso pesquisas recentes vêm utilizando esse diagnóstico como o equivalente psiquiátrico de burnout. Um novo estudo descobriu que as pontuações de burnout sobre o MBI pode distinguir pacientes psiquiátricos diagnosticados com problemas de trabalho neurasthenia de pacientes ambulatoriais diagnosticados com outros transtornos mentais, e que o primeiro grupo mostra um perfil menos patológico do que o último (Schaufeli et al 2000).” (MASLACH, SCHAUFELI, LEITER, 2001 p.404) O estudo de MASLACH, SCHAUFELI e LEITER (2001) específica Burnout como algo distinto da depressão, mas esclarece que pessoas com diagnóstico de depressão tem maiores chances de desenvolveram também Burnout. “O Burnout de Desempenho do Trabalho tem sido associado a várias formas de trabalho retirada — absenteísmo, intenção de deixar o emprego e rotatividade real, no entanto, para as pessoas que permanecem no trabalho, o burnout leva a menor produtividade e eficácia no trabalho. Consequentemente, está associado à diminuição da satisfação no trabalho e à redução do compromisso com o trabalho ou com a organização. Pessoas que estão experimentando burnout podem ter um impacto negativo em seus colegas, tanto por causar maior conflito pessoal quanto por interromper tarefas de trabalho. Assim, o burnout pode ser "contagioso" e perpetuar-se através de interações informais no trabalho. Há também algumas evidências de que o burnout tem um "derramamento" negativo efeito na vida doméstica das pessoas (Burke & Greenglass 2001). Saúde o componente de exaustão do burnout é mais preditivo do estresse desfechos de saúde do que os outros dois componentes. Essas correlações fisiológicas espelhar aqueles encontrados com outros índices de estresse prolongado. Achados paralelos têm foi 10 encontrado para a ligação entre burnout e várias formas de abuso de substâncias. Em termos de saúde mental, o vínculo com o burnout é mais complexo. Como mencionado anteriormente, burnout tem sido ligado à dimensão personalidade do neurótico e o perfil psiquiátrico da neurasthenia relacionada ao trabalho. Esses dados podem suportar o argumento de que o burnout é em si uma forma de doença mental. No entanto, uma mais comum suposição tem sido que o burnout causa disfunção mental — ou seja, precipita efeitos negativos em termos de saúde mental, como ansiedade, depressão, quedas na autoestima, e assim por diante. Um argumento alternativo é que as pessoas que são mentalmente saudáveis são mais capazes de lidar com estressores crônicos e, portanto, menos propensos a experiência burnout. Apesar de não avaliar o burnout diretamente, um estudo abordou esta questão, analisando dados longitudinais arquivamento de pessoas que trabalharam em empregos interpessoalmente exigentes (ou seja, papéis emocionalmente exigentes de "ajudante", ou trabalhos que lidam com pessoas em situações estressantes). Os resultados mostraram que as pessoas que eram psicologicamente mais saudáveis na adolescência e início da idade adulta foram mais propensos a entrar, e permanecer em tais empregos, e eles mostraram maior envolvimento e satisfação com seu trabalho (Jenkins & Maslach 1994). Dado este longitudinal conjunto de dados, este estudo foi mais capaz de estabelecer possíveis relações causais do que estudos correlacionais típicos podem.” (MASLACH, SCHAUFELI, LEITER, 2001 p.406) MASLACH, SCHAUFELI e LEITER (2001) relaciona Burnout diretamente com produtividade no trabalho, mostrando que pessoas com melhor saúde mental tendem a desempenhar melhor suas funções. “Assim, para Jaffe (1995), uma organização saudável influenciará a saúde de seus membros e das pessoas da comunidade afetadas pela organização. Por outro lado, Peterson e Wilson (2002) e Assmar e Ferreira (2004) ressaltaram a inter-relação entre a saúde da organização (desempenho, produtividade, qualidade, competitividade e lucratividade elevados) e a saúde do trabalhador (níveis baixos de estresse). Peterson e Wilson argumentaram que a ênfase exclusiva na saúde do empregado pode impor restrições que acabem por comprometer a saúde da empresa no mercado global. Além disso, a ênfase exclusiva na saúde organizacional pode, por sua vez, criar um ambiente negativo, que estimule o sucesso imediato, mas que, em longo prazo, induza a doenças crônicas, ao 11 estresse, à ausência de comprometimento, à deslealdade e ao baixo desempenho. Cientes da divergência em relação ao conceito de saúde organizacional, iniciada principalmente a partir da década de noventa, Gomide Jr., Moura, Cunha e Sousa (1999) propuseram nova conceituação para o construto, baseados nas proposições de Schein (1965), Bennis (1966) e Fordyce e Weil (1971). Saúde organizacional, para os autores, diria respeito à capacidade de a organização desenvolver altos níveis de adaptabilidade e flexibilidade às demandas externas, quando necessário, e ainda promover alto grau de integração entre os empregados e suas equipes de trabalho (Gomide Jr. e cols., 1999). Na literatura pesquisada, como variáveis explicativas para a percepção de saúde organizacional, foram encontradas a percepção de suporte organizacional e de justiça de procedimentos (Gomide Jr., Naves, Pinto Jr., & Silva, 2000), a cultura existencial, da tarefa e do clube (Pinto Jr., Gomide Jr., Naves & Silva, 2000) e os estilos gerenciais (Gomide Jr., Brito, & Cruz, 2006). Como consequente da percepção de saúde organizacional, foi encontrada a variável comprometimento organizacional afetivo (Gomide Jr., Cruz, Brito & Moraes, 2006).” (MARILIA NUNES FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE JÚNIOR, ÁUREA DE FÁTIMA OLIVEIRA, 2011) “Conforme os resultados, se os empregados percebem que a organização adota políticas, regras e normas claras e honestas para a gestão do sistema organizacional, adota princípios éticos de honestidade, igualdade, transparência ao divulgar informações, mantém compromissos e respeito, utiliza normas e procedimentos conhecidos por todos para a demissão de empregados, além de reconhecer financeiramente os empregados pelo trabalho realizado, através do salário pago, eles perceberão que a organização é capaz de promover a integração de pessoas e equipes, ou seja, perceberão que a organização estimula o compartilhamento dos objetivos organizacionais e a integração dos membros às suas equipes de trabalho. Os resultados obtidos corroboram os achados de Valentine e cols. (2002) a respeito da relação entre valores éticos e ajustamento entre pessoa e organização, dado que gestão do sistema (fator de comportamentos éticos organizacionais) foi o seu principal preditor. Parece haver uma característica comum entre os preditores (gestão do sistema, padrões éticos, normas relativas à demissão de empregados e reconhecimento financeiro organizacional). Todos retratam normas e padrões para o relacionamento da organização com os empregados, característica 12 que se repetirá para a segunda variável-critério.” (MARILIA NUNES FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE JÚNIOR, ÁUREA DE FÁTIMA OLIVEIRA, 2011) Para MARILIA NUNES FERNANDES, SINÉSIO GOMIDE JÚNIOR, ÁUREA DE FÁTIMA OLIVEIRA, (2011) a saúde organizacional reflete das atitudes gerenciais, posicionamentos administrativos da organização para o colaborador. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) deve inserir a Síndrome de Burnout na sua 11ª revisão, em janeiro de 2022. No entanto, há outras doenças dentro da CID, que também são manifestadas na Síndrome de Burnout: CID-10 Z73 CID 10 - Z73 Problemas relacionados com a organização de seu modo de vidaCID 10 - Z73.0 Esgotamento CID 10 - Z73.1 Acentuação de traços de personalidade CID 10 - Z73.2 Falta de repouso e de lazer CID 10 - Z73.3 Stress não classificado em outra parte CID 10 - Z73.4 Habilidades sociais inadequadas não classificadas em outra parte CID 10 - Z73.5 Conflito sobre o papel social, não classificado em outra parte CID 10 - Z73.6 Limites impostos às atividades por invalidez CID 10 - Z73.8 Outros problemas relacionados com a organização do seu modo de vida CID 10 - Z73.9 Problema relacionado com a organização de seu modo de vida não especificado 2.1.1 Sinais, sintomas e fatores de risco O trabalho compreende um papel central na vida das pessoas, sendo importante na formação da identidade e na inserção à vida social. Pode-se considerar que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas relacionadas ao trabalho e à concretização delas seja um dos fatores que oferecem uma melhor qualidade de vida. Uma relação satisfatória com a atividade profissional é fundamental para manter uma boa motivação, relações de autoestima, apoio e reconhecimento social. Porém, o trabalho nem sempre oferece uma realização profissional plena, podendo causar problemas como insatisfação e exaustão. A insatisfação pessoal com 13 a situação profissional poderá diminuir a qualidade dos serviços prestados, o nível de produção e a lucratividade. O desequilíbrio na saúde mental do indivíduo pode provocar diminuição do comprometimento, rendimento e produtividade, levando-o à exaustão. Isto acarreta no aumento do número de faltas ao trabalho e ocorrência de licenças por auxílio-doença. Consequentemente, por parte das empresas, será necessária a reposição destes funcionários absenteístas, realização de transferências, contratações de novos funcionários e realização de novo treinamento deles, entre outros tipos de despesas. A Síndrome de Burnout é um processo que se inicia através de excessivos e prolongados períodos de estresse e/ou tensão no trabalho. Sua progressão ocorre de forma gradual, seus sinais e sintomas são leves no início e pioram com o passar do tempo. A exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança e de derrota, fracasso, indecisão, insegurança, solidão, depressão, perspectiva negativa sobre si mesmo, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, sensação de baixa energia, fraqueza, cansaço excessivo, preocupação, imunidade reduzida e suscetibilidade para outras doenças, cefaleias, náuseas, dor e tensão muscular, dor lombar ou cervical, alterações do apetite e distúrbios do sono. O distanciamento afetivo provoca diminuição da empatia, desapego, sensação de alienação em relação aos outros, sendo a presença deste muitas vezes desagradável e não desejada. Já a baixa realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser descrita como uma sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é realizado não tem valor, provocando diminuição da motivação e do sentimento de realização. Também poderá provocar mudanças comportamentais, como isolamento social, diminuição de responsabilidades pela falta de motivação, procrastinação, uso de comida, álcool ou drogas para alívio, conflitos com colegas de trabalho, haverá uma projeção das suas frustrações nos outros, também aumentará as faltas ao trabalho e atrasos ou saídas mais cedo do trabalho. Para efetuar o diagnóstico da Síndrome de Burnout, são avaliadas as características individuais associadas às do ambiente e às do trabalho, proporcionando o aparecimento de fatores multidimensionais da síndrome: exaustão emocional, distanciamento afetivo (despersonalização) e baixa realização profissional. 14 Para avaliar os fatores de risco para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, se leva em consideração quatro dimensões: a organização, o indivíduo, o trabalho e a sociedade. Os fatores organizacionais dizem respeito à organização do ambiente de trabalho perante o indivíduo, como trabalhador ou como integrante de uma equipe, e às metodologias de trabalho e/ou produção. O excesso de normas e burocracia impedem a autonomia individual, o processo de participação criativa e a tomada de decisões, gerando atrasos na realização das tarefas e requisitando muito tempo e energia por parte do indivíduo na sua manutenção. A falta de autonomia e a impossibilidade de tomar decisões sem ter de consultar ou obter autorização de alguém, impossibilita a liberdade de tomada de ações e independências profissionais. O sentimento de que a pessoa tem pouco ou nenhum controle sobre o seu trabalho, ou uma falta de reconhecimento pelo seu desempenho. Normas institucionais muito rígidas impedem que o trabalhador atinja autonomia e sinta-se no controle de suas tarefas. Mudanças organizacionais e alterações frequentes de regras e normas provocam insegurança no indivíduo, predispondo o mesmo a possibilidade de cometer erros. A falta de confiança, respeito e consideração entre os membros de uma equipe provocam um clima social prejudicial. A comunicação ineficiente entre os membros da equipe e cargos superiores também podem possibilitar distorções na passagem de informações. Também pode provocar muito desestímulo no indivíduo o não reconhecimento da qualidade de seu trabalho, a percepção de impossibilidade de ascensão profissional e de melhorar sua remuneração. As expectativas de trabalho pouco claras ou extremamente exigentes, atuando em um ambiente caótico ou de alta pressão. Ainda um trabalho que considera monótono ou incontestável. As características próprias do indivíduo e alguns traços de personalidade também podem influenciar no desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Indivíduos altamente competitivos, com necessidade de controlar as situações, com baixa tolerância para frustração e para erros. Pessoas altamente dedicadas, que se envolvem excessivamente, mais empáticos e sensíveis, com facilidade de identificação com os demais. Indivíduos perfeccionistas, exigentes, que não se satisfazem com os resultados obtidos, que realizam cobrança por alto desempenho, que nunca estão satisfeitos com a tarefa que estão executando, pensando que podem fazer melhor de outro jeito. Indivíduos pessimistas que destacam os aspectos negativos e insucesso, que sofrem por antecipação, com visões pessimistas de si 15 mesmo e do mundo, de que não está desempenhando sua atividade com a dedicação necessária e de que não está sendo valorizado da maneira como acha que deveria estar sendo. Indivíduos com grande expectativa e idealismo em relação ao trabalho, que podem deixar de serem realistas e se decepcionarem. Indivíduos controladores são inseguros e tem preocupações excessivas, centrando a realização das atividades em si mesmo, relutam em aceitar ajuda, com muita dificuldade em delegar tarefas e trabalhar em grupo. Indivíduos passivos que se mantêm na defensiva e com tendência a evitação diante às dificuldades. Indivíduos com nível educacional mais elevado, com maiores riscos em solteiros, viúvos e divorciados. As mulheres apresentam maiores índices na relação com exaustão emocional, enquanto os homens em despersonalização e distanciamento afetivo. Os fatores relacionados ao trabalho também se associam ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Trabalhadores sobrecarregados, com excesso de demanda e que excede sua capacidade produtiva, seja por incapacidade técnica, de tempo ou de infraestrutura organizacional. A pressão no trabalho acarretará o agravamento da exaustão emocional. Uma baixa participação nas decisões e baixo controle das atividades ocasionam uma insatisfação pessoal frente ao trabalho. Discordância entre as expectativas individuais de desenvolvimento profissional e a realidade do seu trabalho. O sentimento de injustiça nas relações com colegas, ocasionados por desigualdades no comprometimento individual,na cobrança organizacional, desigualdade salarial em membros de mesmo cargo, promoções profissionais sem merecimento. Limitações no suporte organizacional e dificuldade no relacionamento com colegas podem provocar uma sensação de impotência, solidão, desamparo, desrespeito. Um relacionamento com envolvimento sentimental entre o trabalhador e as pessoas a quem deverá atender, lidando com pessoas em situações de desamparo e sofrimento. Conflitos gerados pelas expectativas a respeito das suas funções e o real papel que deverá desempenhar, conflitos sobre a discrepância entre o desempenho e a tarefa que lhe foi cobrada. Também podemos citar as normas, regras, direitos, metodologia e objetivos informados com pouca clareza pela organização. Podemos citar também fatores sociais associados à Síndrome de Burnout, como a carência de um suporte social e familiar, que interfere no desempenho profissional por apresentar dificuldade na capacidade de contar com colegas, amigos e familiares. O estilo de vida, como pessoas que trabalham demais e assumem 16 responsabilidades excessivas, sem dedicar tempo suficiente para socializar ou relaxar, que não dormem o suficiente. A dificuldade de relacionar-se com outras pessoas, com falta de relações estreitas e solidárias, sem poder contar com ajuda de outras pessoas. A necessidade de manter uma posição social de prestígio, mesmo quando um baixo rendimento salarial que envolve sua profissão, fará com que o indivíduo procure vários empregos, sobrecarregando-se e diminuindo a disponibilidade de tempo para atividades recreativas e prazerosas, também diminuindo o tempo para melhorar sua capacitação profissional e, assim, gerando insatisfação e insegurança nas atividades desempenhadas. Também alguns valores e regras culturais podem propiciar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, de acordo com região em que reside e/ou aspectos religiosos que pratica. As principais áreas atingidas pela Síndrome de Burnout são os profissionais da área da saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, estudantes de medicina), da segurança pública (policiais, militares, agentes penitenciários, seguranças) e da educação (professores, educadores, diretores, pedagogos, assistentes sociais). Também podemos citar outros profissionais, como bancários, advogados, juízes, promotores e diretores de grandes empresas. São profissionais que enfrentam eventos estressores constantemente no seu ambiente de trabalho, além de um intenso e contínuo envolvimento emocional. Geralmente são trabalhadores submetidos a longas jornadas de trabalho, com excesso de responsabilidades, número insuficiente de pessoal, falta de reconhecimento profissional, alta exposição a riscos físicos e químicos, assim como contato constante com sofrimento, dor e, em muitas vezes, a morte. Nestas relações de trabalho, existe um envolvimento muito próximo com pessoas em sofrimento, criando um maior vínculo afetivo entre os profissionais e os pacientes e seus familiares. Os trabalhadores da área de saúde mental convivem com diversos fatores associados ao risco de desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Eles possuem expectativas excessivas em relação ao trabalho que desempenham e com relação à melhora do paciente, existindo uma discrepância entre a expectativa idealizada e os resultados da prática profissional. É idealizado um trabalho que ajudará as pessoas, mas, na realidade, poucas mudanças são vivenciadas em pacientes crônicos e/ou quadros mais graves. Existe uma falta de gratificação, tanto no aspecto financeiro devido às baixas remunerações, quanto no aspecto profissional, visto que, na maioria dos casos, são quadros clínicos crônicos e prognóstico de melhora muito reservado. 17 Existe ainda um baixo investimento público e/ou privado na infraestrutura dos hospitais, clínicas e ambulatórios, bem como em medidas de suporte à saúde do trabalhador. Eles acabam atuando em condições inadequadas de atendimento e com grande demanda de pacientes necessitados de ajuda. 2.2 ESTUDO DE CASO Izabella, 35 anos, jornalista e apresentadora televisiva, trabalha diversas horas por dia, porém sua vida muda quando o horário de trabalho passa a ser noturno. Izabella começa a ter problemas para dormir, faz jornadas de mais de 12 horas por dia aos finais de semana, dorme às 17:00, e para tentar ter um sono de qualidade passa a se medicar com anfetaminas, e outros remédios para dormir. O comportamento dela muda, passa a apresentar comportamento de distanciamento afetivo, seu rendimento no trabalho não é mais o mesmo, e ao se queixar sobre suas atividades extras, e cada vez mais frequentes, a resposta de seus superiores é de que “as atividades são passadas a ela, porque é competente e dá conta”. Izabella vai até os recursos humanos da empresa onde trabalha, porém lá também não resolvem seu problema de horário, e é recusada a mudança para o período diurno. Após sequentes tentativas de mudança, ela procurou um psiquiatra, que recomendou seu afastamento por um período longo, até que se curasse do que ele identificou como “Síndrome de Burnout”. Problema: Durante um longo período, Izabella, foi posta além do seu limite, e quando procurou auxílio dentro do local onde trabalhava, foi negado incessantemente. O psiquiatra atestou Síndrome de Burnout, e alguns dos sintomas contam no relato acima, como o afastamento afetivo, o cansaço/esgotamento físico, a queda no rendimento, e o adoecimento do corpo e da mente da jornalista. Possível solução: Primeiramente, a jornalista conhecendo os sintomas da doença, e tendo ciência de sua existência, poderia associar por similaridade com o que ela própria vivia. Porém, havendo ela o desconhecimento, ou mesmo por falta de atenção a sua própria vida naquele momento, já que a Síndrome de Burnout causa essa despersonalização, o afastamento e desligamento dos elos consigo próprio, a empresa poderia ter 18 intervindo, notando seu cansaço, e até mesmo suas queixas e solicitações, e talvez o caso não tivesse se agravado tanto até que ela própria procurasse um médico. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Marcelo Echenique. 2017 [INTERNET]. Disponível em: < https://www.polbr.med.br/ano17/art0917.php>. Acesso em: 28 de novembro, 2020. ANAMT, 2018. 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