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TCE E TRM (Resumo)

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Sistema Neurológico 
 
Função Cortical 
 
Traumas Neurológicos 
- Conjunto de lesões traumáticas que afetam o 
crânio, cérebro, coluna, medula e os nervos 
periféricos. 
- DUAS categorias de neurotrauma: 
1. Traumatismo cranioencefálico (TCE) 
2. Traumatismo raquimedular (TRM) 
- O trauma afeta o indivíduo, família e sistema de 
saúde. Promove mudanças acentuadas em papéis, 
relações e objetivos de suas vítimas, pois o indivíduo 
pode apresentar déficits, temporários ou 
permanentes, no funcionamento físico, cognitivo, 
 
 
comportamental, emocional, social e/ou 
profissional. 
- TCE é responsável por altas taxas de mortalidade, 
sendo mais prevalente em jovens do sexo masculino, 
tendo como principal causa os acidentes com 
meios de transporte. 
Causas dos Traumas Neurol. 
- Acidentes automobilísticos 
- Quedas 
- Ferimentos por arma de fogo e arma branca 
- Atividades esportivas 
- Agressões 
TCE 
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO 
- Qualquer lesão decorrente de um trauma externo, 
que tenha como consequência alterações 
anatômicas do crânio, como fratura ou laceração 
do couro cabeludo, comprometimento funcional 
das meninges, encéfalo ou seus vasos, resultando 
em alterações cerebrais, momentâneas ou 
permanentes, de natureza cognitiva ou funcional. 
- Grupo de maior risco: 15 a 24 anos, + homens. 
50% ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS 
30% QUEDAS 
20% CAUSAS “VIOLENTAS” 
FISIOPATOLOGIA 
- Lesões Primárias: resultado imediato e direto do 
trauma. Contusões, lacerações e rompimentos de 
vasos, aceleração/desaceleração da cabeça. 
- Lesões Secundárias: evoluem durante horas e dias 
após a lesão. Déficit de O2e nutrientes, edema, 
sangramento cerebral contínuo. 
 
 
Cuidados ao paciente com TCE e TRM 
Nos EUA, estima-se que anualmente ocorra 1,7 
milhão de casos de TCE, dos quais 52 mil 
resultarão em mortes, 275 mil em hospitalizações. 
No Brasil, os dados não são diferentes e as 
ocorrências aumentam a cada ano. 
 
TIPOS DE LESÕES 
1. Lesão de couro cabeludo: 
- É considerado um traumatismo craniano menor. 
- Sangramento abundante. Pode resultar em 
hematoma subgaleal. 
- Absorção por si mesmo, sem tratamento específico. 
- Porta de entrada para infecções. 
2. Fratura de crânio 
- Quebra da continuidade do plano ósseo por 
trauma vigoroso, com ou sem dano cerebral. 
PODEM SER DO TIPO: 
 Aberta (laceração no couro cabeludo ou na 
dura-máter) 
 Fechada (dura-máter intacta) 
PODEM SER CLASSIFICADAS: 
 Lineares 
 Cominutivas (múltiplas) 
 Basilares (fratura na base do crânio) 
Envolve os ossos frontal, esfenoidal, temporal ou 
occipital. Trauma de maior gravidade e 
habitualmente decorrem de fraturas lineares que 
se estendem inferiormente. 
Sinais típicos: - extravasamento de LCR pelo nariz 
ou ouvido (Sinal de Halo – mancha de sangue e 
amarelada); 
- Hematoma atrás da orelha (Sinal de Battle); 
- Hematoma ao redor dos olhos (Sinal do 
Guaxinim); 
- Suspeitar de lesão dos nervos cranianos 
(fraqueza na face, perda da audição, olfato, 
redução visual). 
3. Lesão Cerebral 
PODEM SER DO TIPO: 
 Lesão cerebral fechada: não penetrante, 
não há abertura do crânio. Aceleração e 
desaceleração da cabeça. 
 Lesão cerebral aberta: trauma penetrante 
forte ou não que lesiona o tecido cerebral. 
Abre couro cabeludo, crânio e dura-máter. 
PODEM SER CLASSIFICADAS: 
 Concussão: perda temporária da função 
neurológica, sem comprometimento 
estrutural aparente. Forma de menor 
gravidade. Causada por uma pancada ou 
agitação violenta da cabeça. 
Sinais clínicos: perda de consciência transitória 
(segundos ou minutos), cefaleia, tontura ou 
manchas na visão. 
Observação para possível Síndrome Pós-
Concussão. 
 Contusão: lesão que ocorre após impacto 
direto e violente na cabeça, com possível 
hemorragia superficial. Acidentes de trânsito 
ou quedas de grande altura. 
Sinais clínicos: inconsciência (> seg. e min.), 
imóvel, pulso fraco, respiração superficial, pele 
fria e pálida, evacuação involuntária, 
hipotensão. 
Após recuperar a consciência: irritabilidade 
(ruído, vozes e luz), cefaleia residual, vertigem e 
convulsões (meses). 
 Lesão axônica difusa: lesão nos axônios e as 
células cerebrais podem morrer, causando 
edema cerebral e aumento da PIC. Grave, 
prognóstico ruim. Acidentes de trânsito ou 
quedas de grande altura. 
Sinais clínicos: inconsciência (horas), 
decorticação, descerebração e edema 
cerebral global. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Alteração do nível de consciência; 
- Confusão mental; 
- Alteração dos SSVV. 
- Déficit neurológico súbito 
- Comprometimento da visão, audição 
- Cefaleia 
- Vertigem 
- Distúrbios do movimento 
- Convulsões 
TRATAMENTO CLÍNICO 
- Avaliação clínica para extensão da lesão 
- TC e RM 
- Manutenção dos SSVV e perfusão cerebral 
- Oxigenação 
- Cirurgia para eliminar coágulos, elevar fraturas, 
suturar lacerações 
- Transporte correto do paciente 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
- Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada 
à lesão cerebral; 
- Troca de gases prejudicada relacionada à lesão 
cerebral; 
- Perfusão tecidual cerebral alterada relacionada 
com PIC aumentada; 
- Déficit do volume de líquidos relacionado com 
baixo nível de consciência; 
- Nutrição alterada menor que as necessidades 
corporais relacionada com as demandas 
metabólicas aumentadas, restrição de líquidos e 
ingesta inadequada. 
- Risco de lesão relacionado com convulsões, 
desorientação, agitação e dano cerebral. 
- Risco de termorregulação ineficaz relacionado 
com mecanismos reguladores de temperatura 
danificados no cérebro; 
- Risco de integridade da pele prejudicada 
relacionado com repouso no leito, hemiparesia, 
hemiplegia, imobilidade e agitação; 
- Processos de pensamentos alterados (déficits na 
função intelectual, comunicação, memória e 
processamento de informação) relacionado a lesão 
cerebral. 
- Distúrbio do padrão de sono relacionado com a 
não responsividade do paciente, período de 
recuperação prolongado. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
- Manutenção da via aérea permeável; 
- Pressão de perfusão cerebral adequada; 
- Equilíbrio eletrolítico; 
- Estado nutricional adequado; 
- Prevenção de lesões secundárias; 
 Proteção do leito com grades laterais e, se 
necessário, contenção. 
 Redução de estímulos ambientais. 
 Pele lubrificada com solução emoliente para 
evitar irritação contra atrito do lençol. 
 Uso de cateterismo intermitente para evitar 
infecções urinárias se paciente incontinente. 
- Manutenção da temperatura corporal normal; 
- Manutenção da integridade cutânea; 
- Melhora da função cognitiva; 
 Acompanhamento por neuropsicólogo. 
 Conversa; escuta ativa. 
- Prevenção da privação de sono; 
 Agrupar atividades de cuidado. 
 Reduzir ruídos e iluminação do ambiente. 
- Enfrentamento familiar eficaz; 
 Informar aos familiares sobre o prognóstico e 
cuidado. 
 Orientar sobre possíveis comportamentos 
inadequados. 
 Sugerir grupos de apoio. 
- Edema e Herniação Cerebrais (pode surgir 48-72h –
PIC) 
 Elevação da cabeceira do leito. 
 Manter alinhamento cabeça-pescoço. 
 Evitar estímulos dolorosos. 
 Manter a temperatura corporal normal. 
 Adm. sedação para diminuir agitação. 
TCR 
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR 
- Lesão de qualquer causa externa na coluna 
vertebral, incluindo ou não a medula ou as raízes 
nervosas, em qualquer dos seus segmentos (cervical, 
dorsal, lombossacro). 
- Geralmente associado a TCE ou POLITRAUMA. 
- Essa lesão pode desencadear diversos graus de 
déficits sensório-motores, disfunção autonômica e 
esfincteriana, podendo ser temporária ou 
permanente. 
- Grupo de maior risco: 16 a 30 anos. 4x + homens. 
SEGMENTO MAISAINTGIDO: 5ª, 6ª e 7ª V. CERVICAL 
E 
12ª TORÁCICA + 1ª LOMBAR 
FISIOPATOLOGIA 
- Lesões Primárias: resultado da agressão ou trauma 
inicial. Contusões, lacerações, etc. 
- Lesões Secundárias: ocorre horas ou dias após a 
lesão primária. As fibras nervosas começam a inchar 
e desintegrar. Surge a cadeia secundária de 
eventos (déficit de O2, sangue e nutrientes) que leva 
à morte de células que não foram afetadas no 
momento do acidente. Consideradas reversíveis. 
 
TIPOS DE LESÕES 
1. Lesão Completa 
- Causada por compressão grave, intensa 
deterioração vascular ou transecção completa da 
medula, atingindo todas as vias (motoras/sensitivas) 
abaixo da lesão. 
- Pode resultar em: 
 Paraplegia 
 Tetraplegia 
 
2. Lesão Incompleta 
- Compromete somente algumas das vias motoras 
ou sensitivas abaixo do nível da lesão. 
- Frequentemente decorrente de contusões 
ocasionadas por pressão exercida por osso e/ou 
tecido mole deslocado, edema situado no interior 
do canal vertebral ou transecção parcial da medula 
CLASSIFICADAS (conforme área comprometida): 
 Síndrome Medular Central: ocorre 
exclusivamente na região cervical, com 
preservação da sensibilidade sacra e maior 
debilidade dos membros superiores que nos 
membros inferiores. 
 
 Síndrome Medular Anterior: lesão que produz 
perda da função motora e da sensibilidade 
à dor e à temperatura, preservando a 
propriocepção (tato, posição, vibração). 
 
 Síndrome de Brown-Sequard: lesão com 
perda ipsilateral da função motora e 
propriocepção e perda contralateral da 
sensibilidade para dor e temperatura. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Perda de sensibilidade a dor, temperatura. 
- Déficit motor. 
- Disfunção intestinal/vesical. 
- Paralisia, paresia. 
 
TRATAMENTO CLÍNICO 
- Avaliação clínica para extensão da lesão. 
- Rx, TC ou RM para estudo da lesão medular. 
- Manutenção dos SSVV. 
- Oxigenação. 
- Controle de hemorragia 
- Cirurgia para descompressão medular. 
- Transporte correto do paciente. 
 
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
- Mobilidade física prejudicada 
- Déficit de autocuidado para banho e higiene 
- Déficit de autocuidado para vestir-se e arrumar-se 
- Disfunção sexual 
- Risco para infecção 
- Risco para integridade da pele prejudicada 
- Incontinência urinária total 
- Constipação 
- Ansiedade 
- Integridade da pele prejudicada 
- Déficit no autocuidado para alimentar-se 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
- Terapia com exercícios deambulação; mobilidade 
articular 
- Posicionamento 
- Assistência no autocuidado: banho; higiene; vestir-
se; arrumar-se. 
- Controle de infecção 
- Proteção contra infecção 
- Controle de pressão sobre áreas do corpo 
- Prevenção de lesão por pressão 
- Cuidados na incontinência urinária 
- Controle da constipação 
- Redução da ansiedade 
- Cuidados com o local de incisão 
- Supervisão da pele 
- Alimentação 
- Ensino: processo da doença 
- Controle da dor

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