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Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 1 2 Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 3 Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 5 Olá Estudante! Este material foi desenvolvido com objetivo de proporcionar a você dicas pontuais sobre métodos de estudo e aprendizagem. Apresentamos os conceitos básicos de aprendizagem e sua relação com provas e avaliações. Propomos ainda uma re� exão dos aspectos ob- jetivos e subjetivos envolvidos na aprendizagem individual. Além disto, apresentamos informações importantes sobre o Enade (Prova dos cursos de Graduação) com objetivo de ambientar o acadêmico à prova e possibilitar conhecimentos gerais sobre o assunto. Esperamos que você coloque em prática o que apresentaremos a seguir. Bom estudo! APRESENTAÇÃO Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 7 Apresentação..........................................................................................5 O que é o Enade?.......................................................................................8 O Enade é obrigatório?.................................................................................8 O Enade é somente uma prova?................................................................8 Quando será realizado o Enade 2011?.........................................................8 O Questionário do Estudante é de participação obrigatória?...................9 Como o estudante pode acessar o Boletim de Desempenho?..................9 O que é Estudar?....................................................................................11 Sugestões e Estratégias para aprendizagem.............................................16 Como organizar tempo de estudo.............................................................16 A leitura......................................................................................................19 O grifo..........................................................................................................22 Ler e Esquematizar......................................................................................24 Ler e Resumir...............................................................................................25 Como está a sua concentração?..............................................................27 Memorização........................................................................................28 Estratégias para melhorar a qualidade da memória visual.....................30 Estratégias para melhorar a qualidade da memória auditiva.....................32 Como controlar a ansiedade......................................................................33 Dicas para controle da ansiedade...............................................................33 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................34 SUMÁRIO 8 O que é o Enade? O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) integra o Sis- tema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), cujo objetivo é veri� car o rendimento dos alunos dos cursos de graduação de todo o país. O Enade é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) por meio do Ministério da Educação (Mec) e busca avaliar os conteúdos programáticos, bem como as habilidades e competências dos alunos do Ensino Superior. Os resultados desta avaliação são extremamente importantes para o país e para as Instituições de Ensino Superior porque permitem ações e estratégias voltadas para e melhoria da qualidade do ensino e dos cursos de graduação. O Enade é obrigatório? O Enade é componente curricular obrigatório aos cursos de graduação, conforme determina a Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. É aplicado periodicamente aos estudantes de todos os cursos de graduação, durante o primeiro (ingressantes) e último (concluintes). O estudante que não com- parecer ao Exame estará em situação irregular junto ao Enade. A partici- pação do estudante habilitado ao Enade é condição indispensável para a emissão do histórico escolar, assim como para a expedição do diploma pela IES. O Enade é somente uma prova? Não, além da prova o estudante precisa responder o questionário de impressões sobre a prova, o questionário socioeconômico. Além disto, o coordenador do curso também responde um questionário. Quando será realizado o Enade 2011? A prova será aplicada no dia 06 de novembro de 2011, com início às 13 horas (horário de Brasília). Os estudantes selecionados devem apresentar- se no local de prova às 12h15 min. munidos de documento o� cial de iden- Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 9 ti� cação (com fotogra� a). O estudante deverá conhecer antecipadamente o seu local de prova e estimar o tempo necessário ao percurso desde sua residência, observando o horário estabelecido para sua apresentação – 12h15mim. O Questionário do Estudante é de participação obrigatória? O INEP tornará disponível o Questionário do Estudante, de participação obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 33-J da Portaria Normativa nº. 40, de 12/12/2007, em sua atual redação, no período de 07 outubro a 06 de novembro de 2011, exclusivamente por meio do endereço eletrônico http://www.inep.gov.br. A consulta individual ao local de prova e impressão do Cartão de Informação do Estudante será obrigatoriamente precedida pelo preenchimento do Questionário do Estudante. Os alunos da Uniasselvi preencherão o questionário em data � chada pela coordenação e assinarão lista de presença após o preenchimento. Como o estudante pode acessar o Boletim de Desempenho? Para conhecer sua nota no Enade, acesse seu Boletim de Desempenho, disponível em http://www.inep.gov.br – Educação Superior – Enade – Bo- letim de Desempenho (http://enade.inep.gov.br/enadeResultado/site/bo- letimDesempenho.seam), clique na opção “Gerar Senha” e preencha as informações solicitadas. Importante lembrar que as informações prestadas devem estar de acordo com os dados fornecidos por sua instituição de educação superior – IES no momento de sua inscrição no Enade (inclusive sem acentuação grá� ca). Caso o sistema esteja apresentando inconsistên- cia em relação aos dados informados, entre em contato com sua IES para esclarecimentos acerca das informações que a mesma cadastrou em seu nome. Após gerar senha é possível acessar o Boletim de Desempenho no mesmo endereço eletrônico. Lembramos que o acesso ao resultado individual obtido no Enade é restrito ao concluinte ou ingressante que tenha participado da prova, conforme legislação vigente. 10 Quem aplica a prova? As provas são aplicadas por instituição ou consórcio de instituições contratadas pelo Inep que comprove capacidade técnica em avaliação e aplicação, segundo o modelo proposto para o Exame, e que atenda aos requisitos estabelecidos no projeto básico do Enade. Qual o formato da prova? A prova é composta de 40 questões no total, sendo 10 questões da parte de formação geral e 30 da parte de formação especí� ca da área, con- tendo as duas partes questões discursivas e de múltipla escolha. Qual o peso das partes da prova? 1. Formação Geral = 25% 2. Componente Especí� co = 75% Quando será encaminhado o Relatório dos Estudantes em situação regular junto ao Enade 2011? A partir do dia 06 de dezembro de 2011, ou seja, após trinta dias da prova, o Inep tornará disponível o acesso eletrônico ao Relatório dos Es- tudantes em Situação Regular junto ao Enade 2011 por meio da página da Internet http://www.inep.gov.br, que permitirá a IES registrar no histórico escolar do estudante a sua situação junto ao Enade. Por que o Enade é importante? Porque ele avalia não somente você, seu curso, sua Instituição, mas o ensino do país de uma maneira ampla. Uma avaliação ruim será re� exo de uma educação ruim e consequentemente prejuízo ao país, a Instituição e ao estudante. Porisso, todos precisam reconhecer a importância e RESPON- SABILIDADE deste evento. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 11 O que é Estudar? É comum � car apreensivo diante de todos os conteúdos que se tem para estudar durante os semestres da graduação, mas � que calmo, basta que você desenvolva alguns hábitos diários, tenha força de vontade, disciplina e paciência. Esses fatores conciliados com suas obrigações e compromis- sos possibilitaram aprendizado e� ciente e com melhor aproveitamento do tempo. Acredite, tudo dará certo!! Segundo Northedger (1998), o objetivo de estudar é aprender, e a aprendizagem consiste em três aspectos: • Assimilar ideias novas • Re� etir sobre as novas ideias e adequá-las a suas próprias • Expressar ideias recentemente formuladas, falando e escrevendo sobre elas. A aprendizagem acontece individualmente, por isso, permita-se desco- brir qual a melhor forma para aprender. Observe na tabela abaixo, qual o seu estilo de aprendizagem: visual, auditiva ou sinestésica. E em seguida aproveite as dicas de cada uma delas. Área Observada Visual Auditivo Sinestésico Estilo de Aprendizagem Aprende através da observação Aprende através de instruções verbais Aprende fazendo as coisas. Evolve- se diretamente. Leitura Gosta das de- scrições, desfruta imaginando as cenas. Boa capa- cidade de concen- tração. Desfruta do diálogo. Evita descrições lon- gas. Não se � xa nas ilustrações. Prefere histórias nas quais há ação. Movimente- se enquanto lê. Não é um grande leitor. Ortogra� a Tem boa ortogra� a porque visualiza a palavra. Não costuma ter boa ortogra� a porque es- creve a palavra como ouve. Com frequência tem má ortogra� a. Escreva as pala- vras como sente. 12 Memória Gosta de tomar notas, escreve as coisas para recor- dar. Lembra-se de rostos, mas não de nomes. Lembra de nomes, mas se esquece dos rostos. Retém por repetição. Recorda mais o que fez e não o que viu ou falou. Imaginação Pensa em ima- gens, visualiza detalhes. Muito imaginativo. Pensa em sons. Não presta atenção aos detalhes. As imagens não são tão impor- tantes. Concentração Não toma conhe- cimento dos sons. Distrai-se quando há desordem visual ou movimento. Distrai-se muito facil- mente com os sons. Não presta aten- ção às apresen- tações visuais e auditivas. Resolução de problemas Planeja antecipa- damente, organiza seus pensamentos escrevendo-os. Fala dos seus problemas, coloca possíveis soluções oralmente. Impulsivo. Com frequência es- colhe a solução que envolve maior atividade física. Respostas a período de inatividade Olha ao redor, examina a situação. Fala consigo ou com os outros. Experimenta fazer as coisas: toca, manipula, sente. Resposta a novas situações Olha ao redor, examina a situação. Fala sobre a nova situação, sobre o que deve fazer. Experimenta fazer as coisas: toca, manipula, sente. Aspecto emocional Chora com fa- cilidade. Sua expressão facial indica claramente suas emoções. Explode verbalmente quando sente alegria ou raiva, porém se acalma em seguida. Expressa suas emoções verbalmente e através de mudan- ças no tom e volume de voz. Pula quando está contente; abraça, empurra e puxa para demonstrar sua alegria. Comunicação Bastante calado. Descreve na forma concreta. Pode � car impaciente se tem que es- cutar por um longo período. Gosta de ouvir os outros, porém não reprime a vontade de falar. Suas descrições são longas e um tanto repetitivas. Faz gestos ao falar. Não presta atenção. Perde rapidamente o interesse nos discursos verbais longos. (Fonte: Gómez e Terán, 2008) Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 13 Conseguiu identi� car sua forma de aprendizagem? Então, � que atento as dicas para cada uma delas!! Aprendizagem Visual Seu momento de estudo deve ser revestido por estímulos visuais, como as vídeoaulas. Deve procurar montar esquemas, resumos, anotações, tabe- las, grá� cos, � uxogramas, desenhos. Estes podem ser a� xados em locais onde a pessoa tenha contato visual constante, como portas de armários, ou de quartos, papéis de parede de seu computador... Com isso, construir imagens mentais do que está estudando é, posteriormente, reorganizá-la em formas textuais. Aprendizagem Auditiva Gravar aulas, palestras, seminários, ou outros do gênero, podem ser de grande valia para o auditivo na hora de estudar. Fazer resumos e gravá- los para posteriormente ouvi-los é de extrema e� cácia, assim como ler os textos a estudar em voz alta, e durante as aulas, ouvir mais que anotar, deixando para fazer os resumos em outro horário, anotando, durante a aula apenas as informações indispensáveis. Uma boa conversa com os colegas sobre a aula ou sobre o conteúdo estudado é um ótimo recurso para este auditivo. Aprendizagem Sinestésica Quando em momento de estudo solitário, ler em voz alta movimentando- se pelo espaço, que pode ser um quarto, uma sala, ou, até, uma pista de caminhada ou corrida em um parque usando um MP3, MP4, IPod... O im- portante é que associe movimentos, gestos, in� exões de vozes com o con- teúdo estudado, pois quando precisar trazê-los da memória poderá fazê-lo lembrando da situação de aprendizagem. Embora cada um possua um método de aprendizagem especí� co o ideal é que todos busquem desenvolver em si os três Estilos de Aprendizagem a � m de que exista o aprendizado em qualquer situação de construção do conhecimento. Ribeiro (1997) enfatiza que a aprendizagem é lenta. Por isso, não queira 14 estudar tudo de uma vez. O ideal é que o aluno se lance na aprendizagem como quem mergulha numa piscina ou aprende a andar de bicicleta. O “todo” ajuda a aprender as partes e toda aprendizagem é uma estrutura que deve ser assimilada globalmente. Atente a essas dicas de como o aluno deve agir no período de avaliações para aproveitar todo o seu potencial (Ribeiro 1997, p.50) • Cultive o desejo de ir bem, o pensamento positivo. • Obtenha a informação antecipada sobre o tipo de prova a ser aplicada (se é objetiva ou subjetiva). • Substitua a preocupação e o medo pela autocon� ança. • Tente compreender o signi� cado das questões para dar respostas co- erentes. • Antes da prova, se houver tempo, ajude os colegas. A melhor maneira de aprender uma matéria é ensiná-las aos outros. • Na hora “h”, sente-se com a coluna ereta, respire fundo e relaxe com- pletamente. • Se estiver nervoso (a), aceite como natural. Este pequeno estímulo faz com que a gente � que mais atento. • Não use recursos proibidos na prova. A própria tensão gerada pelo ato de “colar” pode provocar questionamentos. • Quando receber a prova, leia as instruções. • Responda primeiro as questões fáceis. • Quando ler a pergunta, coloque-a no contexto. • Analise os termos usados e procure palavras-chaves para descobrir a “verdade” da questão. • Revise o seu gabarito antes de entregá-lo. • Faça sua redação com letra legível. Ajuda a não tirar o humor de quem for corrigi-la. • Reserve um tempo para o preenchimento do gabarito. A pressa, neste momento, pode acarretar erros irreparáveis. • Uma alimentação bem equilibrada é importante para o bom funciona- mento do seu cérebro. Procure consumir açúcar e fósforo, mas não exagere. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 15 A preparação para provas e exames não deve ser feita através de “viradas” de última hora, varando madrugadas, mas sim, através de um estudo consciente e continuado, distribuído racionalmente pelo tempo disponível. (Ribeiro,1997) Cada um de nós possui um ritmo de aprendizagem que difere do outro. Uns aprendem mais facilmente, enquanto outros encontram mais di� cul- dades. Isso porque a aprendizagem está baseada na experiência de vida de cada um, ou seja, as pessoas não têm as mesmas inteligências, nem todos aprendem da mesma forma. (Tafner, 2009) O segredo do sucesso é a vontade, o desejode fazer da aula um mo- mento mais gostoso e interessante. Mesmo, e principalmente, nas aulas mais chatas. (Antunes, 1996) Você como estudante adulto tem que se responsabilizar por seus próprios estudos. Além disso, você também tem que assumir a responsabilidade de apresentar suas próprias opiniões. Desta forma sabendo que a aprendizagem ocorre individualmente e que cada um é responsável pelo seu próprio estudo, Northedger (1998) pontua que você precisa: • decidir suas próprias prioridades • estabelecer suas próprias metas • planejar suas próprias estratégias e • tomar suas próprias decisões sobre as ideias. Não existe no mundo duas pessoas iguais. Procure, então, valorizar essa individualidade. Não � que se comparando com este ou aquele e não per- mita que as pessoas tentem ver em você alguém que não é. (Antunes, 1996) 16 Sugestões e Estratégias para aprendizagem Como organizar tempo de estudo? Quando se decidi ser acadêmico é preciso estar ciente de que será necessário fazer algumas escolhas relacionadas a disponibilidade de tem- po, ou seja, quando estudar começa a fazer parte da sua vida, geralmente alguma coisa precisará ser deixada de lado. (Northedger, 1998) Uma boa alternativa é começar a pensar nas responsabilidades diárias e montar um planejamento semanal. Que tal começar agora? Utilize a tabela que segue: Horário 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado 6h 7h 8h 9h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h 19h 20h 21h 22h 23h Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 17 Para Ribeiro (1997) a prática correta está em estudar um pouco todos os dias. Assim, o acadêmico não estará “se matando” de estudar e sua aprendizagem dar-se-á de maneira mais sólida e com mais consistência. Se você acadêmico dispuser de duas horas e meia para estudar, então deverá colocar meia hora para cada disciplina. Não é muito, mas é melhor do que nada. Mas é importante que a cada 50 minutos de estudo seja feito 10 minutos de intervalo (intercalar o estudo com alguma atividade de recreação). Outra dica interessante é estudar primeiramente as matérias mais difíceis e seguir o plano de estudo até se tornar hábito. (Ribeiro, 1997) Outra questão importante é estabelecer um horário especí� co diário para o estudo e mantê-lo como rotina. Caso contrário criará uma série de di� culdades que o levarão a perder o foco e a atenção. Para Ribeiro (1997), o segredo está em descobrir qual é essa forma e� ciente de estudar, e não em estudar mais tempo. 15 dicas para aproveitar seu tempo de estudo, aproveite! 1. Escolha um local calmo, arejado e iluminado para estudar. Evite barulhos que possam despertar sua atenção. Não deixe rádio ou TV ligados, a hora de estudar exige concentração total; 2. Escolha também cadeira e mesa confortáveis. Conforto é importante mas não exagere! Nunca estude deitado pois assim o sono pega. 3. Organize-se! Deixe sempre por perto seu material para não ter que � car levantando a toda hora para procurá-lo. Isso tira sua concentração e faz seu rendimento cair. 4. Procure estudar todos os dias num mesmo horário. Assim você cria o hábito de fazer as tarefas diariamente. 5. Escolha para estudar o período do dia em que normalmente você já não faz nada ou tem poucas atividades. Assim, a probabilidade de ser atrapalhado por qualquer coisa � ca bastante reduzida. 6. Dê prioridade aos seus estudos. Se surgir algum programa, passeio, telefonema de amigos, ou outra coisa não fure os estudos. Seja per- sistente, estude primeiro e vá depois. Se deixar de estudar um dia por 18 um motivo, outro dia por outro motivo, daqui a pouco não estuda mais e o rendimento começa a despencar. 7. A aula é momento privilegiado de estudo. Não perca aulas nem saia mais cedo da aula. 8. Nunca deixe para amanhã a dúvida que você pode tirar hoje. Procure os professores após a aula, nos intervalos. Trocar ideias com os colegas também pode ser uma boa, sempre um acaba ajudando o outro e assim todos crescem. 9. Não � que querendo decorar tudo. Estude para aprender. Só assim você será capaz de manipular seu conhecimento com criatividade. A tendên- cia dos concursos é cobrar cada vez mais raciocínio e manipulação de ideias. É uma espécie de movimento conjunto cujo lema bem poderia ser *abaixo aluno bitolado. 10. Cultive o hábito de boas leituras. Muitas questões têm sido formula- das em cima de acontecimentos recentes e assuntos que vêm sendo amplamente discutidos nos principais jornais e revistas do país. Além disso, a boa leitura ajuda a melhorar sua compreensão de textos e sua capacidade de expressão, requisitos importantíssimos para fazer uma boa prova de qualquer matéria. 11. Não perca nenhum exercício. Eles são oportunidades ímpares de você treinar a situação de prova aprendendo a controlar suas emoções, controlar o tempo e desenvolver métodos mais e� cientes de ataque e resolução das questões. 12. Não se esqueça dos momentos de lazer. É necessário haver uma com- pensação. Se você passa muito tempo concentrado (a). estudando, também precisa descontrair. 13. Evite qualquer coisa que provoque estresse. É preciso saber dosar sua energia. 14. Fique de olho nos informativos de concursos e procure saber, desde o início, mais ou menos as datas costumam abrir as inscrições. Assim você já � ca preparado (a) e evitar correrias de última hora. 15. Acredite em você! Todo dia repita mentalmente: eu sou bom aluno e a cada dia construo um pouco do meu futuro É muito importante ter autocon� ança e, é claro, autocon� ança começa com a aplicação e estudos diários. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 19 A leitura Para Severino (2002) existem entre o escritor (emissor) e o leitor (receptor) diversas interferências pessoais e culturais que, muitas vezes, podem por em risco a objetividade da comunicação. Ao escrever um texto, sempre o autor-emissor codi� ca sua mensagem e o leitor-receptor a decodi� ca e depois pensa, assimila, personaliza, compreende... completando assim o processo de comunicação. A leitura sempre tem uma � nalidade. Quando lemos temos um objetivo e a partir dele selecionamos as informações que nos interessam. Ou seja, o objetivo da leitura é individual e se torna o principal critério no processo de recepção de uma informação. Vejamos alguns objetivos que utilizamos quando lemos: • Para obter uma informação precisa (uso pontual e real) • Para seguir instruções (saber como fazer) • Para obter uma informação de caráter geral (saber de que trata, saber o que acontece) • Para aprender (para ampliar o conhecimento) • Para revisar um escrito próprio (para revisar a adequação e signi� cado do texto) • Por prazer (leitura agradável) • Para comunicar um texto a um auditório (discurso, sermão, ler poesia...) • Para praticar a leitura em voz alta (para ler com clareza, rapidez, � uência e correção) • Para veri� car o que se compreendeu (para se ter uma compreensão global) Quando você for fazer uma leitura, procure pensar nisso. Procure ter consciência do objetivo de sua leitura. Isso lhe ajudará a manter a atenção e a fazer uma boa apropriação do texto. Mas também é preciso ter cuidado! Muitas vezes estamos tão “obcecados” procurando uma referência para determinado tema que “induzimos” o autor a concordar com nossas ideias. Vamos ver isto mais adiante. 20 Na sequência, sintetizamos e adaptamos algumas ideias apresentadas por Severino (2002) em seu livro Metodologia do Trabalho Cientí� co que consideramos ser proveitosos para uma leitura e� caz. Veja como o autor propõe a trajetória da leitura passo-a-passo: Delimitar: o primeiro passo é estabelecer o que e o quanto vai ser lido. Se você vai ler um capítulo, uma unidade, dois tópicos... en� m, acredita-se que o estudo deva ser feito em etapas porque assim você poderá avaliar se a primeira etapa está clara e se já pode passar para a seguinte. Primeira leitura: é uma leitura mais corrida, panorâmica, um primeiro con- tato onde criam-se as primeirasimpressões. Pode-se buscar informações sobre o autor do texto. Também já pode fazer pequenas marcações no texto sobre dúvidas ou anotar palavras e termos desconhecidos. Compreensão: entender do que o autor está tratando. Qual o tema do texto, qual o problema que ele se propõe a trabalhar e quais respostas ele oferece ao problema proposto. Interpretação: é uma etapa mais delicada, pois é quando tem-se que ter cuidado com as interferências pessoais e culturais. Num primeiro momento pode-se situar o pensamento do autor naquele tópico de estudo relacionando-o com posições gerais do seu próprio pensamento para depois relacioná-lo com a cultura � losó� ca em geral. Pode-se ainda relacionar o texto a outras ideias ou temas a� ns, para ao � nal fazer uma apreciação crítica com relação ao conteúdo: se está coerente, claro, se alcançou os objetivos. Com relação as suas ideias: se são originais, se tem validade se é profundo ou super� cial etc. Problematização: é uma retomada do texto com objetivo de levantar problemas relevantes para uma discussão pessoal ou em grupo. Síntese pessoal: quando a leitura for bem feita será mais fácil para o leitor elaborar uma síntese pessoal sobre o tema. É um exercício de raciocínio e maturidade intelectual que revelam a sua competência, enquanto leitor, sobre o texto lido. Já que para que uma síntese seja boa você terá que ter passado por todas as etapas anteriores. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 21 Você viu que o processo de leitura passa por várias etapas? Além de ler você pode sublinhar, anotar palavras importantes, questionar, pesquisar. Parece que a leitura, e não só a leitura, � ca mais interessante quando par- ticipamos de maneira ativa do processo. Uma dica importante é ter sempre um dicionário a mão na hora de fazer uma leitura. Assim você pode tirar suas dúvidas com relação a palavras novas, interpretação, além de enriquecer o seu vocabulário. Outras ideias interessantes são as de Ruiz (1992) sobre a leitura, veja a seguir: • Sente-se e acomode-se à mesa. • Tenha um dicionário e um bloco para apontamentos. • Concentre-se na leitura evitando distrações. • Inicie lendo título, subtítulo, sumário (se houver). • Volte sua atenção para as ideias chaves do texto. • Anote os termos desconhecidos. • Assinale a lápis ao lado do texto o que considerar importante. • Leia com velocidade compatível com a compreensão do texto. • Quando terminar, procure esclarecer as palavras que anotou. • Recomece a leitura procurando responder às questões do autor, ob- servando suas anotações nas bordas do texto. • Sublinhe ideias principais. • Assinale os pontos que geraram dúvidas. • Associe o texto com conhecimentos anteriores. Gostou das dicas sobre leitura? Antes de continuarmos o estudo, responda as seguintes perguntas: Você costuma grifar os textos quando lê? ___________________________ Como faz os grifos?________________________________________________ Ao terminar a leitura como você percebe o texto grifado? ______________ ___________________________________________________________________ 22 Ao reler o texto se pergunta: por que grifei esta parte? ____________________ Já tentou fazer um esquema do que leu? ______________________________ O esquema � cou linear ou hierárquico? _______________________________ Costuma fazer resumos? ____________________________________________ Muito bem. Respondeu as questões? Agora, leia atentamente o texto que se segue e procure colocar em prática as sugestões propostas. O Grifo Grifar é uma forma de selecionar as ideias centrais ou signi� cativas de um texto. Cada um de nós costuma fazer de formas diferentes. Alguns grifam demais, outros praticamente nada. E você como costuma grifar? Há quem grife tanto que quase não sobra nada sem estar selecionado. É o seu caso? Para este tipo de grifo chamamos de “processo mecânico de grifar” que nada mais é do que uma forma de acompanhar o texto e não perder a concentração. Contudo, o grifo tem sentido para a leitura quando se seleciona as ideias centrais. Trata-se de um processo seletivo que pode contar com diferentes estratégias e devem ser adequadas a cada tipo de leitura. Vejamos alguns critérios para grifar um texto acadêmico: • Destacar o nome do pensador que serviu de fonte para o escritor em cada parte do texto. • Destacar as palavras-chave. • Destacar as ideias centrais. • Sinalizar os parágrafos centrais. • Sinalizar frases ou parágrafos que resumem o texto. Para não se perder na releitura construa uma legenda com o signi� cado de cada grifo. Vejamos um exemplo: Grifo seguido de asterisco - nome do pensador que serviu de fonte para o escritor em cada parte do texto. Ex.: Segundo Paulo Freire*, a educação... Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 23 Grifo antecedido e seguido por barras - palavras-chave. Ex.: A /interdisciplinaridade / é um processo de... Grifo contínuo - ideias centrais. Ex.: A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto. Chave no fi nal do parágrafo - Sinalizar os parágrafos centrais. Ex.: O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro, ser uma ajuda para você entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para revisão. Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é pre- ciso que seja por si mesmo signi� cativo. Os detalhes precisam estar re- lacionados uns com os outros e se enquadrar bem ao tópico principal em que estão incluídos. O material grifado de modo apropriado resume para a revisão posterior (ou mesmo para fazer um resumo escrito daquele texto) as principais ideias, os detalhes importantes, os termos técnicos e as de� nições. Entre colchetes – para sinalizar frases ou parágrafos que resumem o texto. Ex.: O processo mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na re- alidade, isso é apenas um pouco mais útil do que seguir a linha com o dedo. [Grifar deve ser um processo seletivo e de resumo]. Além das legendas apresentadas acima, você pode usar cores para designar cada parte do texto. Por exemplo: azul quando se tratar de conceitos, vermelho para palavras-chaves, verde para frases importantes etc. Experimente! Vamos aplicar? Agora, para você se apropriar dessas estratégias vamos fazer a seguinte atividade: • De� na a legenda dos grifos que pretende fazer. • Escolha um texto e faça uma leitura prévia sem grifar. • Faça uma segunda leitura do mesmo texto e comece a grifar. 24 Ler e Esquematizar A compreensão da leitura depende de algumas habilidades do leitor. Já vimos o grifo e a outra habilidade é a de esquematizar. Bons escritores se caracterizam pela capacidade de esquematizar o texto e bons leitores são identi� cados pela capacidade de identi� car estes esquemas. Cassany (1999, p. 120) descreve pesquisas realizadas por Crowder, Gena e outros teóricos em que para compreender um texto e depois lembrar suas informações é necessária uma capacidade de ordenar o conteúdo numa estrutura lógica. Neste sentido, quando não temos uma leitura capaz de identi� car a estrutura do texto ela é considerada de� ciente e terá menores chances de ser lembrada futuramente. Interessante não é mesmo? Já lhe ocorreu ter lido um livro ou um texto, mas não recordar do conteúdo? Para desenvolver uma leitura mais hábil, segundo os teóricos estudados por Cassany, (1999, p. 121), a estratégia é identi� car a estrutura hierárquica de um texto. Veja como este pesquisador chegou a esta conclusão: Durante 7 semanas, um grupo de crianças do décimo grau de escola secundária (15 e 16 anos) aprenderam a representar gra� camente, com es- quemas hierárquicos de linhas e datas (diagramas), a estrutura e o conteúdo do texto. Os resultados demonstraram que esta técnica era muito provei- tosa para desenvolver estratégias de leitura e, em resumo, para melhorar a compreensão. Assim mesmo, os testes de leitura mostraram importantes diferenças entre bons leitores e leitores de� cientes: Os bons leitores tendiam a representarhierarquicamente a estrutura do texto, marcando relações de causalidade e relacionando elementos que não apareciam contíguos na redação do texto. Ao contrário, os leitores com di� culdades só podiam representar linearmente a estrutura do texto, rela- cionando, sobretudo, os elementos que apareciam juntos no escrito. Interessante não é mesmo? Agora você deve estar se perguntando: como fazer uma esquematização hierárquica? Isto é bem simples! Veja um exemplo de como esta estrutura pode ser feita: Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 25 Uma dica que pode ajudar você na elaboração de esquemas é o recurso do Word disponível na Galeria de diagramas. Vamos experimentar? É bem simples! Primeiro clique em INSERIR e selecione DIAGRAMA. Irá aparecer a seguinte tela: Seleciona a primeira opção que permite uma esquematização hierárquica e em seguida é só usar. Observe que vai abrir uma janela com as ferramentas de formatação. Assim, você poderá adequar o esquema à sua necessidade. Dica: Que tal praticar o que você acabou de aprender? Escolha um pequeno texto de seu interesse e desenvolva uma esquema- tização com os conceitos fundamentais. Faça isto sempre que puder. Você observará que se tornará mais fácil obter a com- preensão do texto. Ler e Resumir Agora que você já conhece as técnicas de grifar e esquematizar, vamos ver algumas técnicas para resumir. Esta provavelmente lhe é bem familiar, e isso é muito bom. Assim, você poderá aprimorar esta habilidade. O hábito de sintetizar ajuda na compreensão do texto, e como conse- CONCEITO GERAL DESDOBRAMENTO DESDOBRAMENTO DESDOBRAMENTO DESDOBRAMENTO DESDOBRAMENTO 26 quência na otimização do aprendizado. Desta forma é interessante que você se habitue durante a leitura dos textos a identi� car palavras ou ideias-chave a � m de elaborar uma síntese própria de cada capítulo. Essa habilidade contribui para que você avalie até que ponto foi capaz de dialogar com os conteúdos. Após a leitura e sintetização é importante que se parafraseie o que foi dito, já que só consegue-se parafrasear o que realmente foi com- preendido. (Penzlien et al,2009) Segundo Penzlien et al (2009, p.63), “o resumo é a redução do texto original, mantendo apenas as ideias principais, tanto na progressão quanto na concatenação em que aparecem no texto. É condensar as informações essenciais de um texto, mas de maneira coerente, sem destruir o conteúdo original.” Mas é imprescindível que atente-se que elaborar um texto não é fazer cópia de fragmentos do texto original e sim produzir um texto com interpretações pessoais deste. Penzlien et al (2009, p.63) traz ainda um passo a passo que poderá lhe auxiliar na produção do seu resumo, veja a seguir: 1ª leitura: ler completamente o texto, tentando identi� car seu objetivo; 2ª leitura: ler o texto procurando palavras, expressões e conceitos novos; 3ª leitura: ler o texto identi� cando palavras ou ideias-chave; 4ª leitura: ler o texto grifando as palavras ou ideias-chave. Que tal resumir esta lição? Lembre-se, organizar as ideias de forma sintética ajuda a compreender. Fazer um � chamento também é uma forma de resumir o texto. Ao fazer um � chamento, você precisa inicialmente referenciar o texto anotando os dados bibliográ� cos. Fique atento às ideias principais e que foram sublinhadas durante sua leitura. Uma estratégia de � chamento é você reescrever somente aquilo que sublinhou, ou seja, fazer um texto “costurando” os pontos relevantes. Mas porque será importante fazer um � chamento? Se você tem o hábito de fazer � chamentos de livros, ao produzir um trabalho – artigo, monogra- Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 27 � a, resenha... – � cará mais fácil encontrar as ideias principais do autor. Quer mais dicas? Um livro clássico mas, muito atual no que diz respeito à leitura e à escrita cientí� ca é “Como se faz uma tese”, de Umberto Eco. Editora Perspectiva. Boa leitura! Como está a sua concentração? A concentração é o uso da mente focada em um determinado objeto, é a capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo que desejar. Por isso é uma tarefa difícil que exige muito controle mental. Estamos concentrados quando temos em mente apenas um único ob- jetivo, ou uma única imagem mental. Se por exemplo, estamos tentando imaginar algo e em nossa mente está passando uma sucessão de pensa- mentos, vozes e imagens, então não estamos concentrados em nada. Para conseguir concentração na hora dos estudos é fundamental que o aluno tenha interesse pelo assunto, além de muita vontade e disposição. Ele deve estar motivado e preparado para as di� culdades que o assunto pode trazer. Antes de conhecer a matéria, não pense que será difícil, todos temos a mesma capacidade de aprender, basta querer. E como fazer para desenvolver a concentração? Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, ou seja, adotar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para trei- nar a concentração. Atente-se a essas dicas e procure colocá-las em prática no seu dia a dia: • Organizar-se antes de iniciar os estudos é primordial para não ser inter- rompido no momento em que você esteja concentrado. • Uma boa respiração ajuda a oxigenar melhor o cérebro e, consequente- mente, facilita a absorção do conhecimento. A respiração ajuda a elimi- 28 nar a dispersão da mente. Ela ajuda na capacidade de concentração e postura. Além disso, a respiração é responsável pelo relaxamento do corpo que ajuda equilibrar o processo mental. • Procure � car relaxado, já que esta é uma técnica para aliviar corpo e mente das tensões do dia a dia. No momento do relaxamento a atividade mental cessa, seja em forma de pensamento, imagem ou ideia. Ele faz com que nossa mente � que mais preparada para receber conhecimento. O relaxamento proporciona um bem-estar nos músculos, super� ciais e profundos, em busca da total tranquilidade emocional. • Procure desenvolver apenas uma atividade de cada vez e quando estiver fazendo esta atividade coloque toda a sua atenção voltada somente nela. Isso pode parecer óbvio, mas o mais comum é que uma pessoa faça uma determinada atividade e esteja pensando na próxima que precisará fazer depois. • Faça seus movimentos com concentração. Estamos acostumados a fazer as atividades de forma mecânica, isto é, fazendo determinados movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que não tem relação alguma com o que estamos fazendo. Situações muito comum onde isto ocorre é quando estamos tomando banho, escovando os dentes, dirigindo o carro, etc. • É claro que quando tentarmos nos concentrar em algo nossa mente tentará desviar para outros pensamentos, já que nunca foi submetida a uma disciplina. Quando isto ocorrer devemos trazer nossa atenção imediatamente para onde estávamos concentrados, tantas vezes quanto seja necessário. Memorização A memória é a principal aliada de todas as atividades que fazemos todos os dias, sejam elas mentais ou físicas. Para usá-la a nosso favor é preciso treiná-la e exercitá-la para que ela não nos deixe na mão sempre que pre- cisarmos lembrar algo importante. Podemos a� rmar também que memória e inteligência são a mesma coisa, a� nal, somos capazes de pensar so- mente sobre aquilo que já conhecemos, aquilo que já está registrado em nossa memória. Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 29 Como podemos fazer então para armazenarmos mais conhecimentos, e mais importante, lembrar de todos eles? Com associações sobre cada aprendizado, ou seja, a cada novo aprendizado associe com algo que goste. Uma música, por exemplo, gravamos em nossa memória sem nenhum es- forço e depois conseguimos cantá-la sem nem precisar de “cola”. Já em algumas vezes não somos capazes de memorizar um texto com 3 linhas. A música vem associada a emoção do momento, das lembranças rela- cionadas a ela. Vale a dica então: COLOQUE EMOÇÃO EM TUDO O QUE VOCÊ QUISER LEMBRAR.Outra dica importante é; quanto mais informações estiverem en- volvidas no processo de aprendizagem, mais fácil para a memo- rização. Use cores, sons, cheiros – saia da mesmice de estudar em silêncio – faça diferente, sinta prazer em ler. Um estudo repleto de ansiedade e de pensamentos do tipo “eu sou obrigada a ler este livro e a decorar este capítulo”, assim, sob pressão não haverá aprendizado, curta o prazer de estudar, faça deste momento algo positivo. Faça anotações expressivas Com desenhos Use Canetas coloridas, ou com situações que trazem boas lembranças para associação. Nossa memória prefere e tem mais facilidade para gravar algo mais expressivo, colorido e que chame sua atenção; e não textos “sem graça”, desinteressantes. 30 Só comece a estudar quando estiver se sentindo relaxado, não comece seus estudos com ansiedade. Não se preocupe em memorizar nada, seu cérebro é feito para memori- zar, logo, quanto mais relaxado, maior a capacidade de memorização. Vamos colocar em prática? Aproveite essas dicas!! • O jogo de xadrez é um bom exercício para a memória e para o raciocínio lógico (e um aliado e tanto para as aulas de matemática). • Cuidar da alimentação também é importante e acrescentar pães, cereais, legumes e frutas em seu cardápio é primordial, pois estes ali- mentos contêm tiamina, ácido fólico e vitamina B12, essenciais para a manutenção do cérebro e da memória. • O método de repetição ajuda no arquivamento de informações, pois faz o cérebro crer que aquela informação é importante e por isso, a armazena. • Descobrir o tipo de memória que você possui também é extrema- mente útil para selecionar o melhor método de estudo. Há pessoas que têm memória visual e, portanto, precisam estudar usando a leitura, os desenhos e os esquemas grá� cos para serem bem-sucedidos no arma- zenamento de conteúdo. Para outros, a memória é auditiva e, por isso o conteúdo a ser memorizado deve ser verbalizado, os textos devem ser lidos em voz alta e discutidos com outras pessoas. O último tipo de memória é o sinestésico, relacionado aos movimentos que devem ser feitos para associar ideias. Agora que você já sabe o que fazer, é importante saber o que não fazer. Ansiedade e nervosismo são absolutamente prejudiciais para o bom fun- cionamento da memória e, por esse motivo, devem ser controlados, segue adiante dicas de como controlar a ansiedade. Estratégias para melhorar a qualidade da memória visual Segundo Gómez e Terán (2006), leia atentamente esta série de palavras Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 31 durante 15 segundos; em seguida, vá para a página seguinte. acetilcolina dopamina norepinefrina triptofano béribéri linfa atrabila bílis cusmina sináptico cocaína Duas palavras mudaram de lugar. Quais? acetilcolina dopamina norepinefrina triptofano linfa béribéri atrabila bílis cusmina sináptico cocaína Leia agora a lista de números que se segue. De seguida, vire a página: 123 354 768 245 986 980 345 786 276 Será capaz de reconhecer os dois números que mudaram de lugar? 123 354 768 986 245 980 345 786 276 Gómez e Terán (2006) apresentam o seguinte exercício de memorização: A seguir será apresentada uma lista com 10 palavras para serem memo- rizadas. Pronto, coloque o relógio com um tempo de 12 segundos e olhe a lista. Agora cubra a lista e escreva as palavras que lembrar. Não se preocupe se não lembrar. 32 KEF 1. ____________________________________________________________ LAK 2. ____________________________________________________________ MIL 3. _____________________________________________________________ NIR 4. _____________________________________________________________ VEK 5. ___________________________________________________________ LUN 6. ____________________________________________________________ NEM 7.____________________________________________________________ BEB 8. ___________________________________________________________ SAR 9. ___________________________________________________________ FIF 10. ____________________________________________________________ Revise a sua lista e circule as palavras que estiverem corretas. Para serem corretas deve estar escritas sem erros e no local adequado. Com certeza você teve as 3 ou 5 primeiras palavras corretas e as últimas, uma ou duas palavras. Possivelmente teve mais di� culdades com as palavras do meio da lista. Estratégias para melhorar a qualidade da memória auditiva Brincar de eco: repetição de sequências dadas com palmas ou batuques com caneta e/ou lápis na carteira: * * * * * * * * * * * * * * * * * * Falar uma lista de cores. Pedir ao outro que as repita e depois para repeti- las na ordem inversa. Branco Preto Azul Vermelho Verde Amarelo Laranja Rosa Rosa Laranja Amarelo Verde Vermelho Azul Preto Branco Exame Nacional de Desempenho de Estudantes 33 Como Controlar a Ansiedade Ansiedade se caracteriza pelo excesso de preocupação podendo causar sintomas físicos além de prejuízos que afetam o funcionamento social e ocupacional. As principais características de quem está ansioso são: • Inquietação (sensação de estar “ligado”), • Tensão muscular • Sudorese • Taquicardia • Apreensão ansiosa: “estado de humor orientado para o futuro em que alguém, tenta se preparar para enfrentar acontecimentos negativos vin- douros”. Esta ansiedade pode e muitas vezes está associada a comportamentos, como por exemplo, sintomas de ansiedade podem desencadear nos casos em que tempo e esforço foram dedicados com a � nalidade de uma preparação (para provas por exemplo) e pensar em possíveis resultados negativos geram ansiedade. Esta ansiedade/preocupação é um processo do pensamento e que diz respeito a acontecimentos futuros, onde este é visto como negativo e onde há incertezas sobre seus resultados, ou seja, a ansiedade pode estar ligada a uma tentativa de descobrir todas as principais possibilidades de uma situação futura. Dicas para controle da ansiedade: • Pensamentos funcionais: listar as possibilidades e pensar em ordem fun- cional, exemplo (se eu estudei, li o material e me dediquei, a probabilidade de eu me sair bem nessa prova é maior do que se eu não tivesse estudado). • Respiração diafragmática (respiração de bebê) – respirar pela barriga (respira: barriga para fora / expira: barriga para dentro) • Examinar seus pensamentos: (faça uma lista sobre o que você pensa sobre a matéria e sobre a prova, avalie cada pensamento dando uma nota de 0 a 10 para a veracidade dos mesmos). • Exercícios de relaxamento muscular (contraia todos os músculos do corpo, com força, desde os pés até a nuca – deixe contraído por 3 min. Agora vá soltando devagar, sinta seus pés relaxando, suas pernas, respiração mais leve, braços e nuca). 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASSANY, D. Descrever o escrever: como se aprende a escrever. Itajaí: Univali, 1999. CHARGER. Disponível em http://www.brasilescola.com/charges/charge-01. htm Acesso em 19 de out de 2010. Estilos de Aprendizagem publicado 11/08/2009 por Milton JB Sobreiro em http://www.webartigos.com Acesso: 29 Jun 2011 GOMÉZ, Ana Maria Salgado; TERÁN, Espinosa Nora. Di� culdade de Aprendi- zagem. Manual de orientação para pais e professores. Barueri, SP. Vergana, 2006 15 Dicas para aproveitar o seu tempo. Disponível em <http://www.mun- dovestibular.com.br/articles/1434/1/15-DICAS-PARA-APROVEITAR-SEU- TEMPO-DE-ESTUDO/Paacutegina1.html> Acesso em 19 out 2010 NORTHEDGE, Andrew. Técnicas para estudar com sucesso. Tradução Susana Maria Fontes, Arlene Dias Rodrigues. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 1998. RIBEIRO, Marco Aurélio de P. A técnica de estudar: uma introdução às téc- nicas de aprimoramento do estudo. Petrópolis, RJ; Vozes, 1997. RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científi ca: Guia parae� ciência nos estu- dos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1992. 176p. p.45-47 SEVERINO, A. J. 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