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Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
1
2
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
3
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
5
Olá Estudante!
 Este material foi desenvolvido com objetivo de proporcionar a você 
dicas pontuais sobre métodos de estudo e aprendizagem.
 Apresentamos os conceitos básicos de aprendizagem e sua relação 
com provas e avaliações. Propomos ainda uma re� exão dos aspectos ob-
jetivos e subjetivos envolvidos na aprendizagem individual.
 Além disto, apresentamos informações importantes sobre o Enade 
(Prova dos cursos de Graduação) com objetivo de ambientar o acadêmico 
à prova e possibilitar conhecimentos gerais sobre o assunto. 
 Esperamos que você coloque em prática o que apresentaremos a 
seguir. 
 Bom estudo!
APRESENTAÇÃO
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
7
Apresentação..........................................................................................5
O que é o Enade?.......................................................................................8
O Enade é obrigatório?.................................................................................8
O Enade é somente uma prova?................................................................8
Quando será realizado o Enade 2011?.........................................................8
O Questionário do Estudante é de participação obrigatória?...................9
Como o estudante pode acessar o Boletim de Desempenho?..................9
O que é Estudar?....................................................................................11
Sugestões e Estratégias para aprendizagem.............................................16 
Como organizar tempo de estudo.............................................................16
A leitura......................................................................................................19
O grifo..........................................................................................................22
Ler e Esquematizar......................................................................................24
Ler e Resumir...............................................................................................25
Como está a sua concentração?..............................................................27
Memorização........................................................................................28
Estratégias para melhorar a qualidade da memória visual.....................30
Estratégias para melhorar a qualidade da memória auditiva.....................32
Como controlar a ansiedade......................................................................33
Dicas para controle da ansiedade...............................................................33
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................34
SUMÁRIO
8
O que é o Enade? 
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) integra o Sis-
tema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), cujo objetivo é 
veri� car o rendimento dos alunos dos cursos de graduação de todo o país. 
O Enade é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio 
Teixeira (INEP) por meio do Ministério da Educação (Mec) e busca avaliar os 
conteúdos programáticos, bem como as habilidades e competências dos 
alunos do Ensino Superior.
Os resultados desta avaliação são extremamente importantes para o 
país e para as Instituições de Ensino Superior porque permitem ações e 
estratégias voltadas para e melhoria da qualidade do ensino e dos cursos 
de graduação. 
 
O Enade é obrigatório?
O Enade é componente curricular obrigatório aos cursos de graduação, 
conforme determina a Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. É aplicado 
periodicamente aos estudantes de todos os cursos de graduação, durante 
o primeiro (ingressantes) e último (concluintes). O estudante que não com-
parecer ao Exame estará em situação irregular junto ao Enade. A partici-
pação do estudante habilitado ao Enade é condição indispensável para a 
emissão do histórico escolar, assim como para a expedição do diploma 
pela IES.
 
O Enade é somente uma prova?
Não, além da prova o estudante precisa responder o questionário de 
impressões sobre a prova, o questionário socioeconômico. Além disto, o 
coordenador do curso também responde um questionário. 
Quando será realizado o Enade 2011?
A prova será aplicada no dia 06 de novembro de 2011, com início às 13 
horas (horário de Brasília). Os estudantes selecionados devem apresentar-
se no local de prova às 12h15 min. munidos de documento o� cial de iden-
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
9
ti� cação (com fotogra� a). O estudante deverá conhecer antecipadamente 
o seu local de prova e estimar o tempo necessário ao percurso desde sua 
residência, observando o horário estabelecido para sua
apresentação – 12h15mim.
O Questionário do Estudante é de participação obrigatória?
O INEP tornará disponível o Questionário do Estudante, de participação 
obrigatória, nos termos do § 1º do artigo 33-J da Portaria Normativa nº. 
40, de 12/12/2007, em sua atual redação, no período de 07 outubro a 06 
de novembro de 2011, exclusivamente por meio do endereço eletrônico 
http://www.inep.gov.br. A consulta individual ao local de prova e impressão 
do Cartão de Informação do Estudante será obrigatoriamente precedida 
pelo preenchimento do Questionário do Estudante. Os alunos da Uniasselvi 
preencherão o questionário em data � chada pela coordenação e assinarão 
lista de presença após o preenchimento. 
Como o estudante pode acessar o Boletim de Desempenho?
Para conhecer sua nota no Enade, acesse seu Boletim de Desempenho, 
disponível em http://www.inep.gov.br – Educação Superior – Enade – Bo-
letim de Desempenho (http://enade.inep.gov.br/enadeResultado/site/bo-
letimDesempenho.seam), clique na opção “Gerar Senha” e preencha as 
informações solicitadas. Importante lembrar que as informações prestadas 
devem estar de acordo com os dados fornecidos por sua instituição de 
educação superior – IES no momento de sua inscrição no Enade (inclusive 
sem acentuação grá� ca). Caso o sistema esteja apresentando inconsistên-
cia em relação aos dados informados, entre em contato com sua IES para 
esclarecimentos acerca das informações que a mesma cadastrou em seu 
nome. Após gerar senha é possível acessar o Boletim de Desempenho no 
mesmo endereço eletrônico.
Lembramos que o acesso ao resultado individual obtido no Enade é restrito 
ao concluinte ou ingressante que tenha participado da prova, conforme 
legislação vigente.
10
Quem aplica a prova?
As provas são aplicadas por instituição ou consórcio de instituições 
contratadas pelo Inep que comprove capacidade técnica em avaliação e 
aplicação, segundo o modelo proposto para o Exame, e que atenda aos 
requisitos estabelecidos no projeto básico do Enade.
Qual o formato da prova?
A prova é composta de 40 questões no total, sendo 10 questões da 
parte de formação geral e 30 da parte de formação especí� ca da área, con-
tendo as duas partes questões discursivas e de múltipla escolha.
Qual o peso das partes da prova?
1. Formação Geral = 25%
2. Componente Especí� co = 75%
Quando será encaminhado o Relatório dos Estudantes em situação 
regular junto ao Enade 2011?
A partir do dia 06 de dezembro de 2011, ou seja, após trinta dias da 
prova, o Inep tornará disponível o acesso eletrônico ao Relatório dos Es-
tudantes em Situação Regular junto ao Enade 2011 por meio da página da 
Internet http://www.inep.gov.br, que permitirá a IES registrar no histórico 
escolar do estudante a sua situação junto ao Enade.
Por que o Enade é importante?
Porque ele avalia não somente você, seu curso, sua Instituição, mas o 
ensino do país de uma maneira ampla. Uma avaliação ruim será re� exo de 
uma educação ruim e consequentemente prejuízo ao país, a Instituição e ao 
estudante. Porisso, todos precisam reconhecer a importância e RESPON-
SABILIDADE deste evento. 
 
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
11
O que é Estudar?
É comum � car apreensivo diante de todos os conteúdos que se tem para 
estudar durante os semestres da graduação, mas � que calmo, basta que 
você desenvolva alguns hábitos diários, tenha força de vontade, disciplina 
e paciência. Esses fatores conciliados com suas obrigações e compromis-
sos possibilitaram aprendizado e� ciente e com melhor aproveitamento do 
tempo. Acredite, tudo dará certo!!
Segundo Northedger (1998), o objetivo de estudar é aprender, e a 
aprendizagem consiste em três aspectos:
 
• Assimilar ideias novas 
• Re� etir sobre as novas ideias e adequá-las a suas próprias
• Expressar ideias recentemente formuladas, falando e escrevendo sobre 
elas.
 
A aprendizagem acontece individualmente, por isso, permita-se desco-
brir qual a melhor forma para aprender. Observe na tabela abaixo, qual o 
seu estilo de aprendizagem: visual, auditiva ou sinestésica. E em seguida 
aproveite as dicas de cada uma delas.
Área 
Observada Visual Auditivo Sinestésico
Estilo de 
Aprendizagem
Aprende através da 
observação
Aprende através de 
instruções verbais
Aprende fazendo 
as coisas. Evolve-
se diretamente.
Leitura Gosta das de-
scrições, desfruta 
imaginando as 
cenas. Boa capa-
cidade de concen-
tração.
Desfruta do diálogo. 
Evita descrições lon-
gas. Não se � xa nas 
ilustrações.
Prefere histórias 
nas quais há 
ação. Movimente-
se enquanto lê. 
Não é um grande 
leitor.
Ortogra� a Tem boa ortogra� a 
porque visualiza a 
palavra.
Não costuma ter boa 
ortogra� a porque es-
creve a palavra como 
ouve.
Com frequência 
tem má ortogra� a. 
Escreva as pala-
vras como sente.
12
 
Memória Gosta de tomar 
notas, escreve as 
coisas para recor-
dar. Lembra-se de 
rostos, mas não de 
nomes. 
Lembra de nomes, 
mas se esquece dos 
rostos. Retém por 
repetição. 
Recorda mais o 
que fez e não o 
que viu ou falou.
Imaginação Pensa em ima-
gens, visualiza 
detalhes. Muito 
imaginativo.
Pensa em sons. Não 
presta atenção aos 
detalhes.
As imagens não 
são tão impor-
tantes. 
Concentração Não toma conhe-
cimento dos sons. 
Distrai-se quando 
há desordem visual 
ou movimento. 
Distrai-se muito facil-
mente com os sons.
Não presta aten-
ção às apresen-
tações visuais e 
auditivas. 
Resolução de 
problemas
Planeja antecipa-
damente, organiza 
seus pensamentos 
escrevendo-os. 
Fala dos seus 
problemas, coloca 
possíveis soluções 
oralmente. 
Impulsivo. Com 
frequência es-
colhe a solução 
que envolve maior 
atividade física. 
Respostas a 
período de 
inatividade
Olha ao redor, 
examina a 
situação. 
Fala consigo ou com 
os outros.
Experimenta fazer 
as coisas: toca, 
manipula, sente.
Resposta 
a novas 
situações
Olha ao redor, 
examina a 
situação.
Fala sobre a nova 
situação, sobre o que 
deve fazer.
Experimenta fazer 
as coisas: toca, 
manipula, sente. 
Aspecto 
emocional
Chora com fa-
cilidade. Sua 
expressão facial 
indica claramente 
suas emoções. 
Explode verbalmente 
quando sente alegria 
ou raiva, porém se 
acalma em seguida. 
Expressa suas 
emoções verbalmente 
e através de mudan-
ças no tom e volume 
de voz.
Pula quando está 
contente; abraça, 
empurra e puxa 
para demonstrar 
sua alegria.
Comunicação Bastante calado. 
Descreve na forma 
concreta. Pode 
� car impaciente 
se tem que es-
cutar por um longo 
período. 
Gosta de ouvir os 
outros, porém não 
reprime a vontade de 
falar. Suas descrições 
são longas e um tanto 
repetitivas. 
Faz gestos ao 
falar. Não presta 
atenção. Perde 
rapidamente o 
interesse nos 
discursos verbais 
longos. 
(Fonte: Gómez e Terán, 2008)
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
13
Conseguiu identi� car sua forma de aprendizagem? Então, � que atento 
as dicas para cada uma delas!!
Aprendizagem Visual
Seu momento de estudo deve ser revestido por estímulos visuais, como as 
vídeoaulas. Deve procurar montar esquemas, resumos, anotações, tabe-
las, grá� cos, � uxogramas, desenhos. Estes podem ser a� xados em locais 
onde a pessoa tenha contato visual constante, como portas de armários, 
ou de quartos, papéis de parede de seu computador... Com isso, construir 
imagens mentais do que está estudando é, posteriormente, reorganizá-la 
em formas textuais.
Aprendizagem Auditiva
Gravar aulas, palestras, seminários, ou outros do gênero, podem ser de 
grande valia para o auditivo na hora de estudar. Fazer resumos e gravá-
los para posteriormente ouvi-los é de extrema e� cácia, assim como ler os 
textos a estudar em voz alta, e durante as aulas, ouvir mais que anotar, 
deixando para fazer os resumos em outro horário, anotando, durante a aula 
apenas as informações indispensáveis. Uma boa conversa com os colegas 
sobre a aula ou sobre o conteúdo estudado é um ótimo recurso para este 
auditivo.
Aprendizagem Sinestésica
Quando em momento de estudo solitário, ler em voz alta movimentando-
se pelo espaço, que pode ser um quarto, uma sala, ou, até, uma pista de 
caminhada ou corrida em um parque usando um MP3, MP4, IPod... O im-
portante é que associe movimentos, gestos, in� exões de vozes com o con-
teúdo estudado, pois quando precisar trazê-los da memória poderá fazê-lo 
lembrando da situação de aprendizagem.
Embora cada um possua um método de aprendizagem especí� co 
o ideal é que todos busquem desenvolver em si os três Estilos 
de Aprendizagem a � m de que exista o aprendizado em qualquer 
situação de construção do conhecimento.
Ribeiro (1997) enfatiza que a aprendizagem é lenta. Por isso, não queira 
14
estudar tudo de uma vez. O ideal é que o aluno se lance na aprendizagem 
como quem mergulha numa piscina ou aprende a andar de bicicleta. O 
“todo” ajuda a aprender as partes e toda aprendizagem é uma estrutura que 
deve ser assimilada globalmente.
Atente a essas dicas de como o aluno deve agir no período de avaliações 
para aproveitar todo o seu potencial (Ribeiro 1997, p.50)
• Cultive o desejo de ir bem, o pensamento positivo.
• Obtenha a informação antecipada sobre o tipo de prova a ser aplicada 
(se é objetiva ou subjetiva).
• Substitua a preocupação e o medo pela autocon� ança.
• Tente compreender o signi� cado das questões para dar respostas co-
erentes.
• Antes da prova, se houver tempo, ajude os colegas. A melhor maneira 
de aprender uma matéria é ensiná-las aos outros.
• Na hora “h”, sente-se com a coluna ereta, respire fundo e relaxe com-
pletamente.
• Se estiver nervoso (a), aceite como natural. Este pequeno estímulo faz 
com que a gente � que mais atento.
• Não use recursos proibidos na prova. A própria tensão gerada pelo ato 
de “colar” pode provocar questionamentos.
• Quando receber a prova, leia as instruções.
• Responda primeiro as questões fáceis.
• Quando ler a pergunta, coloque-a no contexto.
• Analise os termos usados e procure palavras-chaves para descobrir a 
“verdade” da questão.
• Revise o seu gabarito antes de entregá-lo.
• Faça sua redação com letra legível. Ajuda a não tirar o humor de quem 
for corrigi-la.
• Reserve um tempo para o preenchimento do gabarito. A pressa, neste 
momento, pode acarretar erros irreparáveis.
• Uma alimentação bem equilibrada é importante para o bom funciona-
mento do seu cérebro. Procure consumir açúcar e fósforo, mas não 
exagere.
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
15
A preparação para provas e exames não deve ser feita através 
de “viradas” de última hora, varando madrugadas, mas sim, 
através de um estudo consciente e continuado, distribuído 
racionalmente pelo tempo disponível. (Ribeiro,1997)
Cada um de nós possui um ritmo de aprendizagem que difere do outro. 
Uns aprendem mais facilmente, enquanto outros encontram mais di� cul-
dades. Isso porque a aprendizagem está baseada na experiência de vida de 
cada um, ou seja, as pessoas não têm as mesmas inteligências, nem todos 
aprendem da mesma forma. (Tafner, 2009)
O segredo do sucesso é a vontade, o desejode fazer da aula um mo-
mento mais gostoso e interessante. Mesmo, e principalmente, nas aulas 
mais chatas. (Antunes, 1996)
Você como estudante adulto tem que se responsabilizar por seus próprios 
estudos. Além disso, você também tem que assumir a responsabilidade de 
apresentar suas próprias opiniões. 
Desta forma sabendo que a aprendizagem ocorre individualmente e que 
cada um é responsável pelo seu próprio estudo, Northedger (1998) pontua 
que você precisa:
• decidir suas próprias prioridades
• estabelecer suas próprias metas
• planejar suas próprias estratégias e 
• tomar suas próprias decisões sobre as ideias. 
Não existe no mundo duas pessoas iguais. Procure, então, valorizar essa 
individualidade. Não � que se comparando com este ou aquele e não per-
mita que as pessoas tentem ver em você alguém que não é. (Antunes, 1996)
16
Sugestões e Estratégias para aprendizagem 
Como organizar tempo de estudo?
Quando se decidi ser acadêmico é preciso estar ciente de que será 
necessário fazer algumas escolhas relacionadas a disponibilidade de tem-
po, ou seja, quando estudar começa a fazer parte da sua vida, geralmente 
alguma coisa precisará ser deixada de lado. (Northedger, 1998)
Uma boa alternativa é começar a pensar nas responsabilidades diárias e 
montar um planejamento semanal. Que tal começar agora? Utilize a tabela 
que segue:
 
Horário 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira Sábado
6h
7h
8h
9h
10h
11h
12h
13h
14h
15h
16h
17h
18h
19h
20h
21h
22h
23h
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
17
Para Ribeiro (1997) a prática correta está em estudar um pouco todos 
os dias. Assim, o acadêmico não estará “se matando” de estudar e sua 
aprendizagem dar-se-á de maneira mais sólida e com mais consistência.
Se você acadêmico dispuser de duas horas e meia para estudar, então 
deverá colocar meia hora para cada disciplina. Não é muito, mas é melhor 
do que nada. Mas é importante que a cada 50 minutos de estudo seja 
feito 10 minutos de intervalo (intercalar o estudo com alguma atividade de 
recreação). Outra dica interessante é estudar primeiramente as matérias 
mais difíceis e seguir o plano de estudo até se tornar hábito. (Ribeiro, 1997)
Outra questão importante é estabelecer um horário especí� co diário 
para o estudo e mantê-lo como rotina. Caso contrário criará uma série de 
di� culdades que o levarão a perder o foco e a atenção. Para Ribeiro (1997), 
o segredo está em descobrir qual é essa forma e� ciente de estudar, e não 
em estudar mais tempo. 
 15 dicas para aproveitar seu tempo de estudo, aproveite!
1. Escolha um local calmo, arejado e iluminado para estudar. Evite barulhos 
que possam despertar sua atenção. Não deixe rádio ou TV ligados, a 
hora de estudar exige concentração total;
2. Escolha também cadeira e mesa confortáveis. Conforto é importante 
mas não exagere! Nunca estude deitado pois assim o sono pega.
3. Organize-se! Deixe sempre por perto seu material para não ter que � car 
levantando a toda hora para procurá-lo. Isso tira sua concentração e faz 
seu rendimento cair.
4. Procure estudar todos os dias num mesmo horário. Assim você cria o 
hábito de fazer as tarefas diariamente.
5. Escolha para estudar o período do dia em que normalmente você já 
não faz nada ou tem poucas atividades. Assim, a probabilidade de ser 
atrapalhado por qualquer coisa � ca bastante reduzida.
6. Dê prioridade aos seus estudos. Se surgir algum programa, passeio, 
telefonema de amigos, ou outra coisa não fure os estudos. Seja per-
sistente, estude primeiro e vá depois. Se deixar de estudar um dia por 
18
um motivo, outro dia por outro motivo, daqui a pouco não estuda mais 
e o rendimento começa a despencar.
7. A aula é momento privilegiado de estudo. Não perca aulas nem saia 
mais cedo da aula.
8. Nunca deixe para amanhã a dúvida que você pode tirar hoje. Procure os 
professores após a aula, nos intervalos. Trocar ideias com os colegas 
também pode ser uma boa, sempre um acaba ajudando o outro e assim 
todos crescem.
9. Não � que querendo decorar tudo. Estude para aprender. Só assim você 
será capaz de manipular seu conhecimento com criatividade. A tendên-
cia dos concursos é cobrar cada vez mais raciocínio e manipulação de 
ideias. É uma espécie de movimento conjunto cujo lema bem poderia 
ser *abaixo aluno bitolado.
10. Cultive o hábito de boas leituras. Muitas questões têm sido formula-
das em cima de acontecimentos recentes e assuntos que vêm sendo 
amplamente discutidos nos principais jornais e revistas do país. Além 
disso, a boa leitura ajuda a melhorar sua compreensão de textos e sua 
capacidade de expressão, requisitos importantíssimos para fazer uma 
boa prova de qualquer matéria.
11. Não perca nenhum exercício. Eles são oportunidades ímpares de você 
treinar a situação de prova aprendendo a controlar suas emoções, 
controlar o tempo e desenvolver métodos mais e� cientes de ataque e 
resolução das questões.
12. Não se esqueça dos momentos de lazer. É necessário haver uma com-
pensação. Se você passa muito tempo concentrado (a). estudando, 
também precisa descontrair.
13. Evite qualquer coisa que provoque estresse. É preciso saber dosar sua 
energia.
14. Fique de olho nos informativos de concursos e procure saber, desde 
o início, mais ou menos as datas costumam abrir as inscrições. Assim 
você já � ca preparado (a) e evitar correrias de última hora.
15. Acredite em você! Todo dia repita mentalmente: eu sou bom aluno e 
a cada dia construo um pouco do meu futuro É muito importante ter 
autocon� ança e, é claro, autocon� ança começa com a aplicação e 
estudos diários.
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
19
A leitura
Para Severino (2002) existem entre o escritor (emissor) e o leitor (receptor) 
diversas interferências pessoais e culturais que, muitas vezes, podem por 
em risco a objetividade da comunicação. Ao escrever um texto, sempre 
o autor-emissor codi� ca sua mensagem e o leitor-receptor a decodi� ca e 
depois pensa, assimila, personaliza, compreende... completando assim o 
processo de comunicação.
A leitura sempre tem uma � nalidade. Quando lemos temos um objetivo 
e a partir dele selecionamos as informações que nos interessam. Ou seja, o 
objetivo da leitura é individual e se torna o principal critério no processo de 
recepção de uma informação. 
 
Vejamos alguns objetivos que utilizamos quando lemos: 
• Para obter uma informação precisa (uso pontual e real)
• Para seguir instruções (saber como fazer)
• Para obter uma informação de caráter geral (saber de que trata, saber 
o que acontece)
• Para aprender (para ampliar o conhecimento)
• Para revisar um escrito próprio (para revisar a adequação e signi� cado 
do texto)
• Por prazer (leitura agradável)
• Para comunicar um texto a um auditório (discurso, sermão, ler poesia...)
• Para praticar a leitura em voz alta (para ler com clareza, rapidez, � uência 
e correção)
• Para veri� car o que se compreendeu (para se ter uma compreensão 
global)
Quando você for fazer uma leitura, procure pensar nisso. Procure ter 
consciência do objetivo de sua leitura. Isso lhe ajudará a manter a atenção 
e a fazer uma boa apropriação do texto. Mas também é preciso ter cuidado! 
Muitas vezes estamos tão “obcecados” procurando uma referência para 
determinado tema que “induzimos” o autor a concordar com nossas ideias. 
Vamos ver isto mais adiante. 
20
Na sequência, sintetizamos e adaptamos algumas ideias apresentadas 
por Severino (2002) em seu livro Metodologia do Trabalho Cientí� co que 
consideramos ser proveitosos para uma leitura e� caz. Veja como o autor 
propõe a trajetória da leitura passo-a-passo:
Delimitar: o primeiro passo é estabelecer o que e o quanto vai ser lido. Se 
você vai ler um capítulo, uma unidade, dois tópicos... en� m, acredita-se que 
o estudo deva ser feito em etapas porque assim você poderá avaliar se a 
primeira etapa está clara e se já pode passar para a seguinte.
Primeira leitura: é uma leitura mais corrida, panorâmica, um primeiro con-
tato onde criam-se as primeirasimpressões. Pode-se buscar informações 
sobre o autor do texto. Também já pode fazer pequenas marcações no 
texto sobre dúvidas ou anotar palavras e termos desconhecidos.
Compreensão: entender do que o autor está tratando. Qual o tema do texto, 
qual o problema que ele se propõe a trabalhar e quais respostas ele oferece 
ao problema proposto. 
Interpretação: é uma etapa mais delicada, pois é quando tem-se que 
ter cuidado com as interferências pessoais e culturais. Num primeiro 
momento pode-se situar o pensamento do autor naquele tópico de estudo 
relacionando-o com posições gerais do seu próprio pensamento para depois 
relacioná-lo com a cultura � losó� ca em geral. Pode-se ainda relacionar o 
texto a outras ideias ou temas a� ns, para ao � nal fazer uma apreciação 
crítica com relação ao conteúdo: se está coerente, claro, se alcançou os 
objetivos. Com relação as suas ideias: se são originais, se tem validade se 
é profundo ou super� cial etc. 
Problematização: é uma retomada do texto com objetivo de levantar 
problemas relevantes para uma discussão pessoal ou em grupo.
Síntese pessoal: quando a leitura for bem feita será mais fácil para o leitor 
elaborar uma síntese pessoal sobre o tema. É um exercício de raciocínio 
e maturidade intelectual que revelam a sua competência, enquanto leitor, 
sobre o texto lido. Já que para que uma síntese seja boa você terá que ter 
passado por todas as etapas anteriores. 
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
21
Você viu que o processo de leitura passa por várias etapas? Além de ler 
você pode sublinhar, anotar palavras importantes, questionar, pesquisar. 
Parece que a leitura, e não só a leitura, � ca mais interessante quando par-
ticipamos de maneira ativa do processo. 
Uma dica importante é ter sempre um dicionário a mão na hora 
de fazer uma leitura. Assim você pode tirar suas dúvidas com 
relação a palavras novas, interpretação, além de enriquecer o seu 
vocabulário. 
Outras ideias interessantes são as de Ruiz (1992) sobre a leitura, veja a 
seguir:
• Sente-se e acomode-se à mesa.
• Tenha um dicionário e um bloco para apontamentos.
• Concentre-se na leitura evitando distrações.
• Inicie lendo título, subtítulo, sumário (se houver).
• Volte sua atenção para as ideias chaves do texto.
• Anote os termos desconhecidos.
• Assinale a lápis ao lado do texto o que considerar importante.
• Leia com velocidade compatível com a compreensão do texto.
• Quando terminar, procure esclarecer as palavras que anotou.
• Recomece a leitura procurando responder às questões do autor, ob-
servando suas anotações nas bordas do texto. 
• Sublinhe ideias principais.
• Assinale os pontos que geraram dúvidas.
• Associe o texto com conhecimentos anteriores. 
Gostou das dicas sobre leitura? Antes de continuarmos o estudo, responda 
as seguintes perguntas:
Você costuma grifar os textos quando lê? ___________________________
Como faz os grifos?________________________________________________ 
Ao terminar a leitura como você percebe o texto grifado? ______________
___________________________________________________________________
22
Ao reler o texto se pergunta: por que grifei esta parte? ____________________
Já tentou fazer um esquema do que leu? ______________________________
O esquema � cou linear ou hierárquico? _______________________________
Costuma fazer resumos? ____________________________________________
Muito bem. Respondeu as questões? Agora, leia atentamente o texto 
que se segue e procure colocar em prática as sugestões propostas.
O Grifo
Grifar é uma forma de selecionar as ideias centrais ou signi� cativas de 
um texto. Cada um de nós costuma fazer de formas diferentes. Alguns 
grifam demais, outros praticamente nada. E você como costuma grifar? 
Há quem grife tanto que quase não sobra nada sem estar selecionado. É 
o seu caso? Para este tipo de grifo chamamos de “processo mecânico de 
grifar” que nada mais é do que uma forma de acompanhar o texto e não 
perder a concentração. Contudo, o grifo tem sentido para a leitura quando 
se seleciona as ideias centrais. Trata-se de um processo seletivo que pode 
contar com diferentes estratégias e devem ser adequadas a cada tipo de 
leitura. 
Vejamos alguns critérios para grifar um texto acadêmico:
• Destacar o nome do pensador que serviu de fonte para o escritor em 
cada parte do texto.
• Destacar as palavras-chave.
• Destacar as ideias centrais.
• Sinalizar os parágrafos centrais.
• Sinalizar frases ou parágrafos que resumem o texto.
Para não se perder na releitura construa uma legenda com o signi� cado 
de cada grifo. Vejamos um exemplo:
Grifo seguido de asterisco - nome do pensador que serviu de fonte para o 
escritor em cada parte do texto. Ex.: Segundo Paulo Freire*, a educação...
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
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Grifo antecedido e seguido por barras - palavras-chave. 
Ex.: A /interdisciplinaridade / é um processo de...
Grifo contínuo - ideias centrais. Ex.: A leitura é um processo de interação 
entre o leitor e o texto.
Chave no fi nal do parágrafo - Sinalizar os parágrafos centrais. Ex.:
O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro, ser uma 
ajuda para você entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para 
revisão. Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é pre-
ciso que seja por si mesmo signi� cativo. Os detalhes precisam estar re-
lacionados uns com os outros e se enquadrar bem ao tópico principal 
em que estão incluídos. O material grifado de modo apropriado resume 
para a revisão posterior (ou mesmo para fazer um resumo escrito daquele 
texto) as principais ideias, os detalhes importantes, os termos técnicos e 
as de� nições. 
Entre colchetes – para sinalizar frases ou parágrafos que resumem o texto. 
Ex.:
O processo mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na re-
alidade, isso é apenas um pouco mais útil do que seguir a linha com o dedo. 
[Grifar deve ser um processo seletivo e de resumo].
 
Além das legendas apresentadas acima, você pode usar cores 
para designar cada parte do texto. Por exemplo: azul quando se 
tratar de conceitos, vermelho para palavras-chaves, verde para 
frases importantes etc. Experimente!
Vamos aplicar? Agora, para você se apropriar dessas estratégias vamos 
fazer a seguinte atividade:
• De� na a legenda dos grifos que pretende fazer.
• Escolha um texto e faça uma leitura prévia sem grifar.
• Faça uma segunda leitura do mesmo texto e comece a grifar.
24
Ler e Esquematizar
 
A compreensão da leitura depende de algumas habilidades do leitor. Já 
vimos o grifo e a outra habilidade é a de esquematizar. Bons escritores se 
caracterizam pela capacidade de esquematizar o texto e bons leitores são 
identi� cados pela capacidade de identi� car estes esquemas. 
Cassany (1999, p. 120) descreve pesquisas realizadas por Crowder, Gena 
e outros teóricos em que para compreender um texto e depois lembrar suas 
informações é necessária uma capacidade de ordenar o conteúdo numa 
estrutura lógica. Neste sentido, quando não temos uma leitura capaz de 
identi� car a estrutura do texto ela é considerada de� ciente e terá menores 
chances de ser lembrada futuramente. Interessante não é mesmo? Já lhe 
ocorreu ter lido um livro ou um texto, mas não recordar do conteúdo? 
Para desenvolver uma leitura mais hábil, segundo os teóricos estudados 
por Cassany, (1999, p. 121), a estratégia é identi� car a estrutura hierárquica 
de um texto. Veja como este pesquisador chegou a esta conclusão:
Durante 7 semanas, um grupo de crianças do décimo grau de escola 
secundária (15 e 16 anos) aprenderam a representar gra� camente, com es-
quemas hierárquicos de linhas e datas (diagramas), a estrutura e o conteúdo 
do texto. Os resultados demonstraram que esta técnica era muito provei-
tosa para desenvolver estratégias de leitura e, em resumo, para melhorar a 
compreensão. Assim mesmo, os testes de leitura mostraram importantes 
diferenças entre bons leitores e leitores de� cientes:
Os bons leitores tendiam a representarhierarquicamente a estrutura do 
texto, marcando relações de causalidade e relacionando elementos que 
não apareciam contíguos na redação do texto. Ao contrário, os leitores com 
di� culdades só podiam representar linearmente a estrutura do texto, rela-
cionando, sobretudo, os elementos que apareciam juntos no escrito.
 
Interessante não é mesmo? Agora você deve estar se perguntando: 
como fazer uma esquematização hierárquica? Isto é bem simples! Veja um 
exemplo de como esta estrutura pode ser feita:
Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes
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Uma dica que pode ajudar você na elaboração de esquemas é o recurso 
do Word disponível na Galeria de diagramas. Vamos experimentar? 
É bem simples! Primeiro clique em INSERIR e selecione DIAGRAMA. Irá 
aparecer a seguinte tela:
Seleciona a primeira opção que permite uma 
esquematização hierárquica e em seguida é só 
usar. Observe que vai abrir uma janela com as 
ferramentas de formatação. Assim, você poderá 
adequar o esquema à sua necessidade.
Dica: Que tal praticar o que você acabou de aprender? Escolha 
um pequeno texto de seu interesse e desenvolva uma esquema-
tização com os conceitos fundamentais. Faça isto sempre que 
puder. Você observará que se tornará mais fácil obter a com-
preensão do texto.
Ler e Resumir
 
Agora que você já conhece as técnicas de grifar e esquematizar, vamos 
ver algumas técnicas para resumir. Esta provavelmente lhe é bem familiar, e 
isso é muito bom. Assim, você poderá aprimorar esta habilidade.
O hábito de sintetizar ajuda na compreensão do texto, e como conse-
CONCEITO GERAL
DESDOBRAMENTO
DESDOBRAMENTO
DESDOBRAMENTO
DESDOBRAMENTO DESDOBRAMENTO
26
quência na otimização do aprendizado. Desta forma é interessante que você 
se habitue durante a leitura dos textos a identi� car palavras ou ideias-chave 
a � m de elaborar uma síntese própria de cada capítulo. Essa habilidade 
contribui para que você avalie até que ponto foi capaz de dialogar com os 
conteúdos. Após a leitura e sintetização é importante que se parafraseie o 
que foi dito, já que só consegue-se parafrasear o que realmente foi com-
preendido. (Penzlien et al,2009)
Segundo Penzlien et al (2009, p.63), “o resumo é a redução do texto 
original, mantendo apenas as ideias principais, tanto na progressão quanto 
na concatenação em que aparecem no texto. É condensar as informações 
essenciais de um texto, mas de maneira coerente, sem destruir o conteúdo 
original.” Mas é imprescindível que atente-se que elaborar um texto não é 
fazer cópia de fragmentos do texto original e sim produzir um texto com 
interpretações pessoais deste.
Penzlien et al (2009, p.63) traz ainda um passo a passo que poderá lhe 
auxiliar na produção do seu resumo, veja a seguir:
1ª leitura: ler completamente o texto, tentando identi� car seu objetivo;
2ª leitura: ler o texto procurando palavras, expressões e conceitos novos;
3ª leitura: ler o texto identi� cando palavras ou ideias-chave;
4ª leitura: ler o texto grifando as palavras ou ideias-chave.
 
Que tal resumir esta lição? Lembre-se, organizar as ideias de 
forma sintética ajuda a compreender. 
Fazer um � chamento também é uma forma de resumir o texto. Ao fazer um 
� chamento, você precisa inicialmente referenciar o texto anotando os dados 
bibliográ� cos. Fique atento às ideias principais e que foram sublinhadas 
durante sua leitura. Uma estratégia de � chamento é você reescrever 
somente aquilo que sublinhou, ou seja, fazer um texto “costurando” os 
pontos relevantes. 
Mas porque será importante fazer um � chamento? Se você tem o hábito 
de fazer � chamentos de livros, ao produzir um trabalho – artigo, monogra-
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� a, resenha... – � cará mais fácil encontrar as ideias principais do autor.
Quer mais dicas? 
Um livro clássico mas, muito atual no que diz respeito à leitura 
e à escrita cientí� ca é “Como se faz uma tese”, de Umberto 
Eco. Editora Perspectiva. Boa leitura!
Como está a sua concentração?
A concentração é o uso da mente focada em um determinado objeto, é a 
capacidade de abstrair-se num ponto, focar um alvo e mantê-lo pelo tempo 
que desejar. Por isso é uma tarefa difícil que exige muito controle mental. 
Estamos concentrados quando temos em mente apenas um único ob-
jetivo, ou uma única imagem mental. Se por exemplo, estamos tentando 
imaginar algo e em nossa mente está passando uma sucessão de pensa-
mentos, vozes e imagens, então não estamos concentrados em nada. 
Para conseguir concentração na hora dos estudos é fundamental que o 
aluno tenha interesse pelo assunto, além de muita vontade e disposição. 
Ele deve estar motivado e preparado para as di� culdades que o assunto 
pode trazer. Antes de conhecer a matéria, não pense que será difícil, todos 
temos a mesma capacidade de aprender, basta querer. 
 
E como fazer para desenvolver a concentração? 
Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, 
ou seja, adotar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para trei-
nar a concentração. 
 
Atente-se a essas dicas e procure colocá-las em prática no seu 
dia a dia:
• Organizar-se antes de iniciar os estudos é primordial para não ser inter-
rompido no momento em que você esteja concentrado.
• Uma boa respiração ajuda a oxigenar melhor o cérebro e, consequente-
mente, facilita a absorção do conhecimento. A respiração ajuda a elimi-
28
nar a dispersão da mente. Ela ajuda na capacidade de concentração e 
postura. Além disso, a respiração é responsável pelo relaxamento do 
corpo que ajuda equilibrar o processo mental.
• Procure � car relaxado, já que esta é uma técnica para aliviar corpo e 
mente das tensões do dia a dia. No momento do relaxamento a atividade 
mental cessa, seja em forma de pensamento, imagem ou ideia. Ele faz 
com que nossa mente � que mais preparada para receber conhecimento. 
O relaxamento proporciona um bem-estar nos músculos, super� ciais e 
profundos, em busca da total tranquilidade emocional.
• Procure desenvolver apenas uma atividade de cada vez e quando 
estiver fazendo esta atividade coloque toda a sua atenção voltada 
somente nela. Isso pode parecer óbvio, mas o mais comum é que uma 
pessoa faça uma determinada atividade e esteja pensando na próxima 
que precisará fazer depois. 
• Faça seus movimentos com concentração. Estamos acostumados a 
fazer as atividades de forma mecânica, isto é, fazendo determinados 
movimentos sem prestar atenção, e pensando em outras coisas que 
não tem relação alguma com o que estamos fazendo. Situações muito 
comum onde isto ocorre é quando estamos tomando banho, escovando 
os dentes, dirigindo o carro, etc. 
• É claro que quando tentarmos nos concentrar em algo nossa mente 
tentará desviar para outros pensamentos, já que nunca foi submetida 
a uma disciplina. Quando isto ocorrer devemos trazer nossa atenção 
imediatamente para onde estávamos concentrados, tantas vezes 
quanto seja necessário. 
Memorização
A memória é a principal aliada de todas as atividades que fazemos todos 
os dias, sejam elas mentais ou físicas. Para usá-la a nosso favor é preciso 
treiná-la e exercitá-la para que ela não nos deixe na mão sempre que pre-
cisarmos lembrar algo importante. Podemos a� rmar também que memória 
e inteligência são a mesma coisa, a� nal, somos capazes de pensar so-
mente sobre aquilo que já conhecemos, aquilo que já está registrado em 
nossa memória.
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Como podemos fazer então para armazenarmos mais conhecimentos, 
e mais importante, lembrar de todos eles? Com associações sobre cada 
aprendizado, ou seja, a cada novo aprendizado associe com algo que goste. 
Uma música, por exemplo, gravamos em nossa memória sem nenhum es-
forço e depois conseguimos cantá-la sem nem precisar de “cola”. Já em 
algumas vezes não somos capazes de memorizar um texto com 3 linhas.
A música vem associada a emoção do momento, das lembranças rela-
cionadas a ela. Vale a dica então: COLOQUE EMOÇÃO EM TUDO O QUE 
VOCÊ QUISER LEMBRAR.Outra dica importante é; quanto mais informações estiverem en-
volvidas no processo de aprendizagem, mais fácil para a memo-
rização. Use cores, sons, cheiros – saia da mesmice de estudar 
em silêncio – faça diferente, sinta prazer em ler.
Um estudo repleto de ansiedade e de pensamentos do tipo “eu sou 
obrigada a ler este livro e a decorar este capítulo”, assim, sob pressão não 
haverá aprendizado, curta o prazer de estudar, faça deste momento algo 
positivo.
Faça anotações expressivas
Com desenhos 
 
Use Canetas coloridas, ou com situações que trazem boas lembranças 
para associação. Nossa memória prefere e tem mais facilidade para gravar 
algo mais expressivo, colorido e que chame sua atenção; e não textos “sem 
graça”, desinteressantes.
30
Só comece a estudar quando estiver se sentindo relaxado, não comece 
seus estudos com ansiedade.
Não se preocupe em memorizar nada, seu cérebro é feito para memori-
zar, logo, quanto mais relaxado, maior a capacidade de memorização.
Vamos colocar em prática? Aproveite essas dicas!!
• O jogo de xadrez é um bom exercício para a memória e para o raciocínio 
lógico (e um aliado e tanto para as aulas de matemática).
• Cuidar da alimentação também é importante e acrescentar pães, 
cereais, legumes e frutas em seu cardápio é primordial, pois estes ali-
mentos contêm tiamina, ácido fólico e vitamina B12, essenciais para a 
manutenção do cérebro e da memória. 
• O método de repetição ajuda no arquivamento de informações, pois 
faz o cérebro crer que aquela informação é importante e por isso, a 
armazena. 
• Descobrir o tipo de memória que você possui também é extrema-
mente útil para selecionar o melhor método de estudo. Há pessoas que 
têm memória visual e, portanto, precisam estudar usando a leitura, os 
desenhos e os esquemas grá� cos para serem bem-sucedidos no arma-
zenamento de conteúdo. Para outros, a memória é auditiva e, por isso 
o conteúdo a ser memorizado deve ser verbalizado, os textos devem 
ser lidos em voz alta e discutidos com outras pessoas. O último tipo de 
memória é o sinestésico, relacionado aos movimentos que devem ser 
feitos para associar ideias. 
Agora que você já sabe o que fazer, é importante saber o que não fazer. 
Ansiedade e nervosismo são absolutamente prejudiciais para o bom fun-
cionamento da memória e, por esse motivo, devem ser controlados, segue 
adiante dicas de como controlar a ansiedade.
Estratégias para melhorar a qualidade da memória visual
Segundo Gómez e Terán (2006), leia atentamente esta série de palavras 
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durante 15 segundos; em seguida, vá para a página seguinte.
acetilcolina dopamina norepinefrina
triptofano béribéri linfa
atrabila bílis
cusmina sináptico cocaína
Duas palavras mudaram de lugar. Quais?
acetilcolina dopamina norepinefrina
triptofano linfa béribéri
atrabila bílis
cusmina sináptico cocaína
Leia agora a lista de números que se segue. De seguida, vire a página:
123 354 768
245 986 980
345 786 276
Será capaz de reconhecer os dois números que mudaram de lugar?
123 354 768
986 245 980
345 786 276
Gómez e Terán (2006) apresentam o seguinte exercício de memorização:
A seguir será apresentada uma lista com 10 palavras para serem memo-
rizadas.
Pronto, coloque o relógio com um tempo de 12 segundos e olhe a lista. 
Agora cubra a lista e escreva as palavras que lembrar. Não se preocupe se 
não lembrar.
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KEF 1. ____________________________________________________________
LAK 2. ____________________________________________________________
MIL 3. _____________________________________________________________
NIR 4. _____________________________________________________________
VEK 5. ___________________________________________________________
LUN 6. ____________________________________________________________
NEM 7.____________________________________________________________
BEB 8. ___________________________________________________________ 
SAR 9. ___________________________________________________________
FIF 10. ____________________________________________________________
Revise a sua lista e circule as palavras que estiverem corretas. Para 
serem corretas deve estar escritas sem erros e no local adequado. Com 
certeza você teve as 3 ou 5 primeiras palavras corretas e as últimas, uma 
ou duas palavras. Possivelmente teve mais di� culdades com as palavras do 
meio da lista. 
Estratégias para melhorar a qualidade da memória auditiva
Brincar de eco: repetição de sequências dadas com palmas ou batuques 
com caneta e/ou lápis na carteira:
 * * * *
 * * * *
 * * * * *
 * * * * *
Falar uma lista de cores. Pedir ao outro que as repita e depois para repeti-
las na ordem inversa.
Branco Preto Azul Vermelho Verde Amarelo Laranja Rosa
 
Rosa Laranja Amarelo Verde Vermelho Azul Preto Branco 
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Como Controlar a Ansiedade
Ansiedade se caracteriza pelo excesso de preocupação podendo causar 
sintomas físicos além de prejuízos que afetam o funcionamento social e 
ocupacional. As principais características de quem está ansioso são:
• Inquietação (sensação de estar “ligado”),
• Tensão muscular
• Sudorese
• Taquicardia
• Apreensão ansiosa: “estado de humor orientado para o futuro em que 
alguém, tenta se preparar para enfrentar acontecimentos negativos vin-
douros”.
Esta ansiedade pode e muitas vezes está associada a comportamentos, 
como por exemplo, sintomas de ansiedade podem desencadear nos casos em 
que tempo e esforço foram dedicados com a � nalidade de uma preparação 
(para provas por exemplo) e pensar em possíveis resultados negativos geram 
ansiedade.
Esta ansiedade/preocupação é um processo do pensamento e que diz 
respeito a acontecimentos futuros, onde este é visto como negativo e onde há 
incertezas sobre seus resultados, ou seja, a ansiedade pode estar ligada a uma 
tentativa de descobrir todas as principais possibilidades de uma situação futura.
Dicas para controle da ansiedade:
• Pensamentos funcionais: listar as possibilidades e pensar em ordem fun-
cional, exemplo (se eu estudei, li o material e me dediquei, a probabilidade 
de eu me sair bem nessa prova é maior do que se eu não tivesse estudado).
• Respiração diafragmática (respiração de bebê) – respirar pela barriga 
(respira: barriga para fora / expira: barriga para dentro)
• Examinar seus pensamentos: (faça uma lista sobre o que você pensa sobre 
a matéria e sobre a prova, avalie cada pensamento dando uma nota de 0 a 
10 para a veracidade dos mesmos).
• Exercícios de relaxamento muscular (contraia todos os músculos do corpo, 
com força, desde os pés até a nuca – deixe contraído por 3 min. Agora vá 
soltando devagar, sinta seus pés relaxando, suas pernas, respiração mais 
leve, braços e nuca).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Univali, 1999. 
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