Buscar

INFORMATIVOS STF - 2019


Prévia do material em texto

INFORMATIVOS STF - 2019
ÍNDICE: 
1. APRESENTAÇÃO 10
2. DIREITO CONSTITUCIONAL 11
INFORMATIVO 928: 11
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 11
INFORMATIVO 929: 11
- DIREITOS SOCIAIS - 11
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - IMPORTANTE! 12
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 13
- CNJ - 13
INFORMATIVO 930: 13
- PODER JUDICIÁRIO - 13
INFORMATIVO 931: 14
- DIREITOS SOCIAIS - 14
INFORMATIVO 932: 15
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 15
INFORMATIVO 933: 15
- CNJ - 15
INFORMATIVO 934: 16
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 16
- PODER LEGISLATIVO - 16
- PODER JUDICIÁRIO - 17
INFORMATIVO 935: 17
- LIBERDADE RELIGIOSA - IMPORTANTE! 17
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - IMPORTANTE! 18
- MEDIDAS PROVISÓRIAS - IMPORTANTE! 19
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 20
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 20
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 21
- ADVOCACIA PÚBLICA - 22
INFORMATIVO 937: 22
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 22
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 22
- TRIBUNAIS DE CONTAS - 23
INFORMATIVO 939: 24
- DIREITOS POLÍTICOS - 24
@podcastinformativos - Por Carolina. �2
INFORMATIVOS STF - 2019
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 24
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 24
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - 25
- IMUNIDADES PARLAMENTARES - 25
- LIVRE INICIATIVA - 27
INFORMATIVO 940: 27
- DIREITO ADQUIRIDO - 27
- TRIBUNAIS DE CONTAS - 27
- DEFENSORIA PÚBLICA/ ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 28
INFORMATIVO 941: 28
- DIREITO À SAÚDE - IMPORTANTE! 28
INFORMATIVO 942: 29
- DIREITOS SOCIAIS - IMPORTANTE! 29
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 30
- CPI - 30
- PODER JUDICIÁRIO - 30
INFORMATIVO 944: 31
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - 31
INFORMATIVO 946: 31
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 31
- MEDIDAS PROVISÓRIAS - 32
INFORMATIVO 947: 33
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 33
INFORMATIVO 951: 33
- DIREITO À SAÚDE - 33
INFORMATIVO 954: 34
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 34
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 34
- TEMAS DIVERSOS - 34
INFORMATIVO 955: 35
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - 35
- MINISTÉRIO PÚBLICO - IMPORTANTE! 36
INFORMATIVO 958: 36
- TRIBUNAL DE CONTAS - 36
INFORMATIVO 959: 36
- DIREITO ADQUIRIDO - 36
- TRIBUNAL DE CONTAS - 37
INFORMATIVO 962: 37
@podcastinformativos - Por Carolina. �3
INFORMATIVOS STF - 2019
- PROCESSO LEGISLATIVO - IMPORTANTE! 37
3. DIREITO FINANCEIRO 39
INFORMATIVO 938: 39
- ORÇAMENTO - 39
INFORMATIVO 951: 39
- DESPESAS PÚBLICAS - 39
INFORMATIVO 955: 40
4. DIREITO ADMINISTRATIVO 41
INFORMATIVO 928: 41
- REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - 41
INFORMATIVO 932: 41
- CONCURSO PÚBLICO - 41
- SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 42
- RESPONSABILIDADE CIVIL - IMPORTANTE! 42
INFORMATIVO 934: 43
- LICITAÇÃO - IMPORTANTE! 43
INFORMATIVO 935: 44
- ATO ADMINISTRATIVO - 44
INFORMATIVO 937: 45
- ACUMULAÇÃO DE CARGOS - 45
- CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO - 46
INFORMATIVO 940: 46
- ANISTIA POLÍTICA - 46
INFORMATIVO 942: 47
- ATO ADMINISTRATIVO - 47
INFORMATIVO 943: 47
- EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA - IMPORTANTE! 47
INFORMATIVO 944: 48
- ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - 48
INFORMATIVO 946: 49
- FUNDAÇÕES - IMPORTANTE 49
- FUNDAÇÕES/ SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 49
INFORMATIVO 947: 50
- SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 50
- SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 50
- RESPONSABILIDADE CIVIL - IMPORTANTE! 51
INFORMATIVO 950: 52
- REMUNERAÇÃO - 52
@podcastinformativos - Por Carolina. �4
INFORMATIVOS STF - 2019
INFORMATIVO 951: 52
- PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS - 52
INFORMATIVO 952: 53
- NEPOTISMO - IMPORTANTE! 53
- CONCURSO PÚBLICO - 53
INFORMATIVO 953: 54
- REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 54
INFORMATIVO 956: 54
- AUTOTUTELA - IMPORTANTE! 54
INFORMATIVO 962: 55
- SERVIDORES PÚBLICOS - IMPORTANTE! 55
INFORMATIVO 963: 55
- RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - 55
5. DIREITO TRIBUTÁRIO 57
INFORMATIVO 932: 57
- IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS - (Atualizar Info 841, STF). 57
INFORMATIVO 933: 57
- IMUNIDADE TRIBUTÁRIA - (APENAS CONCURSOS FEDERAIS!) 57
INFORMATIVO 938: 57
- IPI - 57
- ISSQN - 58
INFORMATIVO 945: 58
- IRPJ E CSLL - 58
INFORMATIVO 954: 59
- DÍVIDA ATIVA - 59
INFORMATIVO 957: 60
- IRPJ / CSLL 60
INFORMATIVO 962: 60
- TAXA- 60
6. DIREITO PROCESSUAL CIVIL 61
INFORMATIVO 929: 61
- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - IMPORTANTE! 61
INFORMATIVO 934: 61
- AÇÃO RESCISÓRIA - 61
INFORMATIVO 935: 62
- COMPETÊNCIA - 62
- PRECATÓRIOS - 62
INFORMATIVO 938: 63
@podcastinformativos - Por Carolina. �5
INFORMATIVOS STF - 2019
- RECLAMAÇÃO - IMPORTANTE! 63
INFORMATIVO 940: 63
- MANDADO DE SEGURANÇA - 63
INFORMATIVO 945: 64
- COMPETÊNCIA - 64
INFORMATIVO 951: 64
- COMPETÊNCIA - 64
- COMPETÊNCIA - IMPORTANTE! 65
INFORMATIVO 955: 66
- PROCESSO COLETIVO - 66
INFORMATIVO 957: 66
- RECURSOS - IMPORTANTE! 66
INFORMATIVO 959: 67
- RECLAMAÇÃO - 67
INFORMATIVO 960: 67
- COMPETÊNCIA - IMPORTANTE! 67
INFORMATIVO 961: 68
- COMPETÊNCIA - 68
- FUNDEF - 68
7. DIREITO PENAL 69
INFORMATIVO 937: 69
- LAVAGEM DE DINHEIRO - 69
INFORMATIVO 938: 69
- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - 69
INFORMATIVO 939: 70
- CONTRABANDO - IMPORTANTE! 70
INFORMATIVO 944: 70
- CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS - 70
- RACISMO - IMPORTANTE! 71
INFORMATIVO 945: 72
- LEI DE DROGAS - 72
INFORMATIVO 947: 72
- CRIMES HEDIONDOS - 72
INFORMATIVO 950: 73
- CRIMES FUNCIONAIS - IMPORTANTE! 73
INFORMATIVO 951: 73
- TRÁFICO DE INFLUÊNCIA - 73
INFORMATIVO 952: 74
@podcastinformativos - Por Carolina. �6
INFORMATIVOS STF - 2019
- LEI DE LICITAÇÕES - IMPORTANTE! 74
- ATIVIDADE CLANDESTINA DE TELECOMUNICAÇÕES (LEI 9.472/97) 74
INFORMATIVO 954: 75
- CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL - 75
INFORMATIVO 955: 76
- CORRUPÇÃO PASSIVA - 76
- LAVAGEM DE DINHEIRO - 76
INFORMATIVO 958: 76
- LEI DE DROGAS - 76
8. DIREITO PROCESSUAL PENAL 78
INFORMATIVO 931: 78
- FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO - 78
INFORMATIVO 932: 78
- PROVAS - IMPORTANTE! 78
INFORMATIVO 933: 79
- INQUÉRITO POLICIAL - IMPORTANTE! 79
- COMPETÊNCIA - IMPORTANTE! 79
- FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO - IMPORTANTE! 80
- PROVAS - 81
- ARRESTO - 81
INFORMATIVO 935: 82
- TRIBUNAL DO JURI - 82
INFORMATIVO 936: 84
- COMPETÊNCIA - IMPORTANTE! (Atualize o info 625 do STJ). 84
INFORMATIVO 937: 84
- USO DE ARMAS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO - 84
- PRISÃO PREVENTIVA - 85
- HABEAS CORPUS - 85
INFORMATIVO 938: 86
- RECLAMAÇÃO - IMPORTANTE! 86
INFORMATIVO 939: 86
- RECLAMAÇÃO - 86
- INDULTO - 86
INFORMATIVO 940: 87
- FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO - IMPORTANTE! 87
- FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO - IMPORTANTE! 87
- IMPEDIMENTOS - 88
INFORMATIVO 942: 88
@podcastinformativos - Por Carolina. �7
INFORMATIVOS STF - 2019
- COLABORAÇÃO PREMIADA - IMPORTANTE! 88
INFORMATIVO 944: 89
- NULIDADE - 89
INFORMATIVO 945: 89
- PROVAS - 89
- TRIBUNAL DO JÚRI - 91
INFORMATIVO 946: 92
- EXECUÇÃO PENAL - 92
INFORMATIVO 949: 92
- PROVAS - 92
- PROCEDIMENTOS/ NULIDADES - 93
- HABEAS CORPUS - 94
INFORMATIVO 950: 94
- COMPETÊNCIA - 94
- NULIDADES - 94
- NULIDADES - IMPORTANTE! 95
- EXECUÇÃO PENAL - 95
INFORMATIVO 951: 95
- REVISÃO CRIMINAL - 95
INFORMATIVO 953: 96
- PROVAS - 96
- PRISÃO PREVENTIVA - IMPORTANTE! 96
INFORMATIVO 955: 97
- COMPETÊNCIA - 97
- NULIDADES - IMPORTANTE! 97
INFORMATIVO 958: 98
- ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO - 98
- REVISÃO CRIMINAL - 98
- EXECUÇÃO PROVISÓRIA - IMPORTANTE! 98
INFORMATIVO 959: 99
- NULIDADES - 99
- RECURSOS - Tema polêmico!!! 99
- HABEAS CORPUS - 100
INFORMATIVO 960: 100
- TRIBUNAL DO JÚRI / EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA - IMPORTANTE! 100
INFORMATIVO 961: 100
- EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA - 100
INFORMATIVO 962: 100
@podcastinformativos - Por Carolina. �8
INFORMATIVOS STF - 2019
- SIGILOS BANCÁRIO E FISCAL - IMPORTANTE! 100
- EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA - 101
INFORMATIVO 963: 101
- INVESTIGAÇÃO CRIMINAL - IMPORTANTE! 101
- COMPETÊNCIA - IMPORTANTE! 102
9. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL MILITAR 103
INFORMATIVO 945: 103
- VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR - 103
10. DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 104
INFORMATIVO 946: 104
- RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO DE CRIANÇAS - 104
11. DIREITO ELEITORAL 105
INFORMATIVO951: 105
- LEI DA FICHA LIMPA - IMPORTANTE! 105
INFORMATIVO 962: 105
- PRESTAÇÃO DE CONTAS - 105
12. DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 107
INFORMATIVO 932: 107
- RESPONSABILIDADE CIVIL - IMPORTANTE! 107
INFORMATIVO 937: 107
- REGISTRO CIVIL - 107
INFORMATIVO 947: 107
- PERMUTA E RECLAMAÇÃO - 107
INFORMATIVO 959: 108
- CONCURSO PÚBLICO - 108
13. DIREITO PREVIDENCIÁRIO 109
INFORMATIVO 933: 109
- AUXÍLIO ACOMPANHANTE - IMPORTANTE! 109
14. FONTES 110
@podcastinformativos - Por Carolina. �9
INFORMATIVOS STF - 2019
1. APRESENTAÇÃO 
 
 Olá! Meu nome é Carolina, atualmente sou Advogada Pública e autora do 
Podcast “Informativos STF e STJ/2019”. 
 O podcast é um arquivo de áudio digital com a minha narração dos 
Informativos do STF e do STJ, gratuitamente disponibilizado nas plataformas de música: 
Spotify, Deezer e Itunes. 
 Você t ambém consegue ouv i r o podcas t pe lo s i t e h t t p : / /
informativosstfestj.podcloud.site que é a plataforma que hospeda os meus arquivos de 
áudio. 
 Para ficar por dentro do que acontece no Podcast e das novas publicações, 
siga-me no instagram @podcastinformativos. Este é o canal ideal para a gente se 
conectar!!! 
 Este material é uma coletânea dos melhores conteúdos de informativos do 
STF publicados gratuitamente na internet. 
 Com o objetivo de facilitar o estudo, eu reuni esses conteúdos nesta 
apostila, separando-os por disciplina, com a apresentação da tese de cada decisão e um 
breve resumo do teor jurisprudencial. 
 Espero que goste! 
 
 Com carinho, 
 Carolina. 
@podcastinformativos - Por Carolina. �10
http://informativosstfestj.podcloud.site
http://informativosstfestj.podcloud.site
INFORMATIVOS STF - 2019
2. DIREITO CONSTITUCIONAL 
INFORMATIVO 928: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 
É constitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias façam o corte do 
fornecimento de água e luz por falta de pagamento, em determinados dias. Ex: lei do Estado do 
Paraná proíbe concessionárias de serviços públicos de água e luz de cortarem o fornecimento 
residencial de seus serviços por falta de pagamento de contas às sextas-feiras, sábados, domingos, 
feriados e no último dia útil anterior a feriado. Também estabelece que o consumidor que tiver 
suspenso o fornecimento nesses dias passa a ter o direito de acionar juridicamente a concessionária 
por perdas e danos, além de ficar desobrigado do pagamento do débito que originou o corte. (STF. 
Plenário. ADI 5961/PR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgado em 19/12/2018 - Info 928). 
*Conforme previsto na Constituição Federal, compete à União legislar sobre energia (art. 22, IV). 
Todavia, a lei estadual discutida na decisão trata de Direito do Consumidor, cuja competência para 
legislar é, concorrentemente, da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24, V e VIII, CF/88). 
Assim, a lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias façam o corte do fornecimento de 
água e luz por falta de pagamento, em determinados dias, não padece de vício formal e foi 
considerada constitucional pelo STF.
*O fornecimento de energia elétrica é considerado serviço público essencial, que deve ser prestado 
de forma contínua e sem interrupção. Ressalta-se, porém, que a Lei 8987/95 (art.6º, §3º, II) não 
considera descontinuidade do serviço público a sua suspensão, após aviso prévio, por 
inadimplemento do usuário. 
*O inadimplemento capaz de ensejar o corte do serviço público deve ser de conta regular, relativa 
ao mês de consumo. Ou seja, débitos antigos (consolidados) não ensejam a interrupção do serviço.
*A suspensão no fornecimento é permitida mesmo que o corte no serviço atinja um órgão ou 
entidade que preste serviços públicos à população. (Lei no 9.427/96 - Lei das Concessionários de 
Energia Elétrica). Neste caso, o Poder Público local ou o Poder Executivo estadual deverá receber o 
aviso prévio com antecedência de 15 dias.
*A obrigação de pagar por serviço de natureza essencial, tal como água e energia, não é propter 
rem, mas pessoal, isto é, do usuário que efetivamente se utiliza do serviço. 

INFORMATIVO 929: 
- DIREITOS SOCIAIS - 
Não há vedação para a fixação de piso salarial em múltiplos do salário mínimo, desde que inexistam 
reajustes automáticos. Isso não configura afronta ao art. 7º, IV, da CF/88 nem à SV 4. (STF. 1ª Turma. RE 
1077813 AgR/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 05/02/2019 - Info 929). (STF. 2ª Turma. ARE 1110094 AgR, Rel. Min. Ricardo 
Lewandowski, julgado em 29/06/2018). 
@podcastinformativos - Por Carolina. �11
INFORMATIVOS STF - 2019
*Piso salarial é o mínimo que os membros de determinada categoria devem ganhar.
*O piso salarial pode ser fixado por lei, sentença normativa, acordo ou convenção coletiva de 
trabalho. 
*A fixação de um piso salarial para profissionais é um assunto relacionado com Direito do Trabalho. 
Logo, compete à União, privativamente, editar lei tratando sobre o piso salarial dos empregados da 
iniciativa privada, conforme determina o art. 22, I, da CF/88.
*A Lei no 4.950-A/66 é uma lei federal que dispõe sobre a remuneração de profissionais 
diplomados em Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária. Esta lei fixou o piso 
salarial em múltiplos do salário mínimo. Por exemplo: “(…) fica fixado o salário-base mínimo de 6 
(seis) vezes o maior salário-mínimo comum vigente no País (…)”.
*A fixação do piso salarial vinculada ao salário mínimo NÃO viola o art. 7º, IV, da CF/88 e nem a 
Súmula Vinculante 4. Isto porque a lei não previu a atualização automática do piso salarial 
conforme o salário mínimo. Ou seja, o salário mínimo não será indexador para ajustes futuros do 
piso salarial. 
*O que a Constituição Federal proíbe é a utilização do salário mínimo como indexador econômico 
(índice de reajustes). Assim, não poderia uma lei federal estipular o piso salarial e determinar que o 
valor seja atualizado conforme a atualização do salário mínimo. Mas a lei que simplesmente prevê o 
piso salarial tendo como referência o salário mínimo vigente, sem determinar o reajuste automático, 
não viola o dispositivo constitucional. 
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - IMPORTANTE! 
Não se conta em dobro o prazo recursal para a Fazenda Pública em processo objetivo, mesmo que 
seja para interposição de recurso extraordinário em processo de fiscalização normativa abstrata. Não 
há, nos processos de fiscalização normativa abstrata, a prerrogativa processual dos prazos em dobro. 
Não se aplica ao processo objetivo de controle abstrato de constitucionalidade a norma que concede 
prazo em dobro à Fazenda Pública. Assim, por exemplo, a Fazenda Pública não possui prazo 
recursal em dobro no processo de controle concentrado de constitucionalidade, mesmo que seja para 
a interposição de recurso extraordinário. (STF. Plenário. ADI 5814 MC-AgR-AgR/RR, Rel. Min. Roberto Barroso; ARE 830727 
AgR/SC, Rel. para acórdão Min. Cármen Lúcia, julgados em 06/02/2019 - Info 929). 
*Segundo o art. 183 do NCPC, a Fazenda Pública possui prazo em dobro para todas as suas 
manifestações, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 
*Ocorre que este “benefício de prazo” ou “prerrogativa de prazo” aplica-se apenas aos processos 
subjetivos, ou seja, àqueles que discutem situações concretas e individuais. Quanto aos processos 
objetivos de fiscalização abstrata da constitucionalidade (ex.: ADI/ADC/ADPF), NÃO se aplica à 
Fazenda Pública o benefício do prazo em dobro.
*Alguns argumentos que fundamentaram a decisão: a) o prazo em dobro está relacionado aos 
interesses subjetivos da Fazenda Pública; b) em decorrência do princípio republicano, todas as 
partes têm prazo simples no processo objetivo (tratamento isonômico); c) conforme o §2º do art. 
183 do NCPC, o prazo em dobro não se aplica aos procedimentos especiais; d) odireito processual 
constitucional é autônomo, regido por princípios próprios. 
@podcastinformativos - Por Carolina. �12
INFORMATIVOS STF - 2019
Em suma: Não se conta em dobro o prazo recursal para a Fazenda Pública em processo objetivo, 
mesmo que seja para interposição de recurso extraordinário em processo de fiscalização normativa 
abstrata. 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 
É constitucional lei estadual que obriga as empresas prestadoras de serviços no Estado (exs: 
empresas de telefonia, de TV por assinatura, de energia elétrica etc.) a informarem previamente a 
seus clientes os dados do empregado que realizará o serviço na residência do consumidor. Ex: lei do 
RJ prevê que as empresas prestadoras de serviços, quando acionadas para realizar qualquer reparo 
na residência do consumidor, ficam obrigadas a enviar uma mensagem de celular, pelo menos 1h 
antes do horário agendado, informando o nome e a identidade do funcionário que irá ao local. (STF. 
Plenário. STF. Plenário. ADI 5745/RJ, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 07/02/2019 - Info 929). 
*Compete privativamente à União legislar sobre telecomunicações (art. 22, IV, CF/88). Mas a 
matéria tratada na lei estadual in casu é relacionada ao Direito do Consumidor, cuja competência 
para legislar é concorrente entre a União, Estados e Distrito Federal (art. 24, VIII, CF/88).
*O valor constitucional tutelado primariamente pela norma impugnada não é o serviço de 
telecomunicações em si, mas a própria segurança do consumidor. Ademais, a exigência imposta 
pela norma não interfere na atividade de telecomunição propriamente dita.
- CNJ - 
Deve ser mantida a decisão do CNJ que aplica pena de disponibilidade (art. 42, IV, da LC 35/79) à 
magistrada que, mesmo depois de informada que uma adolescente mulher estava presa em uma 
mesma cela com homens, demora a tomar as providências necessárias para corrigir essa situação e, 
além disso, procura se eximir de responsabilidade produzindo documento falso com data retroativa, 
na tentativa de comprovar que teria adotado providências que, na realidade, não adotou. (STF. 1ª Turma. 
MS 34490/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 5/2/2019 - Info 929).
INFORMATIVO 930: 
- PODER JUDICIÁRIO - 
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade 
dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham 
ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. As pessoas 
que assumiram as serventias judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito 
líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante 
inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que deveria ser 
estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas para exercerem a função de 
titular de serventias judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não 
estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a 
estatização das serventias judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 
@podcastinformativos - Por Carolina. �13
INFORMATIVOS STF - 2019
da Lei no 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a Constituição 
Federal. (STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. 
Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 - Info 930). 
*Serventia Judicial é o cartório da Vara (na Justiça Estadual) ou secretaria da Vara (na Justiça 
Federal).
*Os cartórios ou serventias judiciais praticam serviços auxiliares à função jurisdicional, realizando 
atos cartorários relacionados com processos judiciais (protocolo, autuação e tramitação). 
*Antigamente todas as serventias judiciais eram privadas (não estatizadas).
*Em 1977, foi editada uma emenda à Constituição Federal de 1967 obrigando que todas as 
serventias judiciais passassem a ser estatizadas, respeitado o direito dos titulares de serventias 
“privadas”. Em outras palavras, a EC 7/1977 determinou que os titulares de serventias não 
estatizadas poderiam continuar, mas que, ocorrendo a vacância, tais serventias deveriam ser 
estatizadas, com a presença de servidores públicos, remunerados pelos cofres públicos. A 
Constituição Federal de 1988 também seguiu o mesmo caminho e previu no art. 31 do ADCT: 
“Serão estatizadas as serventias do foro judicial, assim definidas em lei, respeitados os direitos dos 
atuais titulares”. 
*Assim sendo, todos os provimentos de serventias judiciais privadas realizados após a CF/88, foram 
considerados inconstitucionais. 
INFORMATIVO 931: 
- DIREITOS SOCIAIS - 
A legitimidade dos sindicatos para representação de determinada categoria depende do devido 
registro no Ministério do Trabalho em obediência ao princípio constitucional da unicidade sindical 
(art. 8o, II, da CF/88). (STF. 1ª Turma. RE 740434 AgR/MA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/2/2019 - Info 931). 
*Os sindicatos podem fazer a defesa dos direitos e interesses individuais ou coletivos da categoria, 
conforme prevê o art. 8º, III, da CF/88.
*No entanto, para que os sindicatos possam fazer isso, eles precisam ser registrados no Ministério 
do Trabalho. 

*O registro sindical é o ato que habilita as entidades sindicais para a representação de determinada 
categoria. 
*A exigência do registro no Ministério do Trabalho tem como objetivo garantir o respeito ao 
princípio da unicidade sindical previsto no art. 8º, II, CF/88. 

*Súmula 677-STF: Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho 
proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade. 
*Desse modo, mesmo que o sindicato seja registrado no cartório (serventia extrajudicial), ele só 
passa a ter existência legal e somente pode representar os trabalhadores após o registro no 
Ministério do Trabalho. 
*O STJ também entende nesse sentido: “É indispensável o registro do Sindicato no Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE) para ingresso em juízo na defesa de seus filiados”.
@podcastinformativos - Por Carolina. �14
INFORMATIVOS STF - 2019
INFORMATIVO 932: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
É inconstitucional lei estadual que discipline a ARRECADAÇÃO das receitas oriundas da 
exploração de recursos hídricos para geração de energia elétrica e de recursos minerais, inclusive 
petróleo e gás natural. Há uma inconstitucionalidade formal, considerando que cabe à União legislar 
sobre o tema (art. 22, IV e XII, da CF/88). Por outro lado, a lei estadual pode dispor sobre a 
fiscalização e o controle dessas receitas, tendo em vista que é de competência comum aos entes 
registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios (art. 23, XI, da CF/88). (STF. Plenário. ADI 4606/BA, Rel. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 28/2/2019 - Info 932). 
*Recursos hídricos e minerais são bens da União (art. 22, CF).
*Apesar de pertencerem à União, a CF/88 assegura também aos Estados, DF e Municípios uma 
participação no resultado da exploração de petróleo, gás natural, recursos hídricos e outros recursos 
minerais situados no respectivo território ou a compensação financeira por tal exploração (art. 20, 
§1º, CF).
*Esses valores possuem natureza jurídica de “receita patrimonial originária”, cuja titularidade 
pertence a cada um dos entes federados. 
*Todavia, embora sejam originárias de Estados e Municípios, suas condições de recolhimento e 
repartição são definidas por regramento da União, uma vez que a ela cabe definir as condições 
legislativasgerais de exploração dos potenciais recursos hídricos e minerais (art. 22, IV e XII, da 
CF/88).
*Logo, o Estado-membro não pode disciplinar como será a arrecadação desses valores de que trata 
o § 1º do art. 20 da CF/88. 
INFORMATIVO 933: 
- CNJ - 
O STF entende que não é seu papel fazer a revisão do mérito das decisões do CNJ. Assim, os atos e 
procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao controle de legalidade por parte do STF. O mandado 
de segurança não se presta ao reexame de fatos e provas analisados pelo CNJ no processo 
disciplinar. A LOMAN não estabelece regras de prescrição da pretensão punitiva por faltas 
disciplinares praticadas por magistrados. Diante disso, deve ser feita a aplicação subsidiária da Lei 
nº 8.112/90. (STF. 2ª Turma. MS 35540/DF e MS 35521/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 12/3/2019 - Info 933). 
*A decisão em análise se refere ao caso de duas juízas (uma de 1ª instância e uma desembargadora) 
que atuaram negligentemente na condução de um processo. Diante da flagrante arbitrariedade, o 
CNJ instaurou procedimento de controle administrativo e puniu as magistradas com a aposentadoria 
compulsória. 
*As magistradas recorreram ao STF, em mandado de segurança, alegando que o CNJ exorbitou de 
suas atribuições ao julgar o caso, porque a Corregedoria do TJ já havia investigado os fatos, sem 
aplicar qualquer punição, e que o CNJ somente poderia atuar se tivesse havido um pedido de 
@podcastinformativos - Por Carolina. �15
INFORMATIVOS STF - 2019
revisão disciplinar, nos termos do art. 103-B, § 4º da CF/88. Alegaram também que a decisão do 
CNJ feriu os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade ao aplicar a pena máxima e que já 
havia ocorrido a prescrição administrativa, considerando que o CNJ, em sua competência revisional 
possui o prazo de 1 ano para revisar processos disciplinares (art. 103-B, §4º, CF).
*O STF julgou improcedente os dois MS’s, ao argumento de que a CF/88 conferiu ao CNJ 
competência originária e concorrente para a aplicação de medidas disciplinares. Ou seja, o CNJ 
pode atuar mesmo que a corregedoria local não tenha investigado o caso ou tenha arquivado a 
apuração. 
*O Min. Gilmar Mendes destacou que o CNJ agiu antes que o TJ tivesse se manifestado sobre o 
tema. Assim, o procedimento disciplinar não foi instaurado pelo CNJ no exercício de sua 
competência revisional, mas sim originária. Logo, não se aplica o prazo de um ano para revisão 
disciplinar, previsto no art. 103-B, § 4º, V, da Constituição Federal. Aplica-se, no caso, o prazo de 5 
anos, conforme o art. 142, da lei 8.112/90. 
*O STF entende que não é seu papel fazer a revisão do mérito das decisões do CNJ. Assim, os atos 
e procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao controle de legalidade por parte do STF. Além 
disso, não haveria desproporcionalidade na decisão do CNJ, considerando que ela foi amparada na 
conclusão de que as magistradas não observaram os deveres de cautela e prudência ao ignorarem 
dados trazidos aos autos que demonstravam claramente a utilização do aparato judiciário para 
atingir objetivo criminoso. 

*Em suma: O STF entende que não é possível a revisão do mérito das decisões do CNJ, cujos atos e 
procedimentos estão sujeitos apenas ao controle de legalidade daquela Corte 
INFORMATIVO 934: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
- PODER LEGISLATIVO - 
Inconstitucionalidade de lei estadual que imponha obrigações contratuais para seguradoras. 
É inconstitucional lei estadual que discipline as obrigações contratuais relativas a seguros de 
veículos e regras de registro, desmonte e comercialização de veículos sinistrados. Esta lei estadual 
viola a competência privativa da União para legislar sobre direito civil, seguros, trânsito e transporte 
(art. 22, I, VII e XI, da CF/88). (STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/3/2019 - Info 934). 
Inconstitucionalidade de lei estadual, de iniciativa parlamentar, que imponha atribuições ao 
DETRAN.
É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que imponha ao DETRAN a obrigação de 
publicar, no diário oficial e na internet, a relação de cada um dos veículos sinistrados, seus 
respectivos dados, com destinação para os que sofreram desmonte e/ou comercialização das peças e 
partes. Essa lei trata sobre “atribuições” de órgãos/entidades da administração pública, matéria que 
é de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1o, II, “e”, da CF/88). A correta 
interpretação que deve ser dada ao art. 61, § 1o, II, “e” c/c o art. 84, VI, da CF/88 é a de que a 
iniciativa para leis que disponham sobre “estruturação e atribuições” dos órgãos públicos é do chefe 
do Poder Executivo. (STF. Plenário. ADI 4704/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 21/3/2019 - Info 934). 
@podcastinformativos - Por Carolina. �16
INFORMATIVOS STF - 2019
*O STF, em ADI contra determinada Lei do Estado de Santa Catarina (lei 15.171/2010), julgou 
inconstitucionais alguns artigos da lei que tratavam de assuntos de competência privativa da União, 
como por exemplo, legislar sobre direito civil, seguros, trânsito e transporte.
*Além disso, a inconstitucionalidade da referida lei foi reconhecida porque também usurpou a 
iniciativa do chefe do Poder Executivo. Isto porque não pode uma lei de iniciativa parlamentar, 
impor obrigação à uma entidade vinculada ao Poder Executivo, gerando custos. Ou seja, não pode o 
Poder Legislativo do Estado impor obrigações ao DETRAN (que é uma autarquia estadual 
vinculada ao Poder Executivo). 

- PODER JUDICIÁRIO - 
Se o Juiz do Trabalho Substituto está exercendo as funções do Juiz do Trabalho Titular, ele terá 
direito de receber um valor a mais denominado “substituição” (art. 656, § 3o da CLT e art. 124 da 
LOMAN). Essa verba da substituição não deverá ser paga durante a licença-saúde do Juiz 
Substituto. Assim, Juiz do Trabalho Substituto, durante seu afastamento para tratamento de saúde, 
não tem direito de continuar recebendo a verba de substituição pelo fato de estar na Titularidade da 
unidade judiciária. Esse tipo de verba só pode ser paga enquanto mantido o desempenho da 
titularidade da unidade judiciária – condição necessária para seu recebimento.(STF. 2ª Turma. AO 2234 ED/
MS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/3/2019 - Info 934). 
*O pagamento da diferença entre o subsídio de Juiz do Trabalho Substituto e o de Juiz do Trabalho 
Titular possui caráter de contraprestação pelo fato de o Substituto estar desempenhando as 
atividades do Titular da unidade judiciária. 

*O Juiz Titular recebe mais porque, além da função judicante, é também responsável por gerir as 
atividades administrativas da unidade judiciária. 
*A verba de substituição tem caráter temporário e possui natureza de verba propter laborem . Ou 
seja, somente pode ser paga enquanto perdurarem as condições necessárias à sua percepção; 
enquanto durar o desempenho da titularidade da unidade judiciária. 
*Logo, conclui-se que o usufruto de licença-saúde afasta o pagamento desta vantagem transitória.
INFORMATIVO 935: 
- LIBERDADE RELIGIOSA - IMPORTANTE! 
É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o 
sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana. (STF. Plenário. RE 494601/RS, rel. orig. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 28/3/2019 - Info 935). 
*Algumas religiões de matriz africana realizam sacrifício de animais em seus cultos. É o caso, por 
exemplo, do Candomblé. 

*Em linhas gerais, acontece mais ou menos o seguinte: é escolhido um animal para ser morto no 
ritual (geralmente galinhas, patos, bodes, carneiros, bois). Depois de morto por um líder religioso 
que tem essa função (axogum), algumas partes do animal são colocadas em locais específicos para 
serem oferecidos à divindade religiosa(orixá). O sangue pode ser utilizado para sacramentar 
@podcastinformativos - Por Carolina. �17
INFORMATIVOS STF - 2019
imagens. A carne é preparada para servir como refeição e o couro, algumas vezes empregado na 
confecção de atabaques. 
*O que se discutiu no caso em questão foi sobre a (in)constitucionalidade da lei estadual nº 
11.915/2003, do Rio Grande do Sul, que proíbe uma lista de condutas que são consideradas maus-
tratos de animais. Mas que no parágrafo único do artigo 2º prevê que tais vedações não se aplicam 
para o sacrifício de animais em rituais de cultos de religiões de matriz africana. 
*Diante desta exceção legal, o Ministério Público do Rio Grande do Sul ingressou com ADI no TJ/
RS alegando que esse parágrafo único seria inconstitucional tanto sob o ponto de vista formal 
(porque teria violado a competência da União para tratar de Direito Penal) como do ponto de vista 
material (pela violação ao art. 19, I, da CF/88 considerando que a lei estadual somente permitiu o 
sacrifício de animais nos cultos de matriz africana, deixando de fora da regra os cultos de outras 
religiões).
*A questão chegou até o STF, que decidiu que não há inconstitucionalidade formal na lei estadual, 
pois a matéria tratada não é de direito penal, mas sim uma hipótese de exclusão de responsabilidade 
administrativa no caso de abate de animais em cultos religiosos, e que em nada se relaciona com a 
excludente de ilicitude penal. Em nenhum momento a lei estadual fala em crime ou na sua exclusão.
*Além disso, concluiu-se que a prática e os rituais relacionados ao sacrifício animal são 
“patrimônio cultural imaterial” e que o Estado brasileiro tem o dever de proteger as 
“manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos 
participantes do processo civilizatório nacional” (art. 215, § 1º, CF). 
*Na decisão, o STF ainda ressaltou que não houve violação ao princípio da laicidade. Muito pelo 
contrário, reconheceu que a lei gaúcha, na verdade, está de acordo com este princípio. Isso porque a 
laicidade do Estado proíbe que haja o menosprezo ou a supressão de rituais, especialmente no caso 
de religiões minoritárias que poderiam ser subjugadas pelo Estado. 
*Ressaltou também que não houve violação ao princípio da igualdade e nem ao artigo 225, §1º, 
VII, CF. Isso porque se deve evitar que a tutela de um valor constitucional relevante (meio 
ambiente) aniquile o exercício de um direito fundamental (liberdade de culto), revelando-se 
desproporcional impedir todo e qualquer sacrifício religioso quando diariamente a população 
consome carnes de várias espécies.
*Logo, o STF decidiu pela constitucionalidade da lei estadual gaúcha que permite o sacrifício 
ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana, resguardando assim a liberdade religiosa. 

- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - IMPORTANTE! 
Determinada lei foi impugnada por meio de ação direta de inconstitucionalidade. Foi editada 
medida provisória revogando essa lei. Enquanto esta medida provisória não for aprovada, será 
possível julgar esta ADI. Assim, se chegar o dia de julgamento da ADI, e a MP ainda não tiver sido 
votada, o STF poderá apreciar livremente a ação, não tendo havido perda do interesse de agir (perda 
do objeto). Isso, porque a edição de medida provisória não tem eficácia normativa imediata de 
revogação da legislação anterior com ela incompatível, mas apenas de suspensão, paralisação, das 
leis antecedentes até o término do prazo do processo legislativo de sua conversão. Embora seja 
espécie normativa com força de lei, a medida provisória precisa ser confirmada. A medida 
provisória é lei sob condição resolutiva. Se for aprovada, a lei de conversão resultará na revogação 
@podcastinformativos - Por Carolina. �18
INFORMATIVOS STF - 2019
da norma. Dessa maneira, enquanto não aprovada a MP, não se pode falar em perda de interesse 
(perda do objeto). STF. Plenário. ADI 5717/DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 27/3/2019 
(Info 935). 
*Em suma: Se for editada MP revogando lei que está sendo questionada por meio de ADI, esta ação 
poderá ser julgada enquanto a MP não for votada (enquanto a MP não for votada, não há perda do 
objeto).
- MEDIDAS PROVISÓRIAS - IMPORTANTE! 
É inconstitucional medida provisória ou lei decorrente de conversão de medida provisória cujo 
conteúdo normativo caracterize a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória 
anterior rejeitada, de eficácia exaurida por decurso do prazo ou que ainda não tenha sido apreciada 
pelo Congresso Nacional dentro do prazo estabelecido pela Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 5717/
DF, ADI 5709/DF, ADI 5716/DF e ADI 5727/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 27/3/2019 (Info 935). 
*Se uma medida provisória é votada dentro do prazo e rejeitada, ela também perde eficácia desde a 
sua edição, sendo, então, arquivada. 
*Existem 3 ocorrências possíveis para uma MP: 1) Se ela é votada dentro do prazo (60 dias, 
prorrogáveis por mais 60) e aprovada, o texto é promulgado e a MP é convertida em L.O.; 2) Se ela 
é votada dentro do prazo, mas expressamente rejeitada, arquiva-se; 3) A MP não é votada dentro do 
prazo, perde a eficácia por decurso do prazo e é arquivada. 
*O que é reedição de MP? É o ato do Presidente da República de editar nova medida provisória 
com o mesmo teor de uma outra que foi rejeitada ou que não foi votada durante o seu prazo de 
duração (perdendo a sua eficácia).
*É possível a reedição de MP? SIM, desde que isso ocorra em outra sessão legislativa, conforme 
dispõe o art. 62, §10, CF, que diz que “É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de 
prazo”. 
*O que é Sessão legislativa? É o período anual de trabalho ordinário dos parlamentares no 
Congresso Nacional. Inicia-se em 02 de fevereiro, é interrompido em 17 de julho para o recesso do 
meio do ano e recomeça em 1º de agosto, indo até 22 de dezembro. 
*O caso analisado pelo STF, em suma, foi o seguinte: em março de 2017 o presidente Michel Temer 
editou a MP 768 sobre determinada matéria. A MP não foi apreciada em 60 dias, prorrogou-se o 
prazo por mais 60 dias e, em maio de 2017, antes da MP perder sua eficácia por decurso do prazo, o 
presidente editou nova MP (a MP 782), tratando, basicamente, da mesma matéria. A MP 782, que 
revogou a MP 768, foi apreciada no prazo, aprovada e convertida em L.O. (a lei 13.502/2017). 
Ocorre que o STF reconheceu que a segunda MP criada pelo Presidente, revogando a MP anterior, 
evidenciou que o assunto ali tratado não era urgente. Ora, se falta o requisito da urgência, a matéria 
não deveria ser veiculada em MP, mas sim por meio de um Projeto de Lei. Além disso, ao tratar na 
segunda MP do mesmo assunto da primeira MP, configurou-se a reedição da MP, o que é vedado de 
ser feito na mesma sessão legislativa. Diante disso, o STF declarou a inconstitucionalidade da Lei 
13.502/17, fruto da conversão da MP 782.
*Proíbe-se, portanto, a reedição de MP na mesma sessão legislativa.
@podcastinformativos - Por Carolina. �19
INFORMATIVOS STF - 2019
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 
É inconstitucional emenda à Constituição Estadual, de iniciativa parlamentar, que trate sobre as 
competências da Procuradoria Geral do Estado. Isso porque esta matéria é de iniciativa reservada ao 
chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88). É do Governador do Estado a iniciativa de lei ou 
emenda constitucional que discipline a organização e as atribuições dos órgãos e entidades da 
Administração Pública estadual. STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
*Os projetos de lei que tratem sobre o regime jurídico dos servidores públicos ou a respeito daestrutura e organização dos órgãos públicos são de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo 
(art. 61, § 1º, II, “c” e “e”, da CF/88). 

*Logo, a emenda constitucional aprovada pela Assembleia Legislativa de determinado Estado, de 
iniciativa parlamentar, ao tratar sobre o tema, violou a reserva de iniciativa legislativa privativa do 
Governador do Estado. 
*O STF, em 2005, já decidiu que “matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser 
regulada por emenda constitucional de origem parlamentar” (STF. Plenário. ADI 2.966, Rel. Min. 
Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005). 
*Então, a emenda à Constituição Estadual, de iniciativa parlamentar, que trate sobre as 
competências da Procuradoria Geral do Estado é inconstitucional.
*Mas ATENÇÃO! O caso tratado nesta decisão se refere à Emenda à Constituição do Estado. 
Porque se fosse emenda à CF, seria SIM possível a emenda constitucional parlamentar tratando 
sobre assuntos que, em caso de propositura de Projeto de Lei, seriam de iniciativa reservada ao 
chefe do PE. Isso porque o poder constituinte estadual não é originário. É poder constituído, 
cercado por limites mais rígidos do que o poder constituinte federal. A regra da simetria é um 
exemplo dessa limitação. Por essa razão, as Assembleias Legislativas se submetem a limites mais 
rigorosos quando pretendem emendar as Constituições Estaduais. Assim, se os Deputados Estaduais 
apresentam emenda à Constituição Estadual tratando sobre os assuntos do art. 61, § 1º, da CF/88 
eles estão, em última análise, violando a própria regra da Constituição Federal. 
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 
É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que a Procuradoria Geral do 
Estado ficará responsável pelas atividades de representação judicial e de consultoria jurídica apenas 
“do Poder Executivo”. Essa previsão viola o princípio da unicidade da representação judicial dos 
Estados e do Distrito Federal. De acordo com o art. 132 da CF/88 as atribuições da PGE não ficam 
restritas ao Poder Executivo, abrangendo também os demais Poderes. STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935).
*Imagine o seguinte caso concreto: A Constituição do Estado de Roraima, ao tratar sobre a PGE, 
estabeleceu o seguinte: 
Art. 101. A Procuradoria-Geral do Estado é a instituição que representa o Estado, bem 
como os Secretários de Estado em razão de suas atividades, judicial e 
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos temos da Lei Complementar que dispuser sobre 
@podcastinformativos - Por Carolina. �20
INFORMATIVOS STF - 2019
sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoria jurídica do 
PODER EXECUTIVO Estadual. 
*O STF, ao analisar este dispositivo, considerou inconstitucional a expressão “do Poder 
Executivo” ali prevista. Isso porque o art. 132 da CF/88 atribuiu aos Procuradores dos Estados e do 
Distrito Federal exclusividade no exercício da atividade jurídica contenciosa e consultiva dos 
órgãos e entidades das respectivas unidades federadas. Essa atividade não está restrita ao Poder 
Executivo, abrangendo também os Poderes Legislativo e Judiciário. Assim, compete à PGE a 
representação estadual como um todo, independentemente do Poder. 
*Em suma: viola o art. 132 da CF/88 norma da Constituição Estadual que preveja que a 
representação judicial e consultoria jurídica da PGE ficará restrita ao Poder Executivo.
- ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 
Viola o art. 132 da CF/88 norma da Constituição Estadual que preveja que a assistência jurídica da 
Administração indireta será exercida por profissionais do corpo jurídico que compõem seus 
respectivos quadros: É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que “a 
representação judicial e extrajudicial dos órgãos da administração indireta é de competência dos 
profissionais do corpo jurídico que compõem seus respectivos quadros e integram advocacia pública 
cujas atividades são disciplinadas em leis especificas.” Essa previsão viola o princípio da unicidade 
da representação judicial dos Estados e do Distrito Federal.O art. 132 da CF/88 atribuiu aos 
Procuradores dos Estados e do DF exclusividade no exercício da atividade jurídica contenciosa e 
consultiva não apenas dos órgãos, mas também das entidades que compõem a administração pública 
indireta. STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
Inconstitucionalidade da previsão de procuradores autárquicos: É inconstitucional dispositivo de 
Constituição Estadual que cria o cargo de procurador autárquico em estrutura paralela à 
Procuradoria do Estado. Também é inconstitucional dispositivo de constituição Estadual que 
transforma os cargos de gestores jurídicos, advogados e procuradores jurídicos em cargos de 
procuradores autárquicos.STF. Plenário. ADI 5215/GO, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
Inconstitucionalidade da previsão de procuradores autárquicos e de advogados de fundação: É 
inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que preveja que os procuradores autárquicos e 
os advogados de fundação terão competência privativa para a representação judicial e o 
assessoramento jurídico dos órgãos da Administração Estadual Indireta aos quais vinculados, e que, 
para os efeitos de incidência de teto remuneratório, eles serão considerados “procuradores”, nos 
termos do art. 37, XI, da CF/88. STF. Plenário. ADI 4449/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
*Princípio da unicidade da representação judicial dos Estados e do Distrito Federal: os Procuradores 
dos Estados e do Distrito Federal serão os únicos responsáveis pela representação judicial e pela 
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.
*O art. 132 da CF/88 atribui aos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal exclusividade no 
exercício da atividade jurídica contenciosa e consultiva dos órgãos e entidades das respectivas 
unidades federadas. 
@podcastinformativos - Por Carolina. �21
INFORMATIVOS STF - 2019
*Em suma: Viola o art. 132 da CF/88 norma da Constituição Estadual que preveja que a assistência 
jurídica da Administração indireta será exercida por profissionais do corpo jurídico que compõem 
seus respectivos quadros.
- ADVOCACIA PÚBLICA - 
É constitucional lei estadual que preveja o cargo em comissão de Procurador-Geral da universidade 
estadual. Esta previsão está de acordo com o princípio da autonomia universitária (art. 207 da CF/
88). STF. Plenário. ADI 5262 MC/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 27 e 28/3/2019 (Info 935). 
*Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão 
financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão. 
*Diante disso, é constitucional lei estadual que preveja o cargo em comissão de Procurador-Geral 
da universidade estadual 
INFORMATIVO 937: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
É constitucional lei estadual que obriga as empresas de telefonia fixa e móvel a cancelarem a multa 
contratual de fidelidade quando o usuário comprovar que perdeu o vínculo empregatício após a 
adesão do contrato. STF. Plenário. ADI 4908/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
*O Plenário julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade 
ajuizada contra a Lei 6.295/2012, do Estado do Rio de Janeiro, que obriga as concessionárias de 
telefonia fixa e celular a cancelarem multa contratual de fidelidade quando o usuário comprovar que 
perdeu o vínculo empregatício após a adesão ao contrato. O colegiado entendeu que se trata de 
norma de proteção ao consumidor rigorosamente contida no art. 24, V, da Constituição Federal 
(CF). A norma não interfere na estruturade prestação do serviço público nem no equilíbrio dos 
contratos administrativos, razão pela qual não há usurpação da competência legislativa privativa da 
União.
*CF/1998: “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: (...) V – produção e consumo;”
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
É inconstitucional lei estadual que preveja que o pescador semiprofissional ou esportivo, para o 
exercício da atividade, deverá se cadastrar e se habilitar na Federação de Pescadores do Estado. 
Também é inconstitucional a norma estadual que afirme que a taxa de cadastro e o fornecimento da 
habilitação para exercer a atividade de pescador semiprofissional ou esportivo será definida em 
Assembleia Geral da Federação de Pescadores do Estado. Tais disposições invadem a competência 
da União para editar as normas gerais sobre pesca. Existe lei federal que regulamenta, de modo 
unificado, todo o procedimento de habilitação de pesca com requisitos nacionais. Além disso, a lei 
@podcastinformativos - Por Carolina. �22
INFORMATIVOS STF - 2019
não poderia ter delegado a uma entidade de direito privado (Federação dos Pescadores) o poder de 
definir o valor da taxa a ser cobrada. STF. Plenário. ADI 3829/RS, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/4/2019 (Info 
937).
*O Plenário confirmou medida cautelar deferida pelo ministro Alexandre de Moraes (relator) em 
decisão monocrática e julgou parcialmente procedente pedido formulado em ação direta para 
declarar a inconstitucionalidade do art. 2º, caput e parágrafo único, e do art. 3º, caput e parágrafo 
único, da Lei gaúcha 12.557/2006. 
*A legislação impugnada dispõe sobre a pesca semiprofissional ou esportiva.
*O colegiado esclareceu que se trata de hipótese de competência legislativa concorrente e, portanto, 
cabem à União as normas gerais; e ao estado-membro, as normas complementares. No entanto, a 
unidade federativa desrespeitou a distribuição de competência e usurpou competência geral.
*Logo, é inconstitucional lei estadual que exija que o pescador, para exercer sua atividade, cadastre-
se em entidade privada (Federação de Pescadores) que cobra taxa por essa fiscalização.
- TRIBUNAIS DE CONTAS - 
É inconstitucional lei estadual ou emenda à Constituição do Estado, de iniciativa parlamentar, 
que trate sobre organização ou funcionamento do TCE.
Os Tribunais de Contas possuem reserva de iniciativa (competência privativa) para deflagrar o 
processo legislativo que tenha por objeto alterar a sua organização ou o seu funcionamento (art. 96, 
II c/c arts. 73 e 75 da CF/88). Trata-se de uma prerrogativa que decorre da independência e 
autonomia asseguradas às Cortes de Contas. Assim, é inconstitucional lei estadual ou mesmo 
emenda à Constituição do Estado, de iniciativa parlamentar, que trate sobre organização ou 
funcionamento do TCE. A promulgação de emenda à Constituição Estadual não constitui meio apto 
para contornar (burlar) a cláusula de iniciativa reservada. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado 
em 11/4/2019 (Info 937).
É inconstitucional norma da Constituição Estadual que preveja regra sobre a organização ou 
funcionamento do TCE de forma diferente do modelo federal.
O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento obrigatório” do modelo de 
controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas dos Estados/DF e para os 
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso significa que é materialmente 
inconstitucional norma da Constituição Estadual que trate sobre a organização ou funcionamento do 
TCE de forma diferente do modelo federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação ao art. 75 da 
Carta Maior. Diante disso, é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE 
reconhecer a boa- fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa, a 
Corte deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque não há previsão 
semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
@podcastinformativos - Por Carolina. �23
INFORMATIVOS STF - 2019
INFORMATIVO 939: 
- DIREITOS POLÍTICOS - 
A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, aplica-se no caso 
de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. STF. Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/5/2019 (repercussão geral) (Info 939).
*O art. 15, III, da CF é norma autoaplicável ele dispõe o seguinte: 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará 
nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; (…).
*A razão de ser da norma atual (CF, art. 15, III) é impedir aos condenados — após o devido 
processo legal e com sentença transitada em julgado — o exercício dos direitos políticos enquanto 
cumprirem pena.
*Repetindo: A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da CF, aplica-se tanto para 
condenados a penas privativas de liberdade como também a penas restritivas de direitos.
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
A competência legislativa concorrente sobre produção e consumo e responsabilidade por dano ao 
consumidor, prevista no art. 24, V e VIII, da Constituição Federal (CF), NÃO autoriza os Estados-
membros e o Distrito Federal a disporem sobre direitos autorais. Compete privativamente à União 
legislar sobre direito civil, direito de propriedade e estabelecer regras substantivas de intervenção no 
domínio econômico (CF, art. 22, I).
*É inconstitucional lei estadual que crie hipóteses de isenção de pagamento de direitos autorais fora 
do rol trazido pela Lei federal nº 9.610/98. A Lei estadual que isenta entidades filantrópicas de 
recolher as taxas de retribuição autoral arrecadadas pelo ECAD é INCONSTITUCIONAL.
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
CE não pode exigir autorização da ALE para que o Governador (ou o Vice) se ausente do país 
qualquer que seja o prazo. STF. Plenário. ADI 5373 MC/RR, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 9/5/2019 (Info 939).
*A exigência de prévia autorização da assembleia legislativa para o governador e o vice- 
governador do Estado ausentarem-se, “em qualquer tempo”, do território nacional mostra-se 
incompatível com os postulados da simetria e da separação dos Poderes.
*A Constituição Federal, em seu art. 49, III e em seu art. 83, prevê que é da competência do 
Congresso Nacional autorizar o Presidente e o Vice-presidente da República a se ausentarem do 
País quando a ausência for por período SUPERIOR a 15 dias.
*Logo, afronta os princípios da separação dos Poderes e da simetria a norma da Constituição 
estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que o Governador e o Vice- 
governador se ausentem do País por qualquer prazo.
*Os Estados-membros não podem criar novas ingerências de um Poder na órbita de outro que não 
derivem explícita ou implicitamente de regra ou princípio previsto na Constituição Federal.
@podcastinformativos - Por Carolina. �24
INFORMATIVOS STF - 2019
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - 
É POSSÍVEL o conhecimento da ADPF mesmo que a lei atacada tenha sido revogada antes do 
julgamento, se persistir a utilidade em se proferir decisão com caráter erga omnes e vinculante. 
STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8 e 9/5/2019 (Info 939).
*O Tribunal considerou que a revogação da Lei atacada na ADPF por outra lei local não retira o 
interesse de agir no feito. Isso porque persiste a utilidade da prestação jurisdicional com o intuito de 
estabelecer, com caráter erga omnes e vinculante, o regime aplicável às relações jurídicas 
estabelecidas durante a vigência da norma impugnada, bem como no que diz respeito a leis de 
idêntico teor aprovadasem outros Municípios.
- IMUNIDADES PARLAMENTARES - 
Deputados Estaduais gozam das mesmas imunidades formais previstas para os parlamentares 
federais no art. 53 da CF/88. 
São constitucionais dispositivos da Constituição do Estado que estendem aos Deputados Estaduais 
as imunidades formais previstas no art. 53 da Constituição Federal para Deputados Federais e 
Senadores. 
O Colegiado entendeu que a leitura da Constituição da República revela, sob os ângulos literal e 
sistemático, que os deputados estaduais têm direito às imunidades formal e material e à 
inviolabilidade conferidas pelo constituinte aos congressistas. Isso porque tais imunidades foram 
expressamente estendidas aos Deputados pelo § 1º do art. 27 da CF/88. (STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 
5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 - Info 939). 
Assembleia Legislativa pode rejeitar a prisão preventiva e as medidas cautelares impostas pelo 
Poder Judiciário contra Deputados Estaduais. 

É constitucional resolução da Assembleia Legislativa que, com base na imunidade parlamentar 
formal (art. 53, § 2º c/c art. 27, § 1º da CF/88), revoga a prisão preventiva e as medidas cautelares 
penais que haviam sido impostas pelo Poder Judiciário contra Deputado Estadual, determinando o 
pleno retorno do parlamentar ao seu mandato. O Poder Legislativo estadual tem a prerrogativa de 
sustar decisões judiciais de natureza criminal, precárias e efêmeras, cujo teor resulte em 
afastamento ou limitação da função parlamentar. (STF. Plenário. ADI 5823 MC/RN, ADI 5824 MC/RJ e ADI 5825 MC/MT, 
rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, julgados em 8/5/2019 - Info 939). 
Espécies de Imunidades:
MATERIAL 
(inviolabilidade)
Significa que os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos (art. 53 da CF/88).
@podcastinformativos - Por Carolina. �25
INFORMATIVOS STF - 2019
Quadros retirados do informativo comentado do Dizer o Direito
*A CF/88, ao tratar sobre as imunidades, no art. 53, fala em Deputados Federais e Senadores. 
Indaga-se: os Deputados Estaduais e os Vereadores também gozam das mesmas imunidades? 
- Deputados Estaduais: SIM! A CF/88 determina que os Deputados Estaduais possuem as mesmas 
imunidades que os parlamentares federais (art. 27, § 1º): § 1º Será de quatro anos o mandato dos 
Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, 
inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e 
incorporação às Forças Armadas. 
Logo, os Deputados Estaduais gozam tanto da imunidade material como formal.
- Vereadores: Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município (art. 29, VIII).
Resumindo:

• Imunidade formal: NÃO gozam;

• Imunidade material: possuem, mas desde que relacionada com o mandato e por manifestações 
feitas dentro do Município. 
FORMAL 
(imunidade 
processual ou 
adjetiva)
Podem ser de duas espécies: 

a) Em relação à prisão (art. 53, § 2º): desde a expedição do diploma, os 
membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de 
crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à 
Casa respectiva para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a 
prisão. 
b) Em relação ao processo (art. 53, § 3º): se for proposta e recebida denúncia 
criminal contra Senador ou Deputado Federal, por crime ocorrido após a 
diplomação, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido 
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação.
IMUNIDADE FORMAL QUANTO À PRISÃO

Em REGRA, Deputados Federais e Senadores não poderão ser presos.
Exceção 1: 
Poderão ser presos em flagrante de crime 
inafiançável.
Exceção 2: 
O Deputado ou Senador condenado por sentença 
judicial transitada pode ser preso para cumprir 
pena.
Trata-se de exceção prevista expressamente na 
CF/88.
Trata-se de exceção construída pela 
jurisprudência do STF.
Obs: os autos do flagrante serão remetidos, em 
até 24h, à Câmara ou ao Senado, para que se 
decida, pelo voto aberto da maioria de seus 
membros, pela manutenção ou não da prisão do 
parlamentar.
Poderíamos ter, em tese, a esdrúxula situação de 
um Deputado condenado ao regime semiaberto 
que, durante o dia vai até o Congresso Nacional 
trabalhar e, durante a noite, fica recolhido no 
presídio.
@podcastinformativos - Por Carolina. �26
INFORMATIVOS STF - 2019
- LIVRE INICIATIVA - 
A proibição ou restrição da atividade de transporte privado individual por motorista cadastrado em 
aplicativo é inconstitucional, por violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência.
*Os serviços de transporte de passageiros mediante aplicativo não dependem de autorização prévia 
e podem continuar sendo prestados normalmente mesmo sem regulamentação municipal. 
 
No exercício de sua competência para regulamentação e fiscalização do transporte privado 
individual de passageiros, os municípios e o Distrito Federal não podem contrariar os parâmetros 
fixados pelo legislador federal (CF, art. 22, XI). (STF. Plenário. ADPF 449/DF, Rel. Min. Luiz Fux; RE 1054110/SP, Rel. Min. 
Roberto Barroso, julgados em 8 e 9/5/2019 - repercussão geral - Info 939). 
INFORMATIVO 940: 
- DIREITO ADQUIRIDO - 
É constitucional o art. 38 da Lei 8.880, de 27 de maio de 1994, não importando a aplicação 
imediata desse dispositivo violação do art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. STF. Plenário. ADPF 77/DF, 
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/5/2019 (Info 940). 
*O art. 38 da Lei nº 8.880/94 previu que a URV (Unidade Real de Valor) deveria ser utilizada como 
parâmetro de cálculo dos índices de correção monetária nos dois primeiros meses de implantação do 
Plano Real. 
*As pessoas que tinham contratos em vigor e que haviam sido celebrados antes da Lei nº 8.880/94 
começaram a questionar a aplicação imediata deste dispositivo. Alegaram que a sua aplicação aos 
contratos em vigor seria inconstitucional por violar o direito adquirido (art. 5º, XXXVI, CF). 
*O STF não concordou com essa tese e decidiu que:
É constitucional o art. 38 da Lei nº 8.880/94 e que a sua aplicação imediata para os 
contratos em vigor não violou a garantia do “direito adquirido”, prevista no art. 5º, 
XXXVI, da Constituição Federal.
*Não é possível opor a cláusula de proteção ao direito adquirido ou ato jurídico perfeito em face da 
aplicação imediata de normas que tratam de regime monetário, as quais possuem natureza 
estatutária e institucional, como é a situação daquelas responsáveis por substituir uma moeda por 
outra. 

*As normas que tratam do regime monetário - inclusive, portanto, as de correção monetária -, têm 
natureza institucional e estatutária, insuscetíveis de disposição por ato de vontade, razão pela qual 
sua incidência é imediata, alcançando as situações jurídicas em curso de formação ou de execução.
- TRIBUNAIS DE CONTAS - 
É inconstitucional lei estadual ou emenda à Constituição do Estado, de iniciativa parlamentar, que 
trate sobre organização ou funcionamento do TCE. (STF. Plenário. ADI 4643/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 15/5/2019 
- Info 940).
@podcastinformativos - Por Carolina. �27
INFORMATIVOS STF - 2019
*É inconstitucional lei estadual, de origem (iniciativa) parlamentar, que discipline a organização e o 
funcionamento do Tribunal de Contas estadual (TCE). Isso porque os Tribunais de Contas possuem 
reserva de iniciativa (competência privativa) para apresentar os projetos de lei que tenham por 
objetivo tratar sobre a sua organização ou o seu funcionamento (art. 96, II c/c arts. 73 e 75 da CF/
88). 
*OsTribunais de Contas, conforme reconhecido pela CF/88 e pelo STF, gozam das prerrogativas da 
autonomia e do autogoverno, o que inclui, essencialmente, a iniciativa privativa para instaurar 
processo legislativo que pretenda alterar sua organização e funcionamento. 
- DEFENSORIA PÚBLICA/ ADVOCACIA PÚBLICA - IMPORTANTE! 
O Plenário, por maioria, julgou inconstitucional dispositivo da Constituição Estadual que confere 
foro por prerrogativa de função, no Tribunal de Justiça, para Procuradores do Estado, 
Procuradores da ALE, Defensores Públicos e Delegados de Polícia. (STF. Plenário. ADI 2553/MA, Rel. Min. 
Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/5/2019 - Info 940). 
*A CF/88, apenas excepcionalmente, conferiu prerrogativa de foro para as autoridades federais, 
estaduais e municipais. Assim, não se pode permitir que os Estados possam, livremente, criar novas 
hipóteses de foro por prerrogativa de função.
*Em suma: É inconstitucional foro por prerrogativa de função para Defensores Públicos.
INFORMATIVO 941: 
- DIREITO À SAÚDE - IMPORTANTE! 
Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não registrados pela ANVISA: 
Em regra, a ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede o 
fornecimento de medicamento por decisão judicial. 

É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso 
de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), 
quando preenchidos três requisitos: 
1) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos 
órfãos para doenças raras e ultrarraras); 

2) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e 

3) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil. (STF. Plenário. RE 657718/MG, rel. orig. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 22/5/2019; repercussão geral - Info 941). 
*Sobre a mora irrazoável da ANVISA: 
- Conforme a Lei nº 13.411/2016, os prazos máximos para a decisão final nos processos de registro 
serão: 
I - para a categoria prioritária, de 120 dias e de 60 dias, contados a partir da data do 
respectivo protocolo de priorização; 

II - para a categoria ordinária, de 365 dias e de 180 dias, contados a partir da data do 
respectivo protocolo de registro.
@podcastinformativos - Por Carolina. �28
INFORMATIVOS STF - 2019
*Esses prazos poderão ser prorrogados por até um terço do prazo original, uma única vez. 
*Vale ressaltar que, mesmo na hipótese de retardamento irrazoável da ANVISA, é preciso, ainda, 
que haja comprovação efetiva do preenchimento cumulativo de três requisitos, voltados a assegurar, 
na maior extensão possível, tanto a segurança e a eficácia do medicamento, quanto à efetiva 
necessidade de sua dispensação. 
O Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais. (STF. Plenário. RE 657718/MG, rel. 
orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 22/5/2019 - repercussão geral - Info 941).
Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou pela realização do tratamento de saúde:
Os entes da Federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis 
nas demandas prestacionais na área da saúde e, diante dos critérios constitucionais de 
descentralização e hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento 
conforme as regras de repartição de competências e determinar o ressarcimento a quem 
suportou o ônus financeiro. (STF. Plenário. RE 855178 ED/SE, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 
23/5/2019 - Info 941). 
Existe, contudo, uma exceção: se o indivíduo estiver pleiteando o fornecimento de um 
medicamento que ainda não foi aprovado pela ANVISA, neste caso terá que ajuizar a ação 
necessariamente contra a União. Veja: 
As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão 
necessariamente ser propostas em face da União. (STF. Plenário. RE 657718/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. 
Min. Roberto Barroso, julgado em 22/5/2019 - repercussão geral - Info 941). 
*A parte que pleiteia o fornecimento de medicamento não registrado na ANVISA não está obrigada 
a ajuizar a ação apenas contra a União. O que o STF decidiu é que a União obrigatoriamente deverá 
estar no polo passivo. Em outras palavras, existe a obrigatoriedade de a União figurar no polo 
passivo, mas não a sua exclusividade. 
INFORMATIVO 942: 
- DIREITOS SOCIAIS - IMPORTANTE! 
É inconstitucional lei que autorize o trabalho de gestantes e lactantes em atividades insalubres.
É inconstitucional a expressão “quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de 
confiança da mulher, que recomende o afastamento”, contida nos incisos II e III do art. 394-A da 
CLT, inseridos pelo art. 1º da Lei nº 13.467/2017. 
Essa expressão, inserida no art. 394-A da CLT, tinha como objetivo autorizar que empregadas 
grávidas ou lactantes pudessem trabalhar em atividades insalubres. 
Ocorre que o STF entendeu que o trabalho de gestantes e de lactantes em atividades insalubres viola 
a Constituição Federal. 

O art. 6º da CF/88 proclama importantes direitos, entre eles a proteção à maternidade, a proteção do 
@podcastinformativos - Por Carolina. �29
INFORMATIVOS STF - 2019
mercado de trabalho da mulher e redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança. 
A proteção para que a gestante e a lactante não sejam expostas a atividades insalubres caracteriza-se 
como importante direito social instrumental que protege não apenas a mulher como também a 
criança (art. 227 da CF/88). 
A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser 
afastados pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da gestante ou lactante 
em apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido. 
Em suma, é proibido o trabalho da gestante ou da lactante em atividades insalubres. (STF. Plenário. ADI 
5938/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 29/5/2019 - Info 942). 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
É constitucional lei municipal que estabelece que os supermercados e hipermercados do Município 
ficam obrigados a colocar à disposição dos consumidores pessoal suficiente no setor de caixas, de 
forma que a espera na fila para o atendimento seja de, no máximo, 15 minutos. Isso porque compete 
aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local, notadamente sobre a definição do tempo 
máximo de espera de clientes em filas de estabelecimentos empresariais. 
Vale ressaltar que essa lei municipal não obriga a contratação de pessoal, e sim sua colocação 
suficiente no setor de caixas para o atendimento aos consumidores. (STF. 1ª Turma. ARE 809489 AgR/SP, Rel. Min. 
Rosa Weber, julgado em 28/5/2019 - Info 942). 
*É constitucional lei municipal que estabelece que os supermercados ficam obrigados a colocar à 
disposição dos consumidores pessoal suficiente nos caixas, de forma que a espera na fila não seja 
superior a 15 minutos.
- CPI - 
O comparecimento do investigado perante a CPI para ser ouvido é facultativo. Cabe a ele decidir se 
irá ou não comparecer. Se decidir comparecer, ele terá direito: a) ao silêncio; b) à assistência de 
advogado; c) de não prestar compromisso de dizer a verdade; d) de não sofrer constrangimentos. STF. 
2ª Turma. HC 171438/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 28/5/2019 - Info 942). 
*Neste julgado houve empate na votação, sendo que os Ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes 
votaram pela facultatividade do comparecimento à CPI e os Ministros Edson Fachin e Carmem 
Lúcia votaram pela obrigatoriedade de comparecimento. Assim, em caso de empate, prevalece a 
decisão mais favorável ao paciente (aqueleque requereu a ordem de HC).
- PODER JUDICIÁRIO - 
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide pela invalidade 
dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de cartórios privatizados que tenham 
ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988, data de promulgação da CF em vigor. 
@podcastinformativos - Por Carolina. �30
INFORMATIVOS STF - 2019
As pessoas que assumiram as serventias judiciais depois da CF/88, em caráter privado, não têm 
direito líquido e certo de nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há 
flagrante inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia que 
deveria ser estatizada. (STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ 
o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 - Info 930). 
O escrivão que ocupa serventia judicial provida, em caráter privado, antes da CF/88, pode ser 
mantido na titularidade da serventia. 
O art. 31 do ADCT garante, expressamente, o direito do escrivão nomeado antes da CF/88 de 
continuar explorando a serventia. Isso porque este dispositivo afirma que, depois da CF/88, deverão 
ser estatizadas as serventias do foro judicial, “respeitados os direitos dos então titulares”. (STF. 1ª 
Turma. MS 29998/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/5/2019 - Info 942). 
*Em suma: é válido o provimento de pessoas para exercerem a função de titular de serventias 
judiciais, com caráter privado (serventias judicias privatizadas / não estatizadas), antes da CF/88.
INFORMATIVO 944: 
- CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - 
É cabível ADI contra decreto presidencial que, com fundamento no art. 84, VI, “a”, da CF/88, 
extingue colegiados da Administração Pública federal. Isso porque se trata de decreto autônomo, 
que retira fundamento de validade diretamente da Constituição Federal e, portanto, é dotado de 
generalidade e abstração. (STF. Plenário. ADI 6121 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12 e 13/6/2019 - Info 944). 
*A figura jurídica do decreto autônomo é espécie normativa distinta dos chamados decretos 
regulamentadores. Estes têm como objetivo apenas garantir a fiel execução da lei em sentido 
formal. Já os decretos autônomos são aqueles que “veiculam normas que estabelecem proibições, 
mandamentos ou permissões que não estavam previstos no ordenamento jurídico. Cuida-se de atos 
que buscam validade diretamente da Constituição, como se fossem normas 
primárias.” (BERNARDES, Juliano Taveira; FERREIRA, Olavo Augusto Vianna Alves. Direito Constitucional. Tomo II. 8a ed. Salvador: 
Juspodivm, 2019, p. 515). 
*Os decretos autônomos retiram fundamento diretamente da Constituição Federal (art. 84, VI) e, 
portanto, são dotados de generalidade e abstração. Por essa razão, podem ser objeto de ação direta 
de inconstitucionalidade.
*Em suma: É cabível ADI contra decreto autônomo que extingue colegiados da Administração 
Pública.
INFORMATIVO 946: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - IMPORTANTE! 
É inconstitucional lei estadual que proíbe que as empresas concessionárias cobrem “taxa” de 
@podcastinformativos - Por Carolina. �31
INFORMATIVOS STF - 2019
religação no caso de corte de fornecimento de energia por atraso no pagamento. (STF. Plenário. ADI 5610/
BA, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 8/8/2019 - Info 946). 
*Compete privativamente à União legislar sobre energia (art. 22, IV, CF); bem como compete à 
União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços e 
instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação 
com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos (art. 21, XII, b, CF).
*Assim, a lei estadual que dispõe sobre energia ou interfere na prestação desse serviço público é 
inconstitucional, pois invade a competência da União.
*Imagine que você deixou de pagar suas contas de energia elétrica e, em razão de sua 
inadimplência, a Cemig (Concessionária de energia elétrica em MG) efetuou o corte do serviço em 
sua residência. Posteriormente, você quitou o débito com a Cemig e ainda pagou uma tarifa de 
religamento do serviço. Esta tarifa é prevista em legislação própria homologada pela ANEEL 
(Agência Nacional de Energia Elétrica). Nesse caso, não pode uma lei estadual, sob o pretexto de 
estar dispondo sobre direito do consumidor (que é de competência concorrente), proibir a cobrança 
da tarifa de religamento da energia elétrica. Isto porque contraria competência legislativa e 
administrativa privativas da União.
- MEDIDAS PROVISÓRIAS - 
Nos termos expressos da Constituição Federal, é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada. (STF. Plenário. ADI 6062 MC-Ref/DF, ADI 6172 MC-Ref/DF, ADI 6173 MC-Ref/
DF, ADI 6174 MC- Ref/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 1o/8/2019 - Info 946). 
*O STF declarou inconstitucional dispositivo da MP 886/2019, que transferia para o Ministério da 
Agricultura a competência para realizar a demarcação de terras indígenas. Essa disposição foi 
declarada inconstitucional porque o Congresso Nacional já havia rejeitado uma outra proposta, com 
esse mesmo teor, prevista em outra medida provisória (MP 870), editada no mesmo ano/sessão 
legislativa (2019). Assim, o STF entendeu que houve a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
proposta que já havia sido rejeitada pelo Congresso Nacional, o que violou o § 10 do art. 62 da CF, 
que diz: “É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido 
rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo”.
*Quando o § 10 do art. 62 fala em “sessão legislativa”, está se referindo à sessão legislativa 
ordinária. Sessão legislativa é o período anual de trabalho ordinário dos parlamentares no 
Congresso Nacional. Inicia-se em 02 de fevereiro, é interrompido em 17 de julho para o recesso do 
meio do ano e recomeça em 1º de agosto, indo até 22 de dezembro. Desse modo, a sessão 
legislativa ordinária vai de 02 de fevereiro até 22 de dezembro, com uma pausa (intervalo) entre 18 
de julho até 31 de julho. 

@podcastinformativos - Por Carolina. �32
INFORMATIVOS STF - 2019
INFORMATIVO 947: 
- COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - 
É inconstitucional lei municipal que preveja que o Poder Executivo poderá conceder autorização 
para que sejam explorados serviços de radiodifusão no Município. (STF. Plenário. ADPF 235/TO, Rel. Min. Luiz 
Fux, julgado em 14/8/2019 - Info 947). 
*Imaginem o seguinte: a Câmara legislativa do seu município editou uma lei dizendo que o Poder 
Executivo Municipal poderia autorizar a exploração e funcionamento de rádios comunitárias na 
cidade. A Presidência da República ficou sabendo desta lei e quis arguir a sua inconstitucionalidade. 
Mas, como sabemos, a CF não prevê a possibilidade de ajuizar ADI contra lei municipal. O art. 102, 
I, a, da CF dispõe que cabe ao STF processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual. Nesse caso, foi ajuizada uma ADPF com base nos artigos 21, 
XII, a, e 22, IV, da CF para que fosse declarada a inconstitucionalidade formal da lei municipal, por 
violar competências privativas da União.
Art. 21. Compete à União: 

(...) 

XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os 
serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 

(...) 

IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
INFORMATIVO 951: 
- DIREITO À SAÚDE - 
Pulverização aérea de inseticida contra Aedes aegypti precisa de autorização prévia de autoridades 
sanitária e ambiental e comprovação científica da eficácia da medida. (STF. Plenário. ADI 5592/DF, rel. orig. Min. 
Cármen Lúcia, red. p/ o

Continue navegando