Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) INTRODUÇÃO • Não são todos os casos que são graves, tendo pacientes com manifestações apenas de dermatites e AR (Doença Multifacetada). • Pode inflamar qualquer órgão (neurite, vasculite, nefrite, plaquetopenia grave, trombose, entre outros) e levar à quadros de sangramentos graves. • Leva a formação de imunocomplexos que podem se depositar em vários locais. • “Mãe das colagenoses”. • Doença cada vez mais frequente. • Doença crônica, autoimune (produção de vários anticorpos) e sistêmica. • Não é órgão específico. • Existem na verdade 3 formas de doença: Lúpus Eritematoso Sistêmico, Lúpus Cutâneo e Lúpus Fármaco Induzido (efeito adversos, quadro que simula a doença). EPIDEMIOLOGIA • Mais comum em mulheres jovens (15 – 35 anos). • Associado à questão hormonal feminino. • Não é considerado uma doença rara mais. • A exposição solar tem sido considerada um fator de risco de LES. ETIOPATOGENIA • Doença multifatorial. • Ocorre a perda de tolerância imunológica com o desenvolvimento da LES. • Parentes de 1º grau com LES: risco maior. • Sistema Complemento: opsoniza os antígenos para ele sejam fagocitados e eliminados. Logo sua deficiência, deixa o organismo mais exposto. • Dosagem dos componentes do complemento: avaliar a atividade da LES. • Fármacos e Tabagismo: podem levar à reativação do LES. • Tende a exacerbar na gravidez devido ao aumento de estrogênio e prolactina. • Prevalece a resposta humoral. • Hiperativação de linfócitos B (plasmócitos). • Produção de autoanticorpos elevada. Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) FISIOPATOLOGIA • Situação normal: indivíduo com predisposição que é exposto a gatilhos ambientais, iniciando a produção de autoanticorpos (perda da 1ª tolerância), podendo a princípio não produzir doença, ao ocorrer a perda da 2ª tolerância imunológica, iniciam as manifestações clínicas. • Pode inflamar qualquer região do corpo por ativação e deposição de imunocomplexos. • Diminuição de células T citotóxicas: relacionada à perda de regulação da resposta imunológica (perda da tolerância imunológica). • Padrão predominante é o tipo Th2. • O ideal é não deve ficar pedindo exames para quem não tem clínica, uma vez que não há remédio para prevenir o LES, bem como diminuir os autoanticorpos. • OBS: Não solicita autoanticorpo se não tiver clínica, pois pode dar positivo. • Uma vez com manifestações clínicas, solicitar exames, como FAM e autoanticorpos. • Autoanticorpos se agregam e formam imunocomplexos, os quais se depositam em órgãos alvos, levando a um intenso processo inflamatório e com grande ativação da via da cascata do complemento, que também se deposita nessas regiões e ativação da agregação plaquetária, elevando tendencia à fenômenos tromboembólicos. • Os imunocomplexos fazem quimiotaxias com vários fatores inflamatórios, com grande liberação de citosinas inflamatórias, levando à um processo inflamatório crônico. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Na doença Rosácea a vermelhidão é continua na face e no LES o sulco naso-labial é polpado. • A anemia mais comum é a Anemia de Doenças Crônicas e Ferropriva, com VCM e HCM normais, porém não é a mais especifica. • A mais especifica / sugestiva é a Anemia Hemolítica, com coombs direto positivo. • Poli Artrite Lúpica, geralmente, é não erosiva e deformidades (raramente pode ter). CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS • 4/11 critérios classificavam com LES. • Alta especificidade, mas baixa sensibilidade. • Sintomas de acometimento renal: urina espumosa, oliguria, edema de MMII, anasarca. Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Síndrome do Anticorpo Antinúcleo Idiopático: FAM + em pessoas saudáveis. • O resultado + não implica necessariamente em autoimunidade. • Anti-Ro: ficar atento em gestantes, pois pode atravessas a barreira placentária (Cardiopatia Neonatal). • OBS: Único momento que é indicado solicitar FAM sem manifestações clinicas é na gestação. • OBS: Usar a Hidroxicloroquina durante a gestação. TRATAMENTO • Paciente com LES, mas que deseja engravidar: 1. Estar em remissão de doença em pelo menos 6 meses. 2. Dispostas a fazer acompanhamento de pré-natal em alto risco. 3. Não estar fazendo uso de medicamentos teratogênicos. • OBS: Preferível ACO sem estrogênio, pois o LES por si só já aumenta os ricos de coagulação. Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • CORTICOIDES: a. Diminui muito a morbimortalidade com o tratamento. b. A posologia depende do grau de crise, sendo o ideal, após a crise, deixar na menor dose possível ou fazer o desmame completo (gradual) usando apenas os imunossupressores, pois a longo prazoe em altas doses, os efeitos colaterais são tóxicos. c. Flares grave: a dose deve ser maior. d. O corticoide e um excelente medicamento, porém quando utilizada em doses muito alta e por um longo período de tempos pode causar diversas comorbidades (efeitos tóxicos). e. Dose recomenda: 7,5 mg/dia. f. Oral: Prednisona. • HIDROXICLOROQUINA (HCQ): a. Recomenda para todos pacientes com LUPUS, salvo contraindicações. b. Deve ser utilizada em associação a outros medicamentos. c. Em quadros leves cutâneos, pode ser utilizada isoladamente. d. Diminui a morbimortalidade, os riscos de fenômenos tromboembólicos, a frequência de flares. e. Raramente causa problemas de retina, sendo recomendando fazer o exame oftalmológico no início do tratamento e o segundo após 5 anos, se normal, passa a fazer anualmente e, se tiver alteração, suspende. f. Contraindicado em paciente com retinopatias. g. Seguro na gestação, protegendo contra Lúpus Neonatal. h. Dose máxima: 400 mg/dia no adulto. i. OBS: Difosfato de Cloroquina: causa muita retinopatia, sendo substituída pela Hidroxicloroquina. • METOTREXATO: a. Utilizado em pacientes com quadros articulares importantes, como Artrite Lúpica. É teratogênico. • AZATIOPRINA: a. Imunossuporessor importante para quadro hematológicos mais graves, Artrite Lúpica e quados cutâneos mais graves (Cerosites). • TALIDOMIDA: a. Extremamente teratogênico. b. Usada para o tratamento de lesões cutâneas. • OBS: O tratamento de lesões ameaçadoras para o paciente deve incluir altas doses de imunossupressores, seguido por doses baixas e doses de manutenção, a fim de prevenir a reativação da doença. • Os flares devem ser tratados de acordo com a gravidade das crises. • Para manutenção do tratamento, o Corticoide deve ser reduzido para até 7,5 mg/dia ou retirar o medicamento. • Pacientes que não respondem a Hidroxicloroquina ou quando utilizada isolada não é suficiente, deve-se adicionar outro imunossupressor. • Belimumabe e Ritucimabe podem ser utilizados em caoss refratários, bem como em tratamento convencionais. Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) NEFRITE LÚPICA • Acometimento renal no Lúpus. • BIOPSIA RENAL: • Tirando a classe VI, a mais grave é a classe IV (50% dos glomérulos acometidos) e depois a classe III. • Classe V: apresente em combinação com a classe IV. • Classe VI: paciente em hemodiálise com rim terminal (nefrite esclerosante avançada). CLASSE II: Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce INFLAMAÇÃO E DOENÇAS FEBRIS| GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Importante o diagnóstico precoce. • Sempre solicitar um EAS para pensar em Lúpus com alterações renais, sendo importante observar sinais da síndrome nefrítica (urina espumosa, anasarca, oliguria). • Paciente com suspeita: faz proteinúria de 24 horas, se aumentada, encaminhar para a biopsia renal para avaliar o grau da nefrite lúpica. • Quando o médico suspeita de nefrite lúpica no paciente, o padrão-ouro é fazer incialmente a biopsia, porém, se não for possível, é indicado iniciar o tratamento com base nos achados clinico-laboratoriais (interferência clínica). • Forma grave: proteinúria muito elevada, EAS rico e comprometimento renal. • Forma leve: proteinúria pouco elevada, EAS pobre e hematúria leve. CLASSE III ou IV: • FASE DE INDUÇÃO TERAPÊUTICA (dura 6 meses): interna e faz infusão. a. Metilprednisolona – 750 mg a 1g em adultos por 3 dias e, no 4º dia, associar a Ciclofosfamida (CYC) – 2 formas de utilizar – ou Microfenolato de Mofetila (MMF), infusão mensal ou quinzenal. OBS: No Brasil, o esquema de dose é mais alto, utilizando de 500 a 1000 mg mensal por 6 meses. • FASE DE MANUTENÇÃO a. Microfenolato de Mofetila (MMF) ou Azatioprina. CLASSE V: • Geralmente o mesmo da classe III e IV, mas depende e como a doença se manifesta. • Forma grave: terapêutica da classe III e IV. • Forma leve: Corticoide oral associada à imunossupressor. • “Hurry up and wait”: começar o tratamento rápido, mas ter paciência, pois irá melhorar devagar. • OBS: Pacientes com Lúpus devem ter suas comorbidades tratadas, bem como controle de PA e colesterol, por exemplo. Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce
Compartilhar