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AVALIAÇÃO CLÍNICA DAS DISFAGIA NO ADULTO E NO IDOSO DISFAGIA • Sintoma de uma doença de base • Dificuldade da deglutição Jeri Logemann, 1998 Preditores clínicos de disfagia - Tosse - Pigarro - Engasgos DADOS • 52 a 82% dos pacientes que apresentam doenças degenerativas • 60% dos idosos • 30 a 50% dos pacientes que tiveram AVC • 45% dos pacientes que apresentam câncer de cabeça e pescoço GROHER, 1987; CLAVÉ 2008 MANIFESTAÇÕES COMUNS • Tosses frequentes ou tosses durante ou após refeição • Sensação de alimento está preso na garganta ou no peito • Infecção pulmonar recorrente • Perda de peso não intencional • Demora para se alimentar • Necessidade de esforço para finalizar a refeição Jeri Logemann, 1998 DEGLUTIÇÃO - PROCESSO ALTERAÇÃO NESSE PROCESSO PODE LEVAR A CONSEQUÊNCIAS COMO: • Desnutrição ou má nutrição • Desidratação • Perda de peso • Aspiração de saliva ou alimentos com risco de complicações pulmonares decorrentes da aspiração INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA Redução de • custos hospitalares • tempo de internação • uso de medicamentos para tratamento de pneumonia aspirativa • uso de dieta enteral e parenteral 60% dos adultos disfágicos dependentes de via alternativa que realizam fonoterapia evoluem para via oral com segurança Shaker et al. 2002; Heckabee & Cannito. 1999; Waters et, 2004 ASHA, 2003 AVALIAÇÃO CLÍNICA • IDENTIFICAR os pacientes de risco • AVALIAR a dinâmica da deglutição - Possibilidade de via oral segura – consistência, volume, manobra - Planejamento de exames objetivos - Definição de conduta (sonda ou via oral) ANAMNESE • Dados do paciente: nome completo, idade, presença do acompanhante • História clínica: • doença de base • se já tem diagnóstico • se faz uso de medicamentos • história de pneumonias de repetição • nutrição • aumento da secreção laringotraqueal • cuidador oficial (perfil dele) • se já é acompanhado por algum outro profissional PRINCIPAIS QUEIXAS • Dificuldade de engolir/ engasgos/ tosse (RGE, soluços, hipersecreção) • Consistências • Frequência/ tempo alimentação/ cansaço para comer • Escape nasal, espirros • Febres sem causa aparente • Sensação de alimento parado na garganta • Dieta atual • Recebe de forma independente? • Aceitação/prazer ao se alimentar KIT DISFAGIA • Luvas • Espátulas • Lanterna • Copo plástico • Estetocópio • Máscara • Óculos de proteção • Espessante • Suco tang • Colheres plástico • Canudo • Seringa (3,5,10,20ml) • Oxímetro • Gaze AVALIAÇÃO CLÍNICA • Aspecto geral, simetria e postura (em repouso), sensibilidade extra e intra- oral (doces, salgados, amargos e azedos), aspectos da musulatura de OFA em repouso e em movimento • QualidadeVocal • Higiene oral • Presença de traqueostomia e via alternativa • Reflexo de deglutição e vômito • Dentição • Faz uso de prótese dentária? Está bem adaptada? AVALIAÇÃO CLÍNICA ETAPAS DO PROCEDIMENTO: • Higienizar as mãos • Reunir o material e levar próximo ao paciente • Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante • Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante • Elevar à cabeceira da cama em 90º AVALIAÇÃO CLÍNICA CONDIÇÕES CLÍNICAS • Alerta, acordado e capaz de receber líquidos e alimentos na boca • Pacientes extremamente cansados ou que apresentam níveis inconsistentes de alerta são de alto risco para aspiração • Quadro clínico motor geral, de linguagem e de fala do indivíduo, já que estas manifestações podem interferir no programa de reabilitação, na definição das técnicas terapêuticas a serem selecionadas, bem como na independência alimentar do indivíduo • Podem contribuir para definir o prognóstico e facilitar a interpretação dos achados da avaliação AVALIAÇÃO CLÍNICA • A avaliação clínica é soberana, sempre iniciaremos por ela, caso seja necessário o paciente será encaminhado para avaliação complementar • É importante ter noção dos parâmetros necessários para uma avaliação clínica adequada, quais alterações podemos esperar e o que é considerado uma deglutição normal e alterada AVALIAÇÃO CLÍNICA - SINAIS • Captação do bolo - capturar o alimento de um copo ou colher • Vedamento Labial- habilidade de manter o alimento na cavidade oral sem que escorra pelas comissuras labiais, ausência e/ou vedamento labial impreciso, sem força • Alteração no Preparo do Bolo - dificuldade em formar um bolo alimentar coeso • Propulsão do Bolo - observar a força para propulcionar o bolo alimentar para a faringe AVALIAÇÃO CLÍNICA • Tempo de trânsito oral – geralmente associa-se a fase preparatória-oral inadequada e atraso no disparo do reflexo de deglutição. Líquidos > 4 segundos e outras consistências > 20 segundos • Refluxo nasal – escorrimento do líquido para a cavidade nasal durante a deglutição, decorrente de insuficiência no fechamento velofaríngeo • Número de deglutições – quantidade de deglutições realizadas para completo clareamento da via digestiva AVALIAÇÃO CLÍNICA • Elevação laríngea - capacidade de excursão laríngea anterior e superior durante a deglutição, cuja dificuldade indica um aumento do risco de aspiração. Podendo ser monitorada com o posicionamento dos dedos indicador e médio sobre o hióide e cartilagem tireóide • Resíduos em Cavidade Oral - redução da sensibilidade intra-oral, podendo haver acúmulo de alimento em vestíbulo anterior, lateral, assoalho bucal e/ou superfície da língua após a deglutição • Pigarro - percebido antes, durante ou após a deglutição AVALIAÇÃO CLÍNICA • Ausculta cervical - Observar se há presença de ruídos antes, durante e após as deglutições • O estetoscópio deve ser posicionado na parte lateral da junção da laringe e a traquéia, anterior à carótida • Deglutição normal: há três sons marcantes quando o bolo passa para a faringe: dois cliques audíveis acompanhados de um sopro expiratório • Ausculta antes da deglutição parâmetro TAKAHASHI et al, 1994; SPADOTTO 2008 AVALIAÇÃO CLÍNICA • Saturação de oxigênio (SpO2) – porcentagem de oxigênio arterial na corrente sanguínea. Aspiração do alimento causaria um reflexo de broncoespasmo, diminuindo a perfusão-ventilatória e provocando a queda na saturação de oxigênio 4% da linha de base do paciente • Qualidade vocal – identificar a presença ou ausência de voz molhada após oferta de alimento ou líquido, por meio da comparação pré e pós-deglutição • Alteração Respiratória - observar se durante ou após a oferta de alimento o paciente apresenta aumento ou redução significativa da frequência respiratória basal, se há presença de sinais de desconforto respiratório (dispnéia, batimento da asa do nariz, uso da musculatura acessória) e/ou presença de roncos ou sibilos na ausculta brônquica (incluindo broncoespasmos) AVALIAÇÃO CLÍNICA • Tosse – resposta reflexa do tronco cerebral que protege a via aérea contra a entrada de corpos estranhos, podendo também ser produzida voluntariamente. A tosse voluntária refere-se à tosse produzida sob comando e não está relacionada à aspiração. Avalia-se para determinar a habilidade do paciente de expelir material da via aérea durante a oferta de líquido ou pastoso, caso necessário • Engasgo – obstrução do fluxo aéreo, parcial ou completo, decorrente da entrada de um corpo estranho nas vias aéreas inferiores, podendo levar à cianose e asfixia. PARD - PROTOCOLO FONOAUDIOLÓGICO DE AVALIAÇÃO DO RISCO PARA DISFAGIA FOIS - ESCALA FUNCIONAL DE INGESTÃO POR VIA ORAL FIM @teoriadafono nathaliarieder@gmail.com
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