Buscar

Síntese provisória - SP 1 0 - Tutoria - COVID 19 - Semestre 1 - Medicina

Prévia do material em texto

Questões de aprendizado:
 
· Existe prevenção para essa doença? 
Sim, existe prevenção, tanto higienização dos locais de contato, quando proteção e higienização das pessoas e profissionais da saúde são formas de prevenção a contaminação com vírus e pesquisas recentes divulgadas mostraram resultados positivos para diversas vacinas contra o coronavírus.
A melhor forma de prevenção hoje, ainda é o isolamento social, caso seja necessários sair de casa para resolver algo é aconselhável o uso de máscaras, distanciamento adequado entre uma pessoa e outra, não levar as mãos para o rosto, sempre higienizar as mãos com álcool gel 70% ou água e sabão, caso sinta vontade de espirrar ou tossir cubra a boca com o cotovelo ou tecido se não estiver utilizando máscaras. Dessa maneira podemos evitar a propagação do vírus (AMORIM ET AL, 2020).
Os profissionais da saúde devem utilizar medidas de precaução de contato com outras pessoas e gotículas, como luvas de procedimentos não cirúrgicos, avental não estéril e óculos de proteção, atentando-se a recomendações específicas em procedimentos que exijam técnica asséptica (AMORIM ET AL, 2020).
Diversas áreas podem ser contaminadas e devem ser desinfetadas com produtos desinfetantes como éter, etanol 75%, desinfetantes contendo cloro, ácido peracético e clorofórmio são recomendados para limpeza de ambientes (AMORIM ET AL, 2020).
· Quais os protocolos de tratamento para essa infecção? Há efeitos colaterais? 
O vírus ganha entrada quando a proteína spike na superfície do capsídeo viral se liga à enzima conversora de angiotensina II (ACE2) nas células alveolares do tipo II, levando à fusão das membranas virais e celulares e injeção do RNA viral no citoplasma do hospedeiro. Uma vez dentro da célula, o vírus replica seu material genético e libera partículas virais recém-criadas. Cada uma dessas etapas é uma oportunidade para os tratamentos interromperem o ciclo de vida normal do coronavírus (CHARY et al., 2020).
De acordo com as orientações do ministério da saúde para manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da COVID-19, 2ᴼ edição (2020):
Existem também protocolos descritos para tratamento de pacientes pediátricos e gestantes. 
Estudos continuam sendo realizados a fim de desenvolver tratamentos para o COVID- 19. Recentemente o FDA CONCEDEU USO de bamlanivimabe e o etesevimabe para uso emergências no combate ao COVID-19, têm como alvo, componentes diferentes da proteína spike SARS-CoV-2. Eles são projetados para bloquear a capacidade do vírus de se anexar e entrar nas células humanas. A terapia deve ser administrada o mais rápido possível após um teste COVID-19 positivo e dentro de 10 dias do início dos sintomas, de acordo com informativo do FDA revisado em Março de 2021 (FDA, 2020).O EUA vem com um folheto informativo do FDA que descreve as instruções de dosagem, efeitos colaterais potenciais e interações medicamentosas . Os possíveis efeitos colaterais de bamlanivimabe e etesevimabe administrados juntos incluem náusea, tontura, prurido e erupção cutânea.
· Principais manifestações clinicas? 
A Covid-19 é uma síndrome respiratória altamente contagiosa, caracterizada por tosse seca, falta de ar, febre, dor de garganta, fadiga e perda do paladar e olfato (anosmia/hiposmia). Dores abdominais, tontura, diarreia, náuseas e vômitos também ocorrem, embora sejam menos frequentes. Casos graves resultam em pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal, falha múltipla de órgãos e morte. As manifestações clínicas da Covid-19 variam entre pessoas e também entre países (WHO, 2020).
Principais sintomas e classificação para pacientes em geral: 
Fonte: ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA MANUSEIO MEDICAMENTOSO PRECOCE DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DA COVID-19, 2020.
Principais sintomas e classificação para pacientes pediátricos: 
Fonte: ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA MANUSEIO MEDICAMENTOSO PRECOCE DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DA COVID-19, 2020.
Principais sintomas e classificação para pacientes gestantes: 
Fonte: ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA MANUSEIO MEDICAMENTOSO PRECOCE DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DA COVID-19, 2020.
· Quais são as sequelas? 
Alguns pacientes infectados com SARS-COV-2 apresentam sintomas e achados clínicos que persistem por mais de quatro semanas ou podem recorrer após a recuperação inicial. O conhecimento científico ainda é limitado sobre esses efeitos, incluindo suas causas e com que frequência ocorrem. 
Os pacientes que experimentam os efeitos do COVID-19, juntamente com o isolamento social resultante de medidas de mitigação da pandemia, frequentemente sofrem de sintomas de depressão, ansiedade ou alterações de humor, além de pesquisas recentes terem mostrado a possibilidade de reinfecção. 
Uma grande variedade de efeitos à saúde pode persistir após a resolução da doença aguda (por exemplo, fibrose pulmonar, miocardite). Não se sabe por quanto tempo os efeitos do sistema multiorgânico podem durar e se os efeitos podem ou não levar a condições crônicas de saúde.
As condições pós-COVID também podem incluir os efeitos do tratamento ou hospitalização com COVID-19 , por exemplo, estenose traqueal por intubação prolongada, fraqueza grave e descondicionamento. Alguns desses efeitos são semelhantes aos da hospitalização por outras infecções respiratórias ou outras condições. Esta categoria também pode abranger a síndrome de cuidado pós-intensivo (PICS), que inclui uma gama de efeitos sobre a saúde que permanecem após uma doença crítica. Esses efeitos podem incluir fraqueza severa e transtorno de estresse pós-traumático. Embora os efeitos da hospitalização possam não ser exclusivos da doença COVID-19, eles são considerados condições pós-COVID se ocorrerem após uma infecção SARS-CoV-2 documentada e persistirem por mais de quatro semanas (Fonte: Post-COVID Conditions: Information for Healthcare Providers, https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-care/post-covid-conditions.html?CDC_AA_refVal=https%3A%2F%2Fwww.cdc.gov%2Fcoronavirus%2F2019-ncov%2Fhcp%2Fclinical-care%2Flate-sequelae.html, acesso em abril/2021).
Os sintomas de esquecimento, déficit de atenção e de memória estão entre as sequelas da covid-19 no sistema neuropsiquiátrico.
O coronavírus atravessa o sistema nervoso provocando deficiência como uma encefalite viral, e pode provocar processos desmielinizantes, como a Síndrome de Guillain-Barré, condição na qual o sistema imunológico atinge os nervos periféricos e os ataca, acarretando formigamentos, dificuldade motora e perda de força dos membros de forma ascendente.
Durante o pico da infecção, delírios e até psicose são registrados e, especialmente os idosos, podem evoluir para um declínio cognitivo. A médica adverte que pode haver sequelas psicológicas, como a depressão (Fonte: Síndrome pós-Covid: as sequelas são muitas e precisam de atenção e tratamento, https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=305698, acesso em abril/2021). 
Há relatos de fibrose pulmonar (cicatriz da inflamação pulmonar) como a sequela mais frequente relacionada ao trato respiratório, causando sintomas como uma tosse crônica a uma dificuldade de respirar. Mas há ainda relatos de problemas cardiovasculares como arritmias e insuficiência cardíaca que pode ser uma consequência da inflamação do músculo cardíaco (miocardite) que pode ocorrer durante a infecção.
A recomendação médica é de que todos os pacientes após uma infecção pelo vírus façam um check-up cardiológico e pulmonar.
A ciência ainda não mapeou todas as sequelas da covid-19, tampouco determinou o tempo em que estes problemas podem ocorrer.
· Quais formas de transmissão? 
A transmissão do vírus ocorre das seguintes formas (MATTE et al., 2020): 
a) respiratória: gotículas e/ou aerossóis (procedimentos específicos); 
b) contato com superfícies contaminadas (via mucosas: olhos, nariz, boca); 
c) contato com fezes.
Em doenças como a COVID-19, além da transmissão por gotículas e contato, há exposição a procedimentos geradores de aerossóisdurante a assistência dos paciente e por esse motivo os profissionais da saúde podem agir como potenciais transmissores assintomáticos, infectando outros pacientes, profissionais e familiares (MATTE et al., 2020).
A COVID-19 é uma doença com alta infectividade (duas vezes maior que a da gripe), o que significa que uma pessoa doente pode infectar até três pessoas (R0 = 2,2; 95% IC, 1,4 – 3,9) mesmo com pequena quantidade de material infeccioso (LI et al., 2020). 
 Mito: Infelizmente, os alimentos aparecem de forma recorrente nos meios de comunicação acessíveis ao grande público como possíveis disseminadores da doença (FRANCO; LANDGRAF; PINTO, 2020). 
Embora ainda não esteja bem estabelecido, tem- se observado que o período de incubação do vírus varia de 4 a 14 dias, sendo que a maioria dos casos ocorre nos primeiros quatro a cinco dias após a exposição (AMORIM ET AL, 2020). 
· Qual o público mais suscetível? 
Não existe uma idade estabelecida para contrair a infecção, desta forma qualquer pessoa pode contrair o vírus e apresentar a síndrome respiratória aguda. Entretanto as evidências indicam que pessoas com mais idade e com condições metabólicas subjacentes, como diabetes mellitus, hipertensão e hiperlipidemia, apresentam risco maior de morbidade e mortalidade (DALAN et al., 2020). 
A obesidade representa um risco maior de infecção grave por Covid-19, o que pode levar à necessidade de ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva e morte prematura. Os mecanismos subjacentes são múltiplos: alteração do desempenho respiratório, presença de comorbidades como diabetes, hipertensão ou apneia obstrutiva do sono, finalmente respostas imunológicas inadequadas e excessivas, possivelmente agravadas por depósitos de gordura intratorácicos (AMORIM ET AL, 2020). 
Os indivíduos com hipertensão tendem a ser mais severamente afetados pela Covid-19. É provável que o novo coronavírus responsável pela Covid-19 usam a Enzima Conversora de Angiotensina II na superfície das células epiteliais como um receptor para ligar e entrar nos pneumócitos hospedeiros. O uso regular de medicamentos para hipertenção, regula positivamente a expressão de Enzima Conversora de Angiotensina II, facilitando a entrada do vírus em pneumócitos, o que aumenta a gravidade e a fatalidade da infecção (PRANATA et al., 2020).
 
· Houve alguma mutação/variante no vírus desde o início da pandemia? 
 
· Esse vírus foi criado em laboratório? 
 
· Há regiões com maior probabilidade de contagio? 
 
· Há risco de reinfecção? 
 
· Como trabalhar com pessoas leigas que não aceitam lidar com a medicina moderna? 
Atualmente, outras classes de medicamentos estão sendo testadas para que enfim encontre uma eficácia para a Covid-19, diante dessa situação a população encontra-se assustada com estatísticas negativas de novos pacientes contaminados como também com o número de óbitos que a cada dia cresce mundialmente. A cada novo medicamento que é testado e divulgado de maneira precoce e errônea pelo governo e mídias como sendo um bom aliado para o tratamento, resulta na grande procura pelas farmácias para aquisição dos mesmos (AMORIM ET AL, 2020). 
Como profissional de saúde e estando na linha de frente, os profissionais da saúde exerce a função de extrema importância sobre o uso racional de medicamentos promovendo saúde e levando informações corretas para os pacientes que procuram esses medicamentos com intuito de prevenção. Cabe aos profissionais da saúde latualizar-se diariamente sobre as novas alternativas terapêuticas (AMORIM ET AL, 2020).
Um grande exemplo foi a divukgação pela mídia do ANTIMALÁRICO (HIDROXICLOROQUINA E CLOROQUINA). Após alguns relatos na mídia de que esse medicamento poderia ser utilizado para prevenir a Covid-19, houve uma procura incessante da população a ponto de desabastecer as farmácias, prejudicando os pacientes que já faz uso desse medicamento. Diante disso, a ANVISA enquadrou esses medicamentos como controle especial, sendo dispensando apenas com prescrição médica (RDC N° 351/2020) (AMORIM ET AL, 2020).
 
· Quais os níveis de alerta da OMS? 
 
· Como a fake News pode ter atrapalhado no processo de contenção do vírus? 
Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério da Saúde, de forma inovadora, está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61)99333-8597 (Fonte: https://antigo.saude.gov.br/fakenews/, acesso em abril/2021). 
· Quais os prováveis vetores dessa pandemia? 
Referências bibliográficas 
AMORIM ET AL. Aspectos Farmacológicos , Terapias Propostas E Cuidados Farmacêuticos No Contexto Da Covid-19. Journal of Biology e Pharmacy, p. 343–357, 2020. 
MINISTÉRIO DA SAUDE DO BRASIL. NOTA INFORMATIVA Nº 17/2020- SE/GAB/SE/MS - ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA MANUSEIO MEDICAMENTOSO PRECOCE DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DA COVID-19, segunda edição, 15 de junho de 2020. 
CHARY, M. A. et al. COVID-19: Therapeutics and Their Toxicities. Journal of Medical Toxicology, v. 16, n. 3, p. 284–294, 2020. 
DALAN, R. et al. The ACE-2 in COVID-19 : Foe or Friend ? Authors. 2020. 
FDA. Remdesivir Fact Sheet for Health Care Providers. p. 1–36, 2020. 
FRANCO, B. D. G. DE M.; LANDGRAF, M.; PINTO, U. M. Alimentos, Sars-CoV-2 e Covid-19: contato possível, transmissão improvável. Estudos Avancados, v. 34, n. 100, p. 189–202, 2020. 
LI, Q. et al. Early Transmission Dynamics in Wuhan, China, of Novel Coronavirus–Infected Pneumonia. New England Journal of Medicine, v. 382, n. 13, p. 1199–1207, 2020. 
MATTE, D. L. et al. Recomendações sobre o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) no ambiente hospitalar e prevenção de transmissão cruzada na COVID-19. ASSOBRAFIR Ciência, v. 11, n. Supl1, p. 47, 2020. 
PRANATA, R. et al. Hypertension is associated with increased mortality and severity of disease in COVID-19 pneumonia: A systematic review, meta-analysis and meta-regression. JRAAS - Journal of the Renin-Angiotensin-Aldosterone System, v. 21, n. 2, 2020.

Continue navegando