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AUSCULTA PULMONAR
A ausculta pulmonar (AP) é um método para avaliar as condições do paciente, tanto antes quanto durante e após a terapia e para a monitorização de sua evolução, bem como o direcionamento da estratégia terapêutica. Esta técnica permite ouvir os sons que são produzidos dentro do tórax, que são divididos em sons normais e patológicos.
O ESTETOSCÓPIO
É o instrumento utilizado para ouvir os sons, fisiológicos e patológicos, da atividade cardíaca, pulmonar e de outros órgãos, além da aferição da pressão arterial.
TÉCNICA
Para a realização da técnica de forma correta, o paciente – sempre que possível – deve estar sentado ereto ou então, com o tronco o mais elevado possível. O estetoscópio deve ser posicionado diretamente no tórax do indivíduo, ou seja, na pele, nunca na roupa. O fisioterapeuta orienta o paciente a respirar um pouco mais profundo e com a boca entreaberta. Em casos de pacientes hospitalizados, inconscientes, ou pacientes neurológicos, que não possuem capacidade de obedecer a comandos (como a solicitação da posição ereta), a posição de decúbito dorsal é aceita para a realização da técnica.
Uma AP deve ter no mínimo seis pontos na região anterior e mais seis pontos na região posterior do tórax, podendo atingir até doze pontos em cada região. É muito importante que estes pontos sejam simétricos e comparativos, ou seja, ausculta um ponto no lado direito e em seguida, o mesmo ponto deve ser auscultado no lado esquerdo, sendo avaliado no mínimo por um ciclo respiratório completo (uma inspiração e uma expiração) em cada região.
Sendo assim, resumidamente, uma boa AP baseia-se em posicionar o estetoscópio no paciente com tórax desnudo, boca entreaberta, se possível (difícil acontecer) em uma sala silenciosa e evitar auscultar sobre regiões ósseas (como a escápula, sobre a clavícula) e mamas (grande concentração de tecido adiposo), pois elas funcionam como isolante acústico, dificultando a percepção dos sons.
SONS PULMONARES
Existem diversas definições de sons na literatura, porém, muitos deles não são mais utilizados na prática clínica, devido à dificuldade de diferenciação entre eles que, geralmente, são relacionados apenas à localização. Desta forma, iremos focar nos principais deles:
· SONS NORMAIS: se estiver tudo normal, o som é parecido com uma brisa.
Murmúrio vesicular (MV): é o som da passagem do ar pelo sistema respiratório, está presente em toda a região pulmonar e é ouvido tanto na inspiração quanto na expiração (som mais suave);
Som laringotraqueal: som forte na região anterolateral do pescoço gerado pela passagem do ar pela traqueia. Alguns autores chamam de som bronquial, visto que, os sons são bastante semelhantes.
· SONS ANORMAIS/PATOLÓGICOS: chamados de ruídos adventícios (RA), são os sons patológicos que podem ser originados da árvore brônquica, alvéolos ou espaço pleural.
Roncos: secreção presente na parede brônquica e, consequentemente, diminuição do calibre. Normalmente é ouvido durante a inspiração, mas também pode ser durante a expiração. O ar, ao encontrar com a secreção nas vias respiratórias torna-se turbulento, gerando um ruído grosseiro (mais audível).
Sibilos (chiados): som produzido quando ocorre a obstrução dos brônquios (secreção seca/broncoespasmo), sons contínuos e de longa duração. Quando ocorre na inspiração, reflete presença de obstrução por secreção, já quando ocorre na expiração, reflete a presença de broncoespasmo.
Estertores crepitantes (“crepitos”): secreção úmida na periferia (bronquíolos e alvéolos). É o som parecido com o “raspar de cabelos”. Ocorre somente na inspiração pois reflete a abertura das unidades alveolares que foram colapsadas por líquido ao final da expiração.
Atrito pleural: estalido/som semelhante ao som de couro novo, ocorre quando as superfícies pleurais estão irritadas, devido a inflamações ou infecções.
Cornagem/estridor laríngeo: resultado da estenose das porções superiores das vias aéreas (laringe, faringe e traqueia), geralmente é ouvido à distância. O ruído remete uma condição de “sufocamento”. É melhor audível na região anterolateral do pescoço.
IMPORTANTE
Sempre que houver dúvidas quanto a localização do ruído encontrado, deve- se realizar também a ausculta das demais regiões torácicas, incluindo a região anterolateral do pescoço, pois a presença de secreção alta, como nas porções superiores das vias aéreas (laringe, faringe, traqueia), podem ser ouvidas durante a ausculta na região torácica. Isto é chamado de ruído de transmissão (quando um ruído gerado em um local pode ser ouvido em outro).
DESCRIÇÃO DA AUSCULTA PULMONAR
Não existe uma forma padronizada de descrição dos achados da ausculta pulmonar. Cada região do país, cada classe da área da saúde, cada hospital ou até mesmo cada indivíduo opta pela forma que mais corretamente lhe contemple. Devemos apenas ter em mente que é necessário o maior número de dados possível para que a mesma seja corretamente interpretada, enfatizando especialmente as condições anormais encontradas.
Sempre que alguma alteração seja encontrada, devemos obrigatoriamente identificar sua localização.
	Som
	Qualidade
	Localização
	Murmúrio Vesicular (MV)
	Presente Reduzido
Ausente
	Descrever obrigatoriamente o local em caso de redução ou
ausência.
	Roncos
	Só descrever quando estiverem presentes. Na ausência deles não há necessidade de relatar.
	Ápice (D, E ou ambos) Terço médio (D, E ou ambos) Base (D, E ou ambos)
	Sibilos
	
	
	Estertores Crepitantes
	
	
	Atrito Pleural
	
	
	Estridor Laríngeo
	
	--------
O IMPORTANTE É QUE TODOS OS DETALHES SEJAM DESCRITOS, INDEPENDENTE DA FORMA ESCOLHIDA.
Vejamos alguns exemplos (formas descritivas e abreviadas):
1) Murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios
ou
MV+ em ambos os hemitórax sem RA ou
MV+ sem RA.
2) Murmúrio vesicular presente com roncos em ápices
ou
MV+ com roncos em ápices.
3) Murmúrio vesicular presente diminuído em bases com sibilos em terço médio direito
ou
MV+ ↓ em bases, com sibilos em 1/3 médio D.
4) Murmúrio vesicular presente com roncos em ápices e sibilos em base esquerda
ou
MV+ com roncos em ápices e sibilos em base E.
5) Murmúrio vesicular presente diminuído em base direita e com roncos em base esquerda
ou
MV+ ↓ base D e com roncos em base E.

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