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1. INTRODUÇÃO Na indústria alimentícia, é muito comum a ocorrência de casos em que se torne necessária a separação das matérias-primas, principalmente aquelas de origem agrícola, por apresentarem um grau maior de contaminação durante os processos de colheita e pós-colheita. A importância em separar as matérias primas de maneira eficaz consiste no fato de as impurezas existentes afetarem diretamente o rendimento da produção (SOUZA, 2004). As impurezas contidas em grãos podem ser de origem vegetal (ervas daninhas, outros grãos, resíduos de plantas), animal (pêlos, excremento de roedores, ovos de insetos e seus fragmentos) e mineral (pedras, poeira, lama, objetos metálicos) (HOSENEY,1994). Um método bastante utilizado é o método da flotação ou sedimentação fracionada, baseado nas diferenças de massa específica das substâncias a serem separadas. Essa técnica consiste em se obter um liquido de densidade intermediária, em relação à dos demais componentes. Desta forma, o componente menos denso que o fluido irá flutuar, enquanto a fase mais densa se depositará. Deve-se observar que o fluido a ser utilizado não deve dissolver os componentes da mistura, nem mesmo ser tóxico, visto que trata-se de matérias primas alimentícias (AMORIM,2007). No entanto, a eficácia dessa técnica dependerá da distribuição da densidade dos produtos, visto que a densidade relativa varia para um mesmo produto. É possível calcular a eficiência da separação, levando em consideração os intervalos de confiança. Esse valor obtido para a eficiência da separação vai representar a proporção das fases que foram isoladas. 2. OBJETIVOS Separar as matérias primas concedidas através da diferença de massas específicas, avaliando a viabilidade do fluido de densidade intermediária e a eficiência de separação. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Determinação da densidade Colocou-se em uma proveta 200mL de tolueno e 50g de grãos de bico previamente pesados em uma balança semi-analítica e observou-se o volume deslocado após a adição dos grãos, volume o qual é denominado volume real. Tendo este último e a massa em conhecimento, obteve-se a densidade real do grão. 3.2 Preparação das soluções Realizou-se os cálculos necessários e foram preparadas duas soluções com dois diferentes solutos : CaCl2 e NaNO3. 3.3 Análise da separação das matérias primas Após obter a homogeneidade foram adicionados em igual quantidade, nas duas soluções, grãos de bico misturados com linhaça, agitou-se rapidamente com auxílio de um bastão de vidro e observou-se quão eficiente foi a separação. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ρ grão de bico= 1,336 ± 0,021 ρlinhaça= 1,079± 0,011 ρs = ρA + ρB = 1,2075 2 NaNO3 η =2,26 (1- 1,2075) = 0,4976NaNO3/x g de solvente 1,2075-2,26 Em 500 mL de solução: 0,4976=msoluto Msolvente 0,4976=msoluto 500 Msoluto=248,8 g de NaNO3 A separação utilizando NaNO3 foi completa, o grão de bico de um lado e a linhaça do outro. A matéria prima que flutou foi a linhaça pois a ρa < ρs .Já o grão de bico afundou pois ρb > ρs. CaCl2 η =2,15 (1- 1,2075) = 0,4733 CaCl2/x g de solvente 1,2075-2,15 Em 500 mL de solução: 0,4733=msoluto Msolvente 0,4733=msoluto 500 Msoluto=236,67 g de CaCl2 A separação utilizando CaCl2 não foi completa, uma parte do grão de bico afundou e uma outra parte do grão de bico juntamente com a linhaça flutuou. Eficiência da separação Intervalo de confiança 95% para A e B dados por σ: • ρa ± 2 DP = (1,336 ± 0,042) g/ml → 1,294 a 1,378 g/ml contém 95% de A. • ρb ± 2 DP = (1,079 ± 0,022) g/ml → 1,057 a 1,101 g/ml contém 95% de B. Melhora da eficiência Utilizando o IC = 99,7%, ou seja, ρ ± 3 DP: • ρa ± 3 DP = (1,336 ± 0,063) g/ml → 1,273 a 1,399 g/ml contém 99,7% de A. • ρb ± 3 DP = (1,079 ± 0,033) g/ml → 1,046 a 1,112 g/ml contém 99,7% de B. 5. CONCLUSÃO Observou-se que a separação da mistura com NaNO3 e CaCl2 apresentaram comportamento distintos, na mistura com NaNO3 houve uma separação completa, já na solução com CaCl2 não houve uma separação completa. Portanto o NaNO3 foi mais eficiente do que CaCl2. Sendo que o grão que apresenta mais pureza é aquele com densidade mais próxima da solução, logo, tem-se que o grão de bico é melhor separado em solução de CaCl2 e de NaNO3. 6. BIBLIOGRAFIA AMORIN, M.V.F.S., Desenvolvimento de um novo processo de limpeza e condicionamento de grãos de trigo. Tese apresentada para obtenção do título de Mestre em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Ceará- Fortaleza, 2007. HOSENEY, R.C., Principles of Cereal: Science and Technology. AACC, St. Paul, 2 ed., 378p., 1994. 7. ANEXOS Seguem abaixo as imagens do experimento realizado: Imagem1- Separação de mistura de grão de bico e linhaça pela solução com NaNO3 Imagem 2 - Separação de mistura de grão de bico e linhaça pela solução com CaCl 1
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