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Trauma Oclusal eTrauma Oclusal e Repercussões PeriodontaisRepercussões Periodontais Tipos de estresse (estímulo): Subfisiológico: dente que perdeu o antagonista e acontece a diminuição do espaço do ligamento periodontal. Normofisiológico: resposta de adaptação; dente com grande perda de inserção e até uma oclusão normal vai ser um estímulo maior para ele. Suprafisiológico: ruptura do equilíbrio; contato prematuro; excesso de carga no elemento dentário. Apesar da capacidade de amortecimento do ligamento periodontal, as cargas podem exceder o limite de tolerância fisiológica → traumas oclusais → lesões periodontais. @resumosdeju Trauma Oclusal Classificação do Trauma Oclusal Forças oclusais traumáticas: qualquer força oclusal que resulte em dano aos tecidos e/ou ao aparato de inserção periodontal. Trauma oclusal: termo histológico que descreve os danos ao aparato de inserção periodontal. Não há evidências de que as forças oclusais traumáticas causem perda de inserção periodontal ou acelerem a progressão da periodontite. Há evidências de que forças oclusais não causam recessão gengival. Decorrente de forças, de intensidade fisiológica ou não, que incidem sobre os dentes. Princípios básicos: Em RC e MIC deve haver contatos bilaterais simultâneos entre os dentes; Cargas oclusais devem ser direcionadas no sentido axial dos dentes; Ausência de contatos dentários no lado de balanceio; Desoclusão dos dentes posteriores no movimento protrusivo; Ausência de interferência dos dentes posteriores no lado de trabalho. Trauma Primário: dano que resulta em mudanças teciduais de forças oclusais traumáticas aplicadas a dentes com suporte periodontal normal (mobilidade adaptativa e não progressiva). Trauma Secundário: dano que resulta em mudanças teciduais de forças normais ou Periodonto e Cargas Traumáticas @resumosdeju Resposta do Periodonto Dentes com mobilidade progressiva podem apresentar migração e dor em função, além de requerer esplintagem. Forças Ortodônticas: forças oclusais podem afetar negativamente o periodonto e resultar em reabsorção radicular, desordens pulpares, recessão gengival e perda óssea alveolar. Estudos relatam que dentes com periodonto saudável, mas reduzido, quando submetidos ao tratamento ortodôntico, não apresentam comprometimento dos tecidos periodontais de suporte. Porém, é imprescindível uma boa higienização. oclusais traumáticas em dentes com suporte periodontal reduzido. Presença de inflamação: É caracterizado pela incidência de forças sobre um periodonto de proteção e sustentação com altura reduzida, podendo estar inflamado ou não. A carga é um fator secundário. Em fumantes: A nicotina potencializa a perda óssea nos casos de trauma, pois causa redução na síntese da matriz óssea, interferindo no nível de oxigenação dos osteoblastos. Na presença de inflamação e ausência de forças traumáticas: O infiltrado inflamatório percorre a superfície externa da crista alveolar, causando reabsorção horizontal. Na presença da inflamação e de forças traumáticas: O infiltrado inflamatório penetra no ligamento periodontal, por ter suas fibras dissolvidas ou reorientadas numa direção paralela ao longo eixo do dente, causando reabsorção vertical. Na ausência de inflamação: Adaptação através da mobilidade (aumento do espaço do ligamento periodontal). Perda óssea vertical, com ausência de bolsa periodontal. Terapêutica: remoção do trauma. Observa-se a presença de compactação da lâmina dura. Ausência dentária: Perdas de dentes e demora na instalação de próteses; Inclinação dos dentes vizinhos; Extrusão dos dentes antagonistas. Tratamento ortodôntico: Dano reversível; Danos irreversíveis → estímulos suprafisiológicos. Restauração e próteses mal adaptadas: Inclinação de dentes vizinhos → não há mais incidência de forças no sentido axial. Quando ocorre ausência do contato proximal → impacção alimentar. Quando o ajuste ocorre em infra- oclusão → os contatos com o dente antagonista são eliminadis, resultando em extrusão e desequilíbrio oclusal. Quando pontos de cúspides incidem em vertentes dos dentes, levam a movimento de lateralidade. Hábitos Parafuncionais: Apertar ou ranger os dentes; Roer unhas; Morder lápis ou outros objetos. Cargas de intensidade normal potencializadas pela contração excessiva da musculatura mastigatória (quando há tensão). Bruxismo do Sono: Movimentos mandibulares parafuncionais durante o sono. Bruxismo em Vigília (apertamento): Bruxismo sem a presença dos movimentos de lateralidade. de intensidade normal em sobrecargas: @resumosdeju Com o periodonto reduzido e ausência de inflamação: Forças geradas por uma função normal podem tornar-se estímulos extras (suprafisiológicos). A resposta do periodonto às forças aplicadas depende da interação de 04 variáveis: Intensidade: Carga aumentada → maior movimento do dente no interior do alvéolo → aumento do espaço do ligamento periodontal. Reflexo no ligamento periodontal: estiramento, aumento da largura e do número das fibras. Osso alveolar é remodelado. Trabeculado organizado (denso). Direção: Forças axiais → ideais. Forças laterais → não benéficas. Frequência: Alta frequência → reabsorção, não permite neoformação. Duração: Constante → Osso alveolar reabsorvido, não permitindo neoformação. As variáveis estão associadas à capacidade de adaptação do indivíduo em diferentes períodos da vida. Etiologia das Cargas Traumáticas São vários os agentes capazes de gerar forças excessivas ou transformar cargas Sinais e Sintomas Clínicos do TO Mobilidade dentária; @resumosdeju Características Radiográficas de TO Facetas de desgaste; Trincas de esmalte; Fraturas de restaurações ou dentárias em dentes tratados endodonticamente; Migrações dentárias; Pode haver queixa de dor no elemento dentário ou na musculatura do crânio. Espessamento da lâmina dura; Aumento da densidade óssea; Aumento do espaço do ligamento periodontal; Perda parcial ou total da integridade da lâmina dura; Áreas radiolúcidas sugestivas de perdas ósseas angulares em dentes com mobilidade; Rarefação óssea nas bifurcações ou trifurcações; Hipercementoses; Presença de nódulos e calcificações pulpares (alterações degenerativas da polpa). Tratamento Placas miorrelaxantes; Ajuste oclusal; Tratamento ortodôntico; Contenções; Próteses dentárias; Acupuntura; Florais; Aplicação de laser (dores musculares e de ATM). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FURLANETO, Flávia Aparecida Chaves et al. Oclusão e periodontia: uma análise crítica da literatura. Revista Sul-Brasileira de Odontologia, v. 9, n. 1, p. 85-93, 2009. SANTIAGO, Eduardo; PINTO, Miguel; PINHO, João Carlos. A Patologia Oclusal no Plano de Tratamento Periodontal – Uma Revisão da Literatura. Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial, v. 51, n. 2, p. 103-112, 2010.
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