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OFICINAS PEDAGÓGICAS: ENSINANDO MATEMÁTICA DE FORMA LÚDICA Luiza da Costa Monteiro Maria Elizabeth Rafain Amâncio RESUMO As oficinas pedagógicas referem-se à aprendizagem através da ludicidade, ou seja, aprender por meio de jogos e brincadeiras. Com isso, a matemática aplicada de forma lúdica, pode ser interessante, especialmente durante as primeiras séries, quando as crianças estão descobrindo o mundo. O presente paper objetiva destacar a importância das oficinas pedagógicas voltadas para o ensino da matemática, por meio do lúdico. Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas; Matemática; Jogos. 1. INTRODUÇÃO As oficinas pedagógicas são ferramentas que devem ser usadas visando à melhoria do ensino escolar. Tratando-se de uma aprendizagem aberta e dinâmica, proporcionam inovação, interação, troca de experiências ecooperam para a construção do conhecimento. A maioria das crianças tem dificuldade em resolver questões de matemática e a introdução de jogos na aprendizagem lhes dará mais segurança e diversão no aprendizado, levando-se em consideração que podem auxiliar na resolução dos conteúdos, oportunizando um aprendizado muito mais agradável e bem interessante. As oficinas pedagógicas referem-se à aprendizagem através da ludicidade, ou seja, aprender por meio de jogos e brincadeiras. Com isso, a matemática aplicada de forma lúdica, pode ser interessante, especialmente durante as primeiras séries, quando as crianças estão descobrindo o mundo. A utilização de recursos lúdicos em sala de aula é necessária e motivante, e aplicada à matemática, oferece um aprendizado divertido, potencializando a criatividade, contribuindo para a interação social na troca de ideias e na construção do conhecimento. O presente paper objetiva destacar a importância das oficinas pedagógicas voltadas para o ensino da matemática, por meio do lúdico. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A escola deve proporcionar aos educandos oportunidades para a construção do conhecimento por meio de descobertas e invenções, incentivando a participação ativa da criança no seu meio. Assim sendo, as oficinas são instrumentos de apoio didático e pedagógico, têm como objetivo superar as dificuldades dos alunos de forma descontraída, num ambiente menos formal que a sala de aula, tornando o aluno mais à vontade para participar. A função principal das oficinas é a inovação na forma de transmitir os conteúdos, abordando de uma maneira mais simples e descontraída, trazendo o assunto escolar para o dia-a-dia dos alunos. Segundo Antunes (2011), as oficinas pedagógicas implicam que o acesso ao conhecimento seja construído através da instauração de metodologias que instiguem: a participação, o interesse, a autonomia, a criatividade, o desejo em conhecer e o prazer de aprender. Considerando que os jogos podem fazer com que as crianças fixem melhor os conteúdos, a matemática aplicada de forma divertida, torna-se muito interessante, possibilitando um aprendizado prazeroso e quebrando tabus matemáticos, principalmente nas primeiras séries, quando as crianças estão descobrindo o mundo. 2.1 A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS LÚDICOS NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Visando desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade de resolução de problemas, propõe-se o estudo da matemática com o uso de recursos que sejam atrativos para os educandos. Portanto, é necessário encontrar outras formas de complementar o ensino dentro e fora da sala de aula, de forma a estimular a motivação, autoconfiança, concentração e interação social dos alunos. As brincadeiras são características básicas do ser humano, portanto, pode-se dizer que o desenvolvimento humano está intimamente relacionado a tal. Ensinar matemática por meio de jogos, além de ser divertido, oportuniza aos alunos fazer seu próprio processo de construção de conceitos matemáticos. Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva, e 3 a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que esses alunos estudam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. Por meio do jogo, algumas habilidades podem ser desenvolvidas, como a observação, diferença de cores, gráficos e formas, autonomia, aceitação de erros e regras. Ao analisar o próprio comportamento, as crianças aprendem a pensar, propor hipóteses e compartilhar ideias com os colegas, favorecendo a interação. Se cuidadosamente, elaborado e planejado pelo professor, o jogo se tornará um recurso educacional eficaz para ajudar os alunos a entender a matemática. Segundo Dallabona e Mendes (2005, p.08): [...] educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando consumir passivamente. Educar é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e consciente do mundo. É seduzir os seres humanos para o prazer de conhecer. É resgatar o verdadeiro sentido da palavra “escola”, local de alegria, prazer intelectual, satisfação e desenvolvimento. Introduzir diversão e brincadeiras no ensino da matemática, estimula a aprendizagem, propiciando aos alunos, métodos diferenciados dos métodos tradicionais, proporcionando assim, uma aprendizagem significativa e agradável, sem perder a essência da matemática. A inserção de jogos no ensino matemático vai estimular a participação ativa dos alunos, estabelecendo relações mais dinâmicas, haverá a valorização do diálogo, o compartilhamento e a cooperação entre os participantes do processo. Porém é preciso destacar que, deve haver planejamento e não pode ser de qualquer modo, tem que haver objetivos predefinidos a serem alcançados e regras a serem cumpridas. Esse processo, como qualquer ação pedagógica, pressupõe planejamento, mas é na execução que assume características diferenciadas das abordagens centradas no professor e no conhecimento racional apenas. O planejamento prévio caracteriza-se por ser flexível, ajustando-se às situações-problema apresentadas pelos participantes, a partir de seus contextos reais de trabalho. A partir de uma negociação que perpassa todos os encontros previstos para a oficina, são propostas tarefas para a resolução de problemas ou dificuldades existentes, incluindo o planejamento de projetos de trabalho, a produção de materiais didáticos, a execução de materiais em sala de aula e a apresentação do produto final dos projetos, seguida de reflexão crítica e avaliação. As técnicas e os procedimentos são bastante variados, incluindo trabalhos em duplas e em grupo para promover a interação entre os participantes, sempre com foco em atividades práticas (PAVIANI & FONNTANA, 2009:79). Sendo assim, os alunos não apenas aprenderão a pensar, mas também a seguir regras, atingir metas e compreender os números, e não apenas memorizá-los. Brincando e resolvendo problemas, os alunos descobrem seus próprios processos cognitivos. Porém, percebe-se que, na matemática, as brincadeiras e os jogos contribuem para uma aprendizagem de qualidade, obviamente, disciplina e concentração são indispensáveis no sucesso desse processo. 4 3. METODOLOGIA Na elaboração deste paper foi realizado um estudo bibliográfico, através da leitura de artigos, livros e revistas, sendo uma pesquisa direta nas fontes científicas, fazendo leitura, interpretação e análise dos textos que aboradavam os temas como o lúdico nas séries iniciais do ensino fundamental e como ensinar matemática através dos recursos lúdicos. O referencial foi construído a fim de dar embasamento para as reflexões feitas sobre o tema, buscando compreender a importância das oficinaspedagógicas de matemática e a utilização de recursos lúdicos, como os jogos, que facilitam o ensino e a aprendizagem dos conteúdos relacionados com o cotidiano dos alunos das séries iniciais do ensino fundamental. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Compreendemos que a oficina pedagógica é uma metodologia de trabalho em grupo, necessitando ser bem planejada, pois deve ser realizada com objetivos bem definidos, visando à construção coletiva de um saber, onde há um confronto e um intercâmbio de ideias, oportunizando a construção do conhecimento. É inegável que a rotina escolar é muito corrida, havendo grande demanda de conteúdos a serem ministrados num pequeno espaço de tempo e geram uma tendência de repetir práticas de ensino e aprendizagem. Portanto, se não houver um esforço intencional da escola, através da gestão, supervisão e dos docentes, reunidos com o propósito de avaliar as práticas pedagógicas e os resultados alcançados, bem como também, propor inovações nas metodologias, a escola ficará estagnada. As oficinas pedagógicas devem ser utilizadas como estratégias para a formação continuada de educadores e atualização dos professores. 5. CONCLUSÕES Ante o exposto, conclui-se que as oficinas pedagógicas voltadas para o uso de jogos e brincadeiras no ensino de matemática são importantes ferramentas estratégicas para a transmissão de conhecimentos e devem ser realizadas com mais frequência pelos professores, que precisam ser apoiados e motivados para a sua realização. 5 REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ANTUNES, H. S. Ser aluna, ser professora: um olhar sobre os ciclos de vida pessoal e profissional. Santa Maria: Ed. Da UFMS, 2011. DALLABONA, S.R.; MENDES, S. M. S. O lúdico na educação infantil: Jogar, brincar, uma forma de educar. Instituto Catarinense de Graduação, 2005. PAVIANI, Neires Maria Soldatelli & FONTANA, Niura Maria. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. In: Conjectura, Caxias do Sul, V.14, nº2, p.77-88, maio/ago. 2009. PIANEZZER, Lúcia Cristiane Moratelli. Metodologia e conteúdos básicos de matemática. UNIASSELVI, 2016.