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ABORDAGENS PSICODINÂMICAS E BIOLÓGICAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 
ALAN R F PAZ JÚNIOR
PASSO FUNDO 2021
PSIQUIATRIA II
ABORDAGENS PSICODINÂMICAS E BIOLÓGICAS
Abordagens Dinâmicas: Psicoterapias
Toda psicoterapia vira uma mudança cognitiva, reconhecimento de gatilhos – o legado da psicanálise para as psicoterapias de orientação psicocognitiva é o estudo do inconsciente do pct, compreensão de como a pessoa reage às situações e como evoluiu nas fases de desenvolvimento;
- O inconsciente tem características próprias:
1. Os conteúdos são representações (emocionais, objetais...): são regidos por mecanismos específicos de formação, como a condensação e o deslocamento – não são ipsis literis, segue um processo de matrizes que estabelecem as escolhas;
1. Os conteúdos passam pelo crivo da censura antes de emergirem para a consciência – mediador (ego); 
1. Não respeita limites de tempo e espaço em sua formação – o conflito pode ter ocorrido há anos, mas continua presente para a pessoa;
1. Não há ideia de negação ou contradição, nem de graus de dúvida ou certeza;
- Desenvolvimento afetivo-emocional:
1. Fase oral: prazer vinculado à oralidade;
1. Fase anal: prazer relacionado à questão visceral dos esfíncteres;
1. Fase fálica: onde se estabelece o complexo de édipo – algumas identidades já estão bem estruturadas, como a sexualidade;
Complexo de Édipo:
1. Triangulação;
1. Reorganização do processo de polarização, até a fase de latência e em consonância com a organização psicossexual fálica – nem tudo é mau ou bom; energia voltada ao conhecimento;
Do sintoma à patologia:
1. Os sintomas são a expressão do mecanismo de defesa regressivo – quando estamos vulneráveis, tendemos a regredir para quando éramos crianças. Ex: na esquizofrenia paranoide, o indivíduo retorna aos 3, 4 meses de idade, onde há polarização (bem x mal);
1. Antes de indícios de males a serem resolvidos, são formas de comunicação de algum sofrimento ou estado mental;
1. O sintoma é o fio condutor para a pesquisa que será empreendida na terapia – perceber qual é o mecanismo de defesa mais comum que a pessoa tá usando e auxiliar a prosseguir para outro mais “evoluído”;
1. O sintoma é um sinalizador, eles revelam manifestações inconscientes (mecanismos de defesa e resistências) – muitas vezes, quando o paciente está em crise, regride à fase em que está fixado, na qual se sentiu mais seguro e confortável na resolução de seus problemas. Ex: paciente alcoólatra (regride à fase oral para resolver seus conflitos internos e externos);
1. A patologia é o estado no qual o indivíduo estaciona;
1. Na patologia o dinamismo é perdido, restringido e o caráter pulsional contraditório e inquietante da vida se perde;
1. Reduz a capacidade de lidar com as situações, fixando os indivíduos em determinados modos de perceber, sentir e agir;
Neurose:
1. Condição na qual a organização psíquica foi para garantir um desenvolvimento da personalidade que preserva o contato com a realidade;
1. Mecanismos menos primitivos: vida prática é menos afetada – forma patológica leve de como reagimos a determinadas situações; mesmo sendo uma reação acima do esperado, a pessoa se mantém funcionante, diferente da psicose;
1. A psicoterapia é, geralmente, o tratamento de escolha para indivíduos neuróticos;
1. A frustração não promove desorganização catastrófica;
Psicose:
1. Na psicose há perda de contato com a realidade;
1. Há maiores dificuldades no âmbito do pragmatismo;
1. As defesas são mais arcaicas, com isso o ego não consegue atingir um desenvolvimento.
1. A pessoa perde o contato com a realidade e não consegue manter uma postura progmática, com defesas muito regressivas 
Perversão:
1. Relacionada à expressão da sexualidade; forma extremamente complexa de funcionamento onde o outro passa a ser um objeto, descartando seu prazer; apenas o prazer próprio é válido, independentemente se o outro está gostando ou aceitando a situação, se vai ser ratificanre para o outro – DESCONSIDERAR O OUTRO, PRAZER NO DESPRAZER DO OUTRO;
1. Organização psíquica foi realizada de forma suficiente a permitir um contato satisfatório com a realidade externa;
1. As dificuldades estão associadas ao convívio com o outro, que é colocado em lugar de não sujeito, submetido a suas vontades exclusivas, sendo usado como meio de satisfação;
1. Há dificuldades com normas e reconhecimento dos demais, apresentam problemas de caráter, atos violentos e manipulação;
1. A atuação do psicoterapeuta é reservada;
1. Faltam sentimentos de angústia, dúvida e culpa;
1. Os contratos devem ser claros, limites bem estabelecidos, tolerância com atuações e ética individual;
1. Fetiches são perversos quando são unilaterais (não há consentimento do outro);
Características da Psicoterapia:
1. Método de tratamento realizado por um profissional treinado, com o objetivo de reduzir ou remover um problema;
1. É deliberadamente buscada pelo paciente;
1. O terapeuta utiliza meios psicológicos como forma de influenciar o paciente;
1. É realizada em um contexto primariamente interpessoal (a relação terapêutica);
1. Utiliza a comunicação verbal como principal recurso; 
1. É uma atividade de colaboração entre paciente e terapeuta;
Elementos Comuns às Terapias:
1. A psicoterapia ocorre no contexto de uma relação de confiança, emocionalmente carregada em relação ao terapeuta.
1. A psicoterapia ocorre em um contexto terapêutico, no qual o paciente acredita que o terapeuta irá ajuda-lo;
1. Existe um racional, um esquema conceitual ou um mito que provê uma explicação plausível para o desconforto (sintoma ou problema) e um procedimento ou ritual para ajudar o paciente a resolvê-lo;
1. Os objetivos devem ser claramente definidos;
Intervenções Típicas:
1. Observação
1. Confrontação
1. Interpretação
Técnica
1. É necessário o estabelecimento do setting;
1. Deve ser regido por um contrato....
1. Binômio indissociável: Transferência/Contratransferência
Elementos Comuns a Todas as Psicoterapias:
1. A psicoterapia é uma relação interpessoal, evolvendo uma outra pessoa ou grupo de pessoas
1. Para a terapia ter sucesso é indispensável um contexto terapêutico favorável, caracterizado por um ambiente de confiança e apoio, no qual o paciente acredita que o terapeuta ira ajudá-lo que esse objetivo seja atingido
1. A psicoterapia deve proporcionar uma oportunidade para o paciente expressar emoções, reviver e revisar experiências passadas, particularmente as que envolvem relacionamentos com figuras importantes do passado, percebendo as repetições no presente e encontrando novas formas de agir.
1. A psicoterapia é uma relação interpessoal, envolvendo uma outra pessoa ou grupo de pessoas;
1. Intervenções específicas são utilizadas pelo terapeuta, coerentes com um modelo explicativo sobre a origem e a manutenção dos sintomas, com o propósito de eliminá-los
1. A terapia deve criar um ambiente favorável ao entendimento e busca de alternativas para modos problemáticos de agir, pensar e comportar-se. Também deve proporcionar a oportunidade para novas aprendizagens por meio da exposição a situações, ideias, sentimentos ou comportamentos que provocam ansiedade, fazendo com que o paciente supere seus medos e evitações;
1. É indispensável o reconhecimento, por parte do paciente, da necessidade de mudança e de um esforço pessoal para conseguir os resultados.
Abordagens Biológicas
Neuromodulação: farmacoterapia, medicamentos modais, medicamentos neuromodulares, neuromodulação pela descarga elétrica, 
Eletroconvulsoterapia:
1. Consiste na indução da atividade epiléptica através da passagem controlada de corrente elétrica pelo encéfalo;
1. Apresenta alta eficácia terapêutica, notadamente nos quadros refratários aos tratamentos farmacológicos e em populações específicas, como gestantes e idosos;
1. Ainda, mesmo com o TTO consagrado e com evidências ientíficas comprovadas, ainda é alvo de preconceito.
- Indicações:
1. Transtorno de Humor: é o tratamento mais eficaz para o transtorno depressivo quando se necessita de resposta rápida e na falha dos fármacos
1. Catatonia: quando falha o tratamento com benzodiazepínicose anti-psicóticos. Na síndrome neuroléptica maligna (catatonia maligna) a ECT deve ser considerada como tratamento de escolha.
1. Psicoses: esquizofrenia super refratária
1. Gestação: as portadoras de TH e psicoses, por riscos d usos de determinados fármacos
1. Idosos: quando há complicações clínicas, as quais limitam o tratamento farmacológico e necessidade de resposta rápida
A eletroconvulsoterapia estimula a neuroplasticidae, reorganiza a produção química cerebral, estabiliza as membranas;
- Contraindicações:
Não existem contraindicações absolutas, mas as relativas são:
1. Hipertensão intracraniana
1. Paciente com doença cardiovascular aguda ou crônica descompensada
1. Doenças ortopédicas as quais exponham o paciente a riscos devido a contraturas musculares
1. Anticonvulsivantes devem ser manejados com cuidado
1. Lítio pode aumentar a duração das convulsões e predispor a episódios confusionais.
Estimulação Magnética Transcraniana:
1. Baseia-se na emissão de campos eletromagnéticos e na geração de correntes induzidas no cérebro de modo focal e preciso.
1. Atua no processo de reorganização e de plasticidade sináptica, há modificação do fluxo sanguíneo cerebral
1. A técnica é bastante segura, tem como efeitos colaterais a cefaleia, pequenos espasmos musculares. As crises convulsivas são raras.
1. É contra indicada em algumas epilepsias, em frequência inibitória.
1. É contraindicado em portadores de marca-passo, portadores de implantes magnéticos intracranianos e em gestantes (ainda carece de estudos)
1. Baseia-se na emissão de campos eletromagnéticos e na geração de correntes induzidas no cérebro de modo focal e preciso;
Tratamentos Cirúrgicos 
1. Egas Moniz (lobotomias);
1. Hoje: Gamma knife, implante de DBS;
1. Indicações TOC, depressão maior e transtorno de Gilles de La Tourette;
1. É ainda uma terapêutica de “exceção”, ou seja, somente após a falência de todos os outros tratamentos;
1. Aspectos éticos;
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