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biofilme boa higiene bucal biofilme não associado a doenças Biofilme cariogênico e microbiota associada a cárie dentária BEATRIZ CÂMARA DE OLIVEIRA TURMA 115 ODONTO Localização supragengival e pequena espessura Colonizadores Iniciais: Streptococcus oralis, S. sanguinis, S. mitis, Actinomyces spp Predomínio bactérias Gram-positivas (85%) e anaeróbias facultativas (75%). Equilíbrio biológico CÁRIE DENTÁRIA Latim Carie: “ apodrecimento, decomposição, destruição” Doença infecciosa crônica que ocasiona a desmineralização química, gradual e localizada da estrutura dentária, devido ao desequilíbrio fisiológico entre o mineral dentário e o fluido do biofilme. OBS: a lesão em si é um sinal ou sintoma da doença Cárie Dentária como Problema de Saúde distribuição universal problema de saúde pública no comapo da Odontologia Dentição decídua (5 anos): 2, 43 dentes com experiência de cárie Dentição permanente (12 anos): 2,07 dentes com experiência de cárie Dentição permanente(15-19 anos): 4,25 dentes com experiência de cárie Dentição permanente(35-44 anos): 16,75 dentes com experiência de cárie Dentição permanente(65-74): 27,53 dentes com experiência de cárie PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL 2010: Evidência da Cárie como uma Doença Infecciosa Cárie causada por “vermes que beliscavam os dentes” e nas lesões de cárie utilizar arsênio: 2700 a.C. até século XVIII. Galeno (Grécia antiga, séc.II): um efeito secundário da inflamação pulpar Anton Van Leeuwenhoek, 1683: estudos de biofilme 1820, Parmly: cárie causada por agente químico formado a partir de restos alimentares. 1835, Robertson: agentes químicos que destroem os dentes são ácidos da fermentação de alimentos. W. D. Miller (1890), “Pai da Microbiologia Oral”: TEORIA QUÍMICO PARASITÁRIA bactérias bucais convertem carboidratos da alimentação em ácido, o qual solubiliza o fosfato de cálcio do esmalte dentário = lesão de cárie Clarke, 1924: correlacionou o S. mutans do biofilme com a cárie. 1950 e 1960: Linha de pesquisa sobre cárie dentária experimental em animais livres de germes dente "ganha" constantemente esses íons do meio bucal = mineralização Animais isentos de germes não desenvolveram lesões de cárie nem ao receber altas concentrações de sacarose (Orland et al., 1954): "não há cárie sem bactéria" Estreptococos inoculados em hamsters cárie inativos e induziam cárie: isolado do biofilme (Fitzgersld, Jordan, Stanley, 1960) Os estreptococos cariogênicos são transmitidos de animal para animal Os estreptococos cariogênicos para os dentes de ratos e hamsters apresentavam algumas características: -Sacarolíticos: dependentes de carboidratos fermentáveis -Fortemente acidogênicos: quando fermentam carboidratos produzem ácido lático -Excessos de sacarose sintetizam e armazenam PEC saliva + biofilme = substratos de íons deslocamento dos íons de cálcio e fosfato: (hidroxiapatita biofilme e saliva) = lesão inicial de cárie ácidos determinam queda do pH < 5,5 = desequilíbrio no ecossistema pH 5,0 a 5,5 = crítico para o esmalte MICROBIOTA ASSOCIADA À CÁRIE DENTÁRIA ATIVIDADE ACIDOGÊNICA INTENSA ADERÊNCIA OU RETENÇÃO À SUPERFÍCIE DENTÁRIA PRODUÇÃO DE POLISSACARÍDEOS ACIDURICIDADE 1. 2. 3. 4. Requisitos Bacterianos de Cariogenicidade ATIVIDADE ACIDOGÊNICA INTENSA pH superior a 5,5 = saliva e o biofilme estão saturados de íons cálcio e fosfato carboidratos fermentáveis no biofilme + bactérias com metabolismo sacarolítico = ácidos rapidez e intensidade na fermentação do açúcar e produçãp de ácidos: impede a neutralização pela saliva Vários Streptococcus Actinomyces spp. Neisseria spp. Bifidobacterium Eubacterium Propionibacterium OBS: espécies do biofilme que produzem ácidos sem a intensidade necessária para baixar o pH para o pronto crítico do esmalte: Acidogênese Intensa: Estreptococos do grupo mutans: pH em torno de 4,0. Espécieis de Lactobacillus: pH em torno de 3,0. OBS: espécies do biofilme que produzem ácidos com a intensidade necessária para baixar o pH para o pronto crítico do esmalte: Bactérias devem produzir ácidos e concentrar ácidos em contato com a superfície dentária. Estreptococos do grupo mutans: superfície lisa: presença de sacarose. Lactobacillus: zonas retentivas ADERÊNCIA OU RETENÇÃO À SUPERFÍCIE DENTÁRIA PRODUÇÃO DE PEC E PIC Glucano Insolúvel: polímero de glicose formado a partir de excessos de sacarose. Glucano Insolúvel: estreptococos do grupo mutans consigam aderir e colonizar a superfície dentária. Nem todas as espécies que produzem glucano possuem receptores de superfície para aglutinar esse glucano. Estreptococos do grupo mutans possuem receptores GLUCANO SOLÚVEL dextranase GLICOSE ÁCIDO FRUTANO frutanase FRUTOSE ÁCIDO Testes com mutantes deficientes na produção de glicosiltransferase, na síntese glucanos e que não apresentam apresentam sítios para recepção do glucano: não demonstram capacidade cariogênica. Consistência gelatinosa do biofilme: concentração de ácidos, dificulta o ingresso da saliva no biofilme e a neutralização de ácidos PIC: Reservas de carboidrato armazenados intracelularmente por algumas algumas bactérias. PIC: glicogênio-pectina (sintetizado por fosfoglicomutases) S. mitis, S.salivarius, L. acidophilus, L.casei, Fusobacterium spp, Neisseria spp PIC: degradado nos períodos de escassez de açúcares no biofilme Acidogênese é mantida mesmo em jejum Capacidade de algumas bactérias sobreviver, metabolizar e crescer mesmo em pH ácido. S. mutans e S. sobrinus e Lactobacillus H+/ATPase: bombear ácidos indesejáveis para fora da célula A medida que o pH diminui bactérias não acidúricas vão perdendo essa capacidade. Se mantêm metabolicamente ativas espécies espécies acidúricas Números maiores de Estreptococos do grupo mutans e Lactobacillus resultariam na produção de mais ácido, produzido em taxas mais aceleradas aceleradas: desmineralização Mutantes não acidúricos de S. mutans não sobrevivem no pH ácido do biofilme cariogênico e não formam cáries. EGM preenche todos os requisitos de cariogenicidade para todos os locais do dente: superfície lisa do esmalte Altos números de S. mutans no biofilme e na saliva: alto risco de cárie (> 10 6 UFC/mL) A “ausência” de S. mutans é um indicador indicador mais forte de baixo risco de cárie. Acidúricos Acidogênicos Produz PIC Não Produz PEC Zona Retentiva ACIDURICIDADE Principais Micro-Organismos da cárie Coronária Streptococcus mutans e S. sobrinus Lactobacillus sp. 1. 2. STREPTOCOCCUS MUTANS Metabolismo dos carboidratos fermentáveis Produção de ácidos (acidogênicos) Crescimento em pH abaixo de 5,5 (acidúricos) Produz PEC (aderência) Produz PIC (reserva energética) LACTOBACILLUS Coco Gram negativo: biofilme supragengival Não é capaz de metabolizar carboidratos da dieta Usa lactato: converte em ácidos mais fracos Efeito protetor: in vitro OBS: PAPEL DE VEILONELLA SP. Microbiologia da Cárie Radicular Relacionada a população adulta e idosa 60% dos indivíduos com 60 anou ou + possuem cáries de raiz ou restaurações Idade avançada: recessão gengival Injúrias Mecânicas Cirurgias Periodontais Lesões semelhantes à cárie coronária O pH crítico do cemento/dentina é 6,2: mais susceptível a desmineralização Microbiota complexa: S. mutans, Lactobacillus, estreptococos não mutans, Candida, enterococos, Actinomyces, Bifidobacterium, gram negativas (Prevotella sp., Veilonella, Fusobacterium, Campylobacter). Actinomyces bactérias predominantes: A. naeslundii, A. odontolyticus, A. gerenseriae BIOFILME CARIOGÊNICO Dependência constante de sacarose A queda do pH: desequilíbrio ecológico: aumento número de espécieis acidúricas e acidogênicas (S. mutans, S. sobrinus, Lactobacilus). Flutuações no pH, podendo culminar com a desmineralização da estrutura dentária. HIPÓTESE DA PLACA ECOLÓGICA EM RELAÇÃO A ETIOLOGIA DA CÁRIE DENTÁRIA
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