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02.03.2020 – BÁRBARA XAVIER. MEDICINA UFRN 115. As estruturas de todas proteínas humanas são sintetizadas a partir de 20 aminoácidos com a mesma estrutura geral. Gr. carboxílico + gr. amino ligado ao carbono α (o átomo de carbono próximo ao grupo carboxilato) + cadeia lateral Em solução, os aminoácidos livres estão com o grupo amino positivo e o carboxílico negativamente. Em proteínas, estão em uma cadeia polipeptídica ligados por ligações peptídicas entre o ácido carboxílico de um e o grupo amino do seguinte. O carbono a é assimétrico e pode existir em configuração L ou D. Em mamíferos, só há na conformação L, representados com o grupo amino para esquerda caso a carboxila esteja para cima. Obs: glicina não é D ou L porque o carbono a tem dois hidrogênios, logo, não é assimétrico e, por seu tamanho, causa o menor impedimento estérico em uma proteína, ou seja, não tem um efeito significante sobre o espaço ocupado por outros átomos ou grupos. Cadeias laterais Os aminoácidos são agrupados conforme a polaridade ou estrutura da cadeira lateral. Elas determinam o padrão de dobramento da cadeia e como interagem com outros ligantes. Hidrofóbicos apolares: se agrupam para excluir a água no efeito hidrofóbico. Ex: alanina, valina, leucina, isoleucina, fenilalanina e metionina. Polares não-carregados: pontes de hidrogênio. Ex: serina, treonina, tirosina, asparagina e glutamina. Com sulfeto: pontes dissulfeto. Ex: cisteína. Cisteína livre em solução pode formar uma ponte dissulfeto com outra cisteína por oxidação espontânea das sulfidrilas, resultando na cistina, não muito hidrossolúvel. Ácidos negativos formam ligações iônicas com aminoácidos básicos positivos. Ex: aspartato e glutamato. Comportamento em solução ------ concentração de H+ -------- antes pK1 pKR pK2 g. amino + + + 0 carbox. 1 0 - - - carbox. 2 0 0 - - aminoác. +1 0 -1 -2 As carboxilas perdem seus prótons em um pH de cerca de 4, e assim, em um pH fisiológico estão negativos. Em proteínas, apenas as cadeias laterais dos aminoácidos e o grupo aminoterminal e o grupo carboxilterminal têm prótons dissociáveis (deles que dependem o pH). Todos os outros grupos carboxílicos e amino nos carbonos α estão unidos em ligações peptídicas que não têm prótons dissociáveis. 02.03.2020 – BÁRBARA XAVIER. MEDICINA UFRN 115. Possuem quatro níveis de organização estrutural, geralmente encontradas na terciária. Estrutura Primária Sequência de resíduos de aminoácidos na cadeia unidos por ligações peptídicas. A ligação peptídica natureza ressonante, com duas estruturas na qual uma possui uma ligação dupla – assim, os grupos carboxila e amina permanecem em um plano rígido. Contudo, rotação dentro de ângulos de torção permitidos pode ocorrer em torno das ligações ligadas ao carbono α. As cadeias laterais são trans entre si e se alternam acima ou abaixo da cadeia. Estrutura Secundária Aminoácidos estabilizadas por ligações de hidrogênio entre cada oxigênio carbonila e hidrogênio da amina, conformados em hélices a ou folha b. Hélice α: comum em globulares, transmembrana e ligadoras de DNA. Cada ligação peptídica é conectada por ligações de H a uma ligação peptídica quatro resíduos de aminoácidos adiante e quatro resíduos anteriores. Folhas B: as pontes de hidrogênio ocorrem entre regiões de fitas polipeptídicas separadas vizinhas alinhadas paralelamente entre si. Paralelas se as fitas correm na mesma direção e antiparalelas se em direções opostas. Há ainda as estruturas secundárias não regulares, sem um elemento repetitivo, como as dobras, alças e giros. Estrutura Terciária Padrão de dobramento dos elementos da estrutura secundária em uma conformação tridimensional. Pode ser dividida em domínios estruturais, regiões fisicamente independentes. Estabilizadas por diversas interações: ligações de hidrogênio, iônicas, dissulfeto, hidrofóbicas e íons metálicos. Pré-requisitos da estrutura tridimensional: função, ligação específica (sítios de ligação para sua função), flexibilidade e mobilidade, solubilidade ou lipofilicidade (depende do seu ambiente), estabilidade e degradabilidade (quando lesada ou não mais necessária). Estrutura Quaternária Algumas proteínas possuem, envolvem 2 ou mais cadeias polipeptídicas unidas por interações não covalentes – dímeros, caso duas; tetrâmeros, caso quatro; oligômeros, caso mais. Aumenta a estabilidade e pode estabelecer cooperação entre as subunidades ou formar sítios para moléculas maiores. Propriedades em solução Posição do R Capacidade tamponante Fatores que interferem na solubilidade: • Força iônica – adição de sal o salting in: proteína atrai o sal e esse ioniza a proteína, tornando-a mais solúvel ao atrair a água. o salting out: sal atrai a água, retirando a solvatação da proteína e, assim, precipitando-a. • Solventes orgânicos • Temperatura Desnaturação Biológicos: Aumento de temperatura, pH extremo. Demais: solventes orgânicos, compostos altamente polares, detergentes, reagentes redutores. Ao desnaturar, a conformação tridimensional nativa é alterada. 02.03.2020 – BÁRBARA XAVIER. MEDICINA UFRN 115.
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