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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE PROJETOS Resenha Crítica de Caso Marcos José Nichele Teixeira Trabalho da disciplina Gerenciamento de Stakeholders e Comunicações Tutor: Profª. Marília de Sant Anna Faria São José/SC 2021 2 UBER E STAKEHOLDERS: ADMINISTRANDO UMA NOVA FORMA DE ANDAR DE CARRO Referências: FOX D; KANTER R. M. Estudo de Caso. UBER E ESTAKEHOLDERS: administrando uma nova forma de andar de carro. Harvard Business School. 2017. O texto estudado aborda a trajetória da startup Uber e do funcionamento do negócio de carros executivos de aluguel por meio de seu aplicativo para smartphone, mostrando sua relação com os stakeholders, desde o seu lançamento, em 2010, apontando suas diferenças dos serviços de táxi e limusines, já existentes, principalmente no Estados Unidos da América, e sua repercussão ao redor do mundo. Até esta época o mercado de carros para transporte de passageiros era dominado pelos serviços de táxi e limusines, cada qual com suas particularidades e normas específicas. Os serviços de limusines, também chamados de livery, limo ou “carro preto”, ofereciam carros de luxo com mesas de trabalho, lanches e até entretenimento durante a viagem, tinham como público-alvo o turismo executivo e as empresas, com contratos e tarifação pré-definida. Os táxis, por sua vez, ofereciam serviços mais baratos, com carros mais simples e preços reduzidos, focando nos turistas e usuários comuns, com os carros podendo ser solicitados na rua ou via central telefônica. Ambos os serviços possuíam concorrência fragmentada e regionalizada, além de regras específicas. As exigências para liberação de atuação eram rígidas e caras, o que deixava as viagens com valores mais altos que o necessário. No caso das limusines, os serviços poderiam ser contratados pela internet, mas de forma limitada. Com a possibilidade de compartilhamento de dados em tempo real e geolocalização, a ascensão dos smartphones revolucionou este mercado. Diversas plataformas, com os mais diferentes intuitos começaram a surgir e, em 2009, foi fundada a UberCab, lançada no segundo 3 semestre de 2010 como o nome de Uber, a fim de se evitar uma possível vinculação aos serviços de táxi. Num primeiro momento foi lançado o seguimento UberTaxi, por ser um modelo de transporte já existente, mas logo em seguida, em 2012, surgiu o UberX, que visava proporcionar a conexão entre passageiros e motoristas amadores, podendo assim gerar viagens mais baratas e de rápido acesso. Como incentivo aos motoristas ao uso do aplicativo, a plataforma oferecia um valor múltiplo acrescido à sua tarifa-base nos horários de maior demanda, evitando assim a queda na oferta de serviços. Com o desenvolvimento da plataforma foi implementada a categoria UberBlack, que oferecia carros mais luxuosos e tarifas um pouco mais altas, ampliando o público-alvo para classes sociais mais elevadas. Uma vez que os motoristas não eram profissionais, uma forma de manter a qualidade dos serviços prestados era o sistema de avaliações ao término de cada corrida contratada, tanto por parte dos passageiros quando dos prestadores de serviços. Isso fazia com que avaliações excluíssem o cadastro de ambos os lados. A crescente busca por carros via aplicativo e consequentemente queda na utilização dos táxis e limusines gerou grande descontentamento pelos motoristas profissionais, gerando atrito e forte resistência em diversas localidades. Protestos e boicotes pressionaram os poderes públicos a moldarem a legislação e criarem regras específicas para este tipo de prestação de serviços, uma vez que já havia campanhas dos usuários nas redes sociais a favor da plataforma. Isso deixou claro que a startup tinha sido bem aceita pelos seus principais stakeholders e sua política de gestão estava surtindo o efeito desejado. Em 2015 a Uber passou por uma reestruturação de sua imagem pública, visando ampliar sua aceitação, aceitando as regras impostas, modificando seus padrões e buscando minimizar os atritos com outros nichos. A esta altura e empresa já atuava em 311 cidades ao redor do mundo, sendo 181 somente em território estadunidense, além de outros 58 países, com mais de 1 milhão de motoristas cadastrados. Em dezembro de 2014 a empresa foi avaliada em US$41 bilhões pelos investidores, mostrando todo o potencial que estava sendo desenvolvido e as grandes oportunidades que estavam sendo geradas. Mesmo com a rápida valorização e o crescimento acelerado a startup vinha percebendo que a visão de seus stakeholders não estava totalmente alinhada a visão da empresa. Usuários e motoristas insatisfeitos, casos de assédio e agressão, falhas na segurança e diversos outros 4 pontos precisariam ser tratados com mais atenção a fim de que todos pudessem usufruir dos serviços sem medo e com o conforto proposto inicialmente. Em suma, a tecnologia trouxe facilidade, praticidade e rapidez para o dia a dia, mas com ela também surgiram novos desafios e a exigência de uma capacidade de resolução de problemas cada vez mais rápida. É notável a evolução da Uber, desde seu lançamento, em 2010, da mesma forma que sua agilidade em se adaptar às rápidas mudanças que a atual sociedade sofre. Por este motivo, para continuar crescendo, a gestão dos stakeholders precisa estar sempre alinhada, a fim de se evitar o descontentamento e uma possível queda na qualidade dos serviços oferecidos.
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