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Resumo de Cinomose

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Vírus e Viroses
Cinomose
Contato Para Resumos: (21) 99391-8195
Desirée Rosa - @medvet.desiree ou desiree.medvet@gmail.com
A Família Paramyxoviridae está dentro da ordem Mononegavirales. 
· Respirovirus: vírus Sendai
· Henipavirus: vírus Hendra
· Morbilivirus: vírus do sarampo e da cinomose
· Avulavirus: vírus da doença de New Castle
· Rubulavirus: vírus da caxumba
· Vírus TPMV-like: vírus Tupaia
A cinomose pertence à família Paramyxoviridae, subfamília Paramyxovirinae, gênero Morbilivirus. É um vírus esférico (150 a 300nm), é envelopado com uma espícula H (proteína HN, capacidade do vírus de neuroinvasividade), espícula F (atuação junto com a HN), possui nucleocapsídeo helicoidal, genoma de RNA de fita simples. Possui 1 tipo antigênico. A cinomose é enzoótica no mundo inteiro. É mais frequente em cães jovens não vacinados, porém, existem as falhas vacinais, esquemas de vacinação inadequados e vacinas comerciais de baixa qualidade, que causam a doença no animal mesmo em cães vacinados.
Patogenia 
O vírus da cinomose tem tropismo por sistema nervoso. O tropismo viral é determinado pela presença de receptores na membrana das células hospedeiras, os quais interagem especificamente com proteínas – antireceptores – virais, possibilitando a entrada do agente infeccioso no citoplasma. O vírus penetra pelo trato respiratório de forma direta ou indireta. Nas amigdalas e linfonodos, faz a primeira replicação. Atinge a corrente sanguínea e se dissemina para outros sistemas. As apresentações clínicas aparecem quando chegam a lugares como conjuntiva, pele, coxins, etc. As vias de eliminação variam conforme os tecidos em que o vírus alcança. É um vírus com grande potencial de contaminação. As fases se dividem em:
· Fase aguda neurológica: o vírus encontra os astrócitos e os destrói. Chega aos oligodendrócitos, danificando a bainha de mielina, ocorrendo a desmienilização, deixando o neurônio desprotegido. É nessa fase aguda que o vírus mais ataca o SNC.
· Fase crônica neurológica: é mais amena que a fase aguda. O vírus não se encontra mais no SNC, deixando apenas a resposta inflamatória causada pelos linfócitos T e B.
Sinais Clínicos e Transmissão
É caracterizada por: febre difásica, anorexia, depressão, sinais respiratórios, pode evoluir para sinais gastroentéricos, desidratação, exantema cutâneo, sinais nervosos (mioclonais), hiperqueratose de coxim plantar e focinho. A infecção grave do SNC causa encefalite e desmielinização associada ou não com manifestações sistêmicas. Ocorre inflamação da substancia cinzenta do cérebro e cerebelo. A forma crônica (cães de 3 a 8 anos) é restrita ao SNC, observa-se hipersalivação, mioclonias, tremores, incoordenação, diminuição dos reflexos pupilares, paresia dos posteriores e tetraplegia.
A transmissão se dá por contato direto, secreções orais, urina e fezes. Os aerossóis (fonte primária de infecção) são a disseminação a curtas distâncias. Também pode ser por fômites contaminados, ambiente nosocomial (ambiente hospitalar) e excreção do vírus nos fluidos corporais por períodos prolongados. A maioria dos cães infectados não desenvolve a forma clínica. Apesar de ter 1 tipo antigênico, existem várias amostras de vírus com vários níveis de patogenia. O vírus vai se desenvolver de acordo com a idade do hospedeiro, status imunológico, nutricional e presença de infecções secundárias (que causa a manifestação de diferentes formas clínicas).
Sensibilidade
É resistente em pH 4,4 a 10,4 e é destruído a 60ºC em 30 minutos, 25º em 48h e 5º em 14 dias. São inativados por derivados de quarternários de amônia e fenol. Seus hospedeiros são os canídeos, roedores (furão), leões e pandas. O isolamento e propagação é feito em cultura de células primária renal de cães e furão. 
Diagnóstico
O diagnóstico clínico é feito pela observação de lesões cutâneas, doença respiratória e sinais neurológicos. O diagnóstico laboratorial é por isolamento de cães/furões, linfopenia e histopatologia dos corpúsculos de Lentz (essa alteração só acontece na fase inicial da doença, então pode não encontrar no exame, dependendo da fase) e células sanguíneas, neurônios e bexiga (post-mortem). O diagnóstico laboratorial também pode ser por demonstração de antígeno viral IF ou IP; RT-PCR de células mononucleares do sangue, esfregaço de secreção, conjuntiva e sedimento urinário. A sorologia pareada é feita por conversão sorológica e ELISA que detecta o IgM.
O corpúsculo de Lentz é visto no sangue periférico, na fase inicial da doença, nos neutrófilos.
Controle e Profilaxia
Quanto ao controle, é feito por medidas sanitárias como vacina com o vírus atenuado e vacina com vírus inativado, esquema de vacinação e medidas higiênicas.
Questionário
1) A cinomose é causada por um Paramixovírus e causa sintomatologia multissistêmica. Apresenta intenso contágio entre animais suscetíveis e quadros severos. Sobre esta doença, assinale a alternativa correta:
a) O vírus da cinomose é envelopado e muito resistente ao meio ambiente.
b) O quadro clínico independe da idade do animal, do estado imunológico e da cepa do vírus.
c) Assim como na raiva, os cães infectados apenas eliminam o vírus pela saliva.
d) Possui distribuição mundial, e afeta apenas os cães, sem oferecer riscos a outros canídeos.
e) A fonte primária de exposição é o aerossol, e o tratamento baseia-se na terapia de suporte e os animais acometidos apresentam prognóstico reservado.
2) A cinomose canina é uma doença altamente contagiosa de cães que apresenta distribuição mundial, caracterizada por uma infecção generalizada que envolve vários sistemas e órgãos. Considerando o vírus da cinomose canina, é correto afirmar que:
a) A doença foi descrita pela primeira vez em 1926, quando surtos graves foram relatados na Inglaterra e no Oriente Médio.
b) O vírus da cinomose canina é um vírus do gênero Morbilivírus e subfamília Pneumovirinae que produz uma infecção multisistêmica e mortalidade variável.
c) O Morbilivírus causa uma infecção grave no trato respiratório superior dos cães, com coriza e inchaço dos seios, sendo a doença conhecida como síndrome da cabeça inchada.
d) A confirmação laboratorial é realizada somente por meio do isolamento viral e o teste de inibição da hemoaglutinação, usando antissoro específico, confirmando a presença de cinomose.
e) Em populações urbanas de cães, o vírus é mantido pela infecção em animais suscetíveis, dissemina-se rápido entre cães jovens, normalmente de três a seis meses, idade em que a imunidade materna declina.
3) A cinomose canina é uma doença infecciosa que afeta cães, tendo como característica o envolvimento de vários sistemas orgânicos do animal afetado. A respeito de cinomose canina, assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) Devido ao tropismo do agente pelo epitélio vesical, é comum cães doentes apresentarem hematúria.
b) Um dos sinais clínicos iniciais da doença é a secreção nasal e ocular, variando de serosa a mucopurulenta, seguida de tosse seca e ocasionalmente tonsilite.
c) Os sinais cutâneos observados são hiperqueratose dos coxins plantares e espelho nasal, além de dermatite pustular na região abdominal ventral.
d) Cães que sobrevivem a infecção branda antes da erupção dos seus dentes permanentes frequentemente apresentam superfícies dentárias irregulares e descoloração marrom, devido à hipoplasia do esmalte.
e) As convulsões podem ser de qualquer tipo, dependendo da região do cérebro afetada e, em casos graves, pode haver malácia.
Gabarito
1) Letra E.
2) Letra E.
3) Letra A. O vírus da cinomose apresenta tropismo pelas células do sistema nervoso.

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