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Nome: Gabriel Silva Andrade R.A. : 22100141 Turma: A Texto: MELLO, Leonel Itaussu Almeida. “John Locke e o individualismo liberal” em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995. Pp. 81-89. No presente texto, o autor Leonel Mello começa fazendo uma apresentação da Revolução Inglesa. O século XVII foi marcado pela disputa entre a Coroa (absolutista) e o Parlamento (liberal). Esse conflito também migrou para o âmbito religioso, com lutas entre católicos, anglicanos, presbiterianos e puritanos. Em 1640 começou a Revolução Puritana, uma série de conflitos entre o rei Carlos I e o parlamento, que acabou com sua morte em 1649 por Oliver Cromwell. Cromwell foi o responsável por implementar a república na Inglaterra, mas após sua morte em 1658, seu filho assumiu o poder, mas não conseguiu ficar muito tempo no cargo e houve a volta da monarquia com Carlos II. Em 1688 a Revolução Gloriosa assinalou o triunfo do liberalismo político sobre o absolutismo e, com a aprovação do Bill of Rights em 1689, assegurou a supremacia legal do Parlamento sobre a realeza e instituiu na Inglaterra uma monarquia limitada.(MELLO,1995, pp. 81-82) O autor do texto então nos apresenta John Locke. Além de filósofo, John Locke (1632-1704) era formado em medicina. Em 1666 foi trabalhar como médico e conselheiro do lorde Shaftesbury, de quem recebeu grande influência na sua formação liberal. Por Shaftesbury ser um grande opositor de Carlos II, ele e Locke tiveram de se refugiar na Holanda. Locke só retorna após a Revolução Gloriosa. (Ibidem, p. 83) Locke é o fundador do empirismo (teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento sobre o mundo vem apenas da experiência sensorial) e da teoria da tabula rasa (todas as pessoas nascem sem conhecimento algum e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da experiência). Podemos enxergar a teoria da tabula rasa como uma crítica à Platão e Descartes, que diziam que o homem já nasce com ideias, princípios e noções ao invés de adquiri-los ao longo da vida. (Ibidem, pp. 83-84) Aristóteles dizia que a sociedade surge primeiro que o indivíduo, mas para Locke, era o indivíduo que surgia antes da sociedade. Segundo Locke, no princípio os homens viviam no estado de natureza, que era um estado de paz, harmonia e conciliação, mesmo estado no qual ainda vivem determinadas tribos indígenas isoladas do mundo moderno. (Ibidem, p. 85) A teoria da propriedade de Locke diz que, por a propriedade já existir antes do surgimento do indivíduo, ela é um direito natural do indivíduo e que não pode ser violado pelo Estado. (Ibidem, p. 86) O contrato social de Locke nada mais é do que um acordo que os indivíduos firmaram entre si para formar uma sociedade política ou civil a fim de preservar seus direitos (direito à vida, à liberdade, e à propriedade). (Ibidem, pp. 87-88) Após se estabelecer o estado civil, a comunidade deve escolher uma determinada forma de governo: monarquia (ser governada por um), oligarquia (ser governada por poucos), ou democracia (ser governada por muitos). Para Locke, independente do governo que a comunidade escolher, ele deve ter como principal finalidade a conservação da propriedade. (Ibidem, pp. 88-89) Segundo Locke, se o governo violasse os direitos (liberdade, vida e propriedade) dos indivíduos, os governados teriam o direito de resistência, podendo recorrer ao uso da força para a deposição do governante. (Ibidem, pp. 89-90) O autor conclui o texto citando as diversas influências de John Locke ao redor do mundo: revolução norte-americana, filósofos iluministas franceses como Voltaire e Montesquieu, e a posteriori a justificação moral, política e ideológica para a Revolução Gloriosa. (Ibidem, p. 91)
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