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Hemograma HEMOGRAMA COMPLETO: é o exame utilizado para avaliar as três principais linhagens de células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas; - Ele é utilizado para o diagnóstico de várias doenças, incluindo anemia, infecções e leucemia; - Um dos exames de triagem mais requisitado na prática; - Podemos avaliar também o funcionamento adequado da medula óssea (que produz as células sanguíneas) e o processo de diferenciação e maturação das células hematopoiéticas; COMO É REALIZADO: tubo com EDTA (anticoagulantes que mantem as características morfológicas das células), realiza-se o esfregaço na lâmina e logo após a analise da quantidade e características das células; HEMATOPOIESE: é o processo pelo qual são formadas as células do sangue; - Ela abrange todos os fenômenos relacionados com a origem, a multiplicação e a maturação de células primordiais ou precursoras das células sanguíneas; - Apesar de serem distintas umas das outras, as linhagens sanguíneas são oriundas de uma célula-mãe única, denominada célula pluripotente, toipotente, stem–cell ou célula-tronco; SANGUE: é um tecido líquido formado por diferentes tipos de células suspensas no plasma; - Ele circula por todo nosso corpo, através das veias e artérias; - As veias levam o sangue dos órgãos e tecidos para o coração, enquanto as artérias levam o sangue do coração para os órgãos e tecidos; - Os eritrócitos, leucócitos e plaquetas são chamados elementos figurados do sangue. Esses elementos constituem 45% do volume do sangue, enquanto o plasma constitui 55% do seu volume; - Uma pessoa saudável apresenta um volume total de sangue de, aproximadamente, 7% do seu peso corporal; - O sangue apresenta diversas funções no corpo, garantindo, por exemplo: transporte de nutrientes, transporte dos gases respiratórios, transporte de resíduos do metabolismo, defesa e imunidade por meio da ação dos leucócitos, coagulação sanguínea por meio da ação das plaquetas, etc.; SÉRIE VERMELHA: as hemácias são células sanguíneas que se destacam por seu formato de pequeno disco bicôncavo contendo uma grande quantidade de hemoglobina, pigmento responsável pelo transporte de oxigênio; - O tempo médio de vida de uma hemácia é de 120 dias. Após esse período, ela é destruída no baço, onde aproximadamente dez milhões de hemácias são destruídas por segundo; - Reticulócitos são eritrócitos (ou hemácias) imaturos, recém-emitidos na circulação sanguínea; SÉRIE BRANCA: os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são células incolores que atuam principalmente na defesa do corpo, protegendo-o contra organismos invasores e desencadeando respostas imunológicas; - São os elementos figurados encontrados em menor quantidade no sangue; PLAQUETAS: são estruturas sanguíneas que, diferentemente das hemácias e leucócitos, não são células, mas, sim, fragmentos citoplasmáticos; - Participam da cascata de coagulação, liberando substâncias importantes que garantem a formação de um coágulo; ERITROGRAMA: é a primeira etapa de análise do exame, nela são analisados/avaliados os valores dos glóbulos vermelhos; · Hemácias (HM): Os valores baixos de hemácia podem indicar casos de anemia normocítica, Entre as possíveis causas estão: Traumatismo, Deficiências enzimáticas, Deficiência nutricional, lesões da medula óssea, doenças inflamatórias crônicas; Já valores altos são denominados eritrocitose e podem significar Policitemia, o oposto da anemia. Nesse caso, a espessura do sangue pode aumentar, reduzindo a velocidade da circulação. · Hemoglobina (HB): é um dos componentes das hemácias e é responsável pelo transporte de oxigênio, também pigmenta o sangue; Alta: Policitemia, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares e em altitudes elevadas; Baixa: Gravidez, anemia por deficiência de ferro, anemia megaloblástica, talassemia, câncer, desnutrição, doença hepática e lúpus; · HT ou HCT – Hematócrito: Representa a porcentagem do volume ocupado pelas hemácias no volume total de sangue. Alto: Desidratação, Policitemia e choque; Baixo: Anemia, perda excessiva de sangue (hemorragia), doença renal, deficiência de ferro e de proteínas, desnutrição e sepse; · VCM ou Volume Corpuscular Médio: mede o tamanho das hemácias, que pode estar aumentada em alguns tipos de anemia, como por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, alcoolismo ou alterações na medula óssea. Baixo: Anemia por falta de ferro, uremia, infecções crônicas, talassemia menor, anemia de origem genética; Alto: Anemia megaloblástica, anemia perniciosa, consumo exagerado de álcool, síndromes mielodisplásicas, hipotiroidismo, hemorragias; · HCM ou Hemoglobina Corpuscular Média: indica a concentração total de hemoglobina através da análise do tamanho e coloração da hemácia; Baixo: indica-se que há menos hemoglobina dentro das hemácias, de forma que elas ficam mais claras (quadro chamado de hipocromia), pode ser: Artrite reumatoide, anemia ferropriva, anemia falciforme, anemia sideroblástica, talassemia; Alto: indicam que a hemoglobina está mais elevada dentro das hemácias, fazendo com que elas fiquem mais escuras (quadro chamado de hipercromia), pode ser: Doença hepática crônica, deficiência de ácido fólico, consumo exagerado de álcool, deficiência de vitamina B12, mielodisplasia, esferocitose, hipotireoidismo; · CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média): avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia; Alto: denomina-se hipercrômica, indicando níveis de hemoglobina além do normal. Os possíveis casos mais comuns incluem: consumo exagerado de álcool, alterações na tireoide; Baixo: pode aparecer como hipocrômica, indicando pouca hemoglobina nas hemácias, sendo que as possíveis causas incluem: anemias, cirrose, leucemia, insuficiência renal, hipotireoidismo, distúrbios na coagulação do sangue, uso de alguns medicamentos como para tratamento da AIDS; · RDW (Amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos): é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias; Alto: elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando, pode ser: carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal; Baixo: as possíveis causas podem ser alguma doença crônica, como doenças do fígado ou problemas renais; LEUCOGRAMA: a segunda etapa de análise do exame representa os valores de glóbulos brancos; - Importante para ajudar a verificar a imunidade da pessoa e como o organismo consegue reagir a diferentes situações, como infecções e inflamações, por exemplo; - Quando a concentração de leucócitos está elevada, a situação é denominada leucocitose, e o inverso, leucopenia. · Neutrófilos: é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos circulantes e são especializados no combate a bactérias e vírus; Alto: Infecções, inflamação, câncer, trauma, estresse, diabetes ou gota; Baixo: Falta de vitamina B12, anemia falciforme, uso de esteroides, pós cirurgia ou púrpura trombocitopênica; · Eosinófilos: quando seus valores estão elevados, indica casos de processos alérgicos ou parasitose; Alto: Alergia, verminoses, anemia perniciosa, colite ulcerativa ou doença de Hodgkin; Baixo: Uso de betabloqueadores, corticoides, estresse, infecção bacteriana ou viral; · Basófilos: encontrado somente até 1% em pacientes considerados saudáveis, acima desse valor pode indicar processos alérgicos e inflamações crônicas; Alto: Após retirada do baço, leucemia mielóide crônica, policitemia, catapora ou doença de Hodgkin; Baixo: Hipertireoidismo, infecções agudas, gravidez ou choque anafilático; · Linfócitos: predominante em crianças, quando é presente, em alto nível, em adultos, pode indicar infecções virais ou, em casos mais raros, leucemia; Alto: Mononucleose infecciosa, caxumba, sarampo e infecções agudas; Baixo: Infecção ou desnutrição; · Monócitos: são ativados tanto em processos virais quanto bacterianos; Alto: Leucemia monocítica, doença de armazenamento lipídico, infecção por protozoários ou colite ulcerativa crônica Baixo: Anemia aplásica; PLAQUETAS: Valoresde plaqueta muito abaixo dos normais, denominado trombocitopenia, podem representar risco de morte, já que o paciente fica suscetível a sangramentos espontâneos. Seus valores altos são chamados de trombocitose; - A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não se encontra sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele); - Quando um tecido é lesado, as plaquetas são encaminhadas para o lugar da lesão, agrupando-se como uma forma de tampão, que permite que o ferimento estanque sem perder muito sangue;
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