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Nutrição-UFGD Índice: • Avaliação da sarcopenia. • Espessura do músculo adutor do polegar (EMAP). • Índice de conicidade. É a medida na maior proeminência da musculatura da panturrilha do paciente em pé, com as pernas relaxadas e pés afastados 20 cm um do outro. O indivíduo pode estar sentado ou deitado em posição supina com o joelho flexionado a um ângulo de 90°. Fazer a medição na parte de maior diâmetro da panturrilha. Pontos de corte (Barbosa-Silva et al., 2016): • ≤ 34 cm homens; • ≤ 33 cm mulheres. Na presença edema descontar: • Homens: -2 cm; • Mulheres: -1,6 cm PERSPECTIVAS FUTURAS Indivíduos com a mesma quantidade de músculo e IMC diferentes – CP diferentes – Dados NHANES 1999 – 2006 – Adultos: Fatores de ajuste: Originalmente foi definida como a diminuição da massa muscular relacionada ao envelhecimento. Ao longo da última década, tornou-se um termo mais abrangente, regularmente usado para definir a perda de massa e força muscular relacionadas à idade (Alexandre, et al., 2018). Processo progressivo e generalizado: • ↓ Massa muscular; • ↓↓ Força muscular. Nutrição-UFGD Desfechos clínicos: quedas, fraturas, inabilidade física, mortalidade. EUROPEAN WORKING GROUP O SARCOPENIA IN OLDER PEOPLE (EWGSOP2) A sarcopenia é considerada uma doença muscular (insuficiência muscular), na qual a baixa força muscular é o determinante principal para disparar o gatilho da investigação diagnóstico. A definição atual da sarcopenia elo EWGSOP2 é: FATORES ASSOCIADOS À SARCOPENIA Idade: perda de massa muscular. Doença: • Falha orgânica, câncer maligno; • Osteoartrite, desordens neurológicas. Inatividade: • Mobilidade limitada ou confinamento ao leito; • Inatividade física. Desnutrição: • Má-nutrição ou má-absorção; • Medicamentos para anorexia; • Obesidade. SARC-F Questionário de 5 itens que é autorrelatado pelos pacientes como uma triagem para o risco de sarcopenia. Resultado ≥ 4 é preditivo de sarcopenia. SARC-F + CC – SARC-CALF CC são as inicias para calf circunference – ou, em português, circunferência da panturrilha. Força muscular: • Força de preensão manual; • Teste de sentar e levantar. Quantidade muscular: • Tomografia computadorizada; • DXA/BIA/CP/equação. Qualidade muscular: • TC – ângulo de fase BIA. • Performance física: velocidade da marcha. Nutrição-UFGD FORÇA DE PREENSÃO MANUAL • Dinamometria manual. • Teste simples e objetivo; • Custo. • Dinamômetro ou “Handgrip” Instruir o indivíduo quanto ao uso de dinamômetro, explicando e demonstrando o posicionamento correto e a necessidade de apertar a manopla com a máxima força: • 1° Passo: indivíduo deve estar sentado, com quadris e joelhos a 90° de flexão, ombro aduzido junto ao tronco, cotovelo flexionado a 90° com o antebraço em posição neutra (entre pronação e supinação) e punho entre 0° e 30° de extensão e 0° a 15° de desvio ulnar; • 2° Passo: o indivíduo deve ajustar o dinamômetro para que caiba confortavelmente ao tamanho da mão e seja obtido o melhor desempenho; • 3° Passo: o indivíduo deve posicionar a mão de fora que o polegar fique ao redor de um lado da manopla (por trás) e os outros quatro dedos ao redor do outro lado da manopla (pela frente). • 4° Passo: antes das medidas oficiais, deve-se realizar uma sessão de aquecimento para que o indivíduo conheça o instrumento e os procedimentos, escolhendo o melhor ajuste; • 5° Passo: realizar as medidas oficias, iniciando pela mão direita. O indivíduo deve apertar a manopla do dinamômetro com sua força máxima, em resposta a um comando de voz; • 6° Passo: após as seis medidas (três em cada mão de forma alternada), considerar o maior valor (kgf) obtido. Pontos de corte considerados pelo Consenso Europeu de Sarcopenia (2019) para baixa força de preensão manual: TESTE DE SENTAR-LEVANTAR DA CADEIRA Pode ser usado como um substituto para as forças dos músculos das pernas (grupo de músculos quadríceps). O movimento de sentar e levantar é considerado pré- requisito fundamental para a mobilidade e a independência funcional. Ferramenta útil e com baixo custo. Mede o tempo consumido para levantar-se cinco vezes, o mais rapidamente possível, a partir de uma posição sentada – sem a ajuda das mãos. Teste de sentar-levantar da cadeira: • 1° Passo: avalie a segurança e adequação do participante para realizar os testes. Se achar que ele está muito instável ou fraco, não executar o teste; • 2° Passo: realize as orientações como proceder ao teste. A cadeira não deve estar encostada na parede. Deixe um espaço livre de 1,5 m ao redor da cadeira. Três tentativas em cada mão, de forma alternada, com um período de contração máxima contínua de três segundos. Deve haver um período de descanso de pelo menos um minuto entre as tentativas da mesma mão. Nutrição-UFGD • O indivíduo não deve estar com as costas apoiadas nos encostos da cadeira. Os pés devem estar na a largura dos ombros e os cruzados em direção aos ombros. • 3° Passo: o indivíduo deve levantar (estendendo toda a perna) e sentar o mais rápido que conseguir pro cinco vezes. Não se deve apoiar as costas no encosto da cadeira a cada repetição. • É importante demonstrar o teste ao indivíduo. Em seguida, solicitar para que o mesmo faça um teste a fim de compreender as etapas. Perguntar se está pronto. • 4° Passo: inicie o teste por meio de um comando de voz e dispare seu cronômetro. Conte em voz alta o número de repetições que o indivíduo realizou. • 5° Passo: para o cronômetro depois de completar a quinta repetição. Pare também se o indivíduo começar a usar os braços para se apoiar; se, após um minuto, não tiver concluído o teste; ou se você estiver preocupado com a segurança do mesmo. Registre a presença de desequilíbrio, caso houver. Pontos de corte de sarcopenia – homens e mulheres: • > 15 segundos para 5 subidas. Quantidade ou massa muscular: Pode ser estimada por uma variedade de técnicas. A quantidade de músculo pode ser relatada como: • Massa muscular esquelética corporal total; • Massa muscular esquelética perpendicular. Área de seção transversal muscular de grupos musculares específicos ou localizações corporais. Dual-energy X-ray absorptiometry (DXA) Tomografia computadorizada (TC): • 3° vertebra lombar (L3): músculos psoas, músculos do meio da boca. Formas alternativas: • Bioimpedância; • Circunferência da panturrilha. Estimativa da massa muscular apendicular usando a CP: QUANTIDADE MUSCULAR Pontos de corte considerados pelo Consenso Europeu de Sarcopenia (2019) para baixa quantidade de massa muscular esquelética apendicular. QUALIDADE MUSCULAR Termo relativamente novo. Refere-se a mudanças micro e macroscópicas na arquitetura e composição muscular e à função. Nutrição-UFGD Definida como uma função de todo o corpo, relacionada à locomoção. Conceito multidimensional que envolve não apenas os músculos, mas também a função nervosa central e periférica, incluindo o equilíbrio. Formas de avaliação: • Velocidade de marcha de 4 metros; • Short Physical Performance Battery (SPPB); • Teste Timed Up and Go (TUG); • Teste de caminhada de 400 metros. Velocidade de marcha de 4 metros: • 1° Passo: explique o teste para o indivíduo, certificando-se que o mesmo tem condições de saúde suficientes para realizar este procedimento. Se achar que ele está muito instável ou fraco, não executar o teste; • O indivíduo deve caminhar de um ponto a outro, determinado por cones e linhas no chão, em sua velocidade usual; • Colocar um pé ao lado do outro, logo atrás da linha demarcada. Após um comando de voz, o indivíduo deve iniciar a marcha e passar pelo cone do outro ladodo percurso, antes de parar. Repetir o teste por duas vezes; • 2° Passo: exemplificar o teste ao indivíduo; • 3° Passo: pedir ao indivíduo para se posicionar corretamente, relembrando o protocolo. Perguntar se há alguma dúvida; • 4° Passo: conferir se o indivíduo se posicionou com os pés juntos, um ao lado do outro, atrás da linha demarcada no chão; • 5° Passo: após um comando de voz, você deve iniciar o cronômetro e o indivíduo deve executar o teste, parando o cronômetro somente após o avaliado cruzar a linha do outro lado de percurso. Pontes de corte considerados pelo Consenso Europeu de Sarcopenia (2019) para baixa performance física: Pontos de corte considerados pelo Consenso Europeu de Sarcopenia (2019) para diagnóstico de sarcopenia: Espessura do músculo adultos do polegar (EMAP): • Tem sido proposta como uma técnica nova de avaliação do estado nutricional; • Único músculo que pode ser medido diretamente (com pouco tecido adiposo subcutâneo); • Ferramenta simples; • Não invasiva; • Rápida e de baixo custo; • Útil para avaliação do conteúdo muscular corporal; • Estudos mostram que a EMAP pode ser uma boa medida alternativa para a massa muscular total. EMAP: • 1° Passo: o indivíduo deve estar sentado, com os pés no chão, o braço flexionado à aproximadamente 90° com o antebraço e as mãos relaxadas apoiadas sobre o joelho; • 2° Passo: utilizar um plicômetro para pinçar o músculo adultos no vértice de um triângulo imaginário formado pela extensão do polegar e indicador. O procedimento deverá ser feito em ambas as Nutrição-UFGD mãos por três vezes sendo usada a média como medida da EMAP; Pontos de corte para espessura do músculo adutor do polegar em indivíduos saudáveis: O chamado índice de conicidade caracteriza-se como mais uma opção antropométrica direcionada a oferecer informações sobre o perfil de distribuição da gordura corporal. Esse índice baseia-se no pressuposto de que o perfil morfológico do corpo humano, ao apresentar maior concentração de gordura a região central, apresenta um formato parecido com um duplo cone com uma base comum, ao passo que, ao apresentar menores quantidades de gordura na região central do corpo, apresenta aparência similar a um cilindro. A principal vantagem do uso do índice de conicidade, em comparação com a razão cintura/quadris, é que, em tese, este deverá apresentar maior sensibilidade para a análise do padrão de distribuição de gordura, considerando a provável variação conjunta das medidas do perímetro da cintura e do quadril durante o processo de maior acúmulo e de redução da gordura corporal. Além do mais, essas medidas permitem comparações imediatas do padrão de distribuição de gordura corporal do avaliado que apresentam diferentes medidas do peso corporal e da estatura. Por outro lado, apesar de valores elevados no índice de conicidade estarem fortemente associados aos fatores de risco predisponentes às doenças cardiovasculares e metabólicas que outros indicadores antropométricos de obesidade abdominal, a limitação importante relacionada ao seu uso refere-se à falta de indicadores referenciais direcionadas à identificação do risco para a saúde. Nesse particular, até então se tem sugerido adotar valores próximos de 1,00 (perfil morfológico similar ao de um cilindro perfeito) como indicativo de baixo risco para o aparecimento e o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares e metabólicas. Em contrapartida, valores próximos de 1,73 (perfil morfológico similar ao de um duplo cone perfeito) como indicativo de elevado risco para o aparecimento e o desenvolvimento de disfunções cardiovasculares e metabólicas. Na tentativa de exemplificar a sequência de cálculos a ser empregada na avaliação do padrão de distribuição de gordura corporal mediante indicadores antropométricos, supõe-se, hipoteticamente, um avaliado de 46 anos de idade, do sexo masculino, com as seguintes dimensões antropométricas: • Estatura: 176,0 cm • Peso corporal: 84,2 kg • Perímetro da cintura: 104,5 cm • Perímetro dos quadris: 106,7 cm Por meio da análise da razão cintura/quadris (0,98), considera-se que a distribuição de gordura apresentada pelo sujeito considerado constitui-se em alto risco para a saúde. Com relação ao índice de conicidade, o valor encontrado (1,39) está em posição intermediária (variação teórica esperada entre 1,00 e 1,73). A situação preocupante em relação à medida do perímetro de cintura se confirma ao se comparar a medida observada (104,5 cm) com o ponto de corte previamente estabelecido (102 cm) para o aumento da incidência de disfunções crônico-degenerativas. Nutrição-UFGD Algumas imagens e referências de técnicas, assim como as traduções do Consenso Europeu de Sarcopenia foram gentilmente cedidas pelo professor Ricardo Fernandes MALMSTROM, T. K. et al. SARC-F: a symptom score to predict persons with sarcopenia at risk for poor functional outcomes. Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, v. 7, p. 28–36, 2016. MUSSOI, T. D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. LAMEU, E. B. et al. Adductor pollicis muscle: a new anthropometric parameter. Revista do Hospital das Clinicas, v. 59, n. 2, p. 57-62, 2004. NIH. National Institute on Ageing. Short Physical Performance Battery (SPPB). Assessing Physical Performance in the Older Patient. 2014. SANTOS, L. P. et al. New Prediction Equations to Estimate Appendicular Skeletal Muscle Mass Using Calf Circumference: Results From NHANES 1999-2006. JPEN Journal of Parenteral and Enteral Nutrition, 2019.
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