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Profetas Menores - Livro III - Ageu, Zacarias, Malaquias

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Ageu, Zacarias e Malaquias 
 
 
 
 
 
 
 
 
Silvio Dutra 
 
 
 
 
 
 
 
DEZ/2015 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
Sumário 
 
AGEU 
Ageu 1 4 
Ageu 2 11 
ZACARIAS 
Malaquias 1 20 
Malaquias 2 27 
Malaquias 3 30 
Malaquias 4 34 
Malaquias 5 38 
Malaquias 6 42 
Malaquias 7 46 
Malaquias 8 50 
Malaquias 9 55 
Malaquias 10 59 
Malaquias 11 70 
Malaquias 12 79 
Malaquias 13 87 
Malaquias 14 93 
MALAQUIAS 
Malaquias 1 106 
Malaquias 2 114 
Malaquias 3 120 
Malaquias 4 126 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGEU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Ageu 1 
 
Buscar Primeiro o Reino de Deus 
 
Quase tudo na Palavra de Deus aponta para a 
grande verdade que a Sua vontade nunca deve ser 
negligenciada ou postergada, em prol da realização 
de qualquer outra coisa que seja do nosso próprio 
interesse. 
Importa que o reino de Deus e a Sua justiça sejam 
sempre buscados prioritariamente em tudo o que 
fizermos. 
Na verdade, importa buscar em primeiro lugar o 
próprio Senhor, porque senão o nosso trabalho será 
em vão. 
Os judeus estavam aprendendo esta lição na prática, 
depois que haviam retornado do cativeiro em 
Babilônia, porque em vez de priorizarem as coisas 
relativas ao culto do Senhor, com a reconstrução do 
templo, a par de toda a oposição que pudessem estar 
sofrendo, arrumaram a desculpa que não era ainda 
o tempo de se edificar a casa do Senhor, porque 
estavam dando prioridade à reconstrução de suas 
próprias casas. 
Eles julgavam que não era ainda tempo para se 
dedicarem aos interesses do Senhor. 
Do mesmo modo, um bom número de 
cristãos gastam quase todo o tempo de suas vidas 
5 
 
com os seus próprios interesses, e deixam o Senhor 
ficar esperando que eles se voltem para Ele. 
Com que dificuldade conseguem separar míseros 
dez minutos para orarem por dia, ou para fazerem o 
que se refira à obra de Deus. 
Todavia, acham tempo para tudo o mais. 
Quando fazemos isto, seja até mesmo em relação às 
coisas mínimas, nós invertemos a ordem de 
prioridades. 
Os cristãos são ensinados pelo Senhor a serem 
dependentes dEle para tudo. 
Está edificada sobre a areia e não tem telhado a casa 
na qual o Senhor não recebe a devida atenção dos 
seus membros, na devoção que Lhe é devida, e 
na busca de auxílio nEle e da Sua presença, em tudo 
o que se pretenda fazer. 
Assim, os judeus que haviam retornado de 
Babilônia, pretendiam ser prósperos no que faziam, 
negligenciando a pessoa de Deus e a Sua vontade. 
Por isso nós lemos no primeiro capítulo de 
Ageu que eles foram admoestados pelo profeta 
quanto ao grave erro que estavam cometendo, e que 
estava sendo a causa de não estarem sendo bem 
sucedidos. 
“Tendes semeado muito, e recolhido pouco; comeis, 
mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; 
vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe 
salário, recebe-o para o meter num saco furado.” 
(Ageu 1.6) 
Por isso, tanto no verso anterior a este (v.5), quanto 
no posterior (v.7), o Senhor chamou os israelitas a 
6 
 
considerarem os caminhos deles; para que 
pudessem verificar na própria realidade das suas 
vidas, que por mais que se empenhassem em seus 
próprios interesses, não estavam sendo bem 
sucedidos, porque lhes faltava a Sua aprovação e 
bênção. 
Se o Senhor não governar nossas vidas e casas, 
quem prevalecerá será o Inimigo, tal como estava 
ocorrendo com Judá. 
A atitude de considerar o nosso caminho não é para 
ficarmos lamentando a nossa triste condição, por 
esta ausência de Deus e da Sua bênção na nossa 
vida, mas para nos levantarmos e ativarmos a 
devoção que Lhe é devida, quanto aos interesses da 
Sua casa, que é a Igreja. 
Isto deve vir primeiro. 
Esta regra se aplica às grandes e às pequenas tarefas 
do viver diário. 
É preciso gastar tempo na presença do Senhor antes 
de nos lançarmos à execução de nossas tarefas, e 
continuarmos na Sua presença enquanto as 
executamos. 
Então, depois de ter ordenado que os judeus, se 
aplicassem de modo prático às coisas necessárias, 
para a reconstrução do templo, no verso 8, o Senhor 
enumerou alguns dos Seus juízos sobre a 
negligência dos judeus, para que fossem 
despertados para o seu dever. 
Então foi dito aos judeus que procedia dEle as 
coisas que são referidas nos versos 9 a 11: 
7 
 
“9 Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; 
e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o 
dissipei com um assopro. Por que causa? diz o 
Senhor dos exércitos. Por causa da minha casa, que 
está em ruínas, enquanto correis, cada um de vós, à 
sua própria casa. 
10 Por isso os céus por cima de vós retêm o orvalho, 
e a terra retém os seus frutos. 
11 E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre as 
colinas, sobre o trigo e o mosto e o azeite, e sobre 
tudo o que a terra produz; como também sobre os 
homens e os animais, e sobre todo o seu trabalho.” 
O governador Zorobabel, e o sumo sacerdote Josué 
foram encarregados de dizerem as palavras de Deus, 
por meio de Ageu, ao povo. 
E eles o fizeram, e o povo se reanimou a reconstruir, 
em face de terem reconhecido que ao povo que 
pertence ao Senhor não resta nenhuma outra 
alternativa, senão a de viverem para Ele e para 
fazerem a Sua vontade. 
 No entanto, é dito que tanto o governador, o sumo 
sacerdote e todo povo foram incitados em seus 
espíritos pelo próprio Deus, a fazerem Sua obra. 
Disto aprendemos, que é somente quando nos 
dispomos a obedecer ao Senhor, que Ele move os 
nossos espíritos, pelo poder do Espírito Santo, para 
que sejamos encorajados e capacitados a fazer tudo 
o que Ele nos tem ordenado. 
Os judeus haviam retornado de Babilônia a Judá, 
por decreto de Ciro, em 537 a.C., e no mesmo ano 
8 
 
começaram a reconstruir o templo de Jerusalém, 
que havia sido destruído por Nabucodonozor. 
Mas, sofreram uma forte oposição dos samaritanos, 
que foram rejeitados por eles quanto à participação 
na reedificação do templo, ficando a obra paralisada 
por cerca de 16 anos. 
As obras de reconstrução do templo foram 
reiniciadas em 520 a C., através das exortações dos 
profetas Ageu e Zacarias, sendo o templo concluído 
4 anos depois em 516 a.C. 
A primeira profecia de Zacarias, no segundo ano do 
rei persa Dario, pode ser situada, portanto, cerca de 
17 anos após o retorno dos judeus à Palestina. 
Como se afirma no primeiro versículo de Zacarias, 
ele começou seu ministério junto aos judeus no 
oitavo mês do segundo ano de Dario; sendo que o 
profeta Ageu começou o seu, dois meses antes, a 
saber, no sexto mês do segundo ano de Dario, como 
se vê neste primeiro versículo do seu livro. 
 
 
“1 No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no 
primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, por 
intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, 
governador de Judá, filho de Sealtiel, e a Josué, o 
sumo sacerdote, filho de Jeozadaque, dizendo: 
2 Assim fala o Senhor dos exércitos, dizendo: Este 
povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo de se 
edificar a casa do Senhor. 
3 Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do 
profeta Ageu, dizendo: 
9 
 
4 Acaso é tempo de habitardes nas vossas casas 
forradas, enquanto esta casa fica desolada? 
5 Ora pois, assim diz o Senhor dos exércitos: 
Considerai os vossos caminhos. 
6 Tendes semeado muito, e recolhido pouco; 
comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos 
saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que 
recebe salário, recebe-o para o meter num saco 
furado. 
7 Assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os 
vossos caminhos. 
8 Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; 
e dela me deleitarei, e serei glorificado, diz o 
Senhor. 
9 Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; 
e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o 
dissipei com um assopro. Por que causa? diz o 
Senhor dos exércitos. Por causa da minha casa, queestá em ruínas, enquanto correis, cada um de vós, à 
sua própria casa. 
10 Por isso os céus por cima de vós retêm o orvalho, 
e a terra retém os seus frutos. 
11 E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre as 
colinas, sobre o trigo e o mosto e o azeite, e sobre 
tudo o que a terra produz; como também sobre os 
homens e os animais, e sobre todo o seu trabalho. 
12 Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e o sumo 
sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, juntamente 
com todo o resto do povo, obedeceram a voz do 
Senhor seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, 
10 
 
como o Senhor seu Deus o tinha enviado; e temeu o 
povo diante do Senhor. 
13 Então Ageu, o mensageiro do Senhor, falou ao 
povo, conforme a mensagem do Senhor, dizendo: 
Eu sou convosco, diz o Senhor. 
14 E o Senhor suscitou o espírito do governador de 
Judá Zorobabel, filho de Sealtiel, e o espírito do 
sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e o 
espírito de todo o resto do povo; e eles vieram, e 
começaram a trabalhar na casa do Senhor dos 
exércitos, seu Deus, 
15 ao vigésimo quarto dia do sexto mês.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Ageu 2 
 
Primeiro Santificação Depois a Obra 
 
Como os judeus haviam sido exortados pela 
profecia de Ageu, que lhes fora dada por meio do 
governador Zorobabel, e do sumo-sacerdote Josué 
(Ageu 1.1), no primeiro dia do sexto mês, e se 
dispuseram a tomarem as medidas necessárias para 
a reconstrução do templo no vigésimo quarto dia do 
referido mês (1.15), então, nesta segunda exortação 
do profeta Ageu, constante deste segundo capítulo, 
o Senhor ordenou ao profeta, que não falasse 
agora, somente a Zorobabel e a Josué, como 
também a todo o povo, no vigésimo primeiro dia do 
segundo mês (2.1-9), ou seja cerca de quase um mês 
depois de lhes ter falado pela primeira vez através 
de Ageu. 
E voltaria a lhes falar através do profeta em duas 
outras ocasiões (2.10-19 e 2.20-23), no mesmo 
vigésimo quarto dia do nono mês; ou seja, cerca de 
dois meses depois de lhes ter falado o que lemos em 
2.1-9. 
O povo estava então trabalhando na reconstrução do 
templo cerca de um mês quando o Senhor lhes 
animou a prosseguirem na obra, com palavras 
encorajadoras, dizendo que apesar de estarem 
julgando que o templo, que estavam construindo, 
em nada tinha da glória do templo anterior, que 
havia sido destruído, e que fora erigido por 
12 
 
Salomão, teria uma glória maior do que a do 
primeiro. 
Certamente, Deus não estava falando em termos de 
glória terrena, porque para Ele por maior que seja a 
glória da carne, ela é passageira como a flor da erva. 
Então não é neste tipo de glória mundana que se 
encontra concentrada a Sua atenção, mas na glória 
espiritual. 
Os serviços de culto que seriam realizados no 
templo que eles estavam construindo, ajudaria na 
manutenção da devoção dos judeus ao Senhor, até 
que o Messias se manifestasse a eles. 
Por isso é dito no verso 4 que todos deveriam se 
esforçar, principalmente os líderes, e trabalharem, 
porque o Senhor era com eles. 
Ele seria fiel ao pacto que havia feito com os 
israelitas, desde que haviam saído do Egito, e não 
deveriam portanto, temer, porque o Espírito Santo 
habitava em seu meio (v. 5). 
Sem a presença do Espírito Santo é impossível 
trabalhar para Deus, porque toda obra do Senhor é 
dirigida e realizada pelo próprio Espírito, pela 
instrumentalidade dos Seus servos. 
O povo de Judá estava trabalhando cerca de três 
meses na obra de reconstrução do templo quando 
lhes veio de novo a Palavra do Senhor, no vigésimo 
quarto dia do nono mês, porque apesar de todo o seu 
empenho na obra que estavam fazendo, alguns não 
estavam dando a devida consideração, que todo 
trabalho que é feito para Deus exige que estejamos 
com nossas vidas santificadas. 
13 
 
Porque, caso contrário, todo o nosso trabalho será 
considerado como imundo por Ele, ou seja, 
inaceitável. 
Daí o arrazoamento que o profeta Ageu fez 
primeiramente com os sacerdotes, quanto às 
exigências da lei, para a apresentação de ofertas no 
templo, as quais, não poderiam ser apresentadas por 
pessoas que estivessem impuras, por se 
encontrarem em algumas das situações descritas na 
lei cerimonial, quanto à condição de ser considerado 
imundo perante o Senhor, como por exemplo, o 
contato da carne ofertada no templo, daqueles 
sacrifícios que era permitido que fossem 
consumidos em casa, no máximo até três dias, e que 
não podiam ter contato com outros alimentos 
comuns, isto é, que não haviam sido consagrados a 
Deus no templo, na presença do sacerdote (v. 10). 
E também o caso de alguém que tivesse tido contato 
com o corpo de uma pessoa morta, e que viesse a 
tocar em alguma coisa consagrada, e que a tornaria 
imunda (v. 13). 
Depois deste arrazoamento veio a afirmação do 
Senhor de que toda a obra das mãos dos que 
trabalhavam na reconstrução do templo, e tudo o 
que estava sendo oferecido, era imundo (v. 14), 
porque não estavam dando a devida atenção às 
exigências da Lei de Moisés. 
No caso da Igreja de Cristo, em que não há mais 
distinção entre coisas puras e imundas, segundo a 
Lei cerimonial, no entanto, aquilo que a Lei 
ensinava em figura, é que não se pode ter a 
14 
 
aprovação e aceitação de Deus, nas obras que 
fazemos para Ele e na Sua casa, quando vivemos na 
impureza. 
Os judeus, foram portanto, convocados a se 
lembrarem uma vez mais, da condição de insucesso 
em que estavam vivendo antes de prosseguirem 
lançando mãos à obra de reconstrução; e do quanto 
estavam cuidando apenas dos seus próprios 
interesses (v. 15 a 17). 
Eles se dispuseram a trabalhar, e isto era louvável, 
mas não se podia louvar o fato de não estarem dando 
a devida atenção às exigências da Palavra do 
Senhor; porque a obra de Deus deve ser realizada 
em conformidade com as condições que Ele 
estabeleceu em Sua Palavra. 
Se eles levassem em consideração esta exortação, e 
se aplicassem a agirem do modo correto, o Senhor 
prometeu que lhes abençoaria desde aquele dia em 
que lhes dirigiu tal palavra, a saber, no vigésimo 
quarto dia do nono mês (v. 19). 
Então, trabalhar para Deus traz bênçãos para nossas 
próprias vidas, somente quando o fazemos estando 
santificados. 
Ainda naquele mesmo vigésimo quarto dia, do nono 
mês, o Senhor voltou a falar, como vemos nos 
versos 20 a 23, especificamente a Zorobabel, 
governador de Judá, para lhe dizer que Ele abalaria 
os céus e a terra, e derrubaria o trono dos reinos, e 
destruiria a força dos reinos das nações; mas, 
naquele dia distante, ainda por vir, o Senhor 
prometeu a Zorobabel, seu servo, que o tomaria e 
15 
 
faria dele um anel de selar, porque lhe havia 
escolhido (v. 23). 
Os decretos de um rei eram firmados e reconhecidos 
e obedecidos por todos, por causa da marca do seu 
anel de selar que era fixado nos documentos que 
continham as suas determinações. 
O Senhor disse a Zorobabel, que a Sua autoridade 
seria reconhecida por outros, por meio da vida do 
próprio Zorobabel. 
Babilônia havia sido subvertida, a Pérsia e a Média 
também viriam a ser subvertidas, e todos os 
impérios que se levantassem depois deles na terra, 
mas os eleitos do Senhor, como Zorobabel, serão o 
Seu anel de selar na terra, ou seja, reinarão 
juntamente com Cristo, depois da Sua segunda 
vinda, e regerão sobre as nações da terra, na 
autoridade do Senhor. 
Então, esta profecia dirigida a Zorobabel, tinha o 
propósito de encorajá-lo a fazer a obra do Senhor, 
não pensando propriamente na recompensa presente 
que teria pelo seu trabalho, mas na recompensa 
eterna e futura, que está reservada para todos os que 
servem fielmente a Deus; e é contemplando esta 
recompensa futura que devem se empenhar em tudo 
o que fizerem para Ele enquanto estiverem aqui na 
terra. 
 
 
“1 No segundo ano do rei Dario, no sétimo mês, ao 
vigésimo primeiro do mês, veio a palavrado Senhor 
por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 
16 
 
2 Fala agora ao governador de Judá, Zorobabel, 
filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué, filho de 
Jeozadaque, e ao resto do povo, dizendo: 
3 Quem há entre vós, dos sobreviventes, que viu 
esta casa na sua primeira glória? Em que estado a 
vedes agora? Não é como nada em vossos olhos? 
4 Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor, e 
esforça-te, sumo sacerdote Josué, filho de 
Jeozadaque, e esforçai-vos, todo o povo da terra, diz 
o Senhor, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz 
o Senhor dos exércitos, 
5 segundo o pacto que fiz convosco, quando saístes 
do Egito, e o meu Espírito habita no meio de vós; 
não temais. 
6 Pois assim diz o Senhor dos exércitos; Ainda uma 
vez, daqui a pouco, e abalarei os céus e a terra, o 
mar e a terra seca. 
7 Abalarei todas as nações; e as coisas preciosas de 
todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, 
diz o Senhor dos exércitos. 
8 Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos 
exércitos. 
9 A glória desta última casa será maior do que a da 
primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar 
darei a paz, diz o Senhor dos exércitos. 
10 Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo 
ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta 
Ageu, dizendo: 
11 Assim diz o Senhor dos exércitos: Pergunta 
agora aos sacerdotes, acerca da lei, dizendo: 
17 
 
12 Se alguém levar na aba de suas vestes carne 
santa, e com a sua aba tocar no pão, ou no guisado, 
ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro 
mantimento, ficará este santificado? E os sacerdotes 
responderam: Não. 
13 Então perguntou Ageu: Se alguém, que for 
contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar 
nalguma destas coisas, ficará ela imunda? E os 
sacerdotes responderam: Ficará imunda. 
14 Ao que respondeu Ageu, dizendo: Assim é este 
povo, e assim é esta nação diante de mim, diz o 
Senhor; assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o 
que ali oferecem imundo é. 
15 Agora considerai o que acontece desde aquele 
dia. Antes que se lançasse pedra sobre pedra no 
templo do Senhor, 
16 quando alguém vinha a um montão de trigo de 
vinte medidas, havia somente dez; quando vinha ao 
lagar para tirar cinquenta, havia somente vinte. 
17 Feri-vos com mangra, e com ferrugem, e com 
saraiva, em todas as obras das vossas mãos; e não 
houve entre vós quem voltasse para mim, diz o 
Senhor. 
18 Considerai, pois, eu vos rogo, desde este dia em 
diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, 
desde o dia em que se lançaram os alicerces do 
templo do Senhor, sim, considerai essas coisas. 
19 Está ainda semente no celeiro? A videira, a 
figueira, a romeira, e a oliveira ainda não dão os 
seus frutos? Desde este dia hei de vos abençoar. 
18 
 
20 Veio pela segunda vez a palavra do Senhor a 
Ageu, aos vinte e quatro do mês, dizendo: 
21 Fala a Zorobabel, governador de Judá, dizendo: 
Abalarei os céus e a terra; 
22 e derrubarei o trono dos reinos, e destruirei a 
força dos reinos das nações; destruirei o carro e os 
que nele andam; os cavalos e os seus cavaleiros 
cairão, cada um pela espada do seu irmão. 
23 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, tomar-
te-ei, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel, diz 
o Senhor, e te farei como um anel de selar; porque 
te escolhi, diz o Senhor dos exércitos.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ZACARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Zacarias 1 
 
Falsa Paz e Segurança 
 
Os judeus haviam retornado de Babilônia a Judá, 
por decreto de Ciro, em 537 a.C., e no mesmo ano 
começaram a reconstruir o templo de Jerusalém, 
que havia sido destruído por Nabucodonozor. 
Mas, sofreram uma forte oposição dos samaritanos, 
que foram rejeitados por eles quanto à participação 
na reedificação do templo, ficando a obra paralisada 
por cerca de 16 anos. 
As obras de reconstrução do templo foram 
reiniciadas em 520 a C., através das exortações dos 
profetas Ageu e Zacarias, sendo o templo concluído 
4 anos depois em 516 a.C. 
A primeira profecia de Zacarias, no segundo ano do 
rei persa Dario, pode ser situada, portanto, cerca de 
17 anos após o retorno dos judeus à Palestina. 
Como se afirma no primeiro versículo de seu livro, 
Zacarias começou seu ministério junto aos judeus 
no oitavo mês do segundo ano de Dario; sendo que 
o profeta Ageu começou o seu, dois meses antes, a 
saber, no sexto mês do segundo ano de Dario, como 
se vê em Ageu 1.1. 
Os judeus estavam em grande perplexidade, porque 
o Senhor havia prometido lhes dar descanso quando 
se completassem os setenta anos de cativeiro em 
Babilônia, e estavam, depois de cumprido aquele 
prazo, ainda debaixo das aflições de seus inimigos. 
21 
 
No entanto, o Senhor lhes falou através do profeta 
Zacarias, que eles haviam se afastado dEle, e que 
deveriam se converter para que Ele voltasse a tornar 
para eles (Zac 1.3), e que deveriam aprender do que 
havia acontecido aos seus pais, para que não 
andassem nos mesmos caminhos deles, porque 
haviam despertado grandemente a ira do Senhor, 
porque não se arrependeram de suas más obras, 
quando o Senhor os exortou pelos profetas (Zac 1.2, 
4). 
Eles foram exortados do mesmo modo, pelo profeta 
Ageu, a se converterem ao Senhor, e a se 
santificarem, conforme podemos ver no livro do 
referido profeta. 
Então, não foi pela falta de poder ou interesse de 
Deus, que eles se encontravam ainda debaixo da 
opressão dos povos inimigos, mas, por causa da sua 
própria infidelidade, que é descrita em Ageu, por 
estarem principalmente, dando prioridade aos seus 
próprios interesses e negócios, e não à casa do 
Senhor e à Sua vontade. 
Cerca de três meses depois, no décimo primeiro 
mês, do segundo ano, do reinado de Dario, a palavra 
do Senhor veio novamente a Zacarias (v. 7), numa 
visão, na qual viu “um homem montado num cavalo 
vermelho, e ele estava parado entre as murtas que se 
achavam no vale; e atrás dele estavam cavalos 
vermelhos, baios e brancos.” (v. 8). 
Zacarias pediu a Deus o significado da visão, e um 
anjo lhe respondeu que eram aqueles que o Senhor 
havia enviado para percorrerem a terra (v. 9, 10). 
22 
 
E aqueles cavaleiros responderam ao anjo, que 
estava parado entre as murtas, que estavam 
percorrendo a terra e que toda ela estava tranquila e 
em descanso (v. 11). 
Nós vemos em I Tes 5.3, que quando o Senhor 
voltar para julgar toda a terra, os seus habitantes 
estarão dizendo “paz e segurança”, a par de toda a 
iniquidade em que estiverem vivendo. 
Há fomes, pestes, assassinatos, e toda sorte de 
calamidades na terra, e ainda assim, seus habitantes 
têm este falso sentimento de paz e segurança. 
Nas palavras desta profecia de Zacarias, estão 
tranquilos e em descanso, enquanto o povo de Deus 
é duramente oprimido e perseguido pelos seus 
inimigos. 
São rejeitados por aqueles que não conhecem ao 
Senhor. 
São desprezados e oprimidos, tal como os judeus, 
em seus dias. 
Então o próprio anjo da visão de Zacarias clamou 
ao Senhor, em face de tal quadro: 
“Ó Senhor dos exércitos, até quando não terás 
compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, 
contra as quais estiveste indignado estes setenta 
anos?” (v. 12). 
Certamente, por ter o povo de Judá se arrependido 
pelas repreensões que vinham recebendo desde o 
sexto mês, por Ageu, e do oitavo, por Zacarias, veio 
então, neste décimo primeiro mês, da parte do 
Senhor para eles, palavras boas, palavras 
23 
 
consoladoras (v. 13), por meio do anjo que falava 
com Zacarias. 
Deus prometeu dar descanso ao Seu povo, contra 
aqueles que estavam lhes oprimindo, e que se 
encontravam em descanso, isto é, sem estarem 
debaixo de Seus juízos, tal como estava fazendo 
com o Seu próprio povo. 
Então para confirmar a obra de juízo que faria 
contra as nações inimigas de Judá, que estavamse 
lhe opondo, Deus deu a Zacarias a visão de quatro 
chifres, que simbolizavam os poderes daquelas 
nações, sendo amedrontados e derrubados por 
quatro ferreiros, e assim seriam dispersados pelo 
Senhor (v. 18 a 21). 
Disto aprendemos, para a Igreja de Cristo, que 
quando estamos empenhados numa obra de Deus, 
para a qual Ele nos chamou, e se somos paralisados 
pelas forças do Inimigo, não devemos buscar a 
causa da nossa falha não em outros, senão em nós 
mesmos, para nos humilharmos e nos 
arrependermos, de maneira que o Senhor disperse 
as forças do Inimigo e nos fortaleça a cumprir a 
obrar que Ele havia designado para ser feita por nós. 
 
 
“1 No oitavo mês do segundo ano de Dario veio a 
palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de 
Berequias, filho de Ido, dizendo: 
2 O Senhor se irou fortemente contra vossos pais. 
3 Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor dos 
exércitos: Tornai-vos para mim, diz o Senhor dos 
24 
 
exércitos, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor 
dos exércitos. 
4 Não sejais como vossos pais, aos quais clamavam 
os profetas antigos, dizendo: Assim diz o Senhor 
dos exércitos: Convertei-vos agora dos vossos maus 
caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, 
nem me atenderam, diz o Senhor. 
5 Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, 
viverão eles para sempre? 
6 Contudo as minhas palavras e os meus estatutos, 
que eu ordenei pelos profetas, meus servos, acaso 
não alcançaram a vossos pais? E eles se 
arrependeram, e disseram: Assim como o Senhor 
dos exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os 
nossos caminhos, e segundo as nossas obras, assim 
ele nos tratou. 
7 Aos vinte e quatro dias do mês undécimo, que é o 
mês de sebate, no segundo ano de Dario, veio a 
palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de 
Berequias, filho de Ido, dizendo: 
8 Olhei de noite, e vi um homem montado num 
cavalo vermelho, e ele estava parado entre as murtas 
que se achavam no vale; e atrás dele estavam 
cavalos vermelhos, baios e brancos. 
9 Então perguntei: Meu Senhor, quem são estes? 
Respondeu-me o anjo que falava comigo: Eu te 
mostrarei o que estes são. 
10 Respondeu, pois, o homem que estava parado 
entre as murtas, e disse: Estes são os que o Senhor 
tem enviado para percorrerem a terra. 
25 
 
11 E eles responderam ao anjo do Senhor, que 
estava parado entre as murtas, e disseram: Nós 
temos percorrido a terra, e eis que a terra toda está 
tranquila e em descanso. 
12 Então o anjo do Senhor respondeu, e disse: Ó 
Senhor dos exércitos, até quando não terás 
compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, 
contra as quais estiveste indignado estes setenta 
anos? 
13 Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, 
com palavras boas, palavras consoladoras. 
14 O anjo, pois, que falava comigo, disse-me: 
Clama, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: 
Com grande zelo estou zelando por Jerusalém e por 
Sião. 
15 E estou grandemente indignado contra as nações 
em descanso; porque eu estava um pouco 
indignado, mas eles agravaram o mal. 
16 Portanto, o Senhor diz assim: Voltei-me, agora, 
para Jerusalém com misericórdia; nela será 
edificada a minha casa, diz o Senhor dos exércitos, 
e o cordel será estendido sobre Jerusalém. 
17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o Senhor 
dos exércitos: As minhas cidades ainda se 
transbordarão de bens; e o Senhor ainda consolará a 
Sião, e ainda escolherá a Jerusalém. 
18 Levantei os meus olhos, e olhei, e eis quatro 
chifres. 
19 Eu perguntei ao anjo que falava comigo: Que é 
isto? Ele me respondeu: Estes são os chifres que 
dispersaram a Judá, a Israel e a Jerusalém. 
26 
 
20 O Senhor mostrou-me também quatro ferreiros. 
21 Então perguntei: Que vêm estes a fazer? Ele 
respondeu, dizendo: Estes são os chifres que 
dispersaram Judá, de maneira que ninguém 
levantou a cabeça; mas estes vieram para os 
amedrontarem, para derrubarem os chifres das 
nações que levantaram os seus chifres contra a terra 
de Judá, a fim de a espalharem.” (Zacarias 1.1-21) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Zacarias 2 
 
O Poderoso Braço do Senhor 
 
Zacarias teve a visão de um varão com um cordel 
de medir em sua mão, saindo para medir as 
dimensões de Jerusalém (Zac 2.1,2). 
Ora, isto significava que Jerusalém seria 
reconstruída pela intervenção de poderes celestiais. 
Deus agiria em favor do Seu povo e eles 
reconstruiriam, principalmente o templo, que se 
encontrava apenas nos alicerces, que haviam 
lançado a dezessete anos atrás. 
Para confirmar o trabalho que seria feito pelo 
Senhor, um outro anjo saiu ao encontro do que 
falava com Zacarias pedindo para dizer ao profeta 
as palavras consoladoras e animadoras, em relação 
a Judá, que são citadas nos versos 4 a 13. 
Foi prometido que Jerusalém seria habitada (Zac 
2.4), e o Senhor mesmo lhe seria como um muro de 
fogo ao seu redor, e no meio dela, e seria a sua glória 
(v. 5). 
Aos judeus, que ainda se encontravam em 
Babilônia, por terem se acomodado à terra do 
cativeiro, foi ordenado que fugissem agora de lá, 
porque tinham sido espalhados pelo Seu próprio 
braço, e que escapassem para Sião, porque aquele 
que tocasse neles em sua própria terra, tocaria na 
menina do olho de Deus (v. 6 a 8). 
28 
 
Haveria segurança para Judá, mas não para os povos 
opressores, que dominavam sobre a terra, porque 
todos eles cairiam pelo desígnio do Senhor, como 
de fato caíram, uns após os outros (Assíria, 
Babilônia, Pérsia e Média, Grécia e Roma). 
Com isto Judá saberia quem é o Senhor dos 
exércitos, e Ele viria e habitaria no meio do Seu 
povo, o que seria para eles motivo de exultação e 
alegria (v. 9, 10). 
Deus se levantaria da sua santa morada para exercer 
juízos sobre a terra, e reinaria em Jerusalém, que 
tem sido oprimida e desprezada pelas nações. 
Esta profecia dos versos 11 a 13 certamente se 
referem ao estabelecimento do reino de Jesus em 
Jerusalém, depois da Sua segunda vinda. 
 
 
“1 Tornei a levantar os meus olhos, e olhei, e eis um 
homem que tinha na mão um cordel de medir. 
2 Então perguntei: Para onde vais tu? Respondeu-
me ele: Para medir Jerusalém, a fim de ver qual é a 
sua largura e qual o seu comprimento. 
3 E eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro 
anjo lhe saiu ao encontro, 
4 e lhe disse: Corre, fala a este mancebo, dizendo: 
Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, 
por causa da multidão, nela, dos homens e dos 
animais. 
5 Pois eu, diz o Senhor, lhe serei um muro de fogo 
em redor, e eu, no meio dela, lhe serei a glória. 
29 
 
6 Ah, ah! fugi agora da terra do norte, diz o Senhor, 
porque vos espalhei como os quatro ventos do céu, 
diz o Senhor. 
7 Ah! Escapai para Sião, vós que habitais com a 
filha de Babilônia. 
8 Pois assim diz o Senhor dos exércitos: Para obter 
a glória ele me enviou às nações que vos 
despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na 
menina do seu olho. 
9 Porque eis aí levantarei a minha mão contra eles, 
e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; 
assim sabereis vós que o Senhor dos exércitos me 
enviou. 
10 Exulta, e alegra-te, ó filha de Sião; pois eis que 
venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor. 
11 E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao 
Senhor, e serão o meu povo; e habitarei no meio de 
ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou 
a ti. 
12 Então o Senhor possuirá a Judá como sua porção 
na terra santa, e ainda escolherá a Jerusalém. 
13 Cale-se, toda a carne, diante do Senhor; porque 
ele se levantou da sua santa morada.” (Zacarias 2.1-
13) 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Zacarias 3 
 
Tições Tirados do Fogo 
 
Todos os cristãos são tições que foram tirados do 
fogo. 
Tição é um pedaço de madeira que se encontrava 
queimando e cujo fogo foi apagado, mas que traz 
em si as marcas da fuligem da queima que havia 
sofrido. 
Isto porque todos se encontravam debaixoda ira e 
da condenação de Deus, por causa do pecado, e sob 
o domínio do príncipe do inferno, que é Satanás, e 
que é citado neste capítulo de Zacarias, tentando se 
opor ao sumo sacerdote Josué, para que este não 
cumprisse o seu ministério nos dias de Zorobabel, 
quando os judeus haviam retornado de Babilônia. 
Zacarias era contemporâneo do sacerdote Josué, e 
portanto, a visão tinha o propósito de encorajá-lo a 
se santificar e a realizar o seu ministério no templo, 
que seria reconstruído, e ser portanto, um dos 
principais interessados na reconstrução da casa do 
Senhor. 
Josué estava realmente com trajes sujos, e por isso 
Satanás tentava se lhe opor e prevalecer contra ele. 
Os trajes sujos da justiça própria. 
Da incredulidade e da falta de andar nos caminhos 
do Senhor, e em observar as Suas ordenanças. 
Por isso foi ordenado pelo Senhor que suas vestes 
fossem trocadas por outras limpas. 
31 
 
Ele seria vestido com a justiça de Cristo, que é o 
único traje que não pode ser sujado. 
Todavia, o Senhor mandou dizer a Josué as palavras 
de Zac 3.7 a 10, pelas quais foi exortado a andar nos 
Seus caminhos e a observar os Seus mandamentos, 
porque se o fizesse, então julgaria a Sua casa e 
guardaria os Seus átrios no templo, lhe investindo 
no seu cargo (v. 7). 
Disto aprendemos que não basta sermos justificados 
pela graça, mediante a fé, com a justiça de Cristo, 
porque a eficácia desta graça só poderá ser vista na 
nossa vida, caso andemos nos caminhos de Deus, 
guardando os Seus mandamentos, isto é, 
santificando as nossas vidas. 
A Josué e aos demais sacerdotes e líderes, que se 
encontravam com ele, foi feita também a promessa 
da vinda do Renovo, da pedra que foi colocada 
diante de Josué, a única pedra de esquina que possui 
sete olhos (onisciência), e que sendo divina, seria 
por meio dela que seria tirada a iniquidade da terra 
num só dia (v. 9). 
Esta profecia é uma afirmação direta sobre a 
divindade de Cristo, e como sendo Aquele que nos 
é dado pelo Pai, sobre o qual devemos realizar todas 
as Suas obras, porque é o único fundamento que nos 
foi dado pelo Pai. 
A iniquidade que seria retirada num só dia, significa 
o trabalho perfeito de redenção de Jesus Cristo, por 
um só ato de justiça, quando morreu uma única vez, 
para remover a iniquidade de todos os que nEle 
creem, em toda a terra, naquele memorável dia da 
32 
 
Páscoa judaica, que celebramos na Igreja com 
regularidade, para rememorar aquele dia da Sua 
morte, porque é por ela que somos lavados de todos 
os nossos pecados. 
 
 
“1 Ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual 
estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à 
sua mão direita, para se lhe opor. 
2 Mas o anjo do Senhor disse a Satanás: Que o 
Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que 
escolheu Jerusalém, te repreenda! Não é este um 
tição tirado do fogo? 
3 Ora Josué, vestido de trajes sujos, estava em pé 
diante do anjo. 
4 Então falando este, ordenou aos que estavam 
diante dele, dizendo: Tirai-lhe estes trajes sujos. E a 
Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti 
a tua iniquidade, e te vestirei de trajes festivos. 
5 Também disse eu: Ponham-lhe sobre a cabeça 
uma mitra limpa. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça 
uma mitra limpa, e vestiram-no; e o anjo do Senhor 
estava ali de pe. 
6 E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: 
7 Assim diz o Senhor dos exércitos: Se andares nos 
meus caminhos, e se observares as minhas 
ordenanças, também tu julgarás a minha casa, e 
também guardarás os meus átrios, e te darei lugar 
entre os que estão aqui. 
8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus 
companheiros que se assentam diante de ti, porque 
33 
 
são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu 
servo, o Renovo. 
9 Pois eis aqui a pedra que pus diante de Josué; 
sobre esta pedra única estão sete olhos. Eis que eu 
esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos 
exércitos, e tirarei a iniquidade desta terra num só 
dia. 
10 Naquele dia, diz o Senhor dos exércitos, cada um 
de vós convidará o seu vizinho para debaixo da 
videira e para debaixo da figueira.” (Zacarias 3.1-
10) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Zacarias 4 
 
As Duas Testemunhas do Apocalipse 
 
No quarto capítulo de Zacarias, os dois ramos de 
oliveira que estão junto do candelabro de ouro, que 
verte azeite dourado, são as duas testemunhas que 
pregarão o evangelho no período da Grande 
Tribulação, conforme se vê em Apo 11.3-12. 
Elas se encontram ao lado do castiçal, porque ele 
representa a luz de Cristo, que dá vida ao mundo. 
Este castiçal esteve na Igreja antes de ser arrebatada, 
porque eram os cristãos, a luz do mundo. 
O castiçal vertia o azeite (óleo) do Espírito Santo, e 
isto está sendo feito e será feito pela Igreja enquanto 
cumprir o seu ministério na terra, até que Cristo 
volte para arrebatá-la. 
Mas tendo a Igreja sido arrebatada, Deus continuará 
fazendo a Sua obra de salvação, sempre pelo poder 
do Espírito, e não por força ou por violência, através 
da proclamação do evangelho pela boca destes dois 
ungidos, a saber das duas testemunhas, que falarão 
no poder do Espírito nos dias do Anticristo. 
“3 E concederei às minhas duas testemunhas que, 
vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e 
sessenta dias. 
4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros 
que estão diante do Senhor da terra.” (Apo 11.3,4). 
Esta visão foi dada a Zacarias para ser passada ao 
governador Zorobabel, para que Ele soubesse que o 
35 
 
próprio Senhor faria a Sua obra, pelo poder do 
Espírito. 
A profecia aponta para cumprimentos que se dariam 
ainda num tempo distante, mas que estavam 
associados ao trabalho que o sumo sacerdote Josué, 
e Zorobabel estavam fazendo em Jerusalém, com a 
reconstrução do templo e com o ensino da Palavra 
de Deus ao povo de Judá. 
A pedra de esquina (Jesus) viria através dos judeus, 
e o Espírito Santo seria derramado em razão da obra 
que seria realizada por Cristo. 
Assim, importava que Zorobabel se empenhasse no 
trabalho de governar o povo nos caminhos do 
Senhor, e permanecer firme diante das oposições 
dos inimigos, porque no final, quem prevaleceria 
seria o Senhor, conforme fará no tempo do fim, 
quando os inimigos de Israel se levantassem contra 
eles para destruí-los. 
Portanto, ninguém deveria desprezar aqueles 
humildes começos da obra do Senhor nos dias de 
Zorobabel, especialmente em razão de Judá estar 
destruída, o templo ainda no alicerce, e que depois 
de construído não teria em suas estruturas a mesma 
glória que havia no templo de Salomão, que 
Nabucodonozor havia destruído, porque maior 
ainda era a obra que o Senhor tinha a realizar não 
apenas em Israel, mas em toda a terra. 
 
 
 
36 
 
“1 Ora o anjo que falava comigo voltou, e me 
despertou, como a um homem que é despertado do 
seu sono; 
2 e me perguntou: Que vês? Respondi: Olho, e eis 
um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite em 
cima, com sete lâmpadas, e há sete canudos que se 
unem às lâmpadas que estão em cima dele; 
3 e junto a ele há duas oliveiras, uma à direita do 
vaso de azeite, e outra à sua esquerda. 
4 Então perguntei ao anjo que falava comigo: Meu 
senhor, que é isso? 
5 Respondeu-me o anjo que falava comigo, e me 
disse: Não sabes tu o que isso é? E eu disse: Não, 
meu senhor. 
6 Ele me respondeu, dizendo: Esta é a palavra do 
Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem 
por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos 
exércitos. 
7 Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel 
tornar-te-ás uma campina; e ele trará a pedra 
angular com aclamações: Graça, graça a ela. 
8 Ainda me veio a palavra do Senhor, dizendo: 
9 As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces 
desta casa; também as suas mãos a acabarão; e 
saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a vós. 
10 Ora, quem despreza odia das coisas pequenas? 
pois estes sete se alegrarão, vendo o prumo na mão 
de Zorobabel. São estes os sete olhos do Senhor, que 
discorrem por toda a terra. 
11 Falei mais, e lhe perguntei: Que são estas duas 
oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? 
37 
 
12 Segunda vez falei-lhe, perguntando: Que são 
aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos 
dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite 
dourado? 
13 Ele me respondeu, dizendo: Não sabes o que é 
isso? E eu disse: Não, meu senhor. 
14 Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que 
assistem junto ao Senhor de toda a terra.” (Zacarias 
4.1-14) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Zacarias 5 
 
A Impiedade Tem Seu Próprio Lugar 
 
Logo depois da visão do candelabro e dos dois 
ramos de oliveira, Zacarias teve a visão de um rolo 
esvoaçante, registrado no quinto capítulo do seu 
livro, tendo dez metros de comprimento, por cinco 
de largura. Exatamente as medidas do santuário do 
tabernáculo, correspondente ao Lugar Santo e ao 
Santo dos Santos. 
Isto indica que aquele rolo era procedente do 
santuário celestial de Deus. 
Aquele rolo representava a Lei de Deus, mais 
particularmente a maldição da lei, conforme o anjo 
falou a Zacarias, que viria sobre todos os 
transgressores da Lei do Senhor, em toda a terra. 
São descritas portanto, especialmente maldições 
contra aqueles que transgridem os dez 
mandamentos, como são citados, por exemplo, o ato 
de furtar e jurar falsamente (v. 3 e 4), a cujos 
praticantes, foi dito que seriam desarraigados da 
terra. 
Depois desta, Zacarias teve outra visão de um efa, 
com uma tampa de chumbo, e quando foi retirada a 
tampa, havia uma mulher sentada no meio do efa. 
O anjo disse que o efa era a iniquidade em toda a 
terra de Judá, e a mulher, a impiedade. 
O anjo lançou a mulher dentro do efa e o fechou 
com a tampa de chumbo (v. 5 a 8). 
39 
 
A iniquidade se multiplica na terra por causa da 
prática da impiedade pelas que não têm uma vida 
santificada diante de Deus. 
Zacarias viu em seguida duas mulheres que tinham 
asas como as da cegonha, e que levantaram o efa 
entre a terra e o céu, e quando Zacarias perguntou 
ao anjo para onde elas levariam o efa, este 
respondeu que iriam preparar um casa na terra de 
Sinar, na qual o efa seria colocado (v. 9 a 11). 
Esta visão significa que a iniquidade de Judá seria 
removida pela destruição da vida de impiedade em 
que eles vinham vivendo, e seria arrancada da sua 
terra, e seria lançada fora em outras regiões 
distantes da terra, representadas na profecia pela 
terra de Sinar, onde seria bem acolhida nas casas 
dos amantes da impiedade, representados nas duas 
mulheres com asas, que construiriam uma casa para 
o efa da iniquidade. 
Não deve haver impiedade e iniquidade no meio do 
povo de Deus, porque o lugar próprio para a 
iniquidade é no meio daqueles que não temem e que 
não amam ao Senhor. 
Por isso se diz no final desta profecia, que o efa seria 
colocado no seu lugar, ou seja, no lugar onde lhe é 
apropriado para estar, e não no meio do povo de 
Deus. 
 
 
“1 Tornei a levantar os meus olhos, e olhei, e eis um 
rolo voante. 
40 
 
2 Perguntou-me o anjo: Que vês? Eu respondi: Vejo 
um rolo voante, que tem vinte côvados de comprido 
e dez côvados de largo. 
3 Então disse-me ele: Esta é a maldição que sairá 
pela face de toda a terra: porque daqui, conforme a 
maldição, será desarraigado todo o que furtar; assim 
como daqui será desarraigado conforme a maldição 
todo o que jurar falsamente. 
4 Mandá-la-ei, diz o Senhor dos exércitos, e a farei 
entrar na casa do ladrão, e na casa do que jurar 
falsamente pelo meu nome; e permanecerá no meio 
da sua casa, e a consumirá juntamente com a sua 
madeira e com as suas pedras. 
5 Então saiu o anjo, que falava comigo, e me disse: 
levanta agora os teus olhos, e vê que é isto que sai. 
6 Eu perguntei: Que é isto? Respondeu ele: Isto é 
uma efa que sai. E disse mais: Esta é a iniquidade 
em toda a terra. 
7 E eis que foi levantada a tampa de chumbo, e uma 
mulher estava sentada no meio da efa. 
8 Prosseguiu o anjo: Esta é a impiedade. E ele a 
lançou dentro da efa, e pôs sobre a boca desta o peso 
de chumbo. 
9 Então levantei os meus olhos e olhei, e eis que 
vinham avançando duas mulheres com o vento nas 
suas asas, pois tinham asas como as da cegonha; e 
levantaram a efa entre a terra e o céu. 
10 Perguntei ao anjo que falava comigo: Para onde 
levam elas a efa? 
 
 
41 
 
11 Respondeu-me ele: Para lhe edificarem uma casa 
na terra de Sinar; e, quando a casa for preparada, a 
efa será colocada ali no seu lugar.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Zacarias 6 
 
Rei, Sacerdote e Profeta 
 
Nesta sua sétima visão, no sexto capítulo, Zacarias 
viu carruagens com cavalos de cores diferentes, 
saindo pelos quatro cantos da terra, a partir de dois 
montes de bronze. 
Os montes de bronze representam os decretos 
eternos de Deus, que não podem ser removidos, 
porque eram de bronze as bases do tabernáculo, e o 
bronze, tal como a prata e o ouro, é um metal que 
não se desfaz pela oxidação como o ferro e outros 
metais. 
Os carros com os cavalos de cores diferentes, 
representam os poderes de Deus, especialmente os 
que são operados pelos anjos, pelos quais, realiza a 
Sua multiforme graça e providência divinas, em 
relação a todos os habitantes da terra. 
É dito que estes poderes saem por toda a terra, 
depois de terem se apresentado diante de Deus. 
Estes cavalos não são poderes destrutivos e não 
saem para destruir, conforme a visão dos quatro 
cavalos e seus cavaleiros, em Apocalipse, porque se 
diz que suas operações, tinham em vista fazer 
repousar o Espírito do Senhor na terra do norte (Zac 
6.8). 
Livrar os que haviam sido levados em cativeiro (v. 
10). 
43 
 
Para fazerem coroas e colocarem-nas sobre a cabeça 
do sumo sacerdote Josué (v. 11). 
E é dito também nos versos 12 e 13 que: “o homem 
cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e 
edificará o templo do Senhor. Ele mesmo edificará 
o templo do Senhor; receberá a honra real, assentar-
se-á no seu trono, e dominará. E Josué, o sacerdote, 
ficará à sua direita; e haverá entre os dois o conselho 
de paz.” 
Josué era portanto um tipo do Sumo Sacerdócio 
eterno de Jesus, e por isso se ordenou que se fizesse 
coroas para ele, porque Josué não era rei, mas 
apenas sacerdote, mas Jesus é tanto Profeta, Sumo 
Sacerdote e Rei. 
O serviço de Josué era portanto, para este grande 
Sumo Sacerdote que é colocado sobre a casa de 
Deus, e por isso se diz que haveria entre Jesus e 
Josué um conselho de paz (v. 13 b). 
Por isso as coroas ficariam como memorial no 
templo do Senhor, indicando que haveria uma união 
futura do ofício sacerdotal com o do reinado (v. 14). 
É dito que os que estavam longe viriam para ajudar 
a edificar o templo do Senhor, e eles saberiam em 
Judá, que Zacarias lhes havia falado estas coisas da 
parte de Deus, e tudo isto sucederia se eles 
obedecessem diligentemente à voz do Senhor (v. 
15). 
Esta profecia tinha portanto, o grande objetivo de 
encorajar e incentivar os judeus à tarefa de 
reconstrução do templo e a se santificarem para que 
44 
 
o Senhor cumprisse todas as boas promessas que 
lhes havia feito. 
Nosso Senhor reina nos corações dos que nele 
creem, há cerca de dois mil anos. E tem intercedido 
como Sumo-Sacerdote à direita de Deus Pai, em 
favor destes que lhe amam. E lhes tem instruído 
com a Palavra que procede da Sua boca, registrada 
na Bíblia, porque é Ele o Grande e Eterno Profeta, 
que ensina ao Seu povo a Verdade. 
 
 
“1 De novo levantei os meus olhos, e olhei, e eis 
quatro carros que saíam dentre dois montes, e estes 
montes eram montes de bronze. 
2 No primeiro carro eram cavalos vermelhos, no 
segundo carro cavalospretos, 
3 no terceiro carro cavalos brancos, e no quarto 
carro cavalos baios com malhas. 
4 Então, dirigindo-me ao anjo que falava comigo, 
perguntei: Que são estes, meu senhor? 
5 Respondeu-me o anjo: Estes estão saindo aos 
quatro ventos do céu, depois de se apresentarem 
perante o Senhor de toda a terra. 
6 O carro em que estão os cavalos pretos sai para a 
terra do norte, os brancos são para o oeste, e os 
malhados para a terra do sul; 
7 e os cavalos baios saíam, e procuravam ir por 
diante, para percorrerem a terra. E ele disse: Ide, 
percorrei a terra. E eles a percorriam. 
45 
 
8 Então clamou para mim, dizendo: Eis que aqueles 
que saíram para a terra do norte fazem repousar na 
terra do norte o meu Espírito. 
9 Ainda me veio a palavra do Senhor, dizendo: 
10 Recebe dos que foram levados cativos, a saber, 
de Heldai, de Tobias, e de Jedaías, e vem tu no 
mesmo dia, e entra na casa de Josias, filho de 
Sofonias, para a qual vieram de Babilônia; 
11 recebe, digo, prata e ouro, e faze coroas, e põe-
nas na cabeça do sumo sacerdote Josué, filho de 
Jeozadaque; 
12 e fala-lhe, dizendo: Assim diz o Senhor dos 
exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; 
ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do 
Senhor. 
13 Ele mesmo edificará o templo do Senhor; 
receberá a honra real, assentar-se-á no seu trono, e 
dominará. E Josué, o sacerdote, ficará à sua direita; 
e haverá entre os dois o conselho de paz. 
14 Essas coroas servirão a Helem, e a Tobias, e a 
Jedaías, e a Hem, filho de Sofonias, de memorial no 
templo do Senhor. 
15 E aqueles que estão longe virão, e ajudarão a 
edificar o templo do Senhor; e vós sabereis que o 
Senhor dos exércitos me tem enviado a vós; e isso 
sucederá, se diligentemente obedecerdes a voz do 
Senhor vosso Deus.” (Zacarias 6.1-15) 
 
 
 
 
46 
 
Zacarias 7 
 
Jejum e Oração Egoístas 
 
A profecia do sétimo capítulo foi dada a Zacarias, 
exatos dois anos passados desde a primeira, narrada 
no seu livro, porque aqui se afirma que a Palavra do 
Senhor lhe veio no quarto dia, do nono mês, do 
quarto ano, do reinado de Dario (v. 1). 
A amargura estava instalada no coração de muitos 
judeus, especialmente dos que eram de Betel, 
porque estavam protestando que haviam suplicado 
o favor do Senhor, jejuando e chorando, por tantos 
anos, e as coisas não haviam mudado para melhor 
(Zac 7.2,3). 
Mas o Senhor mandou lhes dizer que não foi para 
Ele que haviam jejuado e pranteado nos setenta 
anos, em que estiveram no cativeiro em Babilônia 
(v. 4,5). 
Eles haviam procedido da mesma maneira que os 
seus pais, quando ainda se encontravam em Judá, 
antes do cativeiro, e que não haviam dado ouvido 
aos profetas, que lhes haviam exortado a deixarem 
a iniquidade, e a praticarem o jejum que é agradável 
ao Senhor, como por exemplo o fizera o profeta 
Isaías, que lhes havia alertado e admoestado (Is 58) 
quanto ao fato de buscarem ao Senhor apenas para 
serem atendidos os próprios interesses deles, e não 
os do Senhor (v 6, 7). 
47 
 
Aquela geração que havia vindo do cativeiro foi 
também repreendida por Deus, através de Zacarias, 
quanto ao mesmo erro, que havia sido cometido 
pelos seus antepassados, indagando-lhes o seguinte: 
“quando comeis e quando bebeis, não é para vós 
mesmos que comeis e bebeis?” (v. 6). 
O ímpio come e bebe para si, mas o crente deve 
comer e beber para Deus, ou seja, para ter saúde e 
vida para poder servir-Lhe. 
Então foram descritos nos versos 8 a 14, as 
repreensões e admoestações que o Senhor havia 
dirigido aos seus antepassados, pelos profetas 
antigos, conforme podemos ver por exemplo no 
texto de Isaías 58; para que soubessem qual era o 
motivo de seus jejuns, prantos e orações não 
estarem sendo ouvidos pelo Senhor; e não somente 
isto, por tê-los espalhado pelas nações, em face da 
falta de arrependimento, embora tivessem sido 
repreendidos por Deus, por meio dos Seus profetas. 
Se nossa devoção se mostra ineficaz, quanto à 
produção de um viver abençoado diante do Senhor, 
o motivo desta ineficácia sempre será achado em 
nós mesmos, e nunca na falta de desejo de Deus em 
nos abençoar. 
Atos externos de religião que não sejam 
acompanhados por uma sincera santificação de 
coração, de quem se empenha na prática da justiça 
evangélica, jamais nos trarão um viver abençoado, 
ao contrário, nos tornarão sujeitos aos juízos e 
correções de Deus. 
 
48 
 
 
“1 Aconteceu no ano quarto do rei Dario, que a 
palavra do Senhor veio a Zacarias, no dia quarto do 
nono mês, que é quisleu: 
2 Ora, o povo de Betel tinha enviado Sarezer, e 
Regem-Meleque, e os seus homens, para suplicarem 
o favor do Senhor, 
3 e para dizerem aos sacerdotes, que estavam na 
casa do Senhor dos exércitos, e aos profetas: 
Chorarei eu no quinto mês, com jejum, como o 
tenho feito por tantos anos? 
4 Então a palavra do Senhor dos exércitos veio a 
mim, dizendo: 
5 Fala a todo o povo desta terra, e aos sacerdotes, 
dizendo: Quando jejuastes, e pranteastes, no quinto 
e no sétimo mês, durante estes setenta anos, acaso 
foi mesmo para mim que jejuastes? 
6 Ou quando comeis e quando bebeis, não é para 
vós mesmos que comeis e bebeis? 
7 Não eram estas as palavras que o Senhor proferiu 
por intermédio dos profetas antigos, quando 
Jerusalém estava habitada e próspera, juntamente 
com as suas cidades ao redor dela, e quando o Sul e 
a campina eram habitados? 
8 E a palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo: 
9 Assim falou o Senhor dos exércitos: Executai 
juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão 
cada um para com o seu irmão; 
10 e não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o 
estrangeiro, nem o pobre; e nenhum de vós intente 
no seu coração o mal contra o seu irmão. 
49 
 
11 Eles, porém, não quiseram escutar, e me deram 
o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para que não 
ouvissem. 
12 Sim, fizeram duro como diamante o seu coração, 
para não ouvirem a lei, nem as palavras que o 
Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito 
mediante os profetas antigos; por isso veio a grande 
ira do Senhor dos exércitos. 
13 Assim como eu clamei, e eles não ouviram, 
assim também eles clamaram, e eu não ouvi, diz o 
Senhor dos exércitos; 
14 mas os espalhei com um turbilhão por entre todas 
as nações, que eles não conheceram. Assim, pois, a 
terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém 
passava por ela, nem voltava; porquanto fizeram da 
terra desejada uma desolação.” (Zacarias 7.1-14) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Zacarias 8 
 
Boas Promessas Para Um Povo Infiel 
 
A infidelidade dos judeus descrita no capítulo 
anterior, não poderia anular a fidelidade de Deus, 
que é afirmada por Ele neste capítulo oitavo de 
Zacarias. 
Ele havia determinado fazer bem a Judá e a 
Jerusalém, e o faria, por causa do Seu grande zelo 
(Zac 8.2). 
De desolada que se encontrava, ainda com seus 
muros destruídos, e as portas da cidade queimadas, 
e com o templo em fase de reconstrução, Deus 
prometeu tornar a engrandecer Jerusalém, e isto 
seria feito, como sabemos, nos dias de Esdras e de 
Neemias; que viriam para Judá, respectivamente, 
em 458 e 444 a. C., ou seja, cerca de 60 anos após 
Zacarias. 
Jerusalém é descrita repleta de anciãos sentados nas 
praças da cidade, e com meninos e meninas 
brincando em suas ruas (v. 3 a 5). 
Deus o faria pela força do Seu braço, trazendo o seu 
povo de volta das terras para onde haviam sido 
espalhados. 
Vale lembrar que nos dias de Esdras, subiram com 
ele a Jerusalém 1.496 cabeças de várias famílias de 
Israel, do sexo masculino, sem contar o número de 
mulheres e crianças. 
51 
 
Então aqueles que já se encontravam em Judá nos 
dias de Zacarias, e que haviam subido a Jerusalém 
com Zorobabel, e que haviam lançado os alicerces 
do templo, foram exortados pelo Senhor a fazerem 
fortes as suas mãos, para reiniciaram a obra de 
reconstrução(v. 9). 
Nos anos passados, eles estiveram impedidos de 
trabalharem porque não havia salário (recompensa), 
nem paz para os que trabalhavam, por causa do 
inimigo que o Senhor havia incitado contra eles (v. 
10). 
Mas agora, Deus estava prometendo paz e 
prosperidade ao Seu povo (v. 11, 12), de modo que 
não seriam mais considerados uma maldição pelas 
nações, mas uma bênção (v. 13); porque o Senhor 
voltaria a usar de misericórdia para com eles e faria 
o bem a Jerusalém e a Judá, pelo que não deveriam 
temer o mal (v. 14, 15). 
Apesar de fazer todas estas coisas, pela Sua graça, a 
bênção do Senhor sempre está condicionada a um 
andar condigno na Sua presença. 
Então, para desfrutarem das bênçãos prometidas, 
deveriam se exercitar na prática do bem, da justiça 
e da verdade (v. 16, 17). 
Então os jejuns que faziam se tornariam um motivo 
de regozijo, alegria e festas alegres, por isso 
deveriam amar a verdade e a paz (v. 18, 19). 
De repudiada e desprezada que era, pela sua 
condição de ruína, Jerusalém ainda viria a ser 
procurada por muitos povos e pelos habitantes de 
52 
 
muitas cidades, para virem buscar o Senhor dos 
exércitos, e o Seu favor e bênção (v. 20 a 22). 
Assim, os judeus ganhariam prestígio entre as 
nações e muitos lhes procurariam por saberem que 
o favor de Deus se encontrava com eles (v. 23). 
 
 
“1 Depois veio a mim a palavra do Senhor dos 
exércitos, dizendo: 
2 Assim diz o Senhor dos exércitos: Zelo por Sião 
com grande zelo; e, com grande indignação, por ela 
estou zelando. 
3 Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e habitarei 
no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a 
cidade da verdade, e o monte do Senhor dos 
exércitos o monte santo. 
4 Assim diz o Senhor dos exércitos: Ainda nas 
praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, 
levando cada um na mão o seu cajado, por causa da 
sua muita idade. 
5 E as ruas da cidade se encherão de meninos e 
meninas, que nelas brincarão. 
6 Assim diz o Senhor dos exércitos: Se isto for 
maravilhoso aos olhos do resto deste povo naqueles 
dias, acaso será também maravilhoso aos meus 
olhos? diz o Senhor dos exércitos. 
7 Assim diz o Senhor dos exércitos: Eis que salvarei 
o meu povo, tirando-o da terra do oriente e da terra 
do ocidente; 
53 
 
8 e os trarei, e eles habitarão no meio de Jerusalém; 
eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus em 
verdade e em justiça. 
9 Assim diz o Senhor dos exércitos: Sejam fortes as 
vossas mãos, ó vós, que nestes dias ouvistes estas 
palavras da boca dos profetas, que estiveram no dia 
em que foi posto o fundamento da casa do Senhor 
dos exércitos, a fim de que o templo fosse edificado. 
10 Pois antes daqueles dias não havia salário para 
os homens, nem lhes davam ganho os animais; nem 
havia paz para o que saia nem para o que entrava, 
por causa do inimigo; porque eu incitei a todos os 
homens, cada um contra o seu próximo. 
11 Mas agora não me haverei para com o resto deste 
povo como nos dias passados, diz o Senhor dos 
exércitos; 
12 porquanto haverá a sementeira de paz; a vide 
dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os 
céus darão o seu orvalho; e farei que o resto deste 
povo herde todas essas coisas. 
13 E há de suceder, ó casa de Judá, e ó casa de Israel, 
que, assim como éreis uma maldição entre as 
nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não 
temais, mas sejam fortes as vossas mãos. 
14 Pois assim diz o Senhor dos exércitos: Como 
intentei fazer-vos o mal, quando vossos pais me 
provocaram a ira, diz o Senhor dos exércitos, e não 
me compadeci, 
15 assim tornei a intentar nestes dias fazer o bem a 
Jerusalém e à casa de Judá; não temais. 
54 
 
16 Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade 
cada um com o seu próximo; executai juízo de 
verdade e de paz nas vossas portas; 
17 e nenhum de vós intente no seu coração o mal 
contra o seu próximo; nem ame o juramento falso; 
porque todas estas são coisas que eu aborreço, diz o 
senhor. 
18 De novo me veio a palavra do Senhor dos 
exércitos, dizendo: 
19 Assim diz o Senhor dos exércitos: O jejum do 
quarto mês, bem como o do quinto, o do sétimo, e o 
do décimo mês se tornarão para a casa de Judá em 
regozijo, alegria, e festas alegres; amai, pois, a 
verdade e a paz. 
20 Assim diz o Senhor dos exércitos: Ainda 
sucederá que virão povos, e os habitantes de muitas 
cidades; 
21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, 
dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do 
Senhor, e buscar o Senhor dos exércitos; eu também 
irei. 
22 Assim virão muitos povos, e poderosas nações, 
buscar em Jerusalém o Senhor dos exércitos, e 
suplicar a bênção do Senhor. 
23 Assim diz o Senhor dos exércitos: Naquele dia 
sucederá que dez homens, de nações de todas as 
línguas, pegarão na orla das vestes de um judeu, 
dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido 
que Deus está convosco.” (Zacarias 8.1-23) 
 
 
55 
 
Zacarias 9 
 
Os Presos de Esperança 
 
Judá havia sido encurvada pelo braço forte do 
Senhor, que a havia disciplinado. 
No entanto, não seria das nações pagãs que 
procederia a salvação do Senhor para todo o mundo, 
mas de Judá. 
Não seria de Tiro, nem de Sidom, nem das cidades 
confederadas dos filisteus citadas nos versos 5 a 7, 
de Zacarias 9, contra as quais o Senhor ainda 
entraria em juízo. 
Damasco, Arã e estas cidades citadas, que haviam 
juntado muito ouro, e que estavam confiantes em 
suas riquezas, viriam a ser despojadas por Deus. 
Nos versos 9 e 10 há uma profecia que revela que o 
Rei Justo e Salvador de Judá, é humilde, e viria a 
Jerusalém montado num jumento, um jumentinho, 
filho de jumenta. 
E a Sua entrada triunfal em Jerusalém geraria 
exultação e alegria, como de fato gerou porque 
gritaram “Hosana! Bendito aquele que vem em 
nome do Senhor”, a ponto de os fariseus terem 
pedido a Jesus que repreendesse os Seus discípulos 
para não gritarem tão alto, mas Jesus lhes disse, que 
caso não o fizessem, as pedras clamariam, uma vez 
que isto estava profetizado neste texto de Zacarias 9 
(v. 9). 
56 
 
Israel e Judá não prevaleceriam pela força de carros 
e de cavalos e de arcos de guerra, porque o reino 
deste Rei Justo e Salvador é um reino de paz para 
todas as nações, e o Seu domínio se estenderia de 
mar a mar, até as extremidades da terra (v. 10). 
E por causa da nova aliança, que seria inaugurada 
no sangue deste Rei Justo e Salvador, seriam 
libertados os presos da cova em que não havia água 
(v. 11). Esta é a condição de todo homem sem 
Cristo. Ele está preso na cova do pecado, e 
desprovido da água viva do Espírito Santo. 
Os presos são chamados a virem para a fortaleza que 
é o Senhor. E são chamados de presos de esperança. 
Ou seja, aqueles que suspiram pela salvação de 
Deus, e que têm a certeza de que têm em Cristo um 
libertador. 
Para estes é prometida uma recompensa dupla, 
porque o Senhor traz consigo o Seu galardão para 
recompensar aqueles que O buscam (v. 12). 
Deus tomaria vingança contra os inimigos do Seu 
povo, mas deles faria o que está prometido no que 
se afirma nos versos 16 e 17: 
“16 E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, 
como o rebanho do seu povo; porque eles serão 
como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra 
dele. 
17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande 
é a sua formosura! o trigo fará florescer os 
mancebos e o mosto as donzelas.” 
 
 
57 
 
 
 
“1 A palavra do Senhor está contra a terra de 
Hadraque, e repousará sobre Damasco, pois ao 
Senhor pertencem as cidades de Arã, e todas as 
tribos de Israel. 
2 E também Hamate que confina com ela, e Tiro e 
Sidom, ainda que sejam mui sábias. 
3 Ora Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou 
prata como o pó, e ouro como a lama das ruas. 
4 Eis que o Senhor a despojará, e ferirá o seu poder 
no mar; e ela será consumida pelo fogo. 
5 Asquelom o verá, e temerá; também Gaza, e terá 
grande dor;igualmente Ecrom, porque a sua 
esperança será iludida; e de Gaza perecerá o rei, e 
Asquelom não será habitada. 
6 Povo mestiço habitará em Asdode; e exterminarei 
a soberba dos filisteus. 
7 E da sua boca tirarei o sangue, e dentre os seus 
dentes as abominações; e ele também ficará como 
um resto para o nosso Deus; e será como chefe em 
Judá, e Ecrom como um jebuseu. 
8 Ao redor da minha casa acamparei contra o 
exército, para que ninguém passe, nem volte; e não 
passará mais por eles o opressor; pois agora vi com 
os meus olhos. 
9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de 
Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e 
traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre 
um jumento, sobre um jumentinho, filho de 
jumenta. 
58 
 
10 De Efraim exterminarei os carros, e de Jerusalém 
os cavalos, e o arco de guerra será destruído, e ele 
anunciará paz às nações; e o seu domínio se 
estenderá de mar a mar, e desde o Rio até as 
extremidades da terra. 
11 Ainda quanto a ti, por causa do sangue do teu 
pacto, libertei os teus presos da cova em que não 
havia água. 
12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; 
também hoje anuncio que te recompensarei em 
dobro. 
13 Pois curvei Judá por meu arco, pus-lhe Efraim 
por seta; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os 
teus filhos, ó Grécia; e te farei a ti, ó Sião, como a 
espada de um valente. 
14 Por cima deles será visto o Senhor; e a sua flecha 
sairá como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar 
a trombeta, e irá com redemoinhos do sul. 
15 O Senhor dos exércitos os protegerá; e eles 
devorarão, e pisarão os fundibulários; também 
beberão o sangue deles como ao vinho; e encher-se-
ão como bacias de sacrifício, como os cantos do 
altar. 
16 E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, 
como o rebanho do seu povo; porque eles serão 
como as pedras de uma coroa, elevadas sobre a terra 
dele. 
17 Pois quão grande é a sua bondade, e quão grande 
é a sua formosura! o trigo fará florescer os 
mancebos e o mosto as donzelas.” (Zacarias 9.1-17) 
 
59 
 
 
Zacarias 10 
 
Vitórias e Vitórias 
 
No verso 7 do décimo capítulo de Zacarias Deus 
prometeu que a Igreja teria o Seu poder e a 
Sua alegria. E no verso 12 se diz que o povo do 
Senhor andará em Seu nome, porque Ele o 
fortalecerá. 
E a consequência de tal promessa é que o povo do 
Senhor será um povo alegre nesta Sua força. 
Daí se dizer que devemos nos alegrar sempre no 
Senhor, porque tais promessas que Ele tem feito e 
cumprido de fortalecimento, salvação, proteção e 
crescimento da Igreja são motivo de grande alegria 
para o Seu povo, conforme se vê nos versos 7 e 
8 deste capítulo 10 de Zacarias. 
É a alegria de Deus, isto é, a que vem dEle, e não a 
nossa própria alegria, que é a nossa força. 
Fiel é o que fez a promessa. 
Não contemplemos portanto aquilo que há no 
nosso próprio coração, porque não será ali que 
acharemos esta força e alegria. 
Olhemos para o alto. 
Olhemos para Cristo e Ele nos dará força, 
graça e alegria, pelo poder do Espírito Santo. 
Mas quando a Bíblia diz que a alegria do Senhor é 
a nossa força (Ne 8.10), e que devemos nos 
60 
 
regozijar sempre no Senhor (Fp 4.4), a 
quê tipo de alegria ela está se referindo? 
Nós veremos que é sobretudo alegria no fato de 
termos sido salvos e de termos o Senhor, e não 
propriamente uma atitude permanente de ter um 
sorriso no rosto, e não se sentir nunca entristecido 
por qualquer aflição. 
Esta alegria é uma exultação interior, um regozijo 
no Espírito, por sabermos que somos do Senhor, e 
que podemos contar com a Sua graça, ainda 
que estejamos contristados por muitas provações. 
O fator determinante desta alegria cristã nas 
provações é a habitação do Espírito Santo, e o fato 
de não entristecermos o Espírito, por causa do 
pecado, que é a única coisa que pode apagar a Sua 
atuação em nosso espírito. 
Por isso, antes de falar em alegria e força espiritual 
neste capítulo de Zacarias, Deus ordenou a Seu 
povo que lhe pedisse chuva no tempo da chuva 
serôdia. 
O que ocorrerá caso não chova na época apropriada 
sobre a lavoura? Poderá haver colheita? 
De igual modo, caso não ocorra o derramar da 
chuva do Espírito no tempo apropriado, não poderá 
haver colheita de almas e a manifestação do poder 
de Deus entre nós. 
A Igreja é incentivada a pedir, a clamar ao Senhor 
para que faça chover o Espírito onde temos semeado 
a Palavra do evangelho. 
Se o Espírito Santo não regar a lavoura de Deus, não 
haverá colheita. 
61 
 
E se o povo de Deus não orar para que Deus derrame 
o Espírito, Ele não será derramado. 
A palavra da promessa divina é que Ele derramará 
chuvas abundantes (v.1) caso o Seu povo ore lhe 
pedindo que derrame a chuva necessária, na época 
apropriada. 
Quando o profeta Zacarias realizou o seu ministério, 
a terra de Judá, apesar do retorno do povo de 
Babilônia, ainda estava desolada e queimada, 
conforme podemos ver no livro de Neemias, cujo 
ministério foi bem posterior ao tempo de Zacarias. 
Mas em tempos de desolação, quando parece que os 
inimigos espirituais da Igreja conseguiram 
prevalecer contra ela, por estarem seus membros 
enfraquecidos, e de pouco se ver da glória, poder e 
alegria do Espírito no meio do Seu povo, e quando 
as conversões escasseiam, o Senhor se levanta e fixa 
diante de nós a promessa de que derramará a chuva 
do Espírito no tempo apropriado, caso oremos a Ele 
pedindo tal derramamento. 
As promessas de bênçãos, que são feitas a esta 
Igreja desolada que ora, são proferidas nos versos 5 
a 12: 
- Serão poderosos na batalha esmagando o inimigo 
no lodo das ruas, porque o Senhor estará com a Sua 
igreja (v. 5). 
- Ele fortalecerá o Seu povo e trará salvação 
trazendo de volta aqueles que haviam sido 
espalhados, porque terá misericórdia deles e os 
ouvirá (v.6). 
62 
 
- A Igreja terá o poder do Senhor e a Sua alegria, e 
os que se converterem pelo seu testemunho, 
também se alegrarão no regozijo do Senhor (v.7). 
- As conversões se multiplicarão tal como ocorriam 
na Igreja Primitiva (v. 8). 
- Assim como Israel foi reunido pelo Senhor em sua 
própria terra, depois de tê-los espalhado pelas 
nações, de igual modo o Senhor será lembrado pelos 
seus eleitos, que estiverem em todas as nações, os 
quais se converterão a Ele, e serão tantos, que não 
se achará lugar bastante para eles, tal como ocorre 
ainda hoje com Israel em suas disputas por terras 
com os palestinos, depois de terem sido trazidos 
pelo Senhor de todas as nações (v. 9,10). 
- Os inimigos da Igreja não poderão prevalecer 
contra ela, porque o Senhor derrubará a soberba e o 
domínio deles (v.11). 
- O povo do Senhor andará em Seu nome, porque 
Ele o fortalecerá (v.12). 
Todas estas bênçãos virão sobre o povo do Senhor 
porque eles terão abandonado os seus ídolos, e toda 
a forma falsa de religião, na qual haviam sido 
enganados, porque não foram conduzidos por 
pastores fiéis à verdade (v.2). 
Mas a ira do Senhor se acende contra estes pastores 
infiéis, e aqueles que dentre eles forem falsos 
pastores, por não conhecerem ao Senhor, Ele os 
castigará. 
Ele mesmo visitará o Seu rebanho e fará dele como 
um majestoso cavalo de guerra (v. 3). 
63 
 
Tudo isto o Senhor fará se o Seu povo lhe pedir que 
faça chover no tempo apropriado. 
E se diz que este tempo é o da chuva serôdia. 
Esta chuva era a última que caía em Israel e que 
fazia o grão engordar na espiga, de maneira que 
pudesse haver colheita. 
É portanto, uma referência ao derramar do Espírito, 
nos últimos dias, para a grande colheita de almas, o 
que se dá através da oração da Igreja, pedindo que 
isto ocorra. 
As primeiras chuvas em Israel caíam na primavera 
entre março e maio, e era suficiente apenas para 
fazer brotar a lavoura e dar crescimento às plantas, 
mas não para encher as espigas de grãos, e como 
raramentechove em Israel nos meses de junho e 
julho, a chuva posterior (serôdia) era necessária 
para que houvesse colheita. 
De igual modo, se Deus não fizer cair a chuva do 
Espírito, não pode haver colheita espiritual. 
Os líderes de Israel haviam falhado em apascentar o 
povo do Senhor. Ao contrário, eles fizeram as 
ovelhas se desviarem do Seu caminho. 
Mas Deus tornaria a reunir o Seu povo num só 
rebanho, e o apascentaria, e tem feito isto através do 
Espírito e do ministério de pastores fiéis, que são 
segundo o Seu coração, e não como os ladrões e 
salteadores, que haviam explorado e destruído as 
ovelhas, antes que Jesus se manifestasse. 
“7 Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em 
verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. 
64 
 
8 Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e 
salteadores; mas as ovelhas não os ouviram.” (Jo 
10.7,8). 
Deus é quem salva e fortalece a casa de Judá e de 
José, isto é, todo o verdadeiro Israel, a saber a 
Igreja. 
Ele trabalha pela nossa felicidade enquanto 
cumprimos o nosso dever para com Ele. 
Deste modo, somos capacitados a sermos diligentes 
com a força que Deus nos dá. 
Deus é nossa força, e assim se torna nossa canção e 
nossa salvação. 
Os que forem remidos no sangue de Jesus seriam 
multiplicados por Deus (v. 8). 
Esta é uma profecia clara quanto à multiplicação da 
Igreja. 
“Assim as igrejas eram confirmadas na fé, e dia a 
dia cresciam em número.” (Atos 16.8). 
A vocação da Igreja verdadeira é crescer e se 
multiplicar na terra. 
Não podemos portanto pensar em portas fechadas 
enquanto permanecemos fiéis ao Senhor, porque 
Ele tem prometido multiplicar, fazer crescer e 
fortalecer e não dividir e enfraquecer. 
É a glória do Seu próprio nome que está em jogo no 
progresso e força da Igreja, por isso Ele mesmo se 
tornou a nossa força e salvação. 
E a consequência de tal promessa é que o povo do 
Senhor será um povo alegre nesta Sua força. 
Daí se dizer que devemos nos alegrar sempre no 
Senhor, porque tais promessas que Ele tem feito e 
65 
 
cumprido, de fortalecimento, salvação, proteção e 
crescimento da Igreja são motivo de grande alegria 
para o Seu povo, conforme se vê no verso 8. 
Não importa portanto, quais sejam as circunstâncias 
em que estejamos vivendo. 
Se há dificuldades que não são ocasionadas pelo 
fato de estarmos vivendo em pecado, que é a única 
razão para nos entristecermos, estejamos sempre 
alegres no Senhor, especialmente nos serviços da 
Sua casa. 
Louvemos o Seu santo nome por tão grande graça e 
bondade, que tem demonstrado para conosco em 
Cristo Jesus. 
E que sejam cânticos de alegria que exaltem o Seu 
santo nome. 
O nosso coração se alegrará, diz a promessa. 
Então o Senhor quer que estejamos alegres e gratos 
em toda e qualquer circunstância, porque isto traz 
grande glória ao Seu nome e dá cumprimento à Sua 
palavra. 
Levantemos portanto de todo e qualquer abatimento 
de espírito, pela fé na Sua promessa, e o Espírito nos 
fortalecerá, para que estejamos alegres na presença 
de Deus. 
Satanás não pode prevalecer contra um coração que 
se alegra no Senhor, porque um coração assim está 
revestido com graça, e ele tem que bater em retirada. 
Importa que esta alegria seja do Espírito, produzida 
pela força do Senhor, porque se for da carne, se for 
nossa própria alegria, nossa resistência será fraca e 
cairemos nas tentações de Satanás. 
66 
 
É a alegria de Deus, isto é, a que vem dEle, e não a 
nossa própria alegria que é a nossa força. 
Quando os filhos virem seus pais com tal alegria, 
eles se animarão em também servirem ao Senhor. 
É portanto, fundamental que haja esta alegria de 
Deus em nossas vidas e em nossos lares. 
Fiel é o que fez a promessa. 
Não contemplemos portanto, aquilo que há no nosso 
próprio coração, porque não será ali que acharemos 
esta força e alegria. 
Olhemos para o alto. Olhemos para Cristo e Ele nos 
dará força, graça e alegria pelo poder do Espírito 
Santo. 
Quando as pessoas virem a alegria de um povo 
santo. 
Quando elas virem este poder maravilhoso 
operando em nossas vidas, elas também se sentirão 
atraídas pelo evangelho. 
Importa portanto, estarmos contentes em toda e 
qualquer situação, tal como o apóstolo Paulo havia 
aprendido, e este era o grande segredo de ter ganho 
tantos para Cristo. 
Foi por causa desta força do Senhor, que vem da Sua 
alegria em nós, que o apóstolo pôde fazer tantas 
coisas para Deus, andando para cima e para baixo, 
vencendo todas as oposições. 
Ele nos deixou um exemplo para ser seguido, e por 
isso nos pede que sejamos seus imitadores, porque 
esta é a maneira certa de se viver para Deus. 
67 
 
A vida Cristã exige que tenhamos força e nos 
movimentemos de maneira industriosa para Deus, 
em nosso serviço de ganhar e edificar almas. 
Porque Deus ama ao homem que criou e não lhe 
agrada nem um pouco ver, mesmo ímpios, serem 
destruídos por causa do pecado. 
Mas tudo o que fizermos tem que ser em nome do 
Senhor Jesus Cristo e debaixo do Seu governo e 
autorização, em completa dependência do Seu 
Espírito, para que Ele receba toda a glória. 
 “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, 
fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele 
graças a Deus Pai.” (Col 3.17). 
É por isso que tanto se exige que os cristãos não se 
entreguem a pensamentos vãos e deprimentes, a 
pensamentos de derrota, mas a aprenderem como 
Paulo a poderem todas as coisas em Cristo, porque 
Ele nos fortalece. 
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, 
tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que 
é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa 
fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, 
nisso pensai.”(Fp 4.8). 
Se fizermos isto, qual é o resultado prometido? 
É dito que o Deus de paz será conosco, se agirmos 
e pensarmos tal como Paulo fazia (Fp 4.9). 
Queiramos uma vida vitoriosa como esta, não para 
o nosso próprio interesse, mas para podermos de 
fato exaltar e glorificar o nome do Senhor. Ele 
merece isto depois de tudo o que fez e tem feito por 
nós. 
68 
 
Há toda uma multidão de testemunhas aguardando 
todos os dias pela nossa vitória, quer pessoas na 
terra, quer os anjos nos céus. 
 
 
“Pedi ao SENHOR chuva no tempo da chuva 
serôdia, sim, ao SENHOR que faz relâmpagos; e 
lhes dará chuvas abundantes, e a cada um erva no 
campo. 
2 Porque os ídolos têm falado vaidade, e os 
adivinhos têm visto mentira, e contam sonhos 
falsos; com vaidade consolam, por isso seguem o 
seu caminho como ovelhas; estão aflitos, porque 
não há pastor. 
3 Contra os pastores se acendeu a minha ira, e 
castigarei os bodes; mas o SENHOR dos Exércitos 
visitará o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará 
como o seu majestoso cavalo na peleja. 
4 Dele sairá a pedra de esquina, dele a estaca, dele 
o arco de guerra, dele juntamente sairá todo o 
opressor. 
5 E serão como poderosos que na batalha esmagam 
ao inimigo no lodo das ruas; porque o SENHOR 
estará com eles; e confundirão os que andam 
montados em cavalos. 
6 E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de 
José, e fá-los-ei voltar, porque me compadeci deles; 
e serão como se eu não os tivera rejeitado, porque 
eu sou o SENHOR seu Deus, e os ouvirei. 
7 E os de Efraim serão como um poderoso, e o seu 
coração se alegrará como pelo vinho; e seus filhos 
69 
 
o verão, e se alegrarão; o seu coração se regozijará 
no SENHOR. 
8 Eu lhes assobiarei, e os ajuntarei, porque eu os 
tenho remido; e multiplicar-se-ão como antes se 
tinham multiplicado. 
9 Ainda que os espalhei por entre os povos, eles se 
lembrarão de mim em lugares remotos; e viverão 
com seus filhos, e voltarão. 
10 Porque eu os farei voltar da terra do Egito, e os 
congregarei da Assíria; e trá-los-ei à terra de 
Gileade e do Líbano, e não se achará lugar bastante 
para eles. 
11 E ele passará pelo mar da angústia, e ferirá as 
ondas no mar, e todas

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