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Direito Constitucional
Interpretação e aplicabilidade das normas constitucionais: Parte I
Olá, guerreiro, tudo bem? Continua com muita força, né? Estamos com vc nesta batalha. 
Não deixe energias negativas te abalar nesta sua jornada. VAmos lá, o assunto desta aula é a 
Interpretação da Constituição. Item fundamental em sua preparação. Força, garra e sucesso.
Interpretação da Constituição
Há certos princípios específicos que orientam a interpretação do texto constitucional. São 
princípios criados pela hermenêutica constitucional. 
1. PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO
O texto constitucional deve ser interpretado de forma a evitar contradições entre suas normas 
e, entre os princípios constitucionais estabelecidos.
Deve-se considerar a CF na sua globalidade, procurando harmonizar suas aparentes contra-
dições; não pode interpreta-las como normas isoladas e dispersas, mas como preceitos integrados 
num sistema interno unitário de normas e princípios. 
Decorrência desse princípio: 
• Todas as normas contidas numa Constituição formal têm igual valor, ou seja, não há 
hierarquia dentro da CF;
• Não existem normas constitucionais originárias INCONSTITUCIONAIS, ou seja, não se 
pode reconhecer a inconstitucionalidade de uma regra em face de outra, nem mesmo 
em face de uma clausula pétrea;
• O texto constitucional deve ser lido e interpretado de modo harmônico e com ponderação, 
eliminando-se eventuais antinomias aparentes. 
2. PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR
Na resolução dos problemas jurídico-constitucionais, deve prevalecer os critérios ou pontos 
de vista que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política. 
3. PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE
Interpretar a Constituição de forma a atribuir à norma constitucional a maior efetividade 
possível. No caso de dúvidas deve-se preferir a interpretação que lhes reconheça maior eficácia. 
4. PRINCÍPIO DA JUSTEZA ou da CONFORMIDADE FUNCIONAL
Se a Constituição acolhe uma forma de funcionamento de nosso sistema, não pode o intér-
prete chegar a um resultado diferente.
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Direito Constitucional
Interpretação e aplicabilidade das normas constitucionais: Parte I
5. PRINCÍPIO DA HARMONIZAÇÃO ou CONCORDÂNCIA PRÁTICA
Quando em conflito ou em concorrência de bens jurídicos deve-se coordenar e combinar de 
forma a evitar o sacrifício (total) de uns em relação aos outros, impondo limites e condicionamen-
tos recíprocos de forma a conseguir uma harmonização ou concordância entre esses dispositivos.
6. PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO
Na interpretação constitucional, o interprete deve valorizar as soluções que possibilitem 
a atualização normativa, a eficácia e a permanência da Constituição. Não se deve interpretar a 
Constituição no sentido de negar eficácia ao texto, mas tendo valorizar o seu texto, conferindo-lhe 
a máxima aplicabilidade. 
7. PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
No caso de normas que admitem mais de uma interpretação, deve-se dar preferência à in-
terpretação que lhes dê um sentido em conformidade com a Constituição. 
Decorrência desse princípio:
• as várias interpretações, deve-se escolher a que não seja contraria à Constituição;
• Regra: conservação da validade da lei, e não a declaração de sua inconstitucionalida-
de. Dessa forma, uma lei não deve ser declarada inconstitucional quando ela puder ser 
interpretada em conformidade com a Constituição.
• Limites à utilização da interpretação conforme a Constituição:
• intérprete não pode contrariar o texto literal e o sentido da norma interpretada, mesmo 
que por meio da interpretação, se consiga uma concordância da lei com a Constituição;
• interpretação conforme a Constituição só é admitida quando existe, de fato, um espaço 
de interpretação em que são admissíveis diferentes propostas interpretativas. Ex: uma 
em conformidade e que deve ser preferida, e outras em desconformidade que serão 
afastadas;
• caso de se chegar a um resultado interpretativo de uma lei inequivocamente em contra-
dição com a Constituição, não se pode utilizar a interpretação conforme a Constituição. 
Nessa hipótese, declara-se a inconstitucionalidade da norma;
• o intérprete zelar pela manutenção da vontade do legislador, devendo ser afastada a 
interpretação conforme a Constituição quando dela resultar uma regulação distinta 
daquela originariamente almejada pelo legislador. 
8. INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO SEGUNDO AS LEIS
Em face do Principio da Supremacia Constitucional, a aplicação dessa tese é rejeitada pela 
doutrina majoritária. 
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Direito Constitucional
Interpretação e aplicabilidade das normas constitucionais: Parte I
10. TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS
Fundamenta-se na idéia de que, para cada poder outorgado pela Constituição a certo órgão, 
são implicitamente conferidos amplos poderes para a execução desse poder. Ou seja, toda vez que a 
Constituição outorga um poder, incluem-se, implicitamente, todos os meios necessários à sua efeti-
vação, desde que guardada uma adequação entre os meios e o fim (Princípio da Proporcionalidade). 
11. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA CONSTITUCIONAL
A Constituição está no ápice do ordenamento jurídico nacional e nenhuma norma jurídica 
pode contraria-la material ou formalmente sob pena de advir uma inconstitucionalidade. 
12. PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS 
INFRACONSTITUCIONAIS
Há uma Presunção “iuris tantum” de que toda lei é constitucional até prova em contrario, ou 
seja, até que o Poder Judiciário, exercendo o controle típico de constitucionalidade de leis, a declare 
expressamente inconstitucional.

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