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Feocromocitoma Glândula Adrenal - Adjacente ao polo superior dos rins, na região retroperitoneal; - Dividida em duas zonas: córtex (periférica) e medula (interna); Córtex é dividida em cápsula (tecido fibroso que reveste externamente a glândula) e três zonas (glomerulosa, fasciculada e reticular) - Zona glomerulosa é responsável pela produção dos mineralocorticoides (aldosterona); - Zona fasciculada é responsável pela produção de glicocorticoide (cortisol); - Zona reticulada é responsável pela produção dos hormônios sexuais. Medula - Responsável pela produção de catecolaminas Feocromocitoma Etiologia - Suas causas não foram esclarecidas; - Acredita-se que seu aparecimento esteja ligado a fatores genéticos e ambientais; - As formas familiares podem estar associadas as seguintes doenças: NEM II, NEM IIb, neurofibromatose e doença de von Hippel-Lindou Epidemiologia - Afeta ambos os sexos igualmente; - Mais frequente na 4ª e 5ª décadas de vida; - Mais raro na raça negra; - 0,1 a 1% dos casos de hipertensão que surgem anualmente; - Incidência anual estimada: 2—8 novos casos/1 milhão de habitantes; - 80-90% são benignos; - 3-11% acomentimento bilateral essa porcentagem pode aparecer alterada em algumas famílias; - A maioria dos feocromocitomas eram tidos como esporádicos, hoje parece que as formas hereditárias são mais frequentes do que pensava; - 10% estão ligados a uma das várias síndromes familiares; - 10% dos feocromocitomas das suprarrenais aparecem na infância; - 10% dos feocromocitomas das suprarrenais são malignas; - 10% dos casos são hereditários Fisiopatologia - Hipersecreção persistente de catecolaminas pelas células cromafins; - Quantidade formada é maior do que a capacidade de armazenamento das vesículas; - Acúmulo de catecolaminas no citoplasma; - O excesso de catecolaminas e seus metabólitos entram na circulação RESULTADO: efeitos metabólicos e cardiovasculares Manifestações clínicas - Clínica muito variável. Conhecido como “o grande mascarado”; - Pode ser assintomático por vários anos; - Hipertensão episódica; - Tríde clássica (Palpitações, cefaleias e sudorese profusa). - As crises induzidas pelas catecolaminas podem resultar em: Insuficiência Cardíaca, Edema Pulmonar, Arritmias e Hemorragia Intracraniana; - Em geral os paroxismos duram menos de 1h e podem ser desencadeados por cirurgia, mudança posicional, exercício, micção e várias medicações (antidepressivos tricíclico, opiáceos, metaclopramida); -Pacientes com elevado risco para desenvolver FEO, com base na predisposição genética; - Mais provável a ocorrência de tumores adrenais bilaterais; - Localização extra-adrenal; - Idade mais jovem; Diagnóstico Testes bioquímicos: Detectam o excesso de catecolaminas; - Níveis plasmáticos e urinários de catecolaminas e seus metabólitos metilados, as metanefrinas (liberação mais constante), constituem a base para o diagnóstico; - A atividade hormonal flutua, gerando variação nas mensurações seriadas de catecolaminas; - Por outro lado a maioria dos tumores produz continuamente metabólitos identificados pelas mensurações das metanefrinas; - Em um contexto clínico com suspeita de Feocromocitoma, quando os valores estão aumentados de 2 a 3 vezes acima do limite superior o diagnóstico é altamente provável; - As mensurações plasmáticas das metanefrinas são extremamente sensíveis a elevações falso-positivas devido ao estresse; - O padrão das catecolaminas pode ajudar a localizar o tumor, pois a epinefrina quase nunca está aumentada nos feocromocitomas extra- adrenais; Exames de imagem: Localizam o tumor; - A TC e a RNM apresentam sensibilidade semelhantes; - A TC deve ser realizada com contraste; - Cerca de 5% dos incidentalomas suprarrenais, habitualmente identificados por TC ou RNM, revelam Feocromocitoma após avaliação endocrinológica; - Os tumores também podem ser localizados utilizando-se traçados radioativos Microscopicamente, origina-se nas células de cromafins, localizada na medula da glândula adrenal; Há uma expansão na região adrenal, com aumento das células cromafins que começam a se agrupar, formando arranjos (arranjos de Zellballen) Imagem mostra as celulas cromafins; Critérios de malignidade - Metástase; - Recorrência; - Invasão das estruturas adjacentes Tratamento - Tratamento cirúrgico é a conduta terapêutica definitiva; - Feocromocitomas não tratados determinam mortalidade precoce por complicações renais, cardíacas, cerebrais e vasculares provocadas pela grave hipertensão, podendo ocorrer, inclusive, morte súbita durante um paroxismo Caso clínico: Indicativo de Feocromocitoma Tríade, hipertensão com mudança de posição e pesquisa das troponinas; Solicitar TC e RNM de abdômen, teste bioquímicos (metanefrinas pois a liberação é mais constante)); Tratamento cirúrgico
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