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Roteiro de Estudo para o estágio em Cardiorespiratório Exame Físico Sinais vitais: • Frequência cardíaca: pulso arterial, ausculta cardíaca; Normocardia: 60-100 bpm Taquicardia: > 100 bpm Bradicardia: < 60 bpm Pressão Arterial Spo2:Reduzida/Hipoxemia: <90% FR: Eupneia: 12-20 rpm Taquipneia: > 20 rpm Bradipneia: < 12 rpm. Hiperpneia, Hipopneia : aumento e redução do VC. Apneia: ausência de movimentos respiratórios. Apneuse: interrupção dos movimentos respiratórios ao final da inspiração Pulso arterial :análise a. Frequência b. Ritmo: regular, irregular c. Amplitude: normal, amplo, pequeno d. Estado da parede arterial: lisa, tortuosa, endurecida Pulso venoso • Avaliação: Paciente DD, 45º de elevação da cabeceira. > 3-4 cm: anormal INSPEÇÃO: Estática: consiste na observação do tórax sem considerar os movimentos respiratórios. Pele e anexos - Cianose: diminuição da concentração de Hb ou, aumento da concentração de desoxihemoglobina Cianose central: sangue sai do coração com concentração de Hb reduzida. Ex: anemia, doenças cardíacas/pulmonares. (Pele, língua e mucosas azuladas) Pele e anexos - Presença de cicatrizes; - Coloração, temperatura; - Aspecto de hidratação; - Presença de atrofias musculares; - Edema. Hipocratismo ou baquetamento digital. Sinal de Cacifo ou sinal de Godet: Pressão digital da pele por pelo menos 5 seg. *Edema generalizado: ANASARCA Tipos de tórax: normal; brevilino; mediolíno; longilíneo Tipo de Tórax: anormal: palno, globoso (tonel); cifótico; escavado; peito de pombo Via de entrada de ar: nasal, oral/bucal; oronasal (mista); Dinâmica: observação do tórax levando em consideração os movimentos respiratórios Padrão respiratório - Determinado pelo segmento do tronco que predomina durante os movimentos respiratórios. - Regulares: toracoabdominal, abdominal, torácico. Irregulares: Respiração Cheyne-Stokes: respiração aumenta e reduz em profundidade e frequência com períodos de apneia. Ex: doenças do SNC; Respiração de Biot ou atáxica :respiração irregular com longos períodos de apneia. Ex: doenças do SNC; Respiração de Kussmaul: respirações profundas e rápidas. Ex: acidose metabólica. Amplitude respiratória: - Preservada; - Reduzida; - Aumentada. Ritmo respiratório: - Regular; - Irregular. Esforço respiratório Tiragem intercostal; - Uso de musculatura acessória da respiração; - Batimento de asa de nariz; - Sinal de Hoover: retração 1/3 inferior do tórax durante a inspiração. - Respiração paradoxal: diafragma move para cima durante inspiração – Inspeção Dinâmica: • Expansibilidade torácica - Avaliação: visual, palpação. - Resultado: simétrico, assimétrico ou reduzido. 1) Visual: observação nos pés, direção cefálica. PALPAÇÃO: • Expansibilidade torácica: polegares devem mover de 3-5 cm – Inspeção Dinâmica: • PALPAÇÃO: • Expansibilidade torácica: polegares devem mover de 3-5 cm Cinesia (movimentos) musculares: - Diafragma: mãos na transversal Diafragma: pontas dos dedos no rebordo costal; Diafragma: pinça; - Intercostais: polpas digitais Escalenos e esternocleidomastoideos; - Músculos abdominais: durante tosse ou expiração forçada. PALPAÇÃO: Flexibilidade torácica; Sensibilidade torácica Frêmito toracovocal - Palpação das vibrações produzidas pelos sons vocais que são transmitidos à parede torácica. - Solicitar ao paciente que fale: 33. - Na face anterior realiza-se apenas nas regiões infraclaviculares. Frêmito toracovocal - Som melhor transmitido nos meios sólidos!!! - Geralmente mais intenso nas regiões interescapulovertebral e infraclavicular direitas: árvore brônquica mais calibrosa e situada posteriormente. AUMENTADO: áreas de condensação (substituição do ar nos espaços alveolares por líquido e/ou células). Ex:pneumonia REDUZIDO: áreas de obstrução brônquica e quando há presença de barreiras entre o pulmão e o tórax, como na presença de ar ou líquidos. oneumotórax; derrame pleural, obesos, musculos. Frêmito brônquico: percepção da vibração oriunda da secreção. Frêmito pleural: sensação tátil das vibrações produzidas pelas duas superfícies rugosas dos folhetos pleurais. Frêmito cardiovascular - Sensação tátil determinada por vibrações produzida no coração (correspondem aos sopros) ou nos vasos. Análise: - Localização (áreas de ausculta cardíaca); - Situação no ciclo cardíaco (sístole ou diástole); - Intensidade (+ a +++) Palpação similar à avaliação do frêmito toracovocal: utilizar parte da palma da mão correspondente à articulação metacarpofalangeana. Ictus Cordis ou Choque de Ponta :É a pulsação do ápice do ventrículo esquerdo Localização :4º ou 5º EICE LHC Extensão: 2 cm (polpa digital para cobrir) ou 1 EIC Amplitude: Variável Duração:Terço inicial da sístole Mobilidade :1 c Ictus Cordis ou Choque de Ponta Seu deslocamento indica dilatação e/ou hipertrofia do VE. PERCUSSÃO: • Produção de vibrações na parede torácica que são transmitidas aos órgãos e tecidos subjacentes. *Exame comparativo. De ápice-base. Não realizar sobre estruturas ósseas; Permite detectar alterações que ocorrem na parede torácica, no espaço pleural e na periferia do pulmão. Até 5 cm de profundidade. - Som normal: som claro pulmonar (atimpânico); “Região infraclavicular” Sons anormais (desequilíbrio entre a quantidade de ar e tecido): Som timpânico: representa aumento da quantidade de ar. Som hipersonoro (ressonante e maior duração) Ex: pneumotórax, hiperinsuflação pulmonar, asma. “Estômago”. PERCUSSÃO: - Sons anormais (desequilíbrio entre a quantidade de ar e tecido): Som maciço: representa redução da quantidade de ar. Som curto e seco, como órgãos sólidos. Ex: pneumonia (consolidação), atelectasia, derrame pleural. “Fígado”. AUSCULTA PULMONAR: Técnica: Paciente preferencialmente sentado. Solicitar inspiração profunda com a boca aberta. - Ins ativa e Ex passiva. - Posicionar o diafragma diretamente contra a parede torácica. Evitar posicionar sobre roupas!!! - Tubo não deve ser atritado contra objetos. AUSCULTA PULMONAR: Sons respiratórios normais: passagem do ar pelas VA. Podem ser: presente/normal, abolido/ausente, reduzido, rude. Som traqueal: audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal. Origina-se da passagem de ar da fenda glótica e na própria traqueia. Há componente inspiratório – composto por ruído soproso, um pouco rude – e expiratório – ruído forte e prolongado que ocorre após curto intervalo silencioso; Som brônquico: som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. Assemelha-se ao som traqueal, diferenciando-se dele apenas por ter componente expiratório menos intenso Som broncovesicular: somam-se características do som brônquico com murmúrio vesicular. Desse modo, intensidade e duração da inspiração e expiração são de igual magnitude, ambas um pouco mais forte que murmúrio vesicular, mas sem alcançar a intensidade do som brônquico. Em condições normais, é auscultado na região esternal superior, interescapulovertebral superior e no nível da terceira e quarta vértebras dorsais; Sons respiratórios anormais: Sons pulmonares adventícios ou ruídos adventícios. RA: Contínuos (sibilos, roncos, estridor) Descontínuos (crepitações) • Sempre relatar em qual fase do ciclo respiratório estão presentes e a localização Sibilos - Ruído assemelha-se a uma nota de instrumento musical. - Podem ser: - Alta frequência: obstruções mais graves, fluxo mais acelerados. - Baixa frequência: obstruções menos graves. Geralmente ocorrem na fase expiratória, uma vez que durante a expiração há uma tendência normal para a redução do calibre das VA. - Quando presente na ins e na ex indica obstrução grave nas VA Causa: obstrução da VA (broncoespasmo, edema, inflamação, secreção, tumor). - A única causa para a geração do sibilo que pode ser modificada pela tosse é a presença de secreção!!! Roncos - Ruído de tonalidade grave, predominantemente inspiratório. - Representam a presença de muco nas VA de grossocalibre. Estridor/Cornagem - Som de alto tom, ouvido na traqueia e laringe. Algumas vezes pode ser ouvido sem o uso do estetoscópio. - Representa obstrução da VAS (traqueia e laringe). - Mais frequente na inspiração. - Causa: tumores, fratura de corpos vertebrais, estenose traquela pós-extubação da ventilação mecânica. Crepitações Sons “explosivos”. Representam: secreção ou líquido na VA (modificável com a tosse), reabertura súbita da VA (não modificável com a tosse). Ex: edema pulmonar, pneumonia, atelectasia, bronquiectasia. Crepitações Podem ser: - Crepitações finas (crepitantes): relacionadas à reabertura das VA. Audível no final da inspiração. Comum em bases pulmonares. “Atrito de cabelo”. Crepitações grossas (subcrepitantes): relacionadas à presença de secreção na VA. Audível em toda a inspiração. “Bolhas estourando”. Descrição - Som respiratório; - Presença ou ausência de ruídos adventícios. AUSCULTA CARDÍACA: Sons cardíacos normais produzidos por fechamento das valvas cardíacas. Primeira bulha (B1): fechamento válvulas mitral e tricúspide. Sístole Segunda bulha (B2): fechamento válvulas aórtica e pulmonar. Final da sístole e início da diástole Técnica: - Examinador à direita do paciente; - Tórax sem vestes. - Manobras que facilitam a ausculta: - DL esquerdo com a mão na cabeça: foco mitral. - Sentado com leve inclinação anterior do tronco: base do coração. FOCO AÓRTICO 2º EIC DIREITO FOCO PULMONAR 2º EIC ESQUERDO FOCO TRICÚSPIDE BASE DO APÊNDICE XIFÓIDE à ESQUERDA FOCO MITRAL 5º EIC NA LINHA HEMICLAVICULAR AUSCULTA CARDÍACA: • Passo 1) Identificar o que é a primeira bulha e o que é a segunda bulha: palpar artéria carótida. A bulha que coincide com o pulso é a B1. B1 = som suave e prolongado (“Tum”) B2 = som seco (“Tá) Passo 2) Identificar sístole auscultatória: período entre B1 e 2. Identificar diástole auscultatória: período entre B2 e B1. Descrição: -Ritmo (regular, irregular); -Bulhas (normo, hipo ou hiperfonéticas); -Presença de sopros, estalidos, clicks, atritos AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS: Tosse:- Pode ser: eficaz ou ineficaz; produtiva ou seca; aguda ou crônica (> 8 semanas) Expectoração: Muco/Catarro X Escarro MUCO: Secreção traqueobronquial que não tenha sido contaminada por secreções orais. ESCARRO:Secreção proveniente do pulmão que passa pela boca ao ser expectorado. • Expectoração Avaliação do escarro - Produção de muco diária: 100 ml (deglutidos) - Avaliar quanto: quantidade, viscosidade/consistência, coloração e odor. Avaliação do escarro -viscosidade: – Viscosa, fluídica coloração Dispneia : Avaliação pela escala do Medical Research Council Dor :Escala analógica visual de doR AVALIAÇÃO FUNCIONAL: • Qualidade de vida/ Questionários validados para a população brasileira: – SF-36: genérico; – Saint George Respiratory Questionnaire: doenças respiratórias crônicas; – Questionário de Vias Aéreas 20 – AQ20: doenças respiratórias crônicas; – Paediatric Asthma Quality of Life Questionnaire: asma pediátrica; – Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire: insuficiência cardíaca. – Seattle Angina Questionnaire: doença arterial coronariana. AVALIAÇÃO FUNCIONAL: • Capacidade funcional Teste de caminhada de seis minutos (TC6’) – Velocidade da marcha ditada pelo paciente; – Caminhar 6 minutos em um corredor plano de 30 metros; – Principal variável: distância caminhada. Shuttle Walking Test (SWT) – Velocidade da marcha ditada por sinal sonoro; – Composto por 12 estágios, com incremento da velocidade da marcha; – Principais variáveis: distância caminhada e velocidade da marcha. TUG; Teste de sentar e levantar da cadeira 5x. Teste do degrau: 2 e 6 min. Avaliar antes, durante e após o teste: – FC; – Cansaço em MMII e dispneia: BORG; – PA; – SpO2.
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