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Dermatopatias Alérgicas

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DERMATOPATIAS ALÉRGICAS 
Dermatite alérgica a picada de pulgas e ectoparasitas 
Hipersensibilidade alimentar ou alergia alimentar 
Dermatite atópica 
Diagnóstico por exclusão -> PRURIDO 
Dermatite alérgica a picada de pulgas e 
ectoparasitas (DAPP, DAPPE) 
Reação hipersensibilidade a um ou mais componentes da 
pulga: alérgenos da saliva. 
Hipersensibilidade leva a prurido que leva a lesões 
DAC ou HA podem ocorrer simultaneamente -> 80% DAC 
possuem DAPPE 
Pulgas adultas no animal, pequena porcentagem da 
população total 
Ovos, larvas e pupa no ambiente em maior quantidade!! 
Pode haver sazonalidade 
Sinais clínicos: 
PRURIDO: mordedura -> principalmente base da cauda e 
região lombar, esfregação em fômites, chão, paredes e 
tapetes, rolamento, arranhaduras. Em felinos: prurido pode 
se manifestar por excesso de grooming. 
Lesões decorrentes do prurido: pápulas, máculas 
eritematosas, exsudação, crostas, alopecia, escoriações, 
pelos quebradiços, descamação, hiperpigmentação e 
liquenificação, DUA, piodermites superficiais ou profundas 
com pústulas, crostas, colaretes epidérmicos. 
Lesões nos locais onde há picadas de pulgas: mais comuns: 
base da cauda e região dorsolombar. Menos comuns: parte 
caudal da coxa, virilha e abdome. 
Otite externa, lesões periorais e podo dermatite 
normalmente não são notadas, mas são indicativas de 
outras doenças alérgicas concomitantes como HA e DAC. 
 
Diagnóstico: 
Prurido associado a lesões típicas em base da cauda e 
região dorsolombar e presença de pulgas ou fezes de 
pulgas. Nem sempre o tutor reconhece a presença de 
pulgas, principalmente na anamnese. A não 
identificação e pulgas no exame clínico não exclui a 
suspeita diagnostica. Anamnese: questionar o uso de 
antipulgas e frequência. 
Tratamento: 
Controle de pulgas no animal, contactantes e 
ambiente. Até 90% de resolução do caso sem uso de 
tratamento adicional. Ambientes fechados: 
fundamental tratar o ambiente. Ovos larvas e pupas: 
ciclos ocorre principalmente em carpetes, fendas, 
espaços nos pisos, camas e estofados. Larvas moveis 
com fototaxia negativa: tratar embaixo de mobílias, 
camas e atras de portas. Controle em ambientes 
fechados: aspirador, parasiticidas ambientais. 
Paciente: controle rígido da pulga. Diversos princípios 
ativos: sarolaner, fluralaner, selemectina, 
imidacloprida. Tratamento piodermite e malasseziose 
secundária. 
 
Hipersensibilidade alimentar 
Imediata: hipersisibilidade tipo I => minutos ou horas 
após a ingesta 
Tardia: hipersensibilidade do tipo IV => horas/dias 
após ingesta 
Cães: carne bovina, soja, laticínios, cereais, frango, ovo, 
queijos 
Felinos: carne bovina, leite, peixe 
Rações: ampla variedade de componentes alimentares 
utilizados, métodos de processamento influenciam no 
grande numero de alérgenos relatados 
Qualquer proteína incluída na dieta, mesmo em 
pequenas quantidades, pode levar a 
hipersensibilidade alimentar 
Sinais clínicos: 
predisposição em animais menos de 1 ano, porém em 
todas as idades, não sazonal 
PRURIDO: patas, orelhas, face, axila (similar a DAC) 
HA e DAC são indistinguíveis clinicamente 
Prurido pode se agravar rapidamente no inicio da 
doença 
Pápulas, eritema, colaretes epidérmicos, 
pododermatite, seborreia e otite externa 
Sinais clínicos GI: vômito/ diarreia 
Dificilmente tutores relacionam com a troca de 
alimentação, não haver trocas não exclui diagnóstico 
 
 
Diagnostico: 
Suspeite quando: ocorrência não sazonal das lesões 
cutâneas pruriginosas, pododermatite e otite 
recorrentes. 
TESTE DE RESTRIÇÃO ALIMENTAR: retirar petiscos, 
guloseimas, restos de refeição, ração para gatos e 
medicamentos aromatizados, não utilizar vegetais 
como atrativos, retirar pasta de dente com aroma de 
frango, suplementos e qualquer medicação 
palatabilizante. 
Dieta caseira: fonte de proteína a qual se tem certeza 
que o animal não foi exposto: carne suína, coelho, 
pato, batata. 
Dietas comerciais: utilizar ração de proteína 
hidrolisada: a proteína hidrolisada origina fracos de 
pequeno peso molecular que engana o sistema 
imunológico. 
Rações comerciais não hipoalergênicas: inclusive as 
sem conservantes, NÃO são adequadas para o teste! 
Não preenchem critérios de uma dieta restrita pelos 
vários ingredientes e processamento 
Tratamento concomitante: Prurido grave: 0,5 a 
1mg/kg SID, VO, 5 a 10d, interromper corticoide para 
dar continuidade ao teste alimentar 
Tratamento da piodermite secundária: 
Cefalexia22mg/kg/BID, mínimo 21 dias 
Melhora clínica 24h a 4 semanas, ou até mais 
tempo! 
8 semanas tempo razoável para se obter melhores 
e fechar o diagnóstico 
Caso haja melhora parcial: Dieta tempo insuficiente ou 
DAC e DAPE concomitante! 
Até 30% DAC+ HA-> logo haverá melhora parcial, mas 
com prurido residual pela DAC 
Tratamento: 
Quando confirmado o quadro de HA manter dieta 
com proteína hidrolisada. Caso mantenha a dieta 
caseira pode tentar introduzir outros alimentos 
tentando encontrar quais são os alérgenos -> 
suplementação. 
Dermatite Atópica Canina 
◦ Caráter genético e inflamatório -> Paciente 
sensibilizado a antígenos ambientais mediante a 
formação de anticorpos IgE que leva a afecção alérgica 
pruriginosa 
◦ 2º dermatopatia mais comum -> DAPE 
◦ Predisposição racial: Lhasa Apso, Shihtzu, Sharpei, 
West Highland Terrier, Dálmata, Pug, Golden, Boxer, 
Labarador, Setter, Fox, Poodle, BuldogInglês, SRD 
◦ Idade: 6 m a 7 anos. 70% dos cães entre 1 a 3 anos 
Alérgenos: antígenos responsáveis por desencadear a 
resposta imune na DAC. 
Bolores, pólen, debris da epiderme humana, semente 
de gramíneas, poeira doméstica, ácaros, substâncias 
inorgânicas 
Pode ser sazonal ou não, ex: primavera 
Os cães geneticamente predispostos absorvem por via 
percutânea, inalam ou ingerem os alérgenos. 
 
◦ Absorção cutânea de alérgenos: Aumento 
penetração antígenos devido a disfunção da barreira 
lipídica da epiderme 
◦ Combinação deficiente de organelas lipídicas de 
superfície existentes entre os espaços intercelulares. 
◦ Há mudança na composição química da barreira 
lipídica epidérmica e aumenta da perda de água via 
transepidermica 
◦ A deposição lipídica do estrato córneo da pele de 
cães DAC é heterogênea, ocorrendo diferenças 
estruturais dos lipídeos presentes no estrato córneo. 
 
◦ Hipersensibilidade exagerada e deletéria contra um 
antígeno 
◦ SINAIS CLÍNICOS: PRURIDO: SC mais importante 
◦ Inicialmente há prurido sem lesões visíveis ou com 
máculas eritematosas, localizado ou generalizado 
◦ Locais mais acometidos: Face, região periocular, 
focinho, queixo, pavilhão auricular, e extremidades 
distais dos membros, axilas e região inguinal 
◦ 86% dos pacientes otite externa e prurido no 
pavilhão auricular 
◦ Conjuntivite, epífora, blefaroespasmoem 50% dos 
casos 
◦ Rinite, catarata, asma, CCS, distúrbios urinários e 
gastrointestinais 
◦ Piodermite Staphylococcusem 68% dos atópicos 
superficial ou profundo 
◦ Lambedura dos membros, atrito da face contra o 
chão, lesões axilares 
◦ Lesões secundárias em função do prurido: alopecia 
focal ou difusa, pústulas, máculas, edema, 
liquenificação, hiperpigmentação, discromia 
ferruginosa por lambedura excessiva. 
Diagnóstico: POR EXCLUSÃO! 
◦ Inicia com o controle dos fatores perpetuantes. 
Necessários estabelecer possíveis diagnósticos 
diferenciais baseados na resenha, histórico e SC 
(principais diferenciais DAPE e HA) 
◦ Diagnóstico definitivos não é dado na primeira 
consulta 
◦ REALIZAR rapados, citologia e culturas bacteriana e 
fúngica 
◦ Após a confirmação de DAC a detecção dos 
alérgenos envolvidos pode ser feita com teste 
intradérmico 
 
Tratamento: VITALÍCIO 
Pode haver trocas de medicamentos ao longo da vida 
do paciente 
◦ Controle de pulgas 
◦ Controle piodermite e malasseziose quando 
presentes 
◦ Controle da HA concomitante se houver 
◦ Controle doprurido 
◦ Retirada do alérgeno: Evitar o contato do paciente 
com alérgenos é o ponto chave do tratamento 
◦ Controle alérgenos ambientais: Cobrir colchões, 
travesseiros, cama dos cães, cadeira e sofás com tecido 
impermeável, manter canil limpo e seco, evitar 
perfumes, manter ração em ambiente seco, longe de 
grama recém cortada, folhas caídas, fenos, celeiros, 
prevenir acúmulo de poeira, lavar roupas de cama e 
cobertores semanalmente com água quente 
◦ Imunoterapia: pode ser utilizada com base nos 
testes intradérmicos 
◦ Terapia tópica: Banhos semanais com shampoos 
hipoalergênicos e coloidais com aveia. Shampoos 
antibacterianos e antiseborreicos no tratamento das 
infecções secundarias Banhos tiram o alérgeno da pele 
e hidratam 
 
◦ ÁCIDOS GRAXOS: atópicos exibem anormalidades 
nos lipídios que formam a proteção da epiderme, 
levando a perda de água e hiperidrose, logo como a 
perda de água está aumentada nos atópicos a 
suplementação oral com ácidos graxos essenciais e 
aplicação tópica de óleos pode normalizar a barreira 
epidérmica 
◦ Ácidos graxos essenciais linolêicos, alfa-linolêico, 
araquidônico, ômegas 3 e 6 são incorporados no 
interior de todas as membranas celulares e não são 
sintetizados pelo corpo devendo ser fornecidos VO 
◦ Ômega 3: 40mg/kg, VO, SID -> uso prolongado 
aumenta riscos de sangramentos associado a 
disfunção plaquetária e fibrinólise 
◦ Ômega 6 60 a 138mg/kg, VO, SID 
◦ Anti-histamínicos: levam 7 a 14 dias para ser 
observado um bom efeito 
◦ Resposta ao medicamento é individualizada 
◦ Ineficientes no prurido intenso 
◦ Clemastina: 0,05-0,1mg/kg 
◦ Hidroxizine: 2,2mg/kg 
◦ Glicocorticoide: Muito eficazes no controle do 
prurido 
Porém há muitos efeitos colaterais 
Reservar o uso para períodos ativos da doença 
Prednisona oral: é o fármaco de escolha 
Indução: 1,1mg/kg, SID, 3 a 10 dias ou até controle dos 
sinais clínicos 
Manutenção: diminuir a dose pela metade 
semanalmente, espaçando ate´sechegar em 0,125-0,5 
mg/kg q 48hs 
Efeitos colaterais: PU/PD/PF, alopecia, obesidade, 
DTUIF, pancreatite, ulcerações gástricas, HAC 
iatrogênico 
Prednisona: Indução: 1,1mg/kg, SID, 3 a 10 dias ou até 
controle dos sinais clínicos 
Manutenção: diminuir a dose pela metade 
semanalmente, espaçando até se chegar em 0,25-0,5 
mg/kg q 48hs 
EXEMPLO: Cão10kg 
Indução: 10X 1,1 mg/kg = 11 mg ao dia ( ½ cpde 20mg 
ao dia, por via oral por 3 a 10 dias em média) 
Manutenção: 1°semana: 5mg, VO, SID (1/4 de cp20mg 
ou 1 cpde 5mg) 
2°semana:5mg,VO,emdiasalternados (1/4 de cp20mg 
ou 1 cpde 5mg) 
3°semana: 5mg, VO, a cada 48hs (1/4 de cp20mg ou 1 
cpde 5mg) 
4°semana: 2,5 mg, VO, a cada 48 hs(1/2 cpde 5mg) 
◦ Ciclosporina: Metabolizado pelo fígado e intestino 
◦ 30 dias até se observar resposta clínica 
◦ 5mg/kg, SID -2 horas antes ou após alimentação 
◦ Efeitos colaterais: nefrotoxicidade, hipertensão, 
hepatotoxicidade, hiperplasia gengival, periodontite, 
papilomatose, vômito, diarreia, anorexia, supressão de 
medula óssea 
◦ OCLATINIB: Apoquel 
◦ Inibidor sintético de Janus Quinase (JAK) 
◦ Imunomodulador seletivo que bloqueia JAK e as 
citocinas que dependem da sua atividade 
◦ A enzima JAK sinaliza e faz transdução de citocinas 
pró-inflamatórias , pró-alergênicas e 
pruridogênicasenvolvidas em processos alérgicos 
como a DAC 
◦ Rápido inicio de ação 
◦ Contraindicação; cães menores de 12 meses, 
menores de 3 kg, não administrar em cães com 
hipersensibilidade ao principio ativo ou em cães com 
evidencia de imunodepressão; HAC ou neoplasia 
maligna em progressão 
◦ Reações adversas: diarreia, vômito, anorexia, letargia 
com resolução espontânea 
◦ 0,4 a 0,6mg/kg BID, 14 dias. Manutenção é a mesma 
dose SID 
◦ Estudos mostram o uso a longo prazo. Menos efeitos 
colaterais que o corticoide 
 
◦ LOKIVETMAB: CYTOPOINT: 10, 20, 30 ou 40mg 
◦ A base de anticorpos mononucleares (mAb) -> 
direcionado a IL-31 especificamente, neutraliza a 
interleucina antes dela se ligar ao receptor. IL-31 é a 
citocina responsável pelo prurido em cães 
◦ Rápido inicio de ação 
◦ Duração da aplicação é 4 semanas no mínimo, 
podendo ser repetidas de 4 a 8 semanas d acordo com 
a necessidade do paciente 
◦ Adequado para cães com DAC e outras 
comorbidades ou medicamentos concomitantes 
◦ Sem os efeitos colaterais dos corticoides 
◦ Seguro 
Otite externa 
Inflamação de pele e estruturas acessórias do meato 
acústico externo. Problemas mais comuns e 
frustrantes da clínica médica de pequenos animais. 
Frequentemente é uma manifestação clínica de uma 
afecção dermatológica generalizada! 
A causa geralmente é multifatorial, especialmente 
quando crônica, requer diagnostico sistemático e um 
plano terapêutico para promover a cura e evitar a 
ocorrência de recidiva. 
 
 
◦ Fatores Primários: Condições e distúrbios que 
desencadeiam o processo inflamatório da orelha 
externa 
◦ Parasitas: Otodectescynotis 
◦ Alergias: DAC, HA 
◦ Corpos estranhos, 
◦ Traumatismo (menos frequente) 
◦ Identificar os fatores primários é a chave para o 
controle a longo prazo 
 
◦ Fatores predisponentes: facilitam a ocorrência da 
inflamação ao propiciar um ambiente que favorece a 
persistência dos fatores perpetuadores. 
◦ Exemplo: conformação do meato acústico, umidade 
no meato, predisposição racial, pelos nas orelhas, 
síndromes de imunodeficiência, desequilíbrios 
endócrinos, traumatismos iatrogênicos das orelhas e 
doenças obstrutivas (pólipos tumores) NÃO 
◦ ATENÇÃO:SÃO RESPONSAVEIS PELO INÍCIO DA 
OTITE 
◦ Fatores Perpetuadores: Mantem e agravam a 
doença inflamatória 
◦ Oclusão do canal que impede a secreção ou 
aplicação apropriada de medicação, alteração no pH 
do canal e formação de um foco infeccioso (otite 
média) 
◦ Infecções bacterianas: Staphylococcusintermedius, 
Proteusmieabilis, Pseudomonas aerugionosa e 
Escherichia coli e infecção por levedura (Malassezia 
pachydermatis). A otite média atua como fonte de 
microrganismos infecciosos, 
◦ Alterações hiperplásicas crônicos do meato acústico 
podem obstruir o canal 
◦ Medicamentos também podem atuar como fator 
perpetuante ou até primário de otite externa ao causar 
irritação e contato secundária ou alergia (ex neomicina 
e anestésicos locais) ou ao deixar resíduos no meato 
acústico 
 Sinais clínicos: 
Agitação de cabeça, coceira e esfregação de orelhas, 
secreção auricular, dor ao redor das orelhas ou da 
cabeça, odor fétido, perda de audição. 
◦ Sinais que refletem uma anormalidade 
Dermatológica Primária (Predisponente): 
esfregação de face, espirros, lambedura das patas, 
prurido generalizado, alopecias em geral, prurido do 
corpo 
 
 Diagnóstico: 
Anamnese e exame físico completos a fim de se 
identificar fatorescomo alergias, sazonalidade, 
parasitas, fatores ambientais, doenças de base, 
palpação e inspeção da orelha 
◦ Otoscopia: avaliar presença de parasitas, exsudato, 
pelos, material estranho, cor do epitélio, úlceras, 
neoplasias, e integridade do tímpano 
◦ Exsudato granular escuro e seco: infecção por 
ácaro 
◦ Exsudato amarelo úmido e cheiroso: infecção 
bacteriana 
◦ Exsudato ceroso, marrom: fungos 
◦ Escamas amarelas cerosas e secas: distúrbios de 
ceratização 
◦ Sempre realizar exame citológico 
◦ Hiperplasia, hiperpigmentação, liquenificação: 
associados a cronicidade 
 
◦ Citologia: fornece uma indicação para o melhor 
plano de tratamento inicial, sendo fundamental na 
avaliação de infecções secundárias por bactérias e 
fungos 
◦ Indicado para todos os casos de otite externa: avalia 
a presença de parasitas, componentes celulares, 
microrganismo (bactérias, leveduras, fungos) 
◦ Cultura e antibiograma: realizar quando: o exame 
citológico do exsudato apresenta população uniforme 
de gramnegativa ou bastonete, ulcera em meato 
acústico externo, infecções persistentes apesar o 
tratamento 
Tratamento: 
controle da doença inflamatóriaativa 
(dor,inflamação,eritema), controle dos fatores 
perpetuadores, remover os fatores predisponentes e 
controlar a causa primária 
◦ Não aplicar produtos de limpeza, parasiticidas, 
ceratoliticos, desinfetantes, antimicrobianos 
ototóxicosou com base oleosa em ruptura timpânica 
◦ SOLUÇÃO SALINA 0,9% CASO SE DESCONFIE DE 
RUPTURA TIMPANICA. 
 
O objetivo inicial do tratamento é limpar e secar a 
orelha externa, tornando o ambiente menos favorável 
ao crescimento sustentado de microrganismo e 
reduzir a inflamação. 
◦ Realizar a limpeza sempre antes da aplicação tópica 
de medicamento. Preencher a orelha com o produto, 
massagear, secar com vários chumaços de algodão 
 
◦Anti-inflamatórios tópicos: Atenção: Os 
glicorticoides aplicados no ouvido são absorvidos pelo 
organismo e podem alterar o eixo hipófise-hipotálamo 
◦Necessários na maior parte das otites: diminuem 
inflamação, edema, aliviam dor e minimizam fibrose. 
Podem interferir testes de função adrenal e tireoidiana 
e em exames bioquímicos como FA 
◦Antibacterianos tópicos: baseado nos achados do 
exame citológico e resultados de cultura e 
antibiograma 
◦Antibióticos disponíveis como preparações 
auriculares ou oftálmicas para humanos podem ser 
aplicados exemplo trobramicina 
◦ Antifúngicos tópicos 
◦ Antiparasitários tópicos 
◦ Terapias orais: antimicrobianos quando há 
perfuração timpânica, corticoides orais para diminuir 
inflamação hiperplasia crônica 
◦ Em média a limpeza e tratamento tópico devem ser 
feitas duas vezes ao dia, por 15 dias 
Otite média e interna 
◦ Otite média: Inflamação da orelha média é causa de 
perpetuação importante de otite externa 
recidivamente 
◦ É uma extensão direta da otite externa, através da 
ruptura timpânica(cuidado) 
◦ Otite interna: inflamação das estruturas da orelha 
interna cóclea, vestíbulo, canal semicircular, extensão 
direta da otite média 
◦ Muitas vezes otite externa recorrente poder o único 
sinal clínico associado a otite média e interna 
 
Sinais clínicos específicos de otite média: 
◦ Paralisia do nervo facial, síndrome de horner, 
incapacidade de movimentar orelhas e lábios, 
dificuldades em piscar 
◦ Prevalência de 50 a 88,9% dos cães com otite externa 
crônica tenham otite média 
Sinais clínicos específicos da otite interna: 
◦ Associados com síndrome vestibular periférica 
rotação e desvio da cabeça, andar em círculos, rolar 
para o lado cometido, nistagmo horizontal ou 
rotacional, ataxia assimétrica com preservação de 
força 
◦ Ausência de sinais nervosos não exclui otite média e 
interna! 
 
Diagnostico: 
◦ Clínico, otoscopia, videootsocopia 
Tratamento: 
◦ Limpar as orelhas externa e média, remover restos de 
materiais infectados, inflamatórios e ou estranhos e 
possibilitar a drenagem da orelha média 
◦Lavagem profunda da orelha: sob anestesia geral! 
◦Antibiótico VO-Sempre com base em cultura e 
antibiograma –por semanas a meses 
◦Tobramicinacolírio pode ser usado 
◦GlicorticoideVO:Prednisona0,5 a 1 mg/kg 
◦Tratamento cirúrgicos: ablação total ou parcial do 
conduto auditivo 
◦Citologia cultura e antibiograma sempre

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