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Introdução a patologia

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Introdução à Patologia 
Os quatro aspectos que formam a 
cerne da patologia são: 
ETIOLOGIA: são as causas, genéticas e 
adquiridas (químicas, físicas, biológicas, 
ambientais, nutricionais e genéticas). 
PATOGÊNESE/PATOGENIA: sequência 
de eventos de resposta das células ou dos 
tecidos ao agente etiológico, desde o 
estimulo inicial até a expressão final da 
doença em si. 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS: são 
as alterações estruturais, lesões. 
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS: quando a 
função das células/tecidos começa a ser 
alterada/prejudicada (fisiopatologia, 
desordens funcionais, manifestações 
clínicas).
 
Lesões Celulares Reversíveis 
Depende da intensidade e da 
duração do estímulo nocivo, cada célula 
tem o seu limite. 
Estresse Oxidativo 
Acúmulo de radicais livres derivados do 
oxigênio 
 As células geram energia reduzindo 
o oxigênio molecular em água. Durante 
esse processo, pequenas quantidades de 
formas reativas de oxigênio, parcialmente 
reduzidas, são produzidas como um produto 
indesejável da respiração mitocondrial. 
Algumas dessas formas são radicais livres 
que danificam os lipídeos, as proteínas e os 
ácidos nucleicos. Eles são chamados de 
espécies reativas de oxigênio (ERO). As 
células têm sistemas de defesa para 
prevenir lesões causadas por esses 
produtos. Um desequilíbrio entre os 
sistemas de geração e de eliminação de 
radicais livres causa um estresse oxidativo. 
 Os efeitos dessas espécies reativas 
são amplos, mas três reações são 
particularmente relevantes para a lesão 
celular: 
➢ Peroxidação lipídica das 
membranas: reação autocatalítica 
em cadeia (chamada de 
propagação), que pode resultar em 
extenso dano das membranas, 
organelas e células. 
➢ Modificação oxidativa das 
proteínas: aumenta a degradação 
de proteínas críticas pela 
multiplicação de complexos 
multicatalíticos de proteossomos, 
causando uma grande devastação 
na célula (quebra, desnaturação das 
proteínas). 
➢ Lesões do DNA: mutações/quebra. 
 
Acúmulos intracelulares 
(degenerações) 
Degeneração Hidrópica: acúmulo de 
água. 
CAUSA: redução de ATP. 
PATOGENIA: desregulação do controle 
do volume celular. 
Alteração de proteínas de 
membrana leva a alteração da 
permeabilidade celular. A bomba de Na/K 
(3 Na para fora e 2 K para dentro) por 
exemplo, depende de ATP, se ocorre a falta 
desse ATP, essa bomba é prejudicada, 
fazendo com que o Na se acumule dentro 
da célula, tornando a célula o meio mais 
concentrado, e assim, por osmose, entra 
água. 
MACROSCOPIA: palidez do órgão, 
aumento do volume e peso, tumefação 
(perde o brilho por deficiência de O2, 
acumula tanta água que comprime os vasos 
sanguíneos), espessamento da cortical (no 
rim). 
MICROSCOPIA: diminuição de núcleos, 
fica mais clara, diluída. 
 Órgãos: fígado, rim, coração. 
Degeneração Gordurosa: acúmulo de 
lipídeos (todas as classes dele podem se 
acumular na célula). 
ESTEATOSE 
É a deposição anormal de 
triglicerídeos nas células parenquimatosas. 
O acúmulo anormal de gordura é mais 
evidente no fígado, resumidamente as 
células hepáticas sempre contém alguma 
gordura (os ácidos graxos livres do tecido 
adiposo ou provenientes da alimentação são 
normalmente transportados para os 
hepatócitos), no qual são esterificados em 
triglicerídeos, convertidos em colesterol ou 
fosfolipídios, ou oxidados em corpos 
cetônicos. A maioria dos triglicerídeos 
recém-sintetizados é secretada pelo fígado 
na forma de lipoproteínas. O acúmulo 
excessivo de triglicerídeos no fígado pode 
resultar de defeitos em qualquer um dos 
eventos da sequência entre a entrada dos 
ácidos graxos e a saídas das lipoproteínas. 
Os triglicerídeos acumulam-se nas células 
hepáticas quando ocorre maior liberação de 
ácidos graxos livres para o fígado, como no 
diabetes, ou quando ocorre alteração no 
metabolismo intra-hepático dos lipídeos, 
como acontece no alcoolismo. Outros 
órgãos, inclusive o coração rim e músculo 
esquelético, também armazenam gordura. 
O etanol aumenta a lipólise e, 
portanto, a liberação de ácidos graxos livres 
para o fígado. No interior do hepatócito, o 
etanol aumenta a síntese de ácidos graxos, 
diminui a oxidação mitocondrial dos ácidos 
graxos, aumenta a produção de 
triglicerídeos e compromete a liberação de 
lipoproteína. 
CAUSAS: incluem toxinas, desnutrição 
proteica, diabetes melito, obesidade e 
anóxia (ausência de oxigênio), 
hepatotoxinas, hipercolesterolemia familiar. 
Nas nações industrializadas, a causa mais 
comum de degeneração gordurosa do 
fígado é o alcoolismo. 
Lembrar que: 
DEGENERAÇÃO GORDUROSA 
≠ 
LIPOMATOSE 
(infiltração tecidual adiposa no interstício 
de órgãos) 
Etiologia: desregulação do metabolismo 
lipídico no fígado. 
• Entrada excessiva; 
• Obstáculo na liberação de 
lipoproteínas: 
o Subnutrição proteica (lesão 
RE); 
o Hepatotoxinas; 
o Alteração de receptores de 
membrana; 
• Drogas/medicamentos; 
• Álcool → acetoaldeídos → lesão 
mitocondrial. 
Morfologia: inicialmente é vista como 
pequenos vacúolos no citoplasma em torno 
do núcleo. Com sua progressão os vacúolos 
aumentam, criando espaços claros que 
deslocam o núcleo para a periferia celular. 
Degeneração Glicogênica: depósitos 
excessivos de glicogênio intracelular. 
 A degradação do glicogênio é 
realizada em várias etapas, por uma série de 
enzimas, que podem estar deficientes 
devido a um erro congênito do 
metabolismo. Independente da deficiência 
enzimática específica, o resultado final é a 
doença de depósito de glicogênio. Esses 
distúrbios herdados afetam o fígado, 
coração e músculo esquelético e variam 
desde condições leves e assintomáticas até 
doenças severamente progressivas e fatais. 
 A quantidade de glicogênio 
armazenado nas células é regulada 
normalmente pela glicemia e os estados 
hiperglicêmicos correlacionam-se com 
maior acumulo de glicogênio. Por 
conseguinte, os hepatócitos e células 
epiteliais dos túbulos renais proximais 
encontram-se ampliados pelo glicogênio em 
excesso nos casos de diabetes 
descompensado. 
Forma hepática: SÍNDROME DE VON 
GIERK – glicogenose tipo I 
• Glicose-6-fosfatase (deficiência, 
incapacidade do fígado de 
converter glicogênio para glicose, 
isso resulta em hepatomegalia); 
• Hepatomegalia; 
• Hipoglicemia. 
Músculo esquelético: SÍNDROME DE 
McARDLE – glicogenose tipo V 
• Fosforilase muscular (deficiência, 
acúmulo de glicogênio no 
músculo); 
• Câimbras dolorosas. 
Morfologia: citoplasma claro e 
vacuolizado. 
Degeneração hialina: acúmulo de 
proteínas no interior das células. 
Exemplos: gotículas de reabsorção, 
corpúsculos de Russel , alteração hialina de 
Mallory do alcoolismo. 
Morfologia: gotículas, vacúolos ou 
agregados arredondados eosinofílicos no 
citoplasma. 
Vírus da raiva. 
Degeneração mucóide: acúmulo intracelular 
de mucopolissacarídeos. Proteoglicanos = 
cadeias complexas de carboidratos + 
proteína). 
 Aumenta a secreção de muco 
(células gástricas/intestinais). 
• Deficiência enzimática: 
o Síndrome de Hurler: 
crianças (entre 6 meses e 2 
anos, deformidade 
esquelética, fígado e baço 
aumentados, uma face 
característica e rigidez das 
articulações, sofrem um 
retardo no 
desenvolvimento, perda 
auditiva, opacidade da 
córnea e deterioração 
mental progressiva); 
o Síndrome de Hunter: sinais 
clínicos moderados. 
• Hepatoesplenomegalia, 
deformidades esqueléticas, lesões 
cerebrais. 
Exemplo: rotura do menisco e hérnia de 
disco. 
MUCOPOLISSACARIDOSES (MPS) 
 Citoplasma róseo, núcleo na 
periferia e em forma de anel de sinete. 
Acúmulo de Pigmentos: eles podem 
ser exógenos, originando-se fora do corpo, 
ou endógenos, sintetizados no próprio 
corpo. 
Exógenos: 
• Carbono: poluente do ar 
A antracose pulmonar deve-se à 
inalação de micropartículas de carbono 
presentes no ar poluído, as quais são 
fagocitadas pelos macrófagos,sendo 
observadas como pigmento negro no 
citoplasma. Os pulmões normais têm 
tonalidade rosada, uniforme. Com a 
inspiração de ar poluído, com o tempo, 
os pulmões vão ficando acinzentados e 
com múltiplas manchas negras, as quais 
Falta de 
glicose que é 
normalmente 
derivada da 
degradação 
de glicogênio 
representam os agregados de 
macrófagos com o pigmento. 
• Tatuagem. 
Endógenos: 
• Melanina; 
• Lipofuscina: radicais livres e 
peroxidação lipídica (marrom-
amarelado, granular, perinuclear); 
• Hemossiderina: agregados de 
ferritina (roxo na pele). 
Celulas vermelhas → fagocitose pelos 
macrofagos → quebra hemoglobina (libera 
ferro) →biliverdina – bilirrubina. 
 
 
Lesões celulares irreversíveis 
Morte celular 
 
 
Com a progressão do dano, a lesão 
se torna irreversível e a célula, então, não 
tem mais como se recuperar. 
Células que sofrem lesão 
irreversível invariavelmente sofrem 
alterações morfológicas que são 
reconhecidas como morte celular. Existem 
dois tipos de morte celular, necrose e 
apoptose, que diferem quanto a sua 
morfologia, mecanismos, e papeis que 
desempenham nas doenças e fisiologia. 
 
Necrose 
A morte celular patológica não é 
regulada e é invariavelmente lesiva ao 
organismo. Pode ser consequência de 
diferentes danos, como isquemia, 
queimaduras e toxinas. Quando a agressão 
interfere em uma estrutura ou função vitais 
de uma organela (membrana plasmática, 
mitocôndrias, etc.) e não desencadeia a 
cascata enzimática da apoptose 
preexistente, o processo é denominado 
necrose. Contudo, a morte celular 
patológica também pode resultar de 
apoptose (ex: infecções virais e radiação 
ionizante). 
Tumefação celular e de organelas, 
depleção de ATP, aumento da 
permeabilidade da membrana plasmática, 
liberação de macromoléculas e, por fim, 
inflamação. 
Os principais achados 
microscópicos são: alterações nucleares 
com intensa contração e condensação da 
cromatina – núcleo com aspecto homogênio 
e bem menor do que o normal (picnose 
nuclear); digestão da cromatina com 
desaparecimento do núcleo (cariólise); 
núcleo fragmentado (cariorrexe). 
 
 
 
 Etiologia: 
• Impermeabilidade da membrana 
celular; 
• Lesões no DNA; 
• Liberação das enzimas lisossomais; 
• Acúmulos de radicais livres; 
• Hipóxia/isquemia; 
• Agentes físicos; 
• Agentes químicos e drogas; 
• Agentes infecciosos; 
• Distúrbios genéticos; 
• Desequilíbrios nutricionais. 
 
Padrões de necrose tecidual: 
• Coagulação 
(hemorrágica/gangrenosa); 
• Liquefação; 
• Gordurosa; 
• Caseosa. 
 
Quando a desnaturação é o padrão 
primário, se desenvolve a necrose de 
coagulação. Quando predomina a digestão 
enzimática, o resultado é a necrose de 
liquefação; em circunstâncias especiais, 
pode ocorrer a necrose caseosa ou a 
necrose gordurosa. 
 
Necrose de Coagulação 
Logo após a morte da célula seu 
contorno básico é mantido por pelo menos 
alguns dias. Os tecidos afetados apresentam 
uma estrutura firme. A lesão ou o aumento 
subsequente da acidose intracelular 
desnatura não somente as proteínas 
estruturais, mas também as enzimas, 
bloqueando, assim, a proteólise celular. O 
infarto do miocárdio é um ótimo exemplo 
em que as células acidófilas, coaguladas, 
sem núcleo podem persistir por semanas. 
Finalmente as células necrosadas são 
removidas por fragmentação e fagocitose 
dos restos celulares por leucócitos 
removedores e pela ação de enzimas 
lisossômicas proteolíticas trazidas pelos 
leucócitos que migram para a região. O 
processo de necrose de coagulação, com 
preservação da arquitetura geral do tecido, é 
característico da morte por hipóxia das 
células de todos os tecidos, exceto do 
cérebro. 
Num infarto (necroses por falta de 
irrigação de um tecido, ou seja, isquemia) 
com necrose coagulativa ocorre geralmente 
parada completa da circulação sangüínea 
nos capilares da área necrótica. Com isto 
não chegam neutrófilos nem macrófagos, 
que são células fagocitárias essenciais para 
a rápida ‘limpeza’ dos restos necróticos. As 
células mortas permanecem por longo 
tempo onde estavam. 
Ocorrem as alterações nucleares 
(picnose, seguida de cariólise; cariorrexe é 
mais rara) e eventualmente o núcleo 
desaparece totalmente. O citoplasma passa 
a eosinófilo. Este conjunto de alterações 
constitui a necrofanerose (ou manifestação 
morfológica da necrose). O tempo 
decorrido até este ponto é geralmente de 
poucos dias (tipicamente 4 dias a 1 
semana). 
O material necrótico é removido 
lentamente a partir da periferia porque lá 
existe circulação capilar íntegra, de onde 
provêm células fagocitárias. A remoção do 
material necrótico por fagócitos é chamada 
heterólise. 
Macroscopicamente, a área de 
necrose coagulativa é firme e 
pálida/esbranquiçada (por ausência de 
circulação e pela desnaturação), bem 
delimitada do tecido normal. Quando a 
causa é isquêmica (infarto), é característica 
a forma em cunha, com o ângulo voltado 
para o centro do órgão, isto é, para o vaso 
ocluído. 
 
→ Necrose coagulativa hemorrágica: 
ocorre no pulmão e no intestino, devido a 
dupla circulação desses órgãos. 
→ Necrose coagulativa gangrenosa: é um 
termo geralmente usado em relação a um 
membro, especialmente a região inferior da 
perna, que perdeu seu suprimento 
sanguíneo e desenvolveu necrose de 
coagulação. 
É uma forma especial de necrose 
isquêmica em que o tecido necrótico sofre 
modificações por agentes externos como ar 
ou bactérias. Além disso, atinge várias 
camadas do tecido. Como por exemplo no 
cordão umbilical (fica negro e seco), nas 
extremidades inferiores, após obstrução 
vascular por aterosclerose, especialmente 
em diabéticos, traumatismos com lesão de 
vasos, moldes de gesso excessivamente 
justos, congelamento, etc. 
• Gangrena seca: a área necrótica 
perde água para o ambiente, 
ficando seca, retraída e com 
aspecto mumificado. Fica 
também negra, por alteração da 
hemoglobina. 
• Gangrena úmida: quando há 
uma infecção bacteriana 
concomitante, a necrose de 
coagulação é modificada pela 
ação da liquefação das 
bactérias e dos leucócitos que 
são atraídos para a região. 
• Gangrena gasosa: quando as 
bactérias contaminantes 
pertencem ao gênero 
clostridium, pode haver 
também produção de gases. 
 
Necrose liquefativa 
É característica de infecções 
bacterianas focais ou, ocasionalmente, 
fúngicas, pois os microorganismos 
estimulam o acúmulo de células 
inflamatórias. A morte celular do tecido 
nervoso central por hipóxia geralmente leva 
à necrose de liquefação. Independente da 
patologia, a liquefação digere 
completamente as células mortas. O 
resultado final é a transformação do tecido 
em uma massa viscosa. Se o processo foi 
iniciado por uma inflamação aguda, o 
material geralmente é amarelo cremoso, 
devido à presença de leucócitos mortos, 
sendo chamado de pus. 
Com frequência, o que se obtém é 
um abscesso, definido como uma cavidade 
formada por necrose de liquefação em um 
tecido sólido. Com a evolução do processo, 
o abscesso é envolvido por uma cápsula 
fibrosa que guarda seu conteúdo. 
 
Necrose gordurosa 
Áreas de destruição de gordura que 
ocorre tipicamente como resultado de 
lípases pancreáticas ativadas no parênquima 
pancreático e na cavidade peritoneal. Isso 
ocorre na grave emergência abdominal, 
conhecida como pancreatite aguda. 
Necrose gordurosa = esteatonecrose 
 Presença de triglicerídeos no tecido 
adiposo (depósitos esbranquiçados). 
 SAPONIFICAÇÃO: ácidos 
graxos + Ca²⁺ e produzem áreas brancas 
visíveis. 
 
Necrose caseosa 
Necrose coagulativa + necrose liquefativa 
 É a lesão característica da 
tuberculose. O termo caseoso é derivado da 
aparência macroscópica semelhante a 
queijo branco na área de necrose. Ao 
contrário da necrose de coagulação, a 
arquitetura tecidual está completamente 
destruída. 
 
ApoptoseÉ a parte do equilíbrio entre a vida 
e a morte das células e determina que uma 
célula deve morrer quando não tiver mais 
utilidade ou quando puder ser lesiva ao 
organismo maior. 
 Também é um mecanismo de 
defesa, destruindo as células infectadas com 
patógenos ou aquelas em que ocorrem 
alterações químicas. 
 
Morte celular individual → corpos 
apoptóticos → fagocitose por macrófagos. 
 
 Não está associada ao 
desencadeamento do processo inflamatório! 
 
 
Via intrínseca: mitocondrial 
 Célula normal: a célula recebe 
sinais de sobrevivência (fatores de 
crescimento). Sinais e proteínas 
antiapoptóticas: a BCL-2 bloqueia que o 
citocromo C saia da mitocôndria. 
 Lesão celular: se o sinal tem algum 
defeito, a BCL-2 entende que não precisa 
ficar na célula, fazendo o citocromo C sair 
da mitocôndria e ativas a via das caspases, 
que desencadeia a apoptose. 
 Outra situação: uma lesão no DNA 
ativa o gene pré-apoptótico (TP53) que faz 
a proteína P53 (antagonista da BCL-2), 
está abre o canal da mitocôndria e libera o 
citocrommo C, induzindo a apoptose. 
Via extrínseca: receptor da morte 
Na membrana há um receptor de morte 
(FAS), que identifica a célula infectada e 
ocorre a interação ligante/receptor (FAS e 
FAZ Ligante). Conjunto de proteínas no 
citoplasma (FAAD), que se lida ao FAZ 
quando ativa o início da apoptose. É 
iniciada pela ativação de receptores de 
morte celular presentes em várias células. 
Esses receptores são membros da família 
TNF (contém um domínio citoplasmático 
envolvido nas interações proteína-proteína 
chamado de domínio de morte, pois é 
essencial para sinais de apoptose). 
 Os receptores são TNF-1 e FAZ, 
possuem domínios de morte, que operam 
como pontos de atracamento para os 
domínios de morte de outras proteínas que 
participam do processo sinalizador, 
acarretando a apoptose. Após essa ligação 
ocorre uma cascata (FAAD) de sinalização 
para a apoptose. 
 
 
Adaptações celulares 
 
• Hipertrofia; 
• Hiperplasia; 
• Atrofia; 
• Metaplasia; 
• Displasia. 
 
Hipertrofia 
A hipertrofia se refere a um 
aumento no tamanho das células, resultando 
em um aumento no tamanho do órgão. 
Assim, o órgão hipertrofiado não tem 
nenhuma célula nova, só células maiores. O 
aumento das células não é devido a edema, 
mas à síntese de mais componentes 
estruturais. 
A hipertrofia por ser fisiológica 
(útero na gestação, musculação) ou 
patológica (doença de chagas, hipertensão 
arterial), sendo causada pelo aumento da 
demanda funcional ou por estímulos 
hormonais específicos. 
As células musculares estriadas do 
coração e dos músculos esqueléticos são 
capazes de desenvolver um grau acentuado 
de hipertrofia, talvez devido ao fado de que 
não podem se adaptar adequadamente ao 
aumento da demanda metabólica através de 
divisões mitóticas e produção de mais 
celular para dividir o trabalho. 
 
 
 
 
Microscopicamente: célula maior, 
núcleo em formato de chifre de viado. 
 
 
Atrofia 
 Redução no tamanho da célula 
devido à perda de substância celular. 
 Diminui o volume celular, diminui 
a síntese proteica e diminui o número de 
células. 
• Por desuso (fratura óssea ou 
paralisia); 
• Diminuição do suprimento 
sanguíneo (atrofia cerebral em 
idosos); 
• Compressão (por tumor de adrenal, 
por exemplo); 
• Insuficiência de nutrientes 
(caquexia). 
 
Hiperplasia 
Significa um aumento no número 
de células de um órgão ou tecido, 
geralmente resultando em um aumento do 
seu volume. Apesar de a hiperplasia e de a 
hipertrofia serem processos distintos, 
frequentemente ocorrem juntas e podem ser 
desencadeadas pelos mesmos estímulos 
externos. 
Hormonal: espessamento do 
endométrio na menstruação, glândula 
mamaria na gestação, hematopoiese. 
Compensatória: fígado após 
hepatectomia parcial. 
Patológicas: hormonais (excesso), 
gastropatia hipertrófica (doença de 
menetrier, perda de peso, diarreia e 
edema), pólipos gástricos (gastrite crônica, 
hiperplasia reacional). 
Solo fértil para o câncer! 
 
Metaplasia 
É uma alteração reversível na qual 
um tipo de célula adulta (epitelial ou 
mesenquimal) é substituída por outro tipo 
de célula adulta. Isso pode representar uma 
substituição de adaptação de células que 
são sensíveis ao estresse por tipos celulares 
mais capazes de sobreviver ao ambiente 
adverso. 
É histologicamente saudável, mas 
não é o certo daquele local, apenas se 
adapta á alguma situação. 
Etiologia: 
• Agressão mecânica de longa 
duração; 
• Ação repetida de calor associada a 
substâncias químicas, como a ação 
de alimentos quentes, como o 
chimarrão; 
• Ação irritativa inflamatória como a 
ação do fumo sobre a mucosa 
brônquica; 
• Infecção viral (HPV). 
É completamente reversível! 
 
Displasia 
 Refere-se ao crescimento e 
maturação desordenados dos 
componentes celulares de um tecido, o 
tecido perde a diferenciação celular. 
 Ao considerar a displasia, o aspecto 
normal por ser perturbado por: 
• Variações no tamanho e na 
célula; 
• Aumento, irregularidade e 
hipercromatismo dos núcleos; 
• Arranjo desordenado das 
células do epitélio. 
Resposta proliferativa atípica da 
célula frente ao agente agressor, 
alteração da arquitetura celular. 
 Célula displásica: perda de 
diferenciação, atipia nuclear e 
atipia estrutural. 
 Exemplos: 
• Cérvice uterina; 
• Esôfago de Barret. 
A displasia é uma lesão pré-
neoplásica, no sentido de que representa 
uma fase necessária na evolução celular de 
múltiplos estágios até aparecer o câncer.

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