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MANUAL DAS PATOLOGIAS

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MANUAL
DASPATOLOGIAS
PROF. FGA. MARION CRISTINE 
DE BARBA
 
 
CANOAS 2020 
ALUNA JÚLIA DE JESUS
 
Introdução 
O termo Patologia é utilizado para referir-se ao ‘’Estudo das
Doenças’’, estudo das alterações causadas no corpo por
determinada doença. 
 
O Manual de Patologias, da Disciplina de Audio Clínica tem por
objetivo reunir o máximo de informações possíveis sobre as
Patologias que acometem a nossa audição, como características,
sintomas, causas, seu diagnóstico, tratamento e achados
audiológicos de pacientes.
DOENÇA DE MENIÉRE
DESCRIÇÃO:
 
A Doença de Ménière é uma doença crônica caracterizada pelo
aumento da pressão da endolinfa, que é o líquido existente no
labirinto que fica dentro do ouvido. 
Geralmente esse aumento de pressão ocorre apenas em um dos
lados do ouvido, sendo unilateral (90% dos casos), mas pode
ocorrer em ambos os lados.
No labirinto, há células auditivas e células responsáveis pelo
equilíbrio. Com o aumento de pressão da endolinfa, essas células
ficam prejudicadas, desencadeando uma série de sintomas.
Descrita por Prosper Ménière, em 1861.
 
CAUSAS:
 
Ainda não se conhece com precisão as causas da doença de
Ménière, mas sabe-se da relação entre o problema e algumas
doenças sistêmicas como diabetes, hipertensãoarterial,
enxaqueca, doenças autoimunes e infecção pelo vírus do herpes.
Pessoas que atravessaram uma grande variação de pressão
atmosférica ou que sofreram trauma no crânio podem
apresentar sintomas de Ménière.
 
SINTOMAS:
 
Os sintomas normalmente ocorrem em conjunto, mas também
podem acontecer isolados, dificultando o diagnóstico. Crises
repetidas de
vertigem (tontura rotatória), hipoacusia (perda auditiva),
zumbido, e plenitude
ou pressão no ouvido, diplacusia (distorção da qualidade do
som).
 
 
INCIDÊNCIA:
 
Não há diferença de distribuição entre os sexos, manifesta-se
geralmente a partir da décima quarta década de vida.
 
CLASSIFICACÃO: 
 
TÍPICA: Sintomas completos. 
 
ATÍPICA: Sintomas cocleares ou vestibulares. 
 
PROGRESSIVA: Mesmo com acompanhamento clínico os sintomas
não são controlados tornando as crises mais frequentes e a
audição prejudicada . 
 
NÃO PROGRESSIVA: Evolui com crises esporádicas e períodos
assintomáticos. 
 
GRAUS: 
 
LEVE: Tonturas alternadas. 
 
MODERADO: Tonturas  alternadas e desequilíbrio. 
 
SEVERO: Sintomas que não permitem qualquer atividade.
 
DIAGNÓSTICO: 
 
O diagnóstico  é eminentemente clínico. A eletrococleografia é o
exame mais apropriado para auxiliar no diagnóstico. A Academia
Americana de Otolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço
estabeleceu os seguintes critérios para o diagnóstico:
Duas ou mais crises de vertigem rotatória com duração mínima de
20 minutos;
Diminuição da audição registrada pela audiometria;
Zumbido ou pressão no ouvido.
TRATAMENTO: 
 
Especialistas não falam em cura para a doença de Ménière, mas
em combater os sintomas que atrapalham a qualidade de vida de
quem sofre do problema. 
Normalmente, o tratamento tem o objetivo de reduzir os ataques
de vertigem, minimizar o zumbido e problemas de equilíbrio e
evitar que a progressão da doença comprometa a audição da
pessoa – como o uso de aparelhos auditivos. 
Remédios para tratar náuseas e vertigens podem ser utilizados.
Diuréticos, também podem ser indicados.
Terapia de reabilitação vestibular, que são exercícios específicos
com o objetivo de ajudar o seu corpo a maximizar o equilíbrio, e
com o dispositivo Meniett, que é um aparelho usado para a
aplicação de pressão positiva no ouvido médio como forma de
melhorar o intercâmbio de fluidos no labirinto, pode ser outra
recomendação médica. 
Paralelamente ao tratamento, mudanças no estilo de vida podem
ser recomendadas,  alimentação balanceada com redução no
consumo de cafeína, Prática de exercícios;  Práticas para aliviar o
estresse, como meditação. 
A cirurgia na doença de Ménière está indicada quando as crises de
vertigem persistem, de modo incapacitante, refratárias ao
tratamento clínico. 
Procuramos insistir no tratamento medicamentoso, mudando a
droga quando a vertigem não é suprimida, deixando a cirurgia
como último recurso.
 
ACHADOS AUDIOLÓGICOS:
 
Perda Sensorioneural 
Unilateral
Inicialmente acomete frequências baixas
IRF abaixo de 90% compatível com o grau da perda
Reflexos presentes, indicando recrutamento
Curva timpanomêtrica do tipo A
Compromete função coclear e vestibular
SCHWANOMA DO
ACÚSTICO
DESCRIÇÃO: 
 
O schwannoma de nervo acústico é um tumor benigno, de
crescimento lento, que tem origem, na maioria dos casos, na
divisão superior do nervo vestibular. 
Este tipo de tumor ocorre nesse nervo, por existir no gânglio do
nervo vestibular (gânglio de Scarpa) um grande número de células
desordenadas entre as células ganglionares, sendo a localização
preferencial no nervo o conduto auditivo interno e na cisterna
pontina, mais raramente.
A taxa de crescimento do tumor é de 0,1 a 0,2cm por ano, variando
de acordo com sua localização, sendo que os tumores
intracanaliculares apresentam crescimento mais lento que os
extracanaliculares. 
Outros fatores que também afetam a taxa de crescimento tumoral
são a idade do paciente (o schwannoma tem uma taxa de
crescimento menor em pacientes com idade avançada), a presença
de edema, hemorragia ou formação cística.
 
CAUSAS:
 
Não tem fator hereditário, pré disposição genético ou deformação
do embrião, trauma ou doença metabólica. 
 
SINTOMAS: 
 
Os sintomas são perda da audição, zumbido, desequilbrio, perda
nas frequências agudas, comprometimento vestibular, dor de
cabeça, perda de movimentos da hemiface e sensibilidade
INCIDÊNCIA:  
 
A atual  incidência  é estimada em 0,8% a 2,5% da população
mundial. 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
O paciente que chega ao consultório com qualquer uma das
queixas deve ser investigado inicialmente por um exame
otorrinolaringológico de rotina. O exame otoscópico será normal
num paciente portador de schwannoma de acústico. 
Sendo assim, é essencial uma avaliação funcional neurotológica do
paciente, que mostrará geralmente a natureza neurossensorial e
unilateral do déficit auditivo.
 
O exame clínico dos nervos cranianos é indispensável. No caso do
nervo trigêmeo é importante fazer a pesquisa do reflexo córneo-
palpebral que pode estar comprometido. Em relação ao nervo
facial, deve ser feito a pesquisa do sinal de Hitselberger que
corresponde à hipoestesia na região da concha auricular causada
por comprometimento das fibras sensitivas no tronco do nervo.
Este sinal é bastante específico e precoce.. O exame de fundo de
olho também deve ser realizado nos pacientes com suspeita de
hidrocefalia. 
A audiometria tonal limiar geralmente revela perda auditiva do tipo
neurossensorial unilateral. A média da perda auditiva no momento
do diagnóstico está entre 50 e 60dB. Há divergências na literatura
quanto à relação entre o tamanho do tumor e a perda auditiva. A
discriminação vocal está habitualmente comprometida em níveis
além do que poderia predizer o limiar tonal. Na imitanciometria é
importante pesquisar reflexo estapedianoipsi e contralateral
que poderá registrar decrutamento, característico de lesões
retroclocleares. 
Também podem ser realizadas provas audiométricas
supraliminares, como o teste de Fowler e o short incremente
sensitivity index (SISI). Esses testes determinam o caráter sensorial
ou neuronal da perda auditiva, através de pesquisa do fenômeno
de recrutamento. 
 
A audiometria do tronco cerebral(BERA), é o exame mais sensível e
específico para a detecção das alterações geradas pelo tumor,
possui uma sensibilidade de 93 a 98%. Os achados mais
importantes são aumento do intervalo entre as ondas I e III acima
de 2,3 ms; aumento do intervalo entre as ondas I e V acima de
4,4ms; diferença interaural da onda V acima de 0,4ms, assim como
ausência da onda I. Potencial miogênico cervical vestibular evocado
é o teste que avalia o arco reflexo sáculo-espinhal. É feito através
da inibição da contração do musculo esternocleidomasteideo
desencadeada por cliques apresentados ás orelhas e captado por
eletrodos colocadosno pescoço. 
Nos paciente com schwannoma vestibular apresenta alteração
precoce e complementa avaliação dos nervos vestibular superior e
coclear. Não é útil para definir a origem do tumor.
 
TRATAMENTO: 
 
O tratamento depende principalmente dos seguintes fatores:
Tamanho do tumor; Idade do paciente; Condição geral de saúde
do paciente e preferências de tratamento;
Quando optamos pelo tratamento imediato, as escolhas incluem
cirurgia e radiocirurgia.
Os procedimentos cirúrgicos clássicos incluem as vias subocciptais
e translabirínticas, com retirada por técnica microcirúrgica do
tumor. Cabe ressaltar que quanto maior a lesão, maior a chance
de lesão transitória ou permanente da audição, equilíbrio e lesão
do nervo facial com consequente paralisia facial. Além disso, existe
o risco inerente ao procedimento de vazamento de líquor,
complicação esta chamada de fístula liquórica. 
Outra opção de tratamento dos NAs é a radiocirurgia, que utiliza
radiação em altas doses focadas milimetricamente na lesão, com o
objetivo de limitar o tamanho e ritmo de crescimento do tumor.
Normalmente, escolhemos esta modalidade de tratamento
quando o paciente é idoso e/ou apresenta problemas de saúde
que inviabilizam a opção cirúrgica clássica. Para tumores com ritmo
de crescimento lento adotamos a conduta de se observar a
evolução do tumor, intervindo somente caso o ritmo de
crescimento se acelerar.
ACHADOS AUDIOLOGICOS: 
Perda sensorioneural
unilateral e progressiva, mas pode ser súbita (1 a 2% dos casos de
surdez súbita tem como etiologia o neurinoma de acústico).
Assimetrica          
Acomete frequências agudas
Curva timpanometrica do tipo A
Reflexos ausentes
PEATE apresenta anomalia dos limiares e latências
Baixo índice de IRF
PERDA
INDUZIDA POR
RUIDO – PAIR
DESCRIÇÃO:
Degeneração das células ciliadas externas por exposição a ruídos
de forma continua e de elevados níveis de pressão sonora. 
A perda auditiva pode agravar quando o trabalhador ultrapassa a
média de exposição acima de 85Db em oito horas de trabalho. 
 
CAUSAS:   
     
Vibração, calor, substâncias químicas...
 
SINTOMAS:
 
Perda auditiva; Dor de cabeça; Zumbido; Tontura; Dificuldades
para discriminar a fala; Hiperacusia. 
 
INCIDÊNCIA: 
 
Pode encontrar-se principalmente em ramos como: Textil,
Siderurgia, metalúrgica, papel, vidraria entre outros...
 
DIAGNÓSTICO:
 
A avaliação do trabalhador exposto a ruído consta de avaliação
clínica e ocupacional, na qual pesquisa-se a exposição ao risco,
pregressa e atual, considerando-se os sintomas característicos,
descritos anteriormente. É importante o detalhamento da
exposição, para que seja possível buscar relações entre a
exposição e os sinais e sintomas. Dessa forma, a anamnese
ocupacional configura-se como instrumento fundamental para a
identificação do risco. 
O conhecimento sobre o ambiente de trabalho também pode
ser feito por meio de visita ao local, avaliação de laudos técnicos
da própria empresa e informações sobre fiscalizações, além do
relato do paciente. 
Para a confirmação da existência de alterações auditivas, é
fundamental a realização da avaliação audiológica. A avaliação
audiológica é formada por uma bateria de exames: Audiometria
tonal por via aérea; Audiometria tonal por via óssea;
 Logoaudiometria; Imitanciometria.
 
TRATAMENTO: 
 
É irreversível e progressiva quando não cessada a exposição ao
ruído. 
Reabilitação pode ser feita por meio de terapia individuais ou em
grupos, a partir de uma analise cuidadosa da avalição
audiológica do trabalhador.  
 
ACHADOS AUDIOLOGICOS: 
 
Perda Sensorioneural 
Geralmente Bilateral
Acomete frequências altas
Curva timpanometrica do tipo A
Reflexos presentes
OTOESCLEROSE
DESCRIÇÃO:
 
Doença inflamatória crônica que afeta exclusivamente o osso
temporal humano e é uma das principais causas de perda
auditiva adquirida.  
Vem de um crescimento anormal de tecido ósseo endurecido,
que impede a movimentação do estribo e interfere na condução
das vibrações sonoras da orelha média para a orelha interna.
(Valsalva, 1704)
Podem instalar-se também ao redor da cóclea e comprometer a
transmissão dos impulsos
. 
CAUSAS:  
       
Várias hipótese foram aventadas para tentar explicar a causa da
otoesclerose e, apesar dos esforços realizados, sua verdadeira
origem ainda é desconhecida. As teorias mais aceitas
atualmente envolvendo a provável etiologia dessa osteodistrofia
são: genética, infecciosa, endócrina e imunomediada.  
 
SINTOMAS: 
 
Perda auditiva progressiva, Podendo ser uni ou bilateral (70 a
85%), de início precoce; Zumbido; Vertigens; Problemas de
equilíbrio;
 
INCIDÊNCIA:
 
De início precoce, por volta dos 20-30 anos. Acomete mais as
mulheres do que os homens e mais brancos, do que os negros
e/ou asiáticos.
DIAGNÓSTICO:
 
O diagnóstico da otoesclerose normalmente é clínico, com base
nos achados de anamnese, exame físico, e avaliação audiometrica.
Todavia, esse tipo de avaliação não é capaz de fornecer um
diagnostico definitivo da doença, muito menos identificar sua
extensão e o grau de comprometimento das estruturas da orelha
interna. 
A confirmação diagnostica normalmente requer a exploração
cirúrgica da orelha média, embora a evidencia de fixação do
estribo, ás vezes ate de focos otoescleroticos na região da janela
oval durante a cirurgia também não sejam suficientes para precisar
a real abrangência da doença.  Somente por meio de estudos
histológicos do osso temporal é que se pode obter o diagnostico
definitivo da otoesclerose, como também a sua extensão. 
Os exames de imagem vem desempenhando um papel importante
no diagnostico e na abordagem terapêutica da otoesclerose.
A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) com
janelas especificas para osso e cortes milimétricos ou até
infamilimétricos, proporciona uma avaliação precisa do osso
temporal, permitindo evidencia alterações estruturais mínimas,
como asa que ocorrem no otoesclerose. A TCAR é considerada o
exame radiológico de eleição no diagnostico dessa afecção. 
 
TRATAMENTO:
 
Ainda não se conhece a cura definitiva para a Otosclerose. 
Mas existem três formas de tratamento que ajudam a retardar a
evolução da doença e aliviar os sintomas: 
1)Prescrição de medicamentos (bifosfanatos e fluoreto de sódio), 
2)Uso de aparelhos auditivos para a amplificação sonora (AASI 
3)E cirurgia (estapedectomia ou estapedotomia) (Shea,1956)
 
O procedimento cirúrgico consiste em retirar o estribo que não
mais se movimenta, ou parte dele, a fim de substituí-lo por uma
prótese de teflon ou titânio, através do canal da orelha externa. Em
geral, é realizada a laser e costuma apresentar resultados bastante
satisfatórios. Durante o pós-operatório, alguns pacientes podem
sentir um pouco de tontura, alteração do paladar e zumbido.
ACHADOS AUDIOLOGICOS: 
 
OTOESCLEROSE ESTRIBO
 
Perda condutiva
Acomete frequências baixas
Curva timpanometrica do
tipo Ar
Rinne negativo
Reflexos ausentes
 
OTOESCLEROSE COCLEAR
 
Perda sensorioneural 
Com progressão
Pode se fazer implante
coclear ou de tronco encefálico
Rinne negativo
Reflexos ausentes
PRESBIACUSIA
DESCRIÇÃO:
 
A presbiacusia é decorrente do processo geral de envelhecimento
do organismo que pode ser concomitante ao acúmulo de diversos
fatores extrínsecos que contribuem para seu surgimento ou
agravamento, tais como: uso de medicamentos, exposição repetida
a ruídos ao longo dos anos, tabagismo, entre outros. Essa
deficiência auditiva é uma das ificuldades que mais acometem a
população idosa, e também uma das mais incapacitantes, podendo
afetar cerca de dois terços dos adultos com mais de 70 anos e
quatro quintos dos adultos com mais de 85 anos. (LIMA et. al., p.
189,2017).
 
CAUSAS:
 
Envelhecimento  
       
SINTOMAS:
 
Perda da inteligibilidade de fala, zumbido, comprometimento da
comunicação verbal, incapacidade auditiva.
 
INCIDÊNCIA:
 
Idosos, terceira década.
 
CARACTERISTICAS:
 
PRESBIACUSIA SENSORIAL: mais comum.
Perda auditiva neurossensorial, bilateral, simétrica, atinge as
frequências altas e de progressão lenta. Dificilmente atinge a fala.PRESBIACUSIA NEURAL: caracterizada pela perda dos neurônios 
cocleares. Rápida e progressiva e atinge o entendimento da fala.
 
PRESBIACUSIA METABÓLICA: associada a atrofia das estrias
vasculares. Perda neurossensorial e boa discriminação da fala.
 
PRESBIACUSIA MECÂNICA: associada ao enrijecimento da
membrana basilar ou alteração nas características de ressonância
do ducto coclear.
 
TRATAMENTO:
 
Não existe tratamento, é irreversível, apenas prevenção, com
hábitos saudáveis, controle médico, hábitos auditivos saudáveis.
 
ACHADOS AUDIOLOGICOS: 
 
Perda sensorioneural
Bilateral
Assimetrica
Inicialmente nas frequências altas, progredindo para média e baixa
Curva timpanometrica do tipo A 
Reflexos acústicos presentes
TRAUMA ACÚSTICO
DESCRIÇÃO:
 
É uma perda auditiva súbita decorrente de uma única exposição a
pressão sonora intensa, geralmente 120 dB, lesando temporária
ou definitivamente, diversas estruturas do ouvido. 
 
CAUSAS:
 
Exposição ao ruído muito intenso
 
SINTOMAS:
 
A perda auditiva é considerada um dos principais sintomas do
trauma acústico. Em muitos casos, o primeiro impacto da perda
está nos sons de alta frequência, seguido dos de baixa
frequência. Outro sinal muito comum do problema é o zumbido.
Com as células lesadas, o ouvido passa a enviar sinais sem que
haja uma fonte sonora.
 
INCIDÊNCIA:
 
Profissionais que trabalham em ambientes barulhentos, como
indústrias ou reparo de rodovias, fabricas; Pessoas que praticam
tiro ou outros esportes com ruídos elevados como a Fórmula 1;
Pessoas que frequentam ou trabalham em shows com sons
elevados; Moradores de lugares com poluição sonora elevada;
Pessoas que sofrem acidentes ou que presenciem situações
como explosões; 
Qualquer pessoa exposta a sons com mais de 85dB
continuamente.
 
 
DIAGNÓSTICO:
 
Além de conversar com o paciente para entender o que pode ter
provocado a lesão no ouvido, o otorrinolaringologista pode
solicitar exames como a audiometria.
 
TRATAMENTO:
 
Em alguns casos pode ser necessário o uso de aparelhos
auditivos para minimizar o impacto da perda auditiva. Alguns
medicamentos também podem ser receitados pelo médico para
o tratamento do trauma. No caso de pessoas que trabalham em
ambientes barulhentos, o otorrino  provavelmente recomendará
o uso de protetores auditivos e outros equipamentos de
proteção auricular. Esses equipamentos, quando utilizados em
um ambiente de trabalho, são parte dos EPI (equipamentos de
proteção individual) que o empregador deve fornecer aos
trabalhadores
 
ACHADOS AUDIOLOGICOS:         
               
Perda Sensorioneural
Bilateral
Acomete frequências altas, principalmente em 4000Hz
Grau de perda auditiva leve, severa e profunda
Curva timpanometrica do tipo A
Reflexos acústicos presentes
 
 
SURDEZ SÚBITA
DESCRIÇÃO:
 
Segundo Piltcher et al (2015), a Surdez Súbita (SS) é definida como
sendo uma perda neurossensorial de pelo menos 30 dB, em três
frequências consecutivas na avaliação audiométrica, com
instalação em um período de até 72 horas, geralmente unilateral
(90%). 
Ganança (2011), enfatiza que o tempo de instalação é o fator
determinante para caracterizar a SS.
Para Mitre (2003), a SS não é uma doença, mas sim um conceito
clínico e sua etiologia deve ser rapidamente pesquisada, sendo
considerada uma urgência médica.
 
CAUSAS:
 
A perda de audição repentina normalmente está relacionada com
o desenvolvimento de uma infecção no ouvido devido a uma gripe
e, por isso, normalmente não é definitiva.
No entanto, a surdez súbita também pode ter outras causas como
por exemplo: :Doenças virais, como caxumba, sarampo ou
catapora; Pancadas na cabeça, mesmo que não afetem
diretamente o ouvido; Uso de remédios anti-inflamatórios ou
antibióticos; Doença auto-imune, como HIV ou lúpus; Problemas
do ouvido interno, como doença de Ménière.
 
SINTOMAS:
 
Além da redução da capacidade para ouvir, os sintomas mais
frequentes da surdez súbita são o aparecimento de zumbido  e
sensação de aumento da pressão dentro do ouvido, normalmente,
provocados pela inflamação das estruturas do ouvido.
 
 
INCIDÊNCIA:
 
incidência semelhante tanto para homens e mulheres e
prevalência maior em pacientes com idade entre 40 e 60 anos.
 
DIAGNOSTICO:
 
O diagnostico consiste em fazer uma audiometria tonal, que
precisa constar uma perda neurossensorial de pelo menos 30dB
em três frequências consecutivas. Após afastar as patologias
retrococleares, faz-se uma Ressônamica Magnética, e uma
Tomografia Computadorizada com contraste, e um PEATE. E caso
necessário se envia para exames laboratoriais, conforme
anamnese e sinais clínicos.
 
TRATAMENTO: 
 
Medicamentos corticoides, anti-inflamatório e/ou vasodilatadores
para tratar o problema. Estima-se que um terço dos pacientes
tenham alguma melhora. 
 
 
ACHADOS AUDIOLOGICOS:
 
Perda Sensorioneural
Unilateral
Curva Timpanometrica do tipo A 
Reflexos acusticos presetes 
 
OTITE 
DESCRIÇÃO:
 
Inflamação da orelha média e externa, assim como na mucosa do
ouvido ou do tímpano. 
 
CAUSAS: 
 
Pode ser o resultado de alergias ou ação de vírus , bactérias e
fungos.
 
SINTOMAS:
 
Os Sintomas mais comuns são dores muito fortes e tímpano
avermelhado. Em casos mais graves, o tímpano inflamado pode se
romper e provocar a eliminação de pus, o que aumenta o risco de
a infecção se espalhar. Febre, náuseas e vômitos são comuns em
crianças pequenas. Em bebês com meses de vida, o problema
pode aparecer simplesmente pela  irritação ou pela dificuldade de
dormir.
 
INCIDÊNCIA: 
 
A otite pode atingir pessoas de todos os sexos e idades, mas é
mais comum em crianças.
 
TIPOS:
 
OTITE MÉDIA AGUDA (OMA): Resulta de uma infecção provocada
por vírus ou bactérias, geralmente decorrente de uma complicação
do resfriado comum ou de alergias. 
SINTOMAS:O paciente sente  dor , apresenta um
tímpano avermelhado e abaulado. Muitas pessoas apresentam
perda de audição. Bebês odem ficar irritados ou ter dificuldades
para dormir. Febre, náusea, vômitos e diarréia frequentemente
ocorrem em crianças pequenas. 
 
 
 
OTITE MÉDIA SECRETORA(OMS): A otite média secretora/serosa
ocorre quando a  otite média aguda  não foi completamente
resolvida. A infecção é bacteriana, e pode ser decorrente de uma
infecção respiratória. SINTOMAS:  incluem perda auditiva e
sensação de plenitude ou pressão na orelha.
 
OTITE MÉDIA  CRÓNICA  SUPURATIVA  (OMCS): É a inflamação do
ouvido médio por período superior a duas semanas e que provoca
episódios de secreção pelo ouvido. SINTOMAS: Dor muito
forte;Diminuição da audição;Febre;Perda de apetite; Secreção
local; Nos casos mais graves, pode ocorrer ruptura da membrana
do tímpano e ser eliminada uma secreção purulenta misturada
com sangue.
 
OTITE MÉDIA AGUDA NECROTIZANTE: É basicamente a mesma
infecção da otite média aguda supurativa, no entanto se diferencia
pela rapidez em que se instala e pelo poder de destruição de
tecidos quando se instala em pessoas com imunidade baixa.
SINTOMAS: Dor intensa (ainda pior à noite), secreção de odor
fédido, pus e detritos no canal auricular e geralmente a audição
diminuída. Em casos graves, pode ocorrer paralisia dos nervos da
face e da cabeça, à medida que a infecção se espalha pela base do
crânio.
 
OTITE MÉDIA RECORRENTE: Quando ocorrem 3 episódios em 6
meses ou 4 episódios em 1 ano. Crianças que têm o primeiro
episódio antes de 6 meses de idade e praticantes de natação são
mais propensos a ter esse tipo de infecção.
 
TRATAMENTO:
 
Os sintomas podem ser amenizados com analgésicos, mas sempre
consultar o medico ou pediatra no caso de crianças e
adolescentes, pois alguns medicamentos não devem ser
administrados em determinadas condições. Quando a perda
auditiva não regride, é recomendado investigar se há sinais de
secreção retida atrás da orelha média. 
Caso existam, ela precisa ser retirada cirurgicamente através de
uma pequena incisão no tímpano, pois pode se tornar foco de
outros episódio de infecção ou prejudicar a audição. 
 
ACHADOS AUDIOLOGICOS: 
 
Perda Condutiva 
Unilateral 
De grau leve a moderado 
Na otite media crônica, (avançada)PA do tipo mista 
GAP apresenta de 25 a 40dB
Apresenta boa reserva coclear 
Curva timpanométrica do tipo C ou B (avançado) 
Reflexos acústicos ausentes

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