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MANUAL DASPATOLOGIAS PROF. FGA. MARION CRISTINE DE BARBA CANOAS 2020 ALUNA JÚLIA DE JESUS Introdução O termo Patologia é utilizado para referir-se ao ‘’Estudo das Doenças’’, estudo das alterações causadas no corpo por determinada doença. O Manual de Patologias, da Disciplina de Audio Clínica tem por objetivo reunir o máximo de informações possíveis sobre as Patologias que acometem a nossa audição, como características, sintomas, causas, seu diagnóstico, tratamento e achados audiológicos de pacientes. DOENÇA DE MENIÉRE DESCRIÇÃO: A Doença de Ménière é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão da endolinfa, que é o líquido existente no labirinto que fica dentro do ouvido. Geralmente esse aumento de pressão ocorre apenas em um dos lados do ouvido, sendo unilateral (90% dos casos), mas pode ocorrer em ambos os lados. No labirinto, há células auditivas e células responsáveis pelo equilíbrio. Com o aumento de pressão da endolinfa, essas células ficam prejudicadas, desencadeando uma série de sintomas. Descrita por Prosper Ménière, em 1861. CAUSAS: Ainda não se conhece com precisão as causas da doença de Ménière, mas sabe-se da relação entre o problema e algumas doenças sistêmicas como diabetes, hipertensãoarterial, enxaqueca, doenças autoimunes e infecção pelo vírus do herpes. Pessoas que atravessaram uma grande variação de pressão atmosférica ou que sofreram trauma no crânio podem apresentar sintomas de Ménière. SINTOMAS: Os sintomas normalmente ocorrem em conjunto, mas também podem acontecer isolados, dificultando o diagnóstico. Crises repetidas de vertigem (tontura rotatória), hipoacusia (perda auditiva), zumbido, e plenitude ou pressão no ouvido, diplacusia (distorção da qualidade do som). INCIDÊNCIA: Não há diferença de distribuição entre os sexos, manifesta-se geralmente a partir da décima quarta década de vida. CLASSIFICACÃO: TÍPICA: Sintomas completos. ATÍPICA: Sintomas cocleares ou vestibulares. PROGRESSIVA: Mesmo com acompanhamento clínico os sintomas não são controlados tornando as crises mais frequentes e a audição prejudicada . NÃO PROGRESSIVA: Evolui com crises esporádicas e períodos assintomáticos. GRAUS: LEVE: Tonturas alternadas. MODERADO: Tonturas alternadas e desequilíbrio. SEVERO: Sintomas que não permitem qualquer atividade. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é eminentemente clínico. A eletrococleografia é o exame mais apropriado para auxiliar no diagnóstico. A Academia Americana de Otolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço estabeleceu os seguintes critérios para o diagnóstico: Duas ou mais crises de vertigem rotatória com duração mínima de 20 minutos; Diminuição da audição registrada pela audiometria; Zumbido ou pressão no ouvido. TRATAMENTO: Especialistas não falam em cura para a doença de Ménière, mas em combater os sintomas que atrapalham a qualidade de vida de quem sofre do problema. Normalmente, o tratamento tem o objetivo de reduzir os ataques de vertigem, minimizar o zumbido e problemas de equilíbrio e evitar que a progressão da doença comprometa a audição da pessoa – como o uso de aparelhos auditivos. Remédios para tratar náuseas e vertigens podem ser utilizados. Diuréticos, também podem ser indicados. Terapia de reabilitação vestibular, que são exercícios específicos com o objetivo de ajudar o seu corpo a maximizar o equilíbrio, e com o dispositivo Meniett, que é um aparelho usado para a aplicação de pressão positiva no ouvido médio como forma de melhorar o intercâmbio de fluidos no labirinto, pode ser outra recomendação médica. Paralelamente ao tratamento, mudanças no estilo de vida podem ser recomendadas, alimentação balanceada com redução no consumo de cafeína, Prática de exercícios; Práticas para aliviar o estresse, como meditação. A cirurgia na doença de Ménière está indicada quando as crises de vertigem persistem, de modo incapacitante, refratárias ao tratamento clínico. Procuramos insistir no tratamento medicamentoso, mudando a droga quando a vertigem não é suprimida, deixando a cirurgia como último recurso. ACHADOS AUDIOLÓGICOS: Perda Sensorioneural Unilateral Inicialmente acomete frequências baixas IRF abaixo de 90% compatível com o grau da perda Reflexos presentes, indicando recrutamento Curva timpanomêtrica do tipo A Compromete função coclear e vestibular SCHWANOMA DO ACÚSTICO DESCRIÇÃO: O schwannoma de nervo acústico é um tumor benigno, de crescimento lento, que tem origem, na maioria dos casos, na divisão superior do nervo vestibular. Este tipo de tumor ocorre nesse nervo, por existir no gânglio do nervo vestibular (gânglio de Scarpa) um grande número de células desordenadas entre as células ganglionares, sendo a localização preferencial no nervo o conduto auditivo interno e na cisterna pontina, mais raramente. A taxa de crescimento do tumor é de 0,1 a 0,2cm por ano, variando de acordo com sua localização, sendo que os tumores intracanaliculares apresentam crescimento mais lento que os extracanaliculares. Outros fatores que também afetam a taxa de crescimento tumoral são a idade do paciente (o schwannoma tem uma taxa de crescimento menor em pacientes com idade avançada), a presença de edema, hemorragia ou formação cística. CAUSAS: Não tem fator hereditário, pré disposição genético ou deformação do embrião, trauma ou doença metabólica. SINTOMAS: Os sintomas são perda da audição, zumbido, desequilbrio, perda nas frequências agudas, comprometimento vestibular, dor de cabeça, perda de movimentos da hemiface e sensibilidade INCIDÊNCIA: A atual incidência é estimada em 0,8% a 2,5% da população mundial. DIAGNÓSTICO: O paciente que chega ao consultório com qualquer uma das queixas deve ser investigado inicialmente por um exame otorrinolaringológico de rotina. O exame otoscópico será normal num paciente portador de schwannoma de acústico. Sendo assim, é essencial uma avaliação funcional neurotológica do paciente, que mostrará geralmente a natureza neurossensorial e unilateral do déficit auditivo. O exame clínico dos nervos cranianos é indispensável. No caso do nervo trigêmeo é importante fazer a pesquisa do reflexo córneo- palpebral que pode estar comprometido. Em relação ao nervo facial, deve ser feito a pesquisa do sinal de Hitselberger que corresponde à hipoestesia na região da concha auricular causada por comprometimento das fibras sensitivas no tronco do nervo. Este sinal é bastante específico e precoce.. O exame de fundo de olho também deve ser realizado nos pacientes com suspeita de hidrocefalia. A audiometria tonal limiar geralmente revela perda auditiva do tipo neurossensorial unilateral. A média da perda auditiva no momento do diagnóstico está entre 50 e 60dB. Há divergências na literatura quanto à relação entre o tamanho do tumor e a perda auditiva. A discriminação vocal está habitualmente comprometida em níveis além do que poderia predizer o limiar tonal. Na imitanciometria é importante pesquisar reflexo estapedianoipsi e contralateral que poderá registrar decrutamento, característico de lesões retroclocleares. Também podem ser realizadas provas audiométricas supraliminares, como o teste de Fowler e o short incremente sensitivity index (SISI). Esses testes determinam o caráter sensorial ou neuronal da perda auditiva, através de pesquisa do fenômeno de recrutamento. A audiometria do tronco cerebral(BERA), é o exame mais sensível e específico para a detecção das alterações geradas pelo tumor, possui uma sensibilidade de 93 a 98%. Os achados mais importantes são aumento do intervalo entre as ondas I e III acima de 2,3 ms; aumento do intervalo entre as ondas I e V acima de 4,4ms; diferença interaural da onda V acima de 0,4ms, assim como ausência da onda I. Potencial miogênico cervical vestibular evocado é o teste que avalia o arco reflexo sáculo-espinhal. É feito através da inibição da contração do musculo esternocleidomasteideo desencadeada por cliques apresentados ás orelhas e captado por eletrodos colocadosno pescoço. Nos paciente com schwannoma vestibular apresenta alteração precoce e complementa avaliação dos nervos vestibular superior e coclear. Não é útil para definir a origem do tumor. TRATAMENTO: O tratamento depende principalmente dos seguintes fatores: Tamanho do tumor; Idade do paciente; Condição geral de saúde do paciente e preferências de tratamento; Quando optamos pelo tratamento imediato, as escolhas incluem cirurgia e radiocirurgia. Os procedimentos cirúrgicos clássicos incluem as vias subocciptais e translabirínticas, com retirada por técnica microcirúrgica do tumor. Cabe ressaltar que quanto maior a lesão, maior a chance de lesão transitória ou permanente da audição, equilíbrio e lesão do nervo facial com consequente paralisia facial. Além disso, existe o risco inerente ao procedimento de vazamento de líquor, complicação esta chamada de fístula liquórica. Outra opção de tratamento dos NAs é a radiocirurgia, que utiliza radiação em altas doses focadas milimetricamente na lesão, com o objetivo de limitar o tamanho e ritmo de crescimento do tumor. Normalmente, escolhemos esta modalidade de tratamento quando o paciente é idoso e/ou apresenta problemas de saúde que inviabilizam a opção cirúrgica clássica. Para tumores com ritmo de crescimento lento adotamos a conduta de se observar a evolução do tumor, intervindo somente caso o ritmo de crescimento se acelerar. ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda sensorioneural unilateral e progressiva, mas pode ser súbita (1 a 2% dos casos de surdez súbita tem como etiologia o neurinoma de acústico). Assimetrica Acomete frequências agudas Curva timpanometrica do tipo A Reflexos ausentes PEATE apresenta anomalia dos limiares e latências Baixo índice de IRF PERDA INDUZIDA POR RUIDO – PAIR DESCRIÇÃO: Degeneração das células ciliadas externas por exposição a ruídos de forma continua e de elevados níveis de pressão sonora. A perda auditiva pode agravar quando o trabalhador ultrapassa a média de exposição acima de 85Db em oito horas de trabalho. CAUSAS: Vibração, calor, substâncias químicas... SINTOMAS: Perda auditiva; Dor de cabeça; Zumbido; Tontura; Dificuldades para discriminar a fala; Hiperacusia. INCIDÊNCIA: Pode encontrar-se principalmente em ramos como: Textil, Siderurgia, metalúrgica, papel, vidraria entre outros... DIAGNÓSTICO: A avaliação do trabalhador exposto a ruído consta de avaliação clínica e ocupacional, na qual pesquisa-se a exposição ao risco, pregressa e atual, considerando-se os sintomas característicos, descritos anteriormente. É importante o detalhamento da exposição, para que seja possível buscar relações entre a exposição e os sinais e sintomas. Dessa forma, a anamnese ocupacional configura-se como instrumento fundamental para a identificação do risco. O conhecimento sobre o ambiente de trabalho também pode ser feito por meio de visita ao local, avaliação de laudos técnicos da própria empresa e informações sobre fiscalizações, além do relato do paciente. Para a confirmação da existência de alterações auditivas, é fundamental a realização da avaliação audiológica. A avaliação audiológica é formada por uma bateria de exames: Audiometria tonal por via aérea; Audiometria tonal por via óssea; Logoaudiometria; Imitanciometria. TRATAMENTO: É irreversível e progressiva quando não cessada a exposição ao ruído. Reabilitação pode ser feita por meio de terapia individuais ou em grupos, a partir de uma analise cuidadosa da avalição audiológica do trabalhador. ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda Sensorioneural Geralmente Bilateral Acomete frequências altas Curva timpanometrica do tipo A Reflexos presentes OTOESCLEROSE DESCRIÇÃO: Doença inflamatória crônica que afeta exclusivamente o osso temporal humano e é uma das principais causas de perda auditiva adquirida. Vem de um crescimento anormal de tecido ósseo endurecido, que impede a movimentação do estribo e interfere na condução das vibrações sonoras da orelha média para a orelha interna. (Valsalva, 1704) Podem instalar-se também ao redor da cóclea e comprometer a transmissão dos impulsos . CAUSAS: Várias hipótese foram aventadas para tentar explicar a causa da otoesclerose e, apesar dos esforços realizados, sua verdadeira origem ainda é desconhecida. As teorias mais aceitas atualmente envolvendo a provável etiologia dessa osteodistrofia são: genética, infecciosa, endócrina e imunomediada. SINTOMAS: Perda auditiva progressiva, Podendo ser uni ou bilateral (70 a 85%), de início precoce; Zumbido; Vertigens; Problemas de equilíbrio; INCIDÊNCIA: De início precoce, por volta dos 20-30 anos. Acomete mais as mulheres do que os homens e mais brancos, do que os negros e/ou asiáticos. DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da otoesclerose normalmente é clínico, com base nos achados de anamnese, exame físico, e avaliação audiometrica. Todavia, esse tipo de avaliação não é capaz de fornecer um diagnostico definitivo da doença, muito menos identificar sua extensão e o grau de comprometimento das estruturas da orelha interna. A confirmação diagnostica normalmente requer a exploração cirúrgica da orelha média, embora a evidencia de fixação do estribo, ás vezes ate de focos otoescleroticos na região da janela oval durante a cirurgia também não sejam suficientes para precisar a real abrangência da doença. Somente por meio de estudos histológicos do osso temporal é que se pode obter o diagnostico definitivo da otoesclerose, como também a sua extensão. Os exames de imagem vem desempenhando um papel importante no diagnostico e na abordagem terapêutica da otoesclerose. A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) com janelas especificas para osso e cortes milimétricos ou até infamilimétricos, proporciona uma avaliação precisa do osso temporal, permitindo evidencia alterações estruturais mínimas, como asa que ocorrem no otoesclerose. A TCAR é considerada o exame radiológico de eleição no diagnostico dessa afecção. TRATAMENTO: Ainda não se conhece a cura definitiva para a Otosclerose. Mas existem três formas de tratamento que ajudam a retardar a evolução da doença e aliviar os sintomas: 1)Prescrição de medicamentos (bifosfanatos e fluoreto de sódio), 2)Uso de aparelhos auditivos para a amplificação sonora (AASI 3)E cirurgia (estapedectomia ou estapedotomia) (Shea,1956) O procedimento cirúrgico consiste em retirar o estribo que não mais se movimenta, ou parte dele, a fim de substituí-lo por uma prótese de teflon ou titânio, através do canal da orelha externa. Em geral, é realizada a laser e costuma apresentar resultados bastante satisfatórios. Durante o pós-operatório, alguns pacientes podem sentir um pouco de tontura, alteração do paladar e zumbido. ACHADOS AUDIOLOGICOS: OTOESCLEROSE ESTRIBO Perda condutiva Acomete frequências baixas Curva timpanometrica do tipo Ar Rinne negativo Reflexos ausentes OTOESCLEROSE COCLEAR Perda sensorioneural Com progressão Pode se fazer implante coclear ou de tronco encefálico Rinne negativo Reflexos ausentes PRESBIACUSIA DESCRIÇÃO: A presbiacusia é decorrente do processo geral de envelhecimento do organismo que pode ser concomitante ao acúmulo de diversos fatores extrínsecos que contribuem para seu surgimento ou agravamento, tais como: uso de medicamentos, exposição repetida a ruídos ao longo dos anos, tabagismo, entre outros. Essa deficiência auditiva é uma das ificuldades que mais acometem a população idosa, e também uma das mais incapacitantes, podendo afetar cerca de dois terços dos adultos com mais de 70 anos e quatro quintos dos adultos com mais de 85 anos. (LIMA et. al., p. 189,2017). CAUSAS: Envelhecimento SINTOMAS: Perda da inteligibilidade de fala, zumbido, comprometimento da comunicação verbal, incapacidade auditiva. INCIDÊNCIA: Idosos, terceira década. CARACTERISTICAS: PRESBIACUSIA SENSORIAL: mais comum. Perda auditiva neurossensorial, bilateral, simétrica, atinge as frequências altas e de progressão lenta. Dificilmente atinge a fala.PRESBIACUSIA NEURAL: caracterizada pela perda dos neurônios cocleares. Rápida e progressiva e atinge o entendimento da fala. PRESBIACUSIA METABÓLICA: associada a atrofia das estrias vasculares. Perda neurossensorial e boa discriminação da fala. PRESBIACUSIA MECÂNICA: associada ao enrijecimento da membrana basilar ou alteração nas características de ressonância do ducto coclear. TRATAMENTO: Não existe tratamento, é irreversível, apenas prevenção, com hábitos saudáveis, controle médico, hábitos auditivos saudáveis. ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda sensorioneural Bilateral Assimetrica Inicialmente nas frequências altas, progredindo para média e baixa Curva timpanometrica do tipo A Reflexos acústicos presentes TRAUMA ACÚSTICO DESCRIÇÃO: É uma perda auditiva súbita decorrente de uma única exposição a pressão sonora intensa, geralmente 120 dB, lesando temporária ou definitivamente, diversas estruturas do ouvido. CAUSAS: Exposição ao ruído muito intenso SINTOMAS: A perda auditiva é considerada um dos principais sintomas do trauma acústico. Em muitos casos, o primeiro impacto da perda está nos sons de alta frequência, seguido dos de baixa frequência. Outro sinal muito comum do problema é o zumbido. Com as células lesadas, o ouvido passa a enviar sinais sem que haja uma fonte sonora. INCIDÊNCIA: Profissionais que trabalham em ambientes barulhentos, como indústrias ou reparo de rodovias, fabricas; Pessoas que praticam tiro ou outros esportes com ruídos elevados como a Fórmula 1; Pessoas que frequentam ou trabalham em shows com sons elevados; Moradores de lugares com poluição sonora elevada; Pessoas que sofrem acidentes ou que presenciem situações como explosões; Qualquer pessoa exposta a sons com mais de 85dB continuamente. DIAGNÓSTICO: Além de conversar com o paciente para entender o que pode ter provocado a lesão no ouvido, o otorrinolaringologista pode solicitar exames como a audiometria. TRATAMENTO: Em alguns casos pode ser necessário o uso de aparelhos auditivos para minimizar o impacto da perda auditiva. Alguns medicamentos também podem ser receitados pelo médico para o tratamento do trauma. No caso de pessoas que trabalham em ambientes barulhentos, o otorrino provavelmente recomendará o uso de protetores auditivos e outros equipamentos de proteção auricular. Esses equipamentos, quando utilizados em um ambiente de trabalho, são parte dos EPI (equipamentos de proteção individual) que o empregador deve fornecer aos trabalhadores ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda Sensorioneural Bilateral Acomete frequências altas, principalmente em 4000Hz Grau de perda auditiva leve, severa e profunda Curva timpanometrica do tipo A Reflexos acústicos presentes SURDEZ SÚBITA DESCRIÇÃO: Segundo Piltcher et al (2015), a Surdez Súbita (SS) é definida como sendo uma perda neurossensorial de pelo menos 30 dB, em três frequências consecutivas na avaliação audiométrica, com instalação em um período de até 72 horas, geralmente unilateral (90%). Ganança (2011), enfatiza que o tempo de instalação é o fator determinante para caracterizar a SS. Para Mitre (2003), a SS não é uma doença, mas sim um conceito clínico e sua etiologia deve ser rapidamente pesquisada, sendo considerada uma urgência médica. CAUSAS: A perda de audição repentina normalmente está relacionada com o desenvolvimento de uma infecção no ouvido devido a uma gripe e, por isso, normalmente não é definitiva. No entanto, a surdez súbita também pode ter outras causas como por exemplo: :Doenças virais, como caxumba, sarampo ou catapora; Pancadas na cabeça, mesmo que não afetem diretamente o ouvido; Uso de remédios anti-inflamatórios ou antibióticos; Doença auto-imune, como HIV ou lúpus; Problemas do ouvido interno, como doença de Ménière. SINTOMAS: Além da redução da capacidade para ouvir, os sintomas mais frequentes da surdez súbita são o aparecimento de zumbido e sensação de aumento da pressão dentro do ouvido, normalmente, provocados pela inflamação das estruturas do ouvido. INCIDÊNCIA: incidência semelhante tanto para homens e mulheres e prevalência maior em pacientes com idade entre 40 e 60 anos. DIAGNOSTICO: O diagnostico consiste em fazer uma audiometria tonal, que precisa constar uma perda neurossensorial de pelo menos 30dB em três frequências consecutivas. Após afastar as patologias retrococleares, faz-se uma Ressônamica Magnética, e uma Tomografia Computadorizada com contraste, e um PEATE. E caso necessário se envia para exames laboratoriais, conforme anamnese e sinais clínicos. TRATAMENTO: Medicamentos corticoides, anti-inflamatório e/ou vasodilatadores para tratar o problema. Estima-se que um terço dos pacientes tenham alguma melhora. ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda Sensorioneural Unilateral Curva Timpanometrica do tipo A Reflexos acusticos presetes OTITE DESCRIÇÃO: Inflamação da orelha média e externa, assim como na mucosa do ouvido ou do tímpano. CAUSAS: Pode ser o resultado de alergias ou ação de vírus , bactérias e fungos. SINTOMAS: Os Sintomas mais comuns são dores muito fortes e tímpano avermelhado. Em casos mais graves, o tímpano inflamado pode se romper e provocar a eliminação de pus, o que aumenta o risco de a infecção se espalhar. Febre, náuseas e vômitos são comuns em crianças pequenas. Em bebês com meses de vida, o problema pode aparecer simplesmente pela irritação ou pela dificuldade de dormir. INCIDÊNCIA: A otite pode atingir pessoas de todos os sexos e idades, mas é mais comum em crianças. TIPOS: OTITE MÉDIA AGUDA (OMA): Resulta de uma infecção provocada por vírus ou bactérias, geralmente decorrente de uma complicação do resfriado comum ou de alergias. SINTOMAS:O paciente sente dor , apresenta um tímpano avermelhado e abaulado. Muitas pessoas apresentam perda de audição. Bebês odem ficar irritados ou ter dificuldades para dormir. Febre, náusea, vômitos e diarréia frequentemente ocorrem em crianças pequenas. OTITE MÉDIA SECRETORA(OMS): A otite média secretora/serosa ocorre quando a otite média aguda não foi completamente resolvida. A infecção é bacteriana, e pode ser decorrente de uma infecção respiratória. SINTOMAS: incluem perda auditiva e sensação de plenitude ou pressão na orelha. OTITE MÉDIA CRÓNICA SUPURATIVA (OMCS): É a inflamação do ouvido médio por período superior a duas semanas e que provoca episódios de secreção pelo ouvido. SINTOMAS: Dor muito forte;Diminuição da audição;Febre;Perda de apetite; Secreção local; Nos casos mais graves, pode ocorrer ruptura da membrana do tímpano e ser eliminada uma secreção purulenta misturada com sangue. OTITE MÉDIA AGUDA NECROTIZANTE: É basicamente a mesma infecção da otite média aguda supurativa, no entanto se diferencia pela rapidez em que se instala e pelo poder de destruição de tecidos quando se instala em pessoas com imunidade baixa. SINTOMAS: Dor intensa (ainda pior à noite), secreção de odor fédido, pus e detritos no canal auricular e geralmente a audição diminuída. Em casos graves, pode ocorrer paralisia dos nervos da face e da cabeça, à medida que a infecção se espalha pela base do crânio. OTITE MÉDIA RECORRENTE: Quando ocorrem 3 episódios em 6 meses ou 4 episódios em 1 ano. Crianças que têm o primeiro episódio antes de 6 meses de idade e praticantes de natação são mais propensos a ter esse tipo de infecção. TRATAMENTO: Os sintomas podem ser amenizados com analgésicos, mas sempre consultar o medico ou pediatra no caso de crianças e adolescentes, pois alguns medicamentos não devem ser administrados em determinadas condições. Quando a perda auditiva não regride, é recomendado investigar se há sinais de secreção retida atrás da orelha média. Caso existam, ela precisa ser retirada cirurgicamente através de uma pequena incisão no tímpano, pois pode se tornar foco de outros episódio de infecção ou prejudicar a audição. ACHADOS AUDIOLOGICOS: Perda Condutiva Unilateral De grau leve a moderado Na otite media crônica, (avançada)PA do tipo mista GAP apresenta de 25 a 40dB Apresenta boa reserva coclear Curva timpanométrica do tipo C ou B (avançado) Reflexos acústicos ausentes
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