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a comunicação para a teoria

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A comunicação para a teoria
A teoria culturológica tem como objetivo compreender a cultura de massa (termo empregado para significar o processo de produção de bens de consumo, que alcancem grande parte da população, com fins lucrativos e comerciais), que está representada pela sociedade atual e que está diretamente ligada à mídia. A partir da década de 30, todo o espaço de lazer que o proletariado possuía foi dedicado aos meios de comunicação de massa. O cinema, o rádio, os jornais e as revistas eram considerados as grandes mídias utilizadas para os estudos e durante a década de 60 a televisão se torna cada vez mais presente na casa da população trabalhadora. 
Na visão de Edgar Morin, o cinema foi o primeiro meio de comunicação de massa a sofrer alterações devido à cultura de massa, sendo por volta de 1930 que o cinema americano sofre dessa alteração e por volta de 1940 deu-se lugar ao happy end.
Durante o período entre guerras o tema dos meios de entretenimento da época tinham como tema principal as dificuldades de um período tão turbulento quanto se estava vivendo, nas obras de ficção o herói passava por aprovações, sofrimento e, pois vir até mesmo a morrer, tudo que pudesse incitar a tragédia assim as provações dos heróis se tornariam lições e ensinamentos ao público por conta do conceito de happy end em todos os filmes. Diversas obras citadas por Morin que foram adaptadas para ter um final feliz.
Toda a ideia do happy end era mostrar a população que existia mais do que guerra e sofrimento, Morin descobre tardiamente essa influência da cultura de massa sobre o público e assim ele percebe que a cultura de massa deixa de ser algo que existia apenas no imaginário e ultrapassa essa linha e ganha informação. A cultura de massa passa a se tornar parte do real e antes só existia no imaginário, onde as pessoas jamais imaginariam alcançar.
A partir do conceito do imaginário indo para e o real, e vice-versa, Morin apresenta o conceito dos Olimpianos para a cultura de massa. 
 Edgar Morin dizia que a imprensa tinha uma habilidade única de jogar personalidades no alto do olimpo, colocando-as em maior destaque do que suas atribuições culturais. - Cultura de Massas no Século XX: o espírito do tempo (1962).
O partir do surgimento e popularização dos deuses toda a informação é transformada. O sensacionalismo é a marca da imprensa de massa, ela faz introdução a tudo, e assim os olimpianos tomam participação na mídia com os seus casamentos, divórcios, nascimentos, tudo o que esteja relacionado com a vida deles se torna informação. Assim, apesar de não interferirem em nada na vida do publico, os olimpianos se tornam presentes e importantes para a população onde os olimpianos são magnetizados ao real e o imaginário simultaneamente, com ideias inimitáveis e modelos imitáveis.
Os olimpianos estão na linha que separa o imaginário do real, fazem parte dos dois, e é neles que o público se inspira na sua vida privada, com ideal de casamento, filhos, amores, estilos de vida e de se vestir.
Ainda que não sejam importantes as noticias sobre os olimpianos, qualquer fato que esteja relacionado a eles e que tenha a natureza comovente, sensacional ou excepcional também vá se tornar noticia e ambos os casos tem que haver uma ligação com a paixão, com sentimentalismo.

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